CONTEÚDO DOS SLIDES DAS AULAS DO 7º ANO. TEMA: OS

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CONTEÚDO DOS SLIDES DAS AULAS DO 7º ANO. TEMA: OS PRIMEIROS FILÓSOFOS
A ORIGEM DA FILOSOFIA: O ESPANTO
A Filosofia nasce do espanto, admiração.
Mundo, fenômenos da natureza: mistério, desconhecido.
Ignorância diante do mundo: espanto que leva o homem a refletir.
Homem cria concepções que tentam explicar o mundo: Mitos, Religiões, Ciência, Filosofia.
FINALIDADE MAIOR DA FILOSOFIA
“A filosofia é uma prática discursiva [...] que tem a vida por objeto, a razão por meio e a felicidade por
fim” (COMTE-SPONVILLE, Apresentação da Filosofia, 2002, p.15).
Finalidade Principal da Filosofia: Felicidade.
Pensar melhor, agir melhor, viver melhor, ser mais feliz.
NASCIMENTO DA FILOSOFIA
Séc. VI a.C., em Mileto (colônia grega na Ásia Menor).
1º Filósofo: Tales de Mileto (623 – 543 a.C.).
Primeiros filósofos da escola jônica: explicação do mundo natural, baseada essencialmente em causas
naturais (Naturalismo).
FILOSOFIA NASCENTE: COSMOLOGIA
Kósmos: mundo ordenado, organizado; Lógos: conhecimento, pensamento racional, discurso racional.
Cosmologia: conhecimento racional acerca da origem, da ordem do mundo ou da natureza.
PRINCIPAIS CONCEITOS DA FILOSOFIA COSMOLÓGICA
A physis (natureza). Objeto de investigação dos primeiros filósofos: o mundo natural. Explicar
fenômenos e processos naturais a partir de causas puramente naturais.
Primeiros filósofos: pré-socráticos, cosmológicos, naturalistas, filósofos da phýsis (natureza, em grego).
A causalidade: nexo causal entre fenômenos naturais (relacionar um efeito a uma causa que o antecede
e o determina).
Arcké (arqué): elemento, substância primordial, princípio fundamental, matéria-prima que teria gerado o
mundo e os seres nele existentes.
TALES DE MILETO (623-546 a.C.) : A ÁGUA
Efeito das secas no Egito: “água é vida”.
Vida animal e vegetal necessita de água.
A água pode assumir os três estados físicos: sólido, líquido e gasoso.
A maior parte da superfície do planeta é formada pela água.
O corpo humano e o corpo dos animais são compostos por água.
ANAXIMANDRO DE MILETO (610-547 a.C.): ÁPEIRON.
Princípio (arché) não seria a água porque ela já era derivada de algo.
Existia um princípio anterior a água e aos outros elementos.
Ápeiron: indeterminado, ilimitado, infinito.
Ápeiron: espacialmente indefinido, não apresenta uma forma clara.
Conteria em si todos os elementos: algo supremo, superior, que não pode ser observado, captado pelos
sentidos.
ANAXÍMENES DE MILETO (588-524 a.C.): AR
Ar infinito: indeterminado, não tem uma forma clara.
Está presente na água de Tales: H20.
Essencial para a vida dos seres vivos.
É a causa do movimento da natureza: vento move nuvens, que criam as correntes marítimas, que movem
os oceanos.
Ar envolve, circunda todas as coisas, todo o planeta.
PITÁGORAS DE SAMOS (570 – 490 A.C.): OS NÚMEROS
Pitágoras (inventor do termo filosofia): o número (e os componentes do número) como o “princípio”.
Número representa a ordem e a harmonia.
Harmonia dos acordes musicais correspondiam a certas proporções aritméticas. Supôs que as mesmas
relações se encontravam na natureza.
Conhecimentos de astronomia: calcular antecipadamente o deslocamento dos astros. Concebeu a ideia de
um cósmico harmônico, regido por relações matemáticas.
“Tudo é número”: todo o cosmo é harmonia, porque é ordenado pelos números, pelos princípios
matemáticos.
O número expressa ordem, racionalidade e verdade.
HERÁCLITO DE ÉFESO (535 - 475 a.C.): FOGO E DEVIR
Este kosmos, não o criou nenhum dos deuses, nem dos homens, mas sempre existiu e existe e há de
existir.
O mundo é regido pelo Devir: vir a ser, mudança, movimento, transformação.
Tudo flui, nada persiste nem permanece o mesmo: o ser não é mais que o vir a ser
Realidade é dinâmica (tudo flui): a vida é uma constante transformação, é um contínuo movimento, as
coisas mudam e se transformam continuamente, o movimento rege a vida.
“Tu não podes descer duas vezes no mesmo rio, porque novas águas correm sobre ti” (citado em SOUZA,
Pré-socráticos, p. 31).
“Nós mesmos somos e não somos” (citado em DIELS, H; KRANZ, W. Os Pré-socráticos, Fragmento
49).
CAUSA DO DEVIR: A GUERRA
A causa do devir (fluxo constante da vida) é a luta (conflito, guerra, oposição, embate) entre os elementos
opostos da Natureza (frio-quente, dia-noite, claro-escuro entre outros).
“A guerra é a mãe, rainha e princípio de todas as coisas” (DIELS, H; KRANZ, W. Os Pré-socráticos,
Fragmento 53).
É pela luta das forças opostas que o mundo se modifica e evolui.
O fogo é o elemento que melhor simboliza a luta entre os elementos contrários da natureza: o fogo deve a
sua existência à destruição daquilo que consome. Por isso, traz consigo a força simbólica da guerra entre
os opostos.
Logos (pensamento, razão): razão criadora e unificadora das tensões opostas.
PARMÊNIDES DE ELÉIA (510-470 a.C.): O SER IMÓVEL.
Por que tantas opiniões contrárias?
Parmênides e o erro dos sentidos: levam a percepção da aparência, mas não à realidade (essência).
Para Parmênides, a tese de Heráclito (da transformação e mudança) seria absurda. Pois, ao afirmar que as
coisas e os seres estão em constante transformação, ele estaria dizendo que uma coisa é e não é, porque
ela é, mas no momento seguinte se transforma e deixa de ser o que era antes.
Parmênides: “o ser é, o não-ser não é”. Uma coisa não pode ser e não ser.
Assim, a organização do mundo é dada pelo imobilismo.
Como explicar então a transformação e o movimento que vemos? Como negar que as coisas surgem,
desaparecem, deslocam-se, mudam de forma, de cor etc.?
Parmênides: a mudança é uma ilusão dos nossos sentidos. O que vemos é falso.
A realidade é imutável, imperecível, única.
Oposição entre os sentidos e o pensamento: os sentidos nos enganam, só compreendemos a realidade
(essência) através do puro pensamento.
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