Alerta 16 - Unifal-MG

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No 16
Outubro/2012
Centro de Farmacovigilância da UNIFAL
Site: www2.unifal-mg.edu.br/cefal
Email: [email protected]
Tel: (35) 30111830
Equipe editorial: prof. Dr. Ricardo Rascado; profa. MsC.
Luciene Marques; Cristina Montanari; Tayra F. de Lima
“Hormônio do amor” pode tratar dores crônicas
A dor é um dos sintomas mais misteriosos da
medicina. A origem e o tratamento ainda não são
bem definidos pela ciência, o que pode fazer com
que alguns pacientes convivam anos com a
experiência dolorida, frequente e limitadora, sem
solução em analgésicos ou qualquer outro
medicamento.
A fibromialgia é uma síndrome comum que provoca
dor por todo o corpo por longos períodos, e
sensibilidade nas articulações, músculos, tendões e
outros tecidos moles. Ela também tem sido
associada à fadiga, problemas de sono, dores de
cabeça, depressão e ansiedade.
A estimativa de ensaios feitos pela Faculdade de
Saúde Pública de São Paulo é que, em média, três
em cada dez brasileiros sofram deste mal,
caracterizado pelas dores disseminadas no corpo
todo e sem causa aparente. O impacto no bem-estar
é tamanho que grupos das principais universidades
brasileiras se debruçam sobre o tema para encontrar
solução. Neste cenário, um dos caminhos avistados
pelo médico especializado em saúde pública da
Flórida (EUA), endocrinologista e uma das maiores
autoridades no assunto, Jorge Flechas, está na
utilização da “terapia do amor”.
Há 20 anos, Flechas começou a estudar os efeitos da
reposição da ocitocina, popularmente chamada de
hormônio do amor, para pacientes com fibromialgia.
O ponto de partida do médico eram as várias áreas
do cérebro que reagem na metabolização hormonal
da ocitocina.
Se fosse possível fazer uma droga do amor, a
ocitocina seria sem dúvida o principal ingrediente. É
um hormônio produzido principalmente pelo
hipotálamo, é liberada diretamente no sangue, ou
para outras partes do cérebro e da medula espinhal.
Embora provavelmente mais conhecida por seu
papel no parto e amamentação, ela também pode ter
muitos efeitos de longo alcance para homens e
mulheres em muitas áreas de suas vidas,
particularmente quando se trata de envolvimento
emocional. Ajuda a regular os padrões de sono,
acalmá-lo e contribui para uma sensação geral de
bem-estar.
Estudando o corpo, Flechas atestou que o hormônio
– liberado durante a amamentação, relação sexual e
namoro, por exemplo - promovia uma queda da
pressão arterial, relaxava o corpo e melhorava a
circulação sanguínea. Além disso, a parte cerebral
chamada amígdala, responsável por estimular o
sistema nervoso e promover, em alguns casos,
episódios doloridos, ficava “anestesiada”. E ainda,
ele acompanhou mulheres com fibromialgia que,
quando engravidavam, ficavam livres dos sintomas
doloridos. Para ele, a associação à ocitocina,
produzida ainda mais na gestação, ficou evidente.
Diante disso, passou a estudar aplicações da injeção
em pacientes com dores crônicas e também em
mulheres com falta de apetite sexual. O método é
experimental e as pesquisas ainda estão em
andamento. Flechas quer expandir o uso e as
pesquisas não só para a fibromialgia, mas também
para o autismo e as disfunções sexuais de homens e
mulheres.
Bibliografia: Saúde/Alimentação e Bem-Estar disponível em:
http://saude.ig.com.br/alimentacao-bemestar/2012-1026/hormonio-do-amor-pode-tratar-dores-cronicas.html. Acessado
em: 31 de outubro de 2012.
PubMed
disponível
em:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0001463/.
Acessado em: 31 de outubro de 2012.
Apotheka
disponível
em:
http://www.farmapotheka.com.br/noticias/ocitocina_a_verdadeir
a_droga_do_amor_4e2d. Acessado em: 31 de outubro de 2012.
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