ovos cabeça

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10/05/2016
Reprodução e
Desenvolvimento de Insetos
Tipos de reprodução
 Oviparidade: as fêmeas depositam os ovos
que dão o nascimento às larvas ou ninfas.




Ovos em massa ou isolados, protegidos ou
não
Nas plantas, no solo, na água, em animais,
sobre ou dentro de outros insetos, etc.
As posturas podem ser endo ou exofíticas
O número de ovos varia de um (pulgões em
clima frio) a milhões (insetos sociais)
Tipos de reprodução
 Viviparidade: o desenvolvimento embrionário é completado
dentro do corpo da fêmea, que deposita a larva ou a ninfa em
vez de ovos.
 Ovoviviparidade: quando são depositados ovos em
avançado estádio de desenvolvimento do embrião, ou
mesmo larvas recém-eclodidas. Ex.: Tachinidae
 Viviparidade adenotrófica: quando após a eclosão as larvas
são retidas no corpo da fêmea onde se alimentam de
secreções de glândulas hipertrofiadas, sendo depositadas
larvas maduras que logo pupam. Ex.: moscas tsé-tsé
 Viviparidade no hemocele: os ovos são liberados no
hemocele e as larvas devoram o corpo da fêmea. Ex.:
Strepsiptera
 Viviparidade pseudoplacentária: o embrião se desenvolve
eu uma parte alongada da vagina. Ex.: pulgões
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Tipos de reprodução
Tachinidae
Strepsiptera
Tipos de reprodução
 Partenogênese: os óvulos desenvolvem-se
completamente, sem nunca terem sido fecundados



Partenogênese telítoca: quando se originam apenas
fêmeas. Ex.: pulgões em regiões de clima tropical
Partenogênese arrenótoca: dá origem apenas à
machos. Ex.: zangões
Partenogênese anfítoca: quando origina indivíduos de
ambos os sexos. Ex.: pulgões durante o outono
Tipos de reprodução





Partenogênese facultativa: os óvulos não fecundados
dão origem apenas à fêmeas e os fecundados à
ambos. Ex.: Coccus hesperidium
Partenogênese obrigatória: quando a reprodução só
ocorre por partenogênese. Ex.: zangões e pulgões em
clima tropical
Partenogênese apomítica: quando não há redução no
número de cromossomos durante a oogênese. Ex.:
pulgões
Partenogênese automítica: quando há redução no
número de cromossomos durante a oogênese. Ex.:
moscas-brancas
Partenogênese reducional: quando os descendentes
são haplóides. Ex.: zangões
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Tipos de reprodução
Coccus hesperidium
Tipos de reprodução
 Pedogênese: insetos imaturos que possuem ovários
funcionais. Ex.: Cecidomyiidae e Chironomidae
 Neotenia: retenção dos caracteres imaturos no
estágio adulto. As fêmeas adultas são larvas
neotênicas que se acasalam e depositam ovos
dentro do cesto. Ex.: bicho-cesto
 Poliembrionia: produção de dois ou mais embriões a
partir de um único ovo. Ex.: Encyrtidae, Braconidae,
etc.
 Hermafroditismo: os dois sexos acham-se presentes
no mesmo indivíduo. Ex.: Icerya purchasi
Tipos de reprodução
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Desenvolvimento
 Mudança no tamanho (ecdise) e forma
(metamorfose)
 Pode ser dividido em:
 embrionário (fase de ovo) e
 pós-embrionário
Desenvolvimento
 Desenvolvimento embrionário

Para insetos de reprodução sexuada:



Inicia com a fecundação do óvulo  núcleo
zigótico
Termina com a eclosão da larva ou ninfa
Para insetos de reprodução partenogenética:

Inicia através de um estímulo (físico ou químico)
Desenvolvimento
 O embrião é formado por um processo de
divisão ordenada:

Ovo  núcleo  núcleos de clivagem 
blastoderma  disco germinativo  camadas
germinativas primárias (endoderma,
mesoderma e ectoderma)  gástrula
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Desenvolvimento
Camadas germinativas primárias:
endoderma
Mesêntero
Aparelho circulatório
Testículos e ovários
mesoderma
Músculos
Hemócitos
Corpos gordurosos
ectoderma
Estomodeu
Proctodeu
Aparelho respiratório
Sistema Nervoso
Oviduto e canal ejaculador
Desenvolvimento
 Eclosão
 Final do desenvolvimento embrionário
 Mecanismo de eclosão:




Aparecimento de movimentos peristálticos na
faringe (indicação de deglutição de líquido
amniótico)
Com a deglutição do líquido o inseto aumenta de
volume
Após, através de contração muscular ele rompe
as membranas do ovo
Continuação os movimento musculares até o
abandono do ovo.
Desenvolvimento
 Desenvolvimento pós-embrionário
 Inicia com a eclosão da larva e termina com a
emergência do adulto




Fase de intensas transformações
Crescimento cíclico
O desenvolvimento é marcado por uma série de trocas
do tegumento (ecdise) e as conseqüentes mudanças
morfológicas (metamorfose)
Assim:
 Ecdise  crescimento do corpo e
 Metamorfose  mudança de forma
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Desenvolvimento: metamorfose - tipos
 Ametabolia: Não há mudança de forma, apenas o crescimento
do corpo. Ex.: traça-dos-livros
 Hemimetabolia ou paurometabolia: a forma jovem
assemelha-se ao adulto, com a diferença externa de tamanho,
ausência de asas e órgãos genitais imaturos. Ex.: náiades de
libélula e ninfas de gafanhotos, cigarrinhas, percevejos,
baratas, cupins, etc; efemerópteros, etc.
 Holometabolia: Metarmofose completa, compreendendo
obrigatoriamente as fases de ovo, larva, pupa e adulto. Ex.:
besouros, moscas, borboletas, abelhas, formigas, etc.
 Hipermetabolia: uma seqüência de formas larvares
precedendo o estado de pupa. Ex.: Meloidae
 Hipometabolia: apresenta a última fase de ninfa imóvel, com
hábito semelhante à pupa, mas morfologicamente igual a uma
ninfa. Ex.: cigarras, etc.
Desenvolvimento: metamorfose - tipos
Náiade ou ninfa aquática
Ninfas de libélula
Desenvolvimento: metamorfose - tipos
Ninfa terrestre
Ninfa de reduvideo
Ninfa de pentatomideo
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Desenvolvimento: metamorfose - tipos
Exemplo de
Hipermetabolia
Desenvolvimento: metamorfose –
controle hormonal
 O controle da metamorfose e da ecdise é de
natureza hormonal
 Os hormônios envolvidos são produzidos por
glândulas endócrinas
 Os principais hormônios são:
 Hormônio protorácico-trópico
 Ecdisteróides
 Hormônio da eclosão
 Hormônio juvenil
 Bursicônio
Desenvolvimento: metamorfose –
controle hormonal
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Desenvolvimento: metamorfose –
controle hormonal
 Hormônio protorácico-trópico
É um polipeptídio produzido por células nervosas com
função secretora (neurossecretoras) em uma região do
protocérebro (pares intercerebrais)
 É armazenado em um par de glândulas retrocecebrais
(corpos cardíacos)
 Função: estimular as glândulas protorácicas (localizadas na
cabeça ou tórax) a produzir os ecdisteróides
 Ecdisteróides
 Esteróis com atividade promotora da ecdise
 O ecdisônio é o mais comum e não é armazenado (é
liberado na medida que é produzido)
 As glândulas produtoras (glândulas protorácicas) são
degeneradas no estágio adulto, na maioria das espécies
 Função: preparar as células para a apólise.

Desenvolvimento: metamorfose –
controle hormonal
 Hormônio da eclosão
Produção e armazenamento semelhante ao hormônio protorácicotrópico
No último ínstar larval é sintetizado e armazenado nos gânglios
torácicos e abdominais e liberado antes de ocorrer o estádio de pupa
 Função: regular o comportamento do inseto durante as ecdises
 Hormônio juvenil
 Também conhecido por neotenim
 Produzido em um par de glândulas retrocerebrais (corpos alados),
situados próximos ao esôfago
 Apresenta conexões nervosas com as células neurossecretoras e o
gânglio subesofagiano
 Também não é armazenado, a exemplo do ecdisônio
 Funções: manutenção dos caracteres larvais ou ninfais dos insetos na
fase jovem e maturação sexual e comportamento em adultos
 Bursicônio
 Produzido pelas células neurossecretoras do cérebro
 Função: escurecimento do novo tegumento


Desenvolvimento: metamorfose –
mecanismo
 O hormonio pró-torácico é liberado na hemolinfa e




estimula as glândulas protorácicas a produzir os
ecdisteróides (ecdisônio)
Com aumento do nível de ecdisônio ocorre o processo de
apólise e inicia-se a produção da epicutícula pelas células
da epiderme
O tipo de cutícula a ser produzido (se para formas jovens
ou adulta) depende da presença do neotenim. Assim, na
fase de pupa o neotenim desaparece e a produção de
ecdisônio leva a produção da cutícula do adulto
O hormônio da eclosão regula o comportamento do inseto
para o início da ecdise
Após a ecdise ocorre a expansão, o escurecimento, o
endurecimento e a deposição da endocutícula, pela ação
provável do bursicônio.
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Desenvolvimento: metamorfose –
principais eventos
Desenvolvimento: fases pósembrionárias
 Larva:
 Vermiforme: larva ápoda, em que
muitas vezes a cabeça não é
diferenciada. Ex.: larvas de
moscas
 Eruciforme: larva de borboletas e
mariposas, também chamada de
lagarta. Apresenta três pares de
pernas torácicas e cinco
abdominais, portadoras de
colchetes ou ganchos as quais
podem estar ausentes nos 3º, 4º e
5º urômeros (mede-palmo).
Himenópteros podem também ter
este tipo de larvas, mas não
apresentam colchetes e
geralmente o número varia, com
uma média de 8 pares.
vermiforme
eruciforme
Desenvolvimento: fases pósembrionárias
 Larva:
 Limaciforme: larvas achatadas e ápodas, parecidas
com lesmas. Ex.: Syrphidae



Curculioniforme: ápoda, recurvada, com cabeça
diferenciada e quitinizada, branco-leitosa. Ex.:
tamanduá-da-soja, bicheira-da-raíz do arroz, etc.
Carabiforme: larva alongada, com três pares de
pernas torácicas curtas. Ex.: carabídeos
Escarabeiforme: larva recurvada em forma de “C”, com
três pares de pernas torácicas, branco-leitosa, com
muitas dobras no tegumento. Ex.: pão-de-galinha,
capitão, etc.
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Desenvolvimento: fases pósembrionárias
curculioniforme
carabiforme
limaciforme
escarabeiforme
Desenvolvimento: fases pósembrionárias
 Larva:
 Campodeiforme: larva com três pares de pernas
torácicas alongadas, muito ágil. Ex.: joaninhas
 Elateriforme: larva alongada, achatada, com o corpo
bastante quitinizado (“duro”), três pares de patas
torácicas. Ex.: larva arame


Buprestiforme: larva ápoda, com cabeça pequena,
segmentos torácicos alargados, destacando-se a parte
anterior do corpo. Ex: buprestídeos
Cerambiforme: larva parecida com a anterior, porém
com a segmentação mais nítida e a parte anterior do
corpo pouco destacada. Ex.: serra-pau
Desenvolvimento: fases pósembrionárias
Campodeiforme
Cerambiforme
Elateriforme
Buprestiforme
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Desenvolvimento: fases pósembrionárias
 Pupa:
 Livre ou exarada: pupa
com apêndices
(antenas ou pernas)
visíveis e afastados do
corpo. Ex.: alguns
besouros, abelhas,
vespas, etc.
Desenvolvimento: fases pósembrionárias
 Pupa:
 Obtecta: pupa com apêndices intimamente aderidos
ao corpo, sendo difícil a sua visualização. Ex.:
lepidópteros, traça, etc
 Crisálida
 Pupa nua
 Pupa em casulo
estojo
 Pupa em estojo
Desenvolvimento: fases pósembrionárias
casulo
crisálida
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Desenvolvimento: fases pósembrionárias
Pupa nua
Bicho-cesto
Desenvolvimento: fases pósembrionárias
 Pupa:
 Coarctada: pupa envolvida pela exúvia do último ínstar
larval, sem apêndices visíveis. Ex.: dípteros
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Aula prática
As larvas foram amarradas com linha comum de
costura na região do 5 segmento larval, aos 5 e 7
dias após a eclosão dos ovos.
Amarriu aos
5 dias após eclosão
Amarriu aos
7 dias após eclosão
Testemunha
Aula prática
 Questões para práticas experimentais:
O que ocorre se o hormônio juvenil
(neotenim) é aplicado de forma exógena
na fase de pupa?
 Caso fosse aumentada a concentração do
ecdisônio em larvas recém eclodidas, o
que iria acontecer?
 Se formas jovens tiverem a circulação da
hemolinfa bloqueada logo após o tórax o
que ocorrerá? O que isso prova?

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