a nação do samba sofre com a “gripe chinesa”

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Brasil: a nação do samba sofre com a “gripe chinesa”
Lisboa – 31 de março de 2016 – Se 2015 foi um ano difícil para o Brasil, 2016 não parece ser
o motor de arranque para a recuperação da nação do samba.
À atual crise política que se instalou com o início do segundo mandato da presidente Dilma
Rousseff e ao cenário de queda global no mercado de commodities, soma-se a desaceleração
do crescimento chinês, que impacta diretamente as exportações brasileiras.
Ainda que numa primeira análise, o impacto da crise chinesa no Brasil e noutros países da
América Latina possa ser surpreendente, a verdade é que a China é um dos maiores parceiros
comerciais dos países da América Latina, em especial do Brasil. Nos últimos 15 anos, o comércio
entre os países da América Latina e a China aumentou 20 vezes e a China pretende duplicar os
números atuais e alcançar o patamar de 500 MM de dólares em 2019, no que diz respeito ao
comércio bilateral.
Atualmente, a China é o parceiro comercial mais importante do Brasil: 20% das exportações
brasileiras são para a China e 17% das suas importações são chinesas. Se o crescimento da
China enfraquecer ainda mais, os efeitos serão imediatamente sentidos na nação do samba.
"É verdade que muitos dos problemas do Brasil ocorrem por sua própria conta, no entanto o
Brasil está no meio de uma recessão e isso vai continuar em 2016. Os seus atuais problemas
políticos internos estão a ser acentuados pela atual situação económica global e pelo lento
crescimento da China”, explicou Ludovic Subran, economista chefe da Euler Hermes, líder
mundial de Seguro de Créditos e acionista da COSEC.
Segundo dados da Euler Hermes, esta situação é confirmada pela tendência das insolvências:
em 2015 as insolvências cresceram 25%, como na China, e em 2016 prevê-se que continuem a
aumentar em valores muito próximos: 18% no Brasil e 20% na China.
Em agravante, o Brasil enfrenta ainda mais um obstáculo - como um país do Mercosul, o Brasil
é um importante centro para o comércio na América do Sul e, portanto, também será afetado
pela repercussão que a “gripe chinesa” terá nos outros países.
Outros dados:
Indicadores económicos que destacamos neste início de 2016 (info de fevereiro 2016):
1- Com o PIB em contração, o país regista maior défice desde 1997: 2015 foi o ano que
registou maior défice das contas públicas, desde 1997. Depois de um crescimento de
0,1% em 2014, 2015 resultou num impacto de cerca de -1,94% do PIB, sendo que para
2016 prevê-se a estagnação do crescimento em 0%.
2- Taxa de desemprego chega a 6,8% em 2015: Nas seis principais cidades brasileiras o
total de desempregados registou um aumento de 42,5%, que corresponde a cerca de
1.7 milhões de pessoas.
3- A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP – M) atingiu a marca de
1,14% no começo de 2016, após avançar 0,49% em dezembro de 2015. No mesmo
período de 2015 o índice foi de 0,76%, acumulando em 12 meses um aumento de
10,95%.
Falta de competitividade dificulta o potencial crescimento da economia brasileira (“EH
Brazil Country Report”– setembro 2015)
Segundo dados do FMI a taxa de investimento no Brasil está abaixo de 20% do PIB, o mais baixo
entre o grupo BRIC (China 47%, a Índia 34% e na Rússia 24%) e abaixo da média da América
Latina (Argentina, Chile e Colômbia 24%, México 22% e Peru 28%). As condições externas
menos favoráveis, sobressaem as fraquezas inerentes ao modelo económico brasileiro. A
produção local não se poderia manter com o impulso da procura interna, o que gera
desequilíbrios internos (inflação) e externos (deficit em conta corrente) e pesa sobre o
crescimento económico.
A falta de investimento (nomeadamente em infraestruturas), combinada com os problemas
persistentes de protecionismo, burocracia excessiva, altos custos de trabalho e um sistema
tributário complexo, dificulta o ambiente económico nacional e incapacita a competitividade.
Forças:
 Dimensão global da economia
 Mercado interno de grande dimensão e expansão da classe média
 Sectores diversificados, tais como: Minério, Agricultura, Manufatura.
 Forte Investimento Estrangeiro Direto, alto nível de reservas cambiais, dívida externa
moderada.
 Sistema político democrático duradouro com consolidação de poder.
Fraquezas:
 Investimento interno insuficiente
 Vulnerabilidade à oferta global e preços das commodities
 Escassez de mão-de-obra qualificada e elevados custos de produção
 Inflação e despesa pública persistentes
 Tributação e burocracia elevadas
 Tensões políticas e sociais, insegurança, corrupção e desigualdades de rendimento
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Sobre a COSEC
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oferecendo as melhores soluções para apoio à gestão e controlo de créditos, bem como
garantias de seguro caução, sendo, ainda, responsável, por conta do Estado Português, pela
cobertura e gestão dos riscos de crédito, caução e investimento, para países de risco político. A
COSEC é uma empresa de capitais privados divididos equitativamente pelo Banco BPI
(www.bpi.pt), o quarto maior Banco Português, e pela Euler Hermes (www.eulerhermes.com), líder
mundial em seguro de créditos.
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