O Renascimento da Arte Profª Sthephane Godoi Todos os caminhos partem de Florença A Renascença: o começo da pintura moderna • No ínicio dos anos de 1400, o mundo acordou. Tendo início em Florença, a Renascença, ou renascimento da cultura, se estendia a Roma e Veneza e, em 1500, ao resto da Europa. • Redescoberta da Arte e da literature da Grécia e de Roma, o estudo científico do corpo humano e do mundo material e a intenção de reproduzir com realismo as formas da natureza. Os quatro grandes patamares • Óleo sobre tela: Tornou-se o meio por excelência na Renascença. O aumento das opções de cores, com suaves nuances de tonalidaes, permitiram aos pintores representar texturas e similar formas em três dimensões. • Perspectiva: Uma das descobertas mais significativas da história da arte. Método de criar ilusão de profundidade numa superfície plana, que veio a ser a base da pintura europeia. • O uso de luz e sombra: O chiaroscuro, que significa “claro/escuro” em italiano, se referia a uma nova técnica para modelar formas em que as partes mais claras parecem emergir das áreas mais escuras, produzindo, na supefície uma ilusão de relevo escultural. • Configuração de pirâmide: Os rígidos retratos em perfil e o agrupamento de figuras numa grade horizontal no primeiro plano da pintura deram lugar a uma “configuração piramidal”, mais tridimensional. Quem pagava as contas? • Os artistas dependiam do sistema de mecenato, não só para se sustentarem, mas para comprar o material de trabalho, que era caro. • O inspirado gosto de Lourenço Médici, aliado a prédios e obras generosamente patrocinados por ricos governantes, fez de Florença uma obra de arte. • A palavra patrono (Protetor, mecenas), significa “patrão”. Primeiro Período da Renascença: Os três primeiros destaques. Masaccio • O fundador da pintura da primeira fase da Renascença, que veio a ser a pedra angular da pintura europeia por mais de seis séculos, foi Masaccio. Apelidado de “relachado”, porque descuidava de sua aparencia em favor da arte. Foi o primeiro desde Giotto , a não pintar a figura humana como uma coluna linear, no estilo gótico, mas como um ser humano real. O dinheiro do tributo, Masaccio. 1427. Santa Maria del Carmine, Florença. Donatello • O que Masaccio fez na pintura, Donatello fes na escultura. Sua obra recapturou a descoberta central da escultura clássica: o contrapposto, ou peso concentrado numa das pernas e o resto do corpo em relaxamento, ligeiramente virado para um lado. Esculpia e drapeava as roupas das figuras com realism, de acordo com a estrutura óssea subjacente. Davi Maria Madalena Botticelli • Enquanto Donatello e Masaccio lançavam as bases do realism tridimensional, Botticelli se movia na direção oposta. Seu estilo decorative linear e as louras donzelas flutuantes eram mais um retrocesso à arte Bizantina. Por outro lado, seus nus sintetizam a Renascença. O nascimento de Vênus marca o renascimento da mitologia clássica. O nascimento de Vênus, 1482. Florença. A Renascença Italiana Heróis da alta renascença: Roma e Veneza Leonardo da Vinci “O homem da Renascença • Leonardo foi universalmente admirado por sua beleza, seu intelecto e seu charme. • Fez mais que qualquer outro para criar o conceito de gênio-artista. Acentuou permanentemente os aspectos intelecctuais da arte e da criatividade, Leonardo transformou o status do artista em, segundo suas palavras, “Senhor e Deus”. Mona Lisa, ou La Gioconda, 1503-06, Louvre. Paris A última ceia, 1495. Santa Maria dele Grazie, Milão. Os cadernos anatômicos. Michelangelo: O Divino. • Foi criado por uma ama de leite, cujo marido era cortador de pedras. Cresceu interessado em esculturas, desenho e arte. • Michelangelo foi quem mais contribuiu para elevar o status do artista. Acreditando que a criatividade era uma inspiração divina, quebrou todas as normas. O escultor • Michelangelo achava que, entre todas as artes, a mais próxima de Deus era a escultura. Deus havia criado a vida a partir do barro, e o escultor libertou a beleza da pedra. Segundo ele, sua técnica consistia em “libertar a figura do mármore que a aprisiona” Pietà. 1498-99. Basílica de São Pedro, Roma. O pintor: A Capela Sistina • Uns vinhedos sobre fundo azul – foi o que o papa Julio II pediu para embelezar o teto da Capela Sistina, que mais parecia o de um celeiro. E o artista lhe deu mais de 340 figuras representando a origem e a queda do homem, no empreendimento artístico mais ambicioso da Renascença. O fato de Michelangelo ter realizado tal proeza em menos de quatro anos, sem assistentes, é testemunha de sua singularidade. A criação de Adão (detalhe) 1508-12, Capela Sistina, Roma. Deus com a aparência de Zeus transmite a chama da vida a Adão. Rafael • Dentre as três maiores figuras da escola da Alta Renascença (Leonardo, Michelangelo e Rafael), Rafael seria eleito o mais popular. Enquanto os outros dois eram reverenciados, Rafael era adorado. • A arte de Rafael foi a que mais expressou todas as qualidades da Alta Renascença. De Leonardo, ele assimilou a composição piramidal e aprendeu a modelar rostos em luz e sombra. De Michelangelo, adotou as figuras dinâmicas, de corpo inteiro, e a pose do contraposto. Escola de Atenas. 1510-11. Vaticano, Roma. Ticiano: Pai da pintura moderna • Assim como seus contemporâneos venezianos, Ticiano, que dominou o mundo da arte durante sessenta anos, usava as cores fortes como principal meio expressivo. Primeiro pintava a tela de vermelho, para dar calor ao quadro, depois pintava o fundo e as figuras em matizes vívidos e acentuava as tonalidades usando de trinta a quarenta camadas vidradas. Um dos primeiros artistas a abandonar os painéis de madeira, adotou o óleo sobre tela como seu veículo característico. Bacanal dos Adrianos, 1518. Prado, Madri.