A filosofia para Wittgenstein

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I Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão da UERR – I EEPE/UERR
A FILOSOFIA PARA WITTGENSTEIN
NASCIMENTO, Elisângela Andrade do
ZANETTE, Edgard Vinicius Cacho
[email protected] – Graduanda em Filosofia pela Universidade Estadual de Roraima – UERR.
[email protected] – Orientador - Professor Efetivo do Curso de Filosofia da Universidade Estadual de
Roraima – UERR.
Palavras
Chave:
Wittgenstein,
Filosofia
Analítica,
Jogos
de
Linguagem.
Introdução
Propomos investigar o que é filosofia para Wittgenstein e para que ela serve. Ludwig Joseph Johann
Wittgenstein nasceu em Viena, em 1989 e morreu em Cambridge em 1951. Suas principais obras
são: Tractatus logico-philosophicus, publicado em 1921, e Investigações Filosóficas, publicada
postumamente em 1953. Foi aluno de Bertrand Russell. O contato dos dois marcou substancialmente
sua trajetória filosófica. Wittgenstein influenciou significativamente a Filosofia Analítica da Linguagem,
sendo considerado por muitos estudiosos o mais importante representante desse movimento. (Reale,
2005)
Demonstraremos pelo pensamento de Wittigenstein dois vieses da filosofia da linguagem,
buscaremos por meio desses vieses compreender o que é e para que serve a filosofia em
Wittigenstein; um corresponde à filosofia lógica da linguagem, onde os limites da linguagem estão nos
limites do mundo, nada pode ser pensado fora dele e todo pensamento racional é explicado por
proposições que explicam tudo. O segundo viés corresponde à filosofia analítica da linguagem, onde
o uso da palavra nos possibilita fazer as mais diversas coisas.
Material e Métodos
O material e os métodos utilizados foram leituras da bibliografia sobre o autor e fichamentos
provenientes das aulas da disciplina de Introdução à Filosofia.
Resultados e Discussão
Observamos que o primeiro Wittigesntein, o do Tractatus logico-philosophicus, explica o mundo
ontologicamente pela linguagem; onde a linguagem representa a realidade, ou seja, ela não só
descreve o mundo, mas o representa em sua estrutura dando sentido aos fatos. Já o segundo
Wittgenstein se ocupa de novas Investigações Filosóficas sobre a linguagem, ele concebe a
linguagem e sua atividade de uso como uma unidade, onde não mais devemos conceber a linguagem
como um conjunto de nomes que denominam ou designam os objetos. Representar significa
denominar, o que agora para Wittgenstein é um grande erro, pois com as proposições: Água!;
Socorro!; Não!: etc., podemos fazer as mais diversas coisas e tudo depende do uso e não do
significado da palavra, aprender a linguagem é mais que denominar os objetos, denominar significa
apenas prender a palavra em uma possibilidade; aprender seria preparar-nos para os jogos de
linguagem. Nesse pensamento, o significado é o uso da palavra. (Reale, 2007).
Conclusões
Para o primeiro Wittgenstein “'a filosofia não é doutrina, mas atividade. Uma obra filosófica consiste
essencialmente em elucidações” (prop. 4.112). E se faz atividade filosófica mostrando a capacidade
dos símbolos de representar simbolizado e aclarando as combinações de símbolos entre si”. (Reale,
2007:660). Para ele a filosofia deve esclarecer o pensamento, pois é o pensamento que representa a
realidade e cada elemento da realidade. Para o segundo Wittgenstein a filosofia tem como função
descrever a linguagem a partir da perspectiva do uso da palavra, pois há mais de uma ou duas
possibilidades para se ver um conceito. Wittgenstein (1975), fala que as pessoas sentem-se forçadas
a ver um conceito a partir de determinada possibilidade. Devemos, segundo Wittgenstein, descrever
as diversas possibilidades de uso do conceito. Isso, segundo ele, é filosofia.
Agradecimentos
Realização:
Rua Sete de Setembro, nº 231 – Bairro Canarinho
Tel.: (95) 2121-0944/2121-0943
CEP: 69.306.530 – BOA VISTA – RR
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Agradeço ao Projeto PIBID – Filosofia/UERR ao qual estou vinculada, ao monitor de Introdução à
Filosofia Marcos Silveira Aranguiz e ao professor Dr Edgard Vinicius Cacho Zanette pela orientação
nesse trabalho.
Referências
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia, 6: de Nietzsche à escola de Frankfurt. v.
6. São Paulo: Paulus, 2005.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia: do humanismo a Kant. v. 3. São Paulo:
Paulus, 2007.
WITTGENSTEIN,Ludwig. Investigações Filosóficas. Coleção Os Pensadores XLVI. São Paulo:
Nova Cultural, 1975.
Sugestão de filme:
JARMAN, Derek. Wittgenstein. Roteiro: Derek Jarman, Ken Butler, Terry Eagleton. Inglaterra, 1993.
Longa-metragem, 75 min. Diálogo: inglês.
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