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O ISLAMISMO E OS ATAQUES À FRANÇA – UMA VISÃO REALISTA
Por Jorge Heleno de Araújo
Os recentes atentados, ocorridos no dia 13 de novembro de 2015, na cidade de Paris,
perpetrado por integrantes do Estado Islâmico - ISIS mostraram, ao mundo civilizado, que o
extremismo islâmico continua vivo, ativo e cruel contra aqueles que, porventura, venham a se opor
ao seu projeto de expansionismo e dominação.
O islamismo tem suas origens no século VII d. C. com as revelações de Alá ao profeta
Maomé. A religião reconhece Alá como seu único Deus, assim como reconhece em Maomé o
legítimo profeta de Deus. Os textos sagrados islâmicos são: o Alcorão, que contém as revelações
de Alá a Maomé; o Hadith, contendo os pensamentos e as ações de Maomé; o Sunnah, conjunto
de regras de conduta a ser seguido pelos islâmicos.
No século VIII, mais precisamente em 711, os muçulmanos, sob essa nova liderança
de fé, se uniram em um grande exército, atravessaram o Estreito de Gibraltar e avançaram pela
Península Ibérica, dominando Espanha, Portugal e invadindo parte da França, e ameaçando
países mais distantes como Itália e Reino Unido.
Sob o comando da Igreja Católica, exércitos cristãos foram formados para combater
esses invasores e os resultados estão estampados na história, em livros e no cinema, em filmes
como o épico El Cid (1961) e a 1ª Cruzada (2012). Ocorre que a mágoa contra os cristãos, que os
derrotaram, nunca foi esquecida. Passados mais de quinhentos anos, os muçulmanos ainda
nutrem ódio mortal pelos cristãos.
Segundo dados estatísticos, o Islamismo é a religião que mais rapidamente ganha
adeptos na atualidade. É comum dividir-se os muçulmanos em dois grupos distintos: os radicais,
que optaram pela luta armada, contra as forças demoníacas ocidentais; e os moderados, aqueles
que têm na sua religião apenas um direcionamento espiritual, sem que esta seja uma ameaça
social. Recentemente, em imagens divulgadas na mídia, refugiados sírios, em estado de penúria e
fome, se negaram a receber alimentos da Cruz Vermelha, sob a alegação que aqueles alimentos
tinham o símbolo do cristianismo. Ou seja: preferiam ficar com fome a se alimentarem com as
doações de alimentos porque, nas caixas de alimentos, estava estampado uma cruz vermelha. E,
este posicionamento, não pode ser entendido como uma posição radical?
Um general norte vietnamita, chamado Neu Van Giap pregava que, para se derrotar o
inimigo, de forma silenciosa, se deveria utilizar o processo da cunha: infiltrar, para dividir; dividir,
para enfraquecer e, enfraquecer, para esmagar. O que, a mim parece, esteja sendo utilizado com
exímia sabedoria pelos povos muçulmanos.
Anos, após anos, a imigração de muçulmanos aumenta na Europa. Países como
França e Inglaterra, além de Itália, Portugal e Espanha tem aumentado geometricamente o
número de imigrantes e seus descendentes. A Charia, código das leis islâmicas, já é apregoada
abertamente nas mesquitas, e os governos locais nada fazem para “organizar a casa”, de acordo
com o dono da casa e não segundo as vontades dos inquilinos.
Os muçulmanos moderados, na verdade, nunca foram moderados, apenas não
acreditam ter chegado o momento para o enfrentamento e esperam que se tornem maioria, ou
que tenham poder político, para implantar o estado islâmico nos países onde crescem dia-a-dia.
Com o surgimento do ISIS, o governo francês constatou que cerca de cinco mil jovens
partiram para a Síria, para lutar ao lado do califado, mas que, após a intervenção de forças da
coalizão, que começaram a derrotar os insurgentes, cerca de dois mil retornaram à sua pátria,
para lutar pelo ISIS na Europa, através de ações não convencionais.
Durante anos, o mundo ocidental temeu o comunismo. A história provou, entretanto,
que comunistas conseguem mudar seus posicionamentos, pois sua doutrinação é ideológica. No
caso do islamismo, porém, a doutrinação é religiosa, ou seja, é uma determinação divina – se o
fiel não cumprir as ordens de Deus estará condenado por toda a eternidade.
E, assim como nas igrejas cristãs os pastores de cada templo estabelecem as normas
a serem seguidas, sempre objetivando cumprir os ensinamentos de Jesus Cristo, também os
imãs, líderes religiosos muçulmanos, ditam as suas interpretações, dos ensinamentos deixados
pelo profeta Maomé, porém todos esses ensinamentos em conflito com os pregados pelo
cristianismo e pela sociedade ocidental.
Como exemplo, posso citar que, para o muçulmano, a mulher é um objeto, não tem
direitos. Alguns apregoam que não pode ter prazer sexual, tirando-lhes o hímen. Outros,
entendem que o marido pode espancar a esposa se entender que ela não agiu de acordo com sua
vontade. Outros, até, que é lícito ao marido mutilar e, até, tirar a vida da própria mulher, se
suspeitar que ela o esteja traindo. E, detalhe, tudo isso baseado na lei islâmica, de forma legal e
sem punição para o agressor.
Se é permitido a eles a construção de seus templos, e a pregação de sua fé, em
nossas cidades, porque nossos pregadores não podem fazer o mesmo em seus países? Porque
freiras e missionárias são estupradas e mortas e padres e pastores enforcados, fuzilados ou
queimados vivos, apenas por divulgarem a fé cristã em locais onde há a presença de população
islâmica?
O que temos assistido na mídia, as execuções em massa, de cristãos, no Iraque e na
Síria, só é realizado porque esses muçulmanos entendem que têm o poder absoluto sobre
aquelas áreas; que o braço do ocidente cristão não os alcançará; e que, acima de tudo, estão
cumprindo seu papel religioso, estão punindo os infiéis.
Agora, pressionados pela aviação americana, francesa, inglesa, egípcia e russa, entre
outras; enfrentando forças terrestres iraquianas, sírias, jordanianas, turcas e curdas, treinadas e
equipadas, o jogo começou a mudar e muitos terroristas escolheram um novo terreno para sua
luta, seus próprios países.
Nestas levas de imigrantes que chegam, todos os dias, aos países acolhedores,
inclusive o Brasil, quem são os moderados e quem são os radicais? No nosso caso, como estão
agindo os órgãos de controle e inteligência para mapear quem chega, onde fica e o que faz em
nossa terra de Santa Cruz?
Já sabemos, através da mídia, que a inteligência norte americana detectou a presença
de apoiadores e financiadores de grupos radicais na tríplice fronteira, mas não podemos
permanecer, apenas, como recebedores das informações repassadas por serviços de inteligência
estrangeiros que agem em seus próprios interesses, até mesmo dentro de nossa pátria.
A imigração muçulmana continua a crescer no Brasil. Aqui temos facilidades para tudo
o que não é permitido. Assim, eles podem ter acesso às armas; campos de treinamento; pessoal
para recrutamento; simpatia, descontrole na fiscalização e impunidade por parte do Estado, que
entende, até, poder dialogar com o ISIS.
A religião Islamica se fundamenta em “Doutrinas Essenciais”, onde destaco a crença
no destino (kismef), que significa: tudo está predestinado por ordem de Alá; e os “Deveres
Essenciais”, que significa a Guerra Santa contra os infiéis (Jihad), ou seja, a luta ou o esforço em
prol da expansão do islã por todo o mundo.
Então, como nação cristã, abramos os olhos, antes que o Cristo Redentor venha a ser
um alvo futuro.
Jorge Heleno de Araújo é militar da reserva do Corpo de Fuzileiros Navais,
pedagogo, Presidente da ONG Segurança nas Cidades e membro da CEAS.
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