Press Release Ano do Macaco traz grandes mudanças à economia chinesa Volatilidade nos mercados, com agravamento dos prazos médios de pagamentos em 3 dias e aumento das insolvências em 20%; O Governo chinês visa implementar reformas estruturais para posicionar a economia fora do tradicional modelo de baixo custo de produção; O setor produtivo atravessa assim grandes desafios – com um potencial efeito bola de neve nas cadeias de produção - em resultado destas reformas e de um elevado nível de endividamento com margens de negócio reduzidas; Fuga de capitais aumenta e crescimento do investimento estrangeiro abaixo de 5% pela primeira vez em 25 anos; Perspetivas de quebra das receitas de exportações e tendência de desvalorização monetária. Lisboa, 2 de março de 2016. “O macaco é considerado um animal ágil, astuto, flexível e bom a resolver problemas, mas em 2016, também enfrenta grandes desafios”, afirma Ludovic Subran, economista-chefe da Euler Hermes, empresa acionista da COSEC, "Isso aplica-se à economia, ao mercado de capitais, à política, à turbulência monetária, ao investimento, aos custos de capital e às próprias empresas. De acordo com as nossas estimativas, os atrasos de pagamento irão agravar-se em três dias e são agora de 84 dias, em média. Quanto às insolvências, deverão aumentar cerca de 20%”. Muitos chineses acreditam que, no Ano do Macaco, que se iniciou a 8 de fevereiro, tudo é possível. No estudo “China: Desafios no Ano do Macaco”, a Euler Hermes, analisa o que o Ano do Macaco reserva para a economia chinesa e constata que este é um ano de grande mudança para uma das principais potências económicas mundiais. As previsões apontam para a volatilidade nos mercados, o aumento das insolvências, uma maior fuga de capitais e a quebra das receitas de exportações (em dólares norte-americanos) com consequências importantes para cadeia de produção da China, assim como uma tendência de desvalorização monetária que vai afetar a economia chinesa e os seus parceiros comerciais. A situação na China não se deve apenas à moderação do ritmo de crescimento económico – 6,5% em 2016 e 6,4% em 2017 – mas também às decisões políticas que têm impacto no mercado financeiro. Reforma estrutural: de uma produção com baixos custos para uma economia de serviços “O Governo chinês estabeleceu como meta a reforma estrutural”, explica Ludovic Subran. “O objetivo é subir na cadeia de valor, distanciando-se da imagem de ser um país de produção barata, e acentuando o peso dos serviços na economia. Como resultado, o foco estratégico do Estado já não está em muitos sectores que eram subsidiados no passado – e o Governo já não tem receio de deixá-los ir à falência”. A construção, o metal e o aço, a atividade mineira e as indústrias pouco sofisticadas encontramse agora num ambiente completamente diferente, para o qual muitas empresas não estão preparadas. Os níveis elevados de endividamento e os salários relativamente altos na China estão a tornar as empresas menos competitivas. As perspetivas são mais animadoras no sector de bens de consumo – entretenimento, alimentação, tecnologia, por exemplo. Um cenário igualmente positivo é esperado para os sectores estratégicos para o Governo, como é o caso da indústria automóvel, da aviação, da tecnologia da informação, dos serviços de telecomunicações e sector dos transportes – sectores que devem apresentar níveis de risco ligeiramente mais baixos. Guerra aos bancos-sombra: acesso mais restrito ao crédito O Governo Central Chinês está a tomar medidas mais duras contra os bancos-sombra, e há uma disciplina mais rigorosa nos gastos dos governos locais, o que leva à redução de liquidez nas empresas, o que, muitas vezes, se torna num ciclo vicioso. É cada vez mais difícil ter acesso a crédito bancário ou a outras formas alternativas, o que leva as empresas chinesas a recorrer ao crédito dos fornecedores. Prazos de pagamento continuam a aumentar Já os prazos de pagamento aumentaram uma média de 27 dias entre 2007 e 2015; e em 2016 a estimativa é de que se irá agravar mais três dias. As empresas chinesas estão a falhar mais pagamentos, o que tem impacto na cadeia de produção não só na China, mas também em países como Japão, Coreia do Sul e Taiwan. Investimento direto estrangeiro caí e aumenta a fuga de capital Os riscos para as empresas, a maior debilidade no clima de negócios e o excesso de capacidade levam a um abrandamento do crescimento do investimento direto estrangeiro– abaixo dos 5% pela primeira vez em 25 anos – depois de já ter registado uma queda significativa no último trimestre de 2015. O montante total do capital internacional que saíu da China em 2015 foi de 504 mil milhões de dólares. Estudo completo disponível em: http://www.eulerhermes.com/mediacenter/Lists/mediacenterdocuments/Economic-Insight-6-reasons-monkey-economics-china-fev16.pdf # # # Sobre a COSEC A COSEC é a seguradora líder em Portugal nos ramos do seguro de créditos e caução, oferecendo as melhores soluções para apoio à gestão e controlo de créditos, bem como garantias de seguro caução, sendo, ainda, responsável, por conta do Estado Português, pela cobertura e gestão dos riscos de crédito, caução e investimento, para países de risco político. A COSEC é uma empresa de capitais privados divididos equitativamente pelo Banco BPI (www.bpi.pt), o quarto maior Banco Português, e pela Euler Hermes (www.eulerhermes.com), líder mundial em seguro de créditos. Para saber mais informações consulte o site www.cosec.pt. e acompanhe a COSEC no Linkedin e Twitter: @COSECSeguroCred Para mais informações: LLORENTE & CUENCA | 21 923 97 00 Ana Gil | [email protected] Sónia Batista | [email protected]