Curso de Enfermagem Artigo de Revisão O USO DE CÉLULAS-TRONCO DO SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL E PLACENTÁRIO NO TRATAMENTO DE LEUCEMIA EM CRIANÇAS THE USE OF UMBILICAL CORD BLOOD OF STEM CELLS AND PLACENTAL TO TREAT CHILDREN WITH LEUKEMIA Launicesar Ramos Boaventura1, Judith Aparecida Trevisan² 1 Aluno do Curso de Enfermagem 2 Professor Especialista Resumo O que usualmente é jogado no lixo torna-se rica fonte de vida e de esperança para aqueles que fragilizados aguardam por cura. O uso de Células-Tronco do Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (SCUP) ganha notoriedade no tratamento da Leucemia em crianças. O estudo em questão busca compreender a importância da utilização das Células-Tronco do SCUP no tratamento da Leucemia Infantil, identificando sua cura. Também procura demonstrar a importância dos profissionais de Enfermagem no contexto de responsabilidade para com o processo. Bem como evidenciar formas de adicionar o conhecimento à Sociedade, tornando-a participativa do sistema. Trata-se de um estudo de Revisão de literatura, com abordagem descritiva qualitativa. Abrange de forma objetiva a aplicação prática de conceitos baseados em evidências científicas e propõe algumas tomadas de decisões, contribuindo de forma significativa. A Leucemia é uma doença hematológica grave, sendo o tumor de maior incidência na infância a Leucemia Linfocítica Aguda. A hostilidade da doença levou a diversos estudos sobre a melhor forma terapêutica capaz de erradicá-la do organismo, alcançando gigantescos avanços, destacando as Células-Tronco do SCUP, que desde a sua descoberta vem provendo cura, apontando uma taxa de 80%. A utilização do SCUP envolve processos complexos, necessitando uma equipe altamente especializada. A Enfermagem torna-se um elo no processo saúde-doença dessas crianças, influenciando na qualidade de vida das mesmas. A necessidade de difundir o conhecimento à Sociedade se dá pelo fato de que a discussão sobre a temática é pouco usual. Conclui-se que é essencial maior incentivo na disseminação de informações principalmente ao público leigo sobre os benefícios do SCUP, e que, os profissionais da área de saúde devem capacitar-se para possibilitar o tratamento de um maior número de crianças com Leucemia. Palavras-chave: Células-Tronco; Leucemia; SCUP; Criança. Abstract What is usually thrown in the garbage becomes rich source of life and hope for those who eagerly await fragile healing. Use of Stem Cells Blood and Umbilical Cord Placenta (SCUP) became well known in the treatment of leukemia in children. The present study seeks to understand the importance of using the SCUP Stem Cells in the Treatment of Child Leukemia, identifying the cure of it. It also seeks to demonstrate the importance of nursing professionals in the context of accountability to the process. And highlight ways to add knowledge to the Company on the subject, making it participatory system. This is a literature review study with qualitative descriptive approach. The literature search was performed in databases recognized as Lilacs, Bireme and Medline. Were selected for preliminary analysis 62 literatures, with the inclusion criteria were those related to the theme, making up a cut on the year, from 2000 to 2014. The study addresses objectively the practical application of concepts based on scientific evidence and proposes some decision making, contributing significantly to the theme. Leukemia is a serious blood disease. It is considered as the most frequent tumor in childhood with an Acute Lymphocytic Leukemia, the most frequent. The hostility of the disease led to many studies on the best form of therapy can eradicate it from the body, reaching gigantic advances. Among these advances, we highlight the use of Stem Cells from SCUP, which since its discovery has been providing healing and consequently a better quality of life for children with leukemia, which now shows a cure rate of 80%. The use of UCB involves complex processes, thus requiring a highly specialized team. Nursing becomes an important link in the health-disease of these children, providing care that influence the quality of life for them. The need to disseminate knowledge to society in general is identified as a factor of paramount importance, since the discussion on the subject is unusual. It follows that it is essential to greater incentive in the dissemination of information mainly to the lay public about the benefits of SCUP, and that health professionals should enable to enable aid to the treatment of a larger number of children with leukemia. Keywords: Stem Cells; leukemia; SCUP; Child. Contato: [email protected] Introdução É notável que só apenas recentemente a ciência tenha conscientizado e passado a ver com olhar mais especulativo à tamanha importância das células-tronco. De acordo com SOUZA; DÉCIO, 2005, apenas na transição deste terceiro milênio é que se veio despertar sobre os benefícios das mesmas aos seres humanos. A utilização dessas células é a principal fonte de esperança, em determinadas situações a um paciente que aguarda por cura. Debates sobre a temática vêm sendo discutido na comunidade acadêmica de saúde nacional e internacional, também sendo conhecido e mais aceito pela sociedade em geral, conforme OLIVEIRA, 2007. As células-tronco são células que possuem o poder ilimitado de diferenciação e auto renovação encontradas em tecidos embrionários e extraembrionários. (SOUZA, et al. 2003) Para melhor compreensão do conceito de células-tronco é necessário considerarmos como uma das fases de nossa vida. O organismo humano é formado por uma legião de células. A partir da fecundação é que se dá o início do desenvolvimento dessa legião celular que formará o ser humano. (MOORE; PERSAUD, 2008) Após a junção dos gametas masculino e feminino, forma-se uma única célula denominada ovozigoto, essa sofrerá diversas divisões mitóticas até formar um pequeno embrião que com mais ou menos cinco dias é chamado de blastócito, são células-tronco embrionárias, ou seja, células pluripotentes, que vão se diferenciar em quase todos os tecidos humano. (SCHOENWOLF, 2009) Por outro lado, no organismo adulto também se encontra células-tronco que são responsáveis pela homeostase tecidual, gerando a renovação fisiológica de novas células, sendo as mesmas multipotentes capazes de se diferenciar em tecidos determinados (SOUZA, et al. 2003). Conforme citam pesquisadores do INCA, essas células-tronco são encontradas em diversos tecidos do corpo humano, como fígado, tecido adiposo, sistema nervoso central, cordão umbilical, placenta e sangue, chamando a atenção nesta abordagem para o Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (SCUP). Para SOUZA; DÉCIO, 2005 uma célulatronco, portanto, é um tipo especial de célula que tem a capacidade singular de gerar outra célulatronco ou gerar um tipo de célula especializada. Pesquisadores conseguiram comprovar a existência de grande quantidade de Células Progenitoras Hematopoiéticas (CPH) no sangue de Cordão Umbilical e Placentário (SCUP), podendo as mesmas serem criopreservadas e descongeladas posteriormente. (MENDESTAKAO, et al, 2010) As vantagens do uso de células-tronco do Sangue de Cordão Umbilical e Placentário são inúmeras, dentre elas, não envolver risco para o doador, não ser um procedimento invasivo e maior número no quantitativo de células-tronco por volume coletado, possuindo uma alta capacidade de proliferação. (SENEGAGLIA, et. al, 2009). SEBER, 2000, afirma ainda que existe outra vantagem quando se comparada ao TMO (Transplante de Medula Óssea), visto que ao se optar por esse, recorre-se a um banco de dados onde o potencial doador encontra-se registrado, o mesmo é convidado a se apresentar no centro de coleta mais próximo para a realização de exames médicos e doação. As células coletadas são enviadas ao receptor de avião onde ele estiver, tornando-se um processo demorado e dispendioso. O SCUP, ao contrário já se encontra coletado e congelado, pronto para a utilização. O SCUP é utilizado em mais de 70 tipos de tratamento, dentre eles a Leucemia, um subtipo de câncer. Conforme pesquisadores do INCA, câncer são células de crescimento rápido e desordenado que podem espalhar-se para outras regiões do corpo, que tendem a ser agressivas e incontroláveis determinando a formação de neoplasias malignas. Fonte: INCA 2014 O câncer em crianças compreende cerca de 0,5% a 3% no âmbito mundial de todas as neoplasias malignas comparadas à população em geral, estimando-se uma incidência anual mundial de duzentos mil casos. No Brasil observou-se que o mesmo varia de 1% a 4,6% conforme cita MUTTI, et al. 2010. Entre os cânceres mais agressivos e comuns na infância, destacam-se as Leucemias, conforme RODRIGUES; CAMARGO, 2003, correspondendo cerca de 25% a 30% dos casos. No Brasil, utilizam o limite de 18 anos de idade para a definição de câncer pediátrico, conforme recomendação do INCA (REIS, et al. 2007). Pesquisadores do INCA descrevem a Leucemia como uma neoplasia hematológica dos glóbulos bancos (leucócitos). ZANICHELLI, et al, 2010 afirma que a mesma é determinada pela proliferação, acúmulo e infiltração de células jovens ou imaturas anormais na medula óssea, que passa a substituir as células sanguíneas normais. Existem vários subtipos, sendo a de maior incidência em crianças a Leucemia Linfocítica Aguda (LLA), numa porcentagem de 80% (SANTANA, et. al, 2007), sendo a quimioterapia, radioterapia e o transplante de células-tronco uma eficaz fonte de cura. Cerca de 80% das crianças diagnosticadas possuem perspectiva de cura. É uma doença que possui um grau de dificuldade em ser diagnosticada, pois os primeiros sintomas são inespecíficos, vagos ou silenciosos podendo ser confundida com outras patologias. Porém possui uma rápida progressão e alguns casos podem ser diagnosticado precocemente como afirma ZANICHELLI, et al, 2010. Os Transplantes de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH) são utilizados na intenção de restaurar a função da medula por meio de infusão de células progenitoras ou células tronco (“stem cells”), que têm a capacidade de multiplicar-se e de diferenciar-se em eritrócitos, plaquetas e leucócitos, ou seja, todas as células sanguíneas maduras. (GARÓFOLO, et al. 2006). Esses transplantes exigem uma equipe multidisciplinar especializada, por ser um processo complexo as mesmas necessitam ser capacitadas para estarem aptas a acolher esses pacientes e suas respectivas famílias. (MERCÊS; ERDMANN, 2010) A assistência aos pacientes pediátricos oncológicos, refere-se ao conforto, bem-estar da criança, em que suas necessidades básicas (sono, alimentação, eliminações, recreação) sejam atendidas conforme as limitações causadas pelo avanço da doença. O profissional Enfermeiro tem importância no contexto de equipe multidisciplinar na busca por possíveis doadores e também como afirma BOCHI, et al. 2007, no suporte ao paciente, sendo capaz de torná-lo valorizado e independente dentro das limitações existentes no transplante. Dentro desse contexto, buscou-se compreender por meio de revisão bibliográfica, sustentação da grandeza e significância da utilização de células-tronco do Sangue de Cordão Umbilical e Placentário em Crianças com Leucemia, uma vez que pouco conhecido pela sociedade e a valorização e capacitação das equipes multidisciplinares, pois as mesmas são portas de acesso da sociedade ao conhecimento e ao alcance dos serviços de saúde, tanto públicos como privados tornando-se coprodutores de resultados positivos. MUTTI, et al. 2010, destaca a importância de uma equipe de saúde multiprofissional bem preparada na oncologia pediátrica para que sejam traçados planos de cuidados individualizados e com abordagem humanizada sendo indispensável a inclusão da família no cuidado, tornando mais produtivo o tratamento. Materiais e Métodos Trata-se de um estudo de Revisão de literatura, com abordagem descritiva qualitativa. A busca bibliográfica foi efetuada em base de dados reconhecida como Lilacs, Bireme e Medline, dissertações, teses, periódicos e livros. Foram selecionadas para análise prévia 102 literaturas, utilizando-se 55, tendo como critérios de inclusão as que estiveram relacionadas ao tema, fazendo-se um recorte quanto ao ano, entre 2000 a 2014, e o uso das palavras-chave: Células-tronco, Leucemia, SCUP, Criança. A pesquisa ocorreu de Fevereiro a Outubro de 2014. O estudo aborda de forma objetiva a aplicação prática de conceitos baseados em evidências científicas e propõe algumas tomadas de decisões, contribuindo significativamente com a temática. A análise e resultados da pesquisa serão apresentados conforme as normas do NIP (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa), ICESP/PROMOVE, 2014, e ABNT. Resultados e Discussão O uso das Células-Tronco do SCUP (Sangue do cordão Umbilical e Placentário) no tratamento de crianças com Leucemia Nas últimas décadas estudos evidenciam a satisfação na utilização de células-tronco no mundo todo, muitas vezes, assunto um tanto polemizado por entrar em contraste com certos limites jurídicos, éticos e morais escolhidos por cada cultura e sociedade. Mas os paradigmas vêm sendo mudados no decorrer dos anos, ao se verificar falhas na “concepção prévia” então vigente. As células-tronco se dividem em dois tipos: As células-tronco embrionárias, que são derivadas do estágio do blastócito de embrião, e as células-tronco adultas, presente em diversos órgãos, em especial as hematopoiéticas encontradas principalmente na medula óssea e no Sangue do Cordão Umbilical e Placentário. A primeira, ainda bastante polemizada sobre o seu uso. Já a segunda, mais aceita dentro dos novos paradigmas formados. (PRANKE, 2014) O Sangue do Cordão Umbilical e Placentário possui uma rica fonte de CélulasTronco Hematopoiéticas (CTH), as quais desde a sua descoberta passaram a serem enaltecidas pelo campo das pesquisas e nos dias de hoje, são reconhecidas como elementos de tamanha importância no tratamento de diversas patologias, direcionadas especialmente para acometimentos hematológicos e oncogênicos, principalmente à pacientes que não apresentam doadores compatíveis (OLIVEIRA; SILVA, 2005). O cordão umbilical nada mais é que a ligação entre a mãe e o feto (FAN et al., 2011). Ele é composto por duas artérias que serão responsáveis por levar produtos de excreção e dióxido de carbono para a placenta pra serem retirados do organismo e por uma veia responsável pelo transporte de nutrientes e oxigenação fetal. Protegendo todo o conteúdo umbilical envolvendo os vasos e o restante do cordão, encontra-se a geleia de Wharton (DESTRO 2012). Ainda conforme DESTRO, 2012, o cordão se desenvolve junto com o feto medindo cerca de 55 cm (podendo variar de 30 a 100 cm) sendo o mesmo úmido, de um branco leitoso e normalmente contorcido, estendendo-se da área umbilical do feto para o centro da superfície fetal placentária. Todo componente sanguíneo que fica retido nos vasos do cordão umbilical e placenta durante o nascimento da criança é considerado como SCUP (SILVA; LEOI, 2010). De acordo com a RDC n. 56 de 16 de dezembro de 2010, essa porção de sangue é rica em células progenitoras hematopoiética (BRASIL, 2010). Foi na Segunda Guerra Mundial que surgiram os primeiros relatos do uso de célulastronco hematopoiéticas, cuja fonte era especificamente sangue provindo do tecido placentário (DESTRO, 2012). O sangue do cordão umbilical é usado pela primeira vez em 1972 nos Estados Unidos da América, na tentativa de tratar uma Leucemia Linfoblástica (SEQUEIROS; NEVES, 2012). Edward A. Boyse, Hal E. Broxmeyer e Judith Bard sugerem em 1982 que o sangue de cordão umbilical seja uma grande fonte de células progenitoras hematopoiética (PEDRASSA; HAMERSCHLAK, 2008). Em 1988 no hospital de Saint-Louis na França, a doutora Eliane Gluckman juntamente com sua equipe realizam o primeiro transplante regular utilizando células de cordão umbilical como alternativa às células da medula óssea, em um paciente portador de Anemia de Falconi, consagrando-se como a pioneira na utilização das mesmas e o procedimento foi considerado sucesso total (SILVA JÚNIOR et al., 2009). Na Leucemia Linfocítica Aguda Infantil, registra-se na Duke University em 1993 o primeiro transplante alogênico de sangue do cordão umbilical e placentário (SEQUEIROS; NEVES, 2012). No Brasil em 2004 foi realizado pela equipe do Centro de Transplante de Medula Óssea do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o primeiro transplante de célula-tronco hematopoiética entre doador e receptor não aparentado (SILVA JÚNIOR et al., 2009). GLUCKMAN 2009, afirma que desde o sucesso obtido no primeiro transplante, vários aspectos se tornaram alvo de maiores questionamentos e investigação: Será que uma única unidade de sangue de cordão pode conter células-tronco suficientes para enxertar permanentemente crianças e adultos? São as propriedades das células hematopoiéticas do sangue do cordão diferente de células adultas? É possível estabelecer bancos de sangue do cordão umbilical para transplantes independentes e coligados? Quais seriam os critérios para a coleta, controle de qualidade e criopreservação? Seria possível a coleta de sangue do cordão umbilical não só para transplante familiar, mas também para os transplantes não relacionados? Todas estas questões foram respondidas durante os últimos 20 anos, graças ao desenvolvimento em todo o mundo e de uma intensa cooperação internacional influenciando na criação de bancos para o armazenamento das unidades de SCUP coletadas. Motivado pela temática o Dr. Pablo Rubinstein cria o primeiro banco público no New York Blood Center o Placental Blood Program em 1992, desde então vários outros centros passaram a estocar SCUP para a realização de transplantes, mantendo-as disponíveis a qualquer pessoa que necessite do transplante das mesmas no mundo, sendo enviadas com relativa rapidez (CASTRO Jr. et al, 2001). No Brasil, em 2001 foi inaugurado o primeiro banco público de SCUP pelo INCA, no Rio de Janeiro, desde então, contribuiu-se para o desenvolvimento dessa área, em especial na regulamentação específica e no projeto-piloto para o estabelecimento de bancos públicos. Em 2004 o Ministério da Saúde concretizava o estabelecimento da rede nacional pública de Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP) a BrasilCord (INCA, 2012). A rede previa o estabelecimento de um total de 13 Bancos em diferentes capitais do país a fim de atender a diversidade étnica, responsáveis pelos serviços de coleta, testes, processamento, armazenamento e liberação de células progenitoras hematopoéticas obtidas de sangue de cordão umbilical e placentário para uso alogênico não aparentado, sendo implantado até o momento 12 bancos de sangue de cordão umbilical e placentário nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo (4 centros), Brasília, Porto Alegre, Florianópolis, Fortaleza, Belém, Recife e Curitiba. (INCA, 2014). Após o nascimento o cordão umbilical deve ser clampeado e puncionado com uma agulha que estará conectada a bolsa de coleta. A placenta deve permanecer em local estéril e mais elevado quando comparado à bolsa, para que o sangue flua por gravidade (SILVA; LEOI, 2010). Conforme a RDC153/2004 a coleta deve ser feita, em sistema fechado, por médico ou enfermeiro treinado e capacitado. Os reagentes e materiais devem ser estéreis, apirogênicos e descartáveis. Somente deverá ser aceita se o volume do coletado for igual ou superior a 70 ml ou se o número total de células nucleadas for superior 5x108. Após a coleta o sangue deverá ser rotulado e armazenado a temperatura de 4 ± 2ºC até ser processado e criopreservado. O tempo entre a coleta, o início de processamento e criopreservação não deverá exceder 48 horas (BRASIL, 2004). A cada nova coleta, uma esperança a acompanha, visto que o sangue de cordão umbilical e placentário hoje é uma importante fonte de cura a várias patologias, dentre elas, a Leucemia Linfocítica Aguda (LLA), mais conhecida como Leucemia Infantil. Para uma melhor compreensão da mesma é importante entender a composição do sangue e da medula óssea normal. A medula óssea é um tecido esponjoso que está presente na cavidade dos ossos, principalmente os ossos chatos, é lá que acontece a hematopoese, processo esse denominado como a formação das células sanguíneas. Essas células se diferem em três tipos: glóbulos vermelhos mais conhecidos como hemácias ou eritrócitos, glóbulos brancos também conhecidos como leucócitos e as plaquetas, conhecidas como trombóticos (LEMOS, et al, 2007). Ainda conforme LEMOS, et al, 2007 a função dos eritrócitos é a oxigenação do organismo. As plaquetas responsáveis pela manutenção da hemostasia. Os leucócitos por sua vez, dividem si em neutrófilos, monócitos, eosinófilos, basófilos e linfócitos, cuja função é a defesa do organismo. É exatamente na produção do sangue que pode surgir a Leucemia, palavra essa derivada do grego Leukós (branco) e haêma (sangue), significando sangue branco. A LLA é uma neoplasia hematológica dos glóbulos bancos (leucócitos). Por alguma razão, de especificidade desconhecida pela medicina, há uma substituição dos elementos medulares e sanguíneos normais por células linfoides imaturas ou diferenciadas denominadas blastos, levando a falência medular em prover a hematopoese, resultando em anemia, neutropenia e plaquetopenia (VERAS, et al. 2012). Quanto ao diagnóstico, muitas vezes há uma demora, pois os primeiros sintomas são geralmente vagos, inespecíficos ou silenciosos podendo ser até mesmo confundido com demais patologias, no entanto, possui uma progressão rápida, podendo-se diagnosticar também precocemente. Os sintomas são: anemia, palidez, sangramentos excessivos na pele e nariz, infeções, dor óssea, aumento dos gânglios e febre persistente. O diagnóstico laboratorial pode ser feito através de dois exames principais denominados Hemograma e Mielograma (FARIAS; CASTRO, 2004). O tratamento de LLA é prolongado e variando de dois a três anos. O esquema terapêutico pode mudar dependendo do centro de tratamento ou do tipo de classificação da Leucemia, mas geralmente todos os pacientes pediátricos de LLA são tratados de maneira semelhante. O tratamento visa destruir as células leucêmicas para que a medula óssea volte a produzir células normais e são divididos em cinco fases: indução de remissão, intensificaçãoconsolidação, reindução, prevenção da leucemia no sistema nervoso central e manutenção de remissão. (ELMAN; SILVA, 2007) Usualmente este tratamento envolve a quimioterapia, radioterapia e transplante de células-tronco da medula óssea ou do cordão umbilical e placentário, podendo esses dois últimos ser a cura para a doença, geralmente utilizados em pacientes de alto risco. (LEMOS, et al, 2007) O transplante de células-tronco do sangue de cordão umbilical e placentário é constituído por etapas, onde o paciente depois de uma prévia avaliação é encaminhado para realizar o procedimento. É um tratamento no qual a medula do paciente é destruída com altas doses de quimioterapia e/ou radioterapia e imunossupressão, com o objetivo de reduzir totalmente ou em grande parte da carga tumoral respectivamente, permitindo a pega completa das células do doador (BRASIL, 2012). Essa medula doente será destruída e substituída por células sadias de um doador compatível por meio de uma transfusão, ou seja, as células mãe ou progenitoras estão acondicionadas em uma bolsa de "sangue" e são transfundidas para o paciente. As células transfundidas circulam pelo sangue, se instalam no interior dos ossos, dentro da medula óssea do paciente e depois de um período variável de tempo ocorre a "pega" da medula, quando as mesmas começam a se multiplicar, produzindo células sãs do sangue (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas) normalmente. (INCA, 2012) Para MERCÊS; ERDMANN, 2010, o processo de transplante de células-tronco hematopoéticas do SCUP, envolve ações complexas, exigindo uma equipe multidisciplinar altamente especializada e capacitada, sendo apta a assistir o paciente e sua respectiva família nas etapas do processo. Não há como pensar em TCTH sem antes buscar recursos humanos especializados capazes de prestar assistência individualizada ao paciente. Cabe ao Enfermeiro não permitir práticas baseadas em tradições e sim na fundamentação do cuidado, pois o mesmo é responsável por um abrangente campo de atuação em uma unidade de TCTH sendo de sua competência o planejamento, a execução, a coordenação, a supervisão e avaliação da assistência de Enfermagem em todas as fases do tratamento (BOCHI, et al. 2007). Dados epidemiológicos que demonstram a cura e/ou a melhora do quadro de crianças com Leucemia Para descrever a Epidemiologia do câncer em uma população é necessário conhecer sua incidência, mortalidade e sobrevida. No Brasil, os Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) são responsáveis pela manutenção dos dados sobre casos novos de câncer em uma população, mantendo acompanhamento contínuo sobre o mesmo no país (INCA, 2008). O câncer infanto-juvenil (abaixo dos 19 anos) quando se comparado om tumores adultos é considerado raro, correspondendo entre 2% e 3% de todos os tumores malignos. Os RCBP’s brasileiros observaram o predomínio das Leucemias como tumor mais frequente nas crianças, com percentual mediano de 29%, sendo a LLA a de maior incidência, ocorrendo na faixa etária de 1 a 4 anos (INCA, 2014). Em 2005 de acordo com CAZÉ, et al, 2010, a segunda causa de morte por câncer nessa faixa etária corresponde a 8% de todos os óbitos. SOUZA, et al. 2012 complementa que a mesma é observada com maior incidência em crianças brancas, do sexo masculino, sendo responsável por 80% dos casos de Leucemia Aguda nesse grupo etário. Nos últimos 50 anos a sobrevida global de crianças com câncer vem crescendo cada dia mais, diminuindo assim o índice de mortalidade. Essas taxas de sobrevida são importantes para o conhecimento, se tornando índices avaliadores e norteadores da qualidade dos cuidados e terapêutica oferecidos à criança (Rangel, et al. 2014). Atualmente a taxa de cura da LLA está por volta de 80% (SOUZA, et al. 2012). O tratamento deve ser selecionado de acordo com uma classificação de riscos padronizados, tais como índice do ácido desoxirribonucléico (DNA), citogenética, resposta precoce à terapia, imunofenotipagem e presença de doença no sistema nervoso central (INCA, 2014). Para LAMEGO, et al. 2010, esse sucesso na cura da Leucemia se dá pelo diagnóstico precoce e pelos constantes aperfeiçoamentos nos protocolos terapêuticos, dentre eles a utilização de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário, representando um dos grandes marcos na oncologia pediatria moderna. Todavia, dos 75.000 novos casos de LLA diagnosticados anualmente no mundo, estima-se que 80% não terão acesso a essas modernas formas de tratamento sendo excluídos portanto do processo de cura, tornando-se um desafio secular em que a acessibilidade a esse progresso seja à todas as crianças portadoras de LLA independentemente do local onde vivem (PEDROSA; LINS, 2002). Atuação do enfermeiro no processo Captação, Coleta, armazenamento transplante das Células-Tronco do SCUP de e A intervenção no processo saúde-doença no seu âmbito social requer atividades de grandes complexidades (SHERER, et al. 2009). Essa realidade demonstra que os saberes de uma única profissão, não é o suficiente para atender as necessidades de saúde de uma sociedade. Por isso a complexidade dos agravos à saúde na atualidade vem gerando a necessidade de práticas multidisciplinares e interdisciplinares no contexto de atenção à saúde através da evolução do conhecimento (MATOS; PIRES; CAMPOS, 2009). PEDUZZI, 2001, afirma que o processo de trabalho em saúde é caraterizado pela interdisciplinaridade, onde vários profissionais atuam de forma coletiva em torno de um projeto assistencial comum, a fim de prestar um serviço eficaz e resoluto, atendendo todas as necessidades de um sujeito. A hemoterapia é uma especialidade da saúde que trabalha com o tratamento terapêutico por meio do sangue e seus derivados. Com significante crescimento nas últimas décadas, sua evolução tem beneficiado pacientes adultos e pediátricos (VERAN, 2012). No passado, o papel da Enfermagem era irrelevante na hemoterapia, os serviços eram prestados apenas por técnicos em laboratório. Mas houve significantes mudanças em todos os sistemas e principalmente na prática de assistência hemoterápica. A partir dos anos 90 tornou-se fundamental a presença de profissional com conhecimento específico na área de atuação (FLORIZANO; FRAGA, 2007). A Enfermagem não ficou alheia a essa mudança e passou a desenvolver várias funções dentro dessa área. De acordo com VERAN, 2012, função é definida como aquilo que a pessoa deve realizar para desenvolver seu papel na sociedade. Assim, as funções da Enfermagem referem-se ao conjunto de ações que esses profissionais devem realizar como prática social, associado a outras práticas e efetivado na sociedade por meio do trabalho, a fim de desenvolver seu papel no sistema de saúde (FELLI; PEDUZZI, 2005). Para alcançar esse objetivo, a Enfermagem trabalha reunindo conhecimentos técnicos e científicos com as demais profissões a fim de beneficiar os pacientes e seus respectivos familiares, desenvolvendo um cuidado integral e centrado, atendendo suas necessidades e subjetividades de uma forma competente e individualizada (LACERDA, et al. 2007). O papel assistencial do Enfermeiro inicia-se quando o mesmo assume a responsabilidade de suprir as necessidades de cuidados nos níveis preventivos, curativos e de manutenção da saúde, tornando este papel um processo de Enfermagem, que é a base para toda prática da categoria (AQUINO; SANNA, 2001). Esse processo de Enfermagem dentro do sistema de saúde se divide em cinco grandes funções: Cuidar, Educar, Colaborar, Coordenar e Supervisionar (DALLAIRE, 2008). Um dos principais objetivos da Enfermagem dentro do contexto hemoterápico é prestar assistência em todas as etapas do ciclo, desde a captação de doadores ao processo de transplante (FLORIZANO; FRAGA, 2007). Para que houvesse excelência nos procedimentos, foram elaboradas legislações específicas em que elenca os regulamentos para o desenvolvimento das atividades, dentre elas cita-se a Resolução 304/2005 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) que normatiza a atuação do Enfermeiro na coleta de sangue do cordão umbilical e placentário e a Resolução 306/2006 – COFEN, que fixa as competências e atribuições dos Enfermeiros em Hemoterapia (CURCIOLI; CARVALHO, 2010). A atuação da enfermagem em todas as fases da utilização de SCUP, desde a captação de doadores até a alta hospitalar, promove ao pequeno paciente maior sucesso na terapêutica em qualquer relação de cuidados básicos. Assim, a inserção do enfermeiro no TCTH contribui para o direcionamento e comprometimento em prestar assistência qualificada e especializada, tanto para doador quanto para o receptor (CRUZ; SANTOS, 2013). BOCHI, et al. 2007 afirma ainda que o suporte oferecido pela Enfermagem enriquece e valoriza o paciente pediátrico, tornando-o capaz de seguir sua vida de forma independente, dentro de cada limitações, dentre elas as limitações que o próprio transplante impõe por um determinado período. A Enfermagem é a ponte de ligação e comunicação entre doadores, médicos, cuidadores e pacientes, sendo de extrema importância a sua presença no processo de tratamento através do SCUP transpondo as barreiras inevitáveis da doença de forma consciente e humanizada (MALTA, et al. 2009). Adicionar à sociedade o conhecimento referente ao uso das Células-Tronco e sua utilização na cura da Leucemia Muito se houve falar em Células-Tronco Progenitoras Hematopoéticas e em Transplante de Medula Óssea, mas há pouca ou quase nenhuma discussão sobre as células-tronco provindas do Sangue de Cordão Umbilical e Placentário, de sua suma importância na vida de diversas pessoas e na facilidade em obtê-las, gerando assim um desconhecimento da Sociedade em geral dentro desse contexto (DESTRO, 2012). A difusão do conhecimento à sociedade está amparada pela Lei 8.080 de 19 de Setembro de 1990 no seu Artigo 7º, onde diz que deve haver divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de Saúde e sua utilização pelo usuário (CF, 1988). Esse artigo garante o direito ao cidadão em obter conhecimento dos serviços a ele disponibilizado dentro do Sistema de Saúde, assim, para que haja excelência no trabalho em saúde necessita-se da evolução e divulgação do conhecimento para que haja uma ampla percepção da população (LIMA, 2011). Para SIQUEIRA 2013, percepção é o processo psicofisiológico onde o ser humano organiza e interpreta os estímulos capturados pelos órgãos dos sentidos, a fim de identificar os acontecimentos em sua volta atribuindo significado aos mesmos, possibilitando gerar resultados como experiência, respostas e julgamentos a cerca de algo. PIAGET, 2011 afirma que é impossível se obter uma reação sem que o organismo já tenha um conhecimento anterior. Por isso se vê necessidade na partilha da temática através da comunicação com a sociedade, pois a mesma é parte fundamental, sendo capaz de propiciar agilidade no tratamento da criança portadora de LLA. A palavra comunicação vem do latim (communicatio) e significa tornar comum, ou seja, fazer participar através da troca de informações, trazer para a comunidade o que dela estava apartado. Os meios de comunicação possuem crucial importância na disseminação de informações sendo responsáveis pelo maior número de considerações possíveis, exercendo sua função social, possibilitando o esclarecimento de diversas vertentes que envolvem o tema, gerando clareza e levando a consensos sociais e políticos capazes de gerar comportamentos necessários a salvar vidas (SANTIAGO, 2007). Ainda de acordo com SANTIAGO 2007, a maior parte do conhecimento é obtida através da imprensa pelos mais diversos meios de comunicação (jornais, rádios, revistas, mais recentemente pela Internet e principalmente pela televisão), sendo os mesmos fundamentais na formação de opinião da sociedade. Diante do disposto, se vê então a necessidade de investimentos por parte dos governos na utilização desses importantes meios de comunicação para abordagem da temática proposta, disseminando assim o conhecimento a toda a população, tornando-a conhecedora do processo, podendo então salvar milhares de vidas em todo o mundo. Para SEQUEIROS; NEVES, 2012, outra forma de divulgação que merece um forte investimento, são os prospectos de divulgação de informações direcionados à públicos-alvo, como mulheres grávidas, sendo os mesmos distribuídos em espaços de frequência regular destas (salas de espera de consultas de obstetrícia ou saúde materno-infantil), favorecendo assim a disseminação do conhecimento. A Enfermagem por sua vez é o elo entre a sociedade e os serviços de saúde, por isso possui importante papel na divulgação, na disseminação do conhecimento, exercendo assim a sua função de Educador sendo responsável pela mudança de comportamento de um público através de sua orientação (VERAN, 2012). Conclusão Fênix possuía uma parte da plumagem feita de ouro e a outra colorida de um vermelho incomparável. A isso ainda aliava uma longevidade jamais observada em nenhum outro animal. Quando Fênix percebia que sua vida secular estava chegando ao fim, fazia um ninho com ervas aromáticas, que entrava em combustão ao ser exposto aos raios do Sol. Em seguida, atirava-se em meio às chamas para ser consumida até quase não deixar vestígios. Do pouco que sobrava de seus restos mortais, se arrastava milagrosamente uma espécie de verme que se desenvolvia de maneira rápida para se transformar numa nova ave, idêntica à que havia morrido. (Mito da Fênix) O presente estudo proporcionou compreensão da notória importância na utilização das células-tronco de SCUP em crianças com leucemia, contribuindo com a comunidade científica, visto que a temática possui números reduzidos de publicações. Acredita-se que o conjunto de ações como o investimento na disseminação de informações a sociedade e a qualificação das equipes multidisciplinares da saúde, poderão aumentar a sobrevida de crianças leucêmicas elevando assim a taxa de cura dos 80% para quem sabe 99%. Durante este estudo, me recordei do conto mitológico grego da Fênix, pássaro que renasce das cinzas. Utilizo-o como metáfora para relacionar ao TCTH de SCUP, pois enquanto o tirano câncer persegue e digladia o corpo frágil e indefeso levando-o a beira da finitude, fazendo-o ficar face a face com a morte, o SCUP surge como o sol que produz uma eficaz chama que queima o pássaro antigo, que destrói o câncer para um novo renascer, tornando-se alicerce para a esperança de uma nova e espetacular vida renascida das cinzas. Vida essa produzida de algo que seria descartado no lixo. Agradecimentos: Primeiramente a Deus, que é o maior mestre que posso conhecer. Agradeço por ter me dado o dom da vida. Inúmeras foram às vezes em que pensei em desistir da minha jornada, porque os fardos eram pesados demais, mas Ele (Deus) me tomou pela minha mão direita e me disse: Não temas que Eu te ajudo. E sou muito grato a Ele por me permitir que esse momento tão importante aconteça. Agradeço a minha Mãe Júlia por me amar e me ensinar a lutar pelos meus objetivos, e se hoje concluo este curso é por intermédio de suas preces. A agradeço ainda pelas mãos calejadas que me deram o sustento, pelas lágrimas derramadas e pelas preocupações comigo, ainda que algumas descabidas, mas valeu muito a pena, pois sempre foi resultado de um amor incondicional. Aos meus irmãos Marleide, Nal e Daniel pelo apoio incondicional aos meus sonhos. Aos meus amigos, Eliane Freitas, Marlice Rodrigues, Michelle de Souza e em seus nomes eu agradeço tantos outros amigos que sempre acreditaram em meu potencial. Aos meus Padrinhos João e Beatriz Gondim pelo carinho prestado. Agradeço imensamente à minha Orientadora Judith Trevisan, que também sempre acreditou no meu potencial; pela sua simplicidade em me dar a oportunidade de realizar esse estudo e por me ajudar com seus ensinamentos, paciência e por sempre me mostrar que eu conseguiria vencer mais esta etapa de minha vida e não me permitiu desistir nos momento de dificuldades, estando junto e lutando sempre. Sua voz mansa e equilibrada ecoará sempre em meu coração. Suas mãos sempre estiveram estendidas nos momentos em que mais precisei de um porto seguro; sua alegria contagiante me conquistou e seus esforços estão me proporcionando agora esse momento especial. Você será lembrada sempre! A todos os meus professores que contribuíram e enriqueceram meu conhecimento em toda vida acadêmica. Minha vida universitária me proporcionou momentos inesquecíveis, dos quais levarei em meu coração por toda eternidade; amizades se solidificaram, conhecimentos foram adquiridos e transmitidos. Já dizia Vinicius de Moraes: “Mesmo que as pessoas mudem e suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações”. Pois boas lembranças são marcantes, e o que é marcante nunca se esquece! Referências: 1.______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n° 153, de junho de 2004, que determina o Regulamento Técnico para os procedimentos hemoterápicos, incluindo a coleta, o processamento, a testagem, o armazenamento, o transporte, o controle de qualidade e o uso humano de sangue, e seus componentes, obtidos do sangue venoso, do cordão umbilical, da placenta e da medula óssea. Disponível em:http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/4bc8428047457945865fd63fbc4c6735/rdc_153.pdf?MOD=A JPERES Acesso em: 10/06/2014. 2.______. SAÚDE. Ministério da. INCA. Perguntas e Respostas sobre Sangue de Cordão Umbilical e Placentário. 2014. 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