como é que este novo continente surgiu? Importância da Zelândia

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Foi descoberto recentemente um novo continente submerso situado por baixo da actual
Nova Zelândia. Esta descoberta deve-se ao trabalho de uma equipa de investigadores das
Universidades de Wellington (Nova Zelândia) e de Sidney (Austrália), juntamente com Serviço
Geológico da Nova Caledónia. O novo continente, denominado de Zelândia (Zealandia em
inglês) é um fragmento continental quase submerso, com apenas 5% do continente à
superfície.
O grupo de geólogos utilizou uma série de critérios para determinar se o tal conjunto de
rochas é realmente um continente. Primeiramente, analisaram se o território estava elevado
em relação aos seus arredores (ao fundo oceânico, neste caso). Seguidamente, verificaram se
a região possuía uma grande diversidade dos três tipos de rochas: metamórficas (rochas
originadas de outros tipos de rochas que, devido à grandes pressões e temperaturas,
transformaram-se e modificaram as suas características), magmáticas (originadas pela
solidificação do magma) e sedimentares (criadas a partir de sedimentos consolidados).
Depois, viram se a área do continente era bem definida e se possuía uma crusta bastante
grossa. Finalmente, através da utilização de mapas de altitude e gravidade, conseguiram
concluir que a Zelândia era, realmente um continente e uma região unificada.
Mas como é que este novo continente surgiu?
O estudo da sua estrutura geológica revelou que, há cerca de 400
milhões de anos atrás, a Placa Tectónica do Pacífico estava a afundar sob
o lado ocidental de um antigo continente, chamado Gondwana
(Supercontinente Sul, resultante da fragmentação da Pangeia, o
supercontinente que deu origem aos que conhecemos atualmente),
devido a fenómenos de subducção causado por limites convergentes de
placas (o nosso planeta é constituído por diversas placas tectónicas
móveis, e ao moverem-se uma contra a outra, criam um limite
convergente no qual a placa menos densa afunda sobre a mais densa,
podendo originar uma cadeia montanhosa). Porém, há aproximadamente
125 milhões de anos atrás, os fenómenos tectónicos da região alteraram-se, e
a Gondwana passou a estar sujeita a episódios de extensão (limites divergentes – separação de placas tectónicas). Estima-se que
neste processo de rutura do Supercontinente ocorreu a separação de um grande fragmento continental – a Zelândia – que
inicialmente era um território completamente imerso. Porém, à medida que o Mar da Tasman crescia (devido à fragmentação
da Gondwana) o novo continente foi-se afundando gradualmente, até se encontrar como o conhecemos hoje, quase
completamente submerso.
Importância da Zelândia
De acordo com os cientistas, “O valor científico de classificar a Zelândia como um continente é muito mais do que apenas um
nome extra numa lista”, acrescentando que “O facto de um continente ser tão submerso, mas não fragmentado, torna-o um
membro final, geodinâmico, útil e estimulante na exploração da coesão e dissolução da crosta continental”. Ou seja, a nova
descoberta poderá ajudar os futuros geólogos e cientistas a melhor compreender a formação do planeta Terra. Para além disso,
a Zelândia pode trazer imensos benefícios económicos para a Nova Zelândia e outros países na região, uma vez que as Nações
Unidas usam margens continentais para determinar quais países podem extrair recursos marítimos.
Realizado Por
Larissa Dornelles, Nº12
Margarida Rodrigues Nº15
Thomas Hietala Nº19
Tomás Martins Nº21
11ºCT1
Bibliografia
http://exame.abril.com.br/ciencia/cientistas-descobrem-continente-submerso-onde-e-anova-zelandia/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gondwana
https://www.gns.cri.nz/Home/Learning/Science-Topics/Ocean-Floor/History-of-Zealandia
http://www.dn.pt/sociedade/interior/cientistas-anunciam-novo-continente-a-zelandia5673404.html
http://observador.pt/2017/02/17/existe-um-novo-continente-e-esta-submerso-chama-sezelandia/
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