Aula 11 -Infecções e antibióticos

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Aula 11: Infecções e antibióticos
Infecção
Infecção é a colonização de um organismo hospedeiro por
uma espécie estranha patogênica.
Em uma infecção, o organismo infectante procura utilizar
os recursos do hospedeiro para se multiplicar (com
evidentes prejuízos para o hospedeiro).
O organismo infectante, ou patógeno, interfere na fisiologia
normal do hospedeiro e pode levar a diversas
conseqüências.
A resposta do hospedeiro é a inflamação.
Agentes infecciosos
Vírus,
Bactérias,
Fungos,
Protozoários.
Infecção comunitária x hospitalar
Infecção comunitária: é a infecção presente ou em incubação no paciente,
desde que não relacionada com internamento anterior no hospital.
Infecção hospitalar ou Infecção Nosocomial: é toda infecção (pneumonia,
infecção urinária, infecção cirúrgica, ...) adquirida dentro de um ambiente
hospitalar.
A maioria das infecções hospitalares são de origem endógena, isto é, são
causadas por microrganismos do próprio paciente. Isto pode ocorrer por
fatores inerentes ao próprio paciente (ex: diabetes, tabagismo, obesidade,
imunossupressão, etc.) ou pelo fato de, durante a hospitalização, o paciente
ser submetido a procedimentos invasivos diagnósticos ou terapêuticos
(cateteres vasculares, sondas vesicais, ventilação mecânica, etc.).
As infecções hospitalares de origem exógena geralmente são transmitidas
pelas mãos dos profissionais de saúde ou outras pessoas que entrem em
contato com o paciente.
Tipos de infecção
Infecção aérea: infecção microbiana adquirida através do ar e dos
agentes infectantes nele contidos;
Infecção critogênica: infecção de porta de entrada desconhecida.
Infecção direta: infecção adquirida por contato com um indivíduo
doente.
Infecção indireta: infecção adquirida através da água, dos
alimentos ou por outro agente infectante, e não de indivíduo para
indivíduo.
Infecção endógena: infecção devido a um microorganismo já
existente no organismo, e que, por qualquer razão, se torna
patogênico.
Infecção exógena: infecção provocada por microorganismos
provenientes do exterior.
Tipos de infecção
Infecção focal: infecção limitada a uma determinada região do
organismo.
Infecção séptica ou Septicemia: infecção muito grave em que se
verifica uma disseminação generalizada por todo o organismo dos
agentes infecciosos.
Infecção nosocomial: infecção adquirida em meio hospitalar.
Infecção oportunista: infecção que surge por diminuição das
defesas orgânicas.
Infecção puerperal: infecção surgida na mulher debilitada e com
defesas diminuídas, logo após o parto.
Infecção secundária: infecção consecutiva a outra.
Infecção terminal: infecção muito grave que, em regra, é causa de
morte.
Antibióticos
Antibiótico é uma substância que tem capacidade de interagir com
microorganismos unicelulares ou pluricelulares que causam infecções no
organismo.
Os antibióticos interferem com estes microorganismos, matando-os ou inibindo
seu metabolismo e/ou sua reprodução, permitindo ao sistema imunológico
combatê-los com maior eficácia. Assim, eles podem ser bactericidas, quando
tem efeito letal sobre a bactéria ou bacteriostático, se interrompe a sua
reprodução.
O termo antibiótico tem sido utilizado de modo mais restrito para indicar
substâncias que atingem bactérias, embora possa ser utilizado em sentido
mais amplo (contra fungos, por exemplo).
As primeiras substâncias descobertas eram produzidas por fungos e bactérias,
mas atualmente são sintetizadas ou alterados em laboratórios farmacêuticos e
têm a capacidade de impedir ou dificultar a manutenção de um certo grupo de
células vivas.
Antibioticoterapia
Chama-se Antibioticoterapia o tratamento realizado com antibióticos.
Essas substâncias são utilizadas para controlar infecções, e sua
descoberta revolucionou os tratamentos das doenças infecciosas.
Passaram a ser curáveis doenças que antes eram letais, como:
*Tuberculose;
*Pneumonia;
*Meningite;
*Sífilis;
*Difteria.
Antibioticoterapia
Há mais de 7000 tipos de antibióticos no mercado, e centenas de
similares, fabricados por inúmeros laboratórios farmacêuticos. Podemse citar por exemplo;
Penicilinas e seus derivados ;
Macrolídeos;
Cefalosporinas;
Tetraciclinas;
Aminoglicosídeos;
Quinolonas.
Antibioticoterapia – efeitos
indesejáveis
O uso contínuo de antibióticos faz com que sejam selecionadas cepas de
microorganismos resistentes a estas drogas, sendo necessária a descoberta
constante de novos remédios mais eficazes. Isto tem aumentado
consideravelmente o custo do tratamento das infecções, e também criado
microorganismos resistentes, que são um perigo para a saúde pública. Por
isso, a auto-prescrição de antibióticos, bem como a prescrição indiscriminada
por parte dos médicos, é extremamente prejudicial para o próprio doente e
também para toda a população.
Ao tomar um antibiótico mata-se bactérias da flora natural do corpo humano,
gerando desequilíbrio, e abrindo espaço para bactérias patogênicas
crescerem, aumentando a chance de desenvolver outras infecções. Pode-se,
por exemplo, tomar um remédio para dor de garganta e favorecer o
surgimento de uma meningite. Outros perigos dos antibióticos são seus
possíveis efeitos colaterais que vão desde desconfortos abdominais e
diarreias até gravíssimas reações alérgicas.
Antibioticoterapia
Antibiograma: teste que vai revelar a resistência ou sensibilidade dos
microorganismos frente a diferentes antibióticos.
Resistência antibiótica
A resistência antibiótica, resistência a antibióticos ou resistência
antimicrobiana, é a capacidade dos microorganismos de resistir
aos efeitos de um antibiótico ou antimicrobiano.
Em bactérias aparece a partir do momento que as pessoas
utilizam antibióticos menos potentes, fazendo então a seleção
das bactérias mais fortes, sendo assim criada uma nova
descendência bacteriológica resistente ao medicamento
utilizado anteriormente. O uso indevido de antibióticos acarreta
essa seleção.
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