Nova Zelândia 07/03/2006 - 17h10 Passagem aérea encarece o custo, mas país é encantador Thatiana Victorelli Da Redação, em São Paulo As razões que levam um estudante brasileiro a optar pela Nova Zelândia são semelhantes às da Austrália: clima tropical, esportes Alpinistas radicais, hospitalidade da população e baixo valor do câmbio do participam da Eco- país em relação ao real. Também há outra vantagem -obter um Challenge, visto não exige tantos pré-requisitos como no país vizinho. competição de aventura do país Dados de questionários aplicados pelas agências de intercâmbio CI (Central de Intercâmbio) e STB (Student Travel Bureau), em São Paulo, indicam que, em quase 100% dos casos, os brasileiros não têm problemas em obter o visto de estudante na Nova Zelândia. Juntamente com a Austrália, o país está no quarto lugar no ranking dos destinos favoritos de brasileiros entre 16 e 25 anos. Em sua maioria, eles buscam o país para participar de programas de intercâmbio e aprender inglês. Com uma população de apenas cinco milhões de habitantes, a escolha representa também uma oportunidade de experenciar um estilo de vida bem tranqüilo e em contato com a natureza, já que o país preserva um número enorme de parques nacionais, com fauna rica em espécies de marsupiais, focas, pingüins e pássaros. As cidades mais populosas do país são a capital Wellington e Auckland, ambas na ilha norte. Auckland tem um milhão de habitantes, abriga um porto e tem o maior número de barcos por pessoa do mundo. A renda per capita da região é alta e sua geografia favorece a prática desse esporte nas duas baías -Waitemata, a leste (banhada pelo Pacífico), e Manakau, a oeste (com as águas do Mar da Tasmânia). Por ser a maior cidade do país, Auckland é também a preferida de muitos estudantes estrangeiros. Isso a torna uma das cidades mais cosmopolitas do mundo. Repleta de construções verticais, abriga um edifício que é considerado o maior do hemisfério sul, de onde é possível pular de bungee jump. O estilo urbanizado de Auckland, porém, não reflete a realidade da maior parte da Nova Zelândia, que tem uma das naturezas mais preservadas e ricas do mundo. A consciência ecológica está presente em todas as esferas da cultura da população do país, e o visitante pode notar isto já na rígida fiscalização feita no aeroporto. É proibida a entrada de qualquer semente, planta ou alimento de origem animal, que são detectados com equipamentos de alta tecnologia. O objetivo é evitar interferências no equilibrado ecossistema neozelandês. Os neozelandeses são conhecidos como kiwis, mas isso nada tem a ver com a fruta de mesmo nome. A origem da nomenclatura está numa ave que já foi muito comum na ilha e hoje pode ser encontrada em alguns parques. Com um bico longo e fino, o kiwi é um dos souvenirs favoritos dos turistas que visitam a ilha. A cultura maori é outro aspecto da história do país que deve ser conhecido pelos estudantes. Como a Nova Zelândia foi exceção no processo de colonização européia, o país preserva muito da história de seu povo de origem. Como as ilhas norte e sul eram pobres em minerais naturais como ouro, prata e pedras preciosas, em princípio foram ignoradas pelos exploradores ingleses, o que resultou numa ocupação pacífica. Para se deslocar, por terra, da ilha norte para a ilha sul, deve-se passar necessariamente por Wellington, a capital do país, que abriga um grande museu com a cultura maori, restaurantes e cafés alternativos, além do porto de onde se embarca para o sul. A viagem dura cerca de três horas. Enquanto as paisagens da ilha norte são mais vulcânicas, com lagos, crateras no solo e as "piscinas de lama" (mud pools) ao sul, a natureza é mais exuberante com florestas tropicais, belas praias muitas vezes habitadas por focas e pingüins, além de montanhas com mais de 3.000 metros de altitude muitas vezes recobertas com neve. Ao norte as cidades mais importantes são Auckland, Wellington, Rotorua e Hamilton, e ao sul, Nelson, Queenstown, Te Anau e Dunedin. Todas valem uma visita.