Ciência em Três Mapa da Biodiversidade Guia do Professor Este trabalho foi licenciado com a Licença Creative Commons Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Portugal. Tem o direito de: Compartilhar — reproduzir, distribuir e transmitir o trabalho De acordo com as seguintes condições: Atribuição - Tem de fazer a atribuição do trabalho, da maneira estabelecida pelo titular originário ou licenciante (mas sem sugerir que este o apoia, ou que subscreve o seu uso do trabalho). NãoComercial - Não pode usar este trabalho para fins comerciais. Trabalhos Derivados Proibídos - Não pode alterar ou transformar este trabalho, nem criar outros trabalhos baseados nele. No entendimento de que: Renúncia - Qualquer uma das condições acima pode ser renunciada pelo titular do direito de autor ou pelo titular dos direitos conexos, se obtiver deste uma autorização para usar o trabalho sem essa condição. Domínio Público - Quando a obra ou qualquer dos seus elementos se encontrar no domínio público, nos termos da lei aplicável, esse estatuto não é de nenhuma forma afectado pela licença. Outros Direitos - A licença não afecta, de nenhuma forma, qualquer dos seguintes direitos: • Os seus direitos de "uso legítimo" (fair dealing ou fair use) concedidos por lei, ou outras excepções e limitações aplicáveis ao direito de autor e aos direitos conexos; • Os direitos morais do autor; • Direitos de que outras pessoas possam ser titulares, quer sobre o trabalho em si quer sobre a forma como este é usado, tais como os direitos da personalidade ou o direito à privacidade. Aviso - Em todas as reutilizações ou distribuições, tem de deixar claro quais são os termos da licença deste trabalho. A melhor forma de fazê-lo, é colocando um link para a página desta licença. Para ver uma cópia desta licença, visite http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ Ciência em Três Mapa da Biodiversidade Este guia pretende auxiliar o(a) professor(a) na preparação prévia da atividade MAPA DA BIODIVERSIDADE! e na posterior execução em sala de aula/laboratório. Encontra-se organizado de forma a que o(a) professor(a) possa: - preparar-se, aprendendo ou recordando alguns conceitos científicos necessários à compreensão da atividade; - tomar nota do material que deverá preparar e procedimentos que deverá ter em conta antes de executar a atividade com os alunos; - aprender os procedimentos experimentais que dizem respeito à atividade e conhecer algumas estratégias de implementação. Esta atividade pretende envolver ativa e autonomamente os alunos num ambiente de aprendizagem por si próprio e, como tal, foi desenhada seguindo etapas que caracterizam um método de aprendizagem baseado em perguntas (do inglês, Inquiry-based learning), em tudo semelhante ao método científico. De um modo geral, pretende-se: ENVOLVER os alunos, partindo de questões, situações ou observaçõeschave que os levarão a querer saber mais. Captar os conhecimentos prévios da turma relativamente ao tema a abordar, identificar potenciais erros de conceito e motivar os alunos para a descoberta de respostas caracterizam esta etapa. EXPLORAR uma ou várias questões-problema, que surgirão de uma questão/situação/observação geral, experimentando. Os alunos, partindo de um problema específico, realizam uma atividade experimental e validam hipóteses, descobrindo respostas ao(s) problema(s). Trabalhando sempre em grupos, oa alunos são participantes ativos em todo o processo de aprendizagem, exercendo o professor(a) um papel de mediador das várias etapas. EXPLICAR os resultados obtidos estabelecendo um diálogo direto com a turma. Os alunos comunicam os resultados e, juntamente com o(a) professor(a), explicam os mesmos e elaboram as conclusões. Os resultados irão validar as hipóteses inicialmente elaboradas e as conclusões responderão ao problema formulado. SIMBOLOGIA Chamada de atenção Sugestão Conceito teórico Nota Para pensar Nota explicativa Exercício Informação adicional Website/ link Referência bibliográfica Ao longo das etapas, os alunos preocupam-se em registar tudo: o que sabem, o que gostavam de saber, as hipóteses e o problema formulados, o que observam e concluem. O(a) professor(a) disponibiliza formas de registo. Guia do Professor 3 Ciência em Três Mapa da Biodiversidade Nesta atividade explora-se o conceito de Biodiversidade e o impacto da conservação das espécies nos ecossistemas, no ambiente, na economia, na cultura. Especificamente, os alunos: (1) seguindo pistas, completam um jogo de correspondência para o qual têm de determinar a localização no mapa mundo de diferentes animais e plantas. (2) vestem a pele de um cientista e, seguindo pistas e/ou informação factual, determinam o estatuto de conservação de algumas espécies (ameaçada, quase ameaçada e pouco preocupante). Adicionalmente, podem desenvolver um plano de conservação daquelas que se encontrarem ameaçadas. Objetivos Gerais ANO(S) ESCOLAR(ES) Pré-escolar 1º ciclo, Ensino Básico ÁREA CIENTÍFICA Biologia da Conservação • Introduzir o conceito de biodiversidade e de espécie. • Explorar o conceito de espécie extinta, ameaçada, quase ameaçada e pouco preocupante. • Compreender o impacto da conservação das espécies nos ecossistemas, no ambiente, na economia, na cultura. • Compreender os critérios científicos que determinam o estatuto de conservação de uma espécie. Objetivos de Aprendizagem PALAVRAS-CHAVE Biodiversidade Espécie Conservação Extinto 4 1. Determinar a localização geográfica de um animal ou planta recorrendo a: • conhecimentos prévios (cultura geral e senso comum); • informação visual em fotografias e/ou ilustrações; • informação científica, histórica e cultural. 2. Compreender que existe uma enorme diversidade de organismos vivos no nosso planeta e que estão distribuídos por uma diversidade de ecossistemas (conceito de Biodiversidade). 3. Compreender que algumas espécies de seres vivos identificadas já não existem (conceito de Extinção). 4. Identificar os fatores de ameaça à manutenção da Biodiversidade. 5. Reconhecer o impacto da conservação das espécies nos ecossistemas, no ambiente, na economia, na cultura. 6. Determinar o estatuto de conservação de uma espécie a partir da integração de vários factos: 1) científicos (distribuição geográfica, nº de indivíduos, importância para o ecossistema, habitat), 2) importância para a comunidade (fonte de rendimento, valor religioso, cultural), e 3) ameaças existentes à sua preservação na Natureza. Guia do Professor Ciência em Três Mapa da Biodiversidade Ligação ao Currículo* • Esta atividade cumpre com as orientações curriculares para a Educação pré-escolar, nomeadamente com a área de ‘Conhecimento do Mundo’, no domínio de ‘Dinamismo das Inter-Relações Natural-Social’ no que diz respeito a: manifestação de comportamentos de preocupação com a conservação da natureza e respeito pelo ambiente. • Esta atividade cumpre com as orientações curriculares para o 1º Ciclo do Ensino Básico, nomeadamente com a área de ‘Estudo do Meio’, no domínio de ‘Conhecimento do Meio Natural e Social, Subdomínio ‘Sustentabilidade’ no que diz respeito a: a) análise de problemas naturais e sociais associados a alterações nos ecossistemas; b) reconhecimento da importância da preservação da biodiversidade e dos recursos para garantir a sustentabilidade dos sistemas naturais. *retirado do site das Metas de Aprendizagem do Ministério da Educação. Duração prevista* Introdução da atividade aos alunos: 20-30 minutos Explorar 1 - jogo do mapa: 30-40 minutos Explorar 2 - jogo dos estatutos de conservação: 30-40 minutos Discussão dos resultados e conclusões: 20-30 minutos Tempo total necessário: 90 - 120 minutos * Não inclui preparação prévia de material Guia do Professor 5 Ciência em Três Mapa da Biodiversidade • ENVOLVER E EXPERIMENTAR (PARTE I) Como é que os seres vivos estão distribuídos pelo mundo? Existem em todos os locais do mundo? Ou estão distribuídos por diferentes locais? Antes de iniciar qualquer aula em ‘inquiry’ defina muito bem o que pretende que os seus alunos aprendam no final. Reflita sobre os OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM. Numa das páginas anteriores, sugerimos alguns. Esta será a pergunta com a qual poderá começar a envolver e captar a atenção dos seus alunos para a temática a explorar. Registe de alguma forma as suas respostas e detete eventuais erros de conceito. Conhecer o nível de conhecimentos prévios na turma poderá guiá-lo na mediação das atividades experimentais e na adaptação das estratégias de integração de novos conceitos durante o processo de aprendizagem. Prepare-se previamente para poder mais tarde introduzir ou relembrar: a) conceitos gerais sobre a Biodiversidade e seus números atuais; b) os conceitos de espécie, ecossistema e habitat; c) a definição de extinção de uma espécie e de que forma se consegue saber isso; d) os fatores ameaça que influenciam a manutenção da biodiversidade e as razões pelas quais nos Ao longo desta fase estimule a participação ativa dos alunos, criando condições para que eles possam questionar-se, detetar o que sabem e o que gostariam de saber, despertando deste modo para a curiosidade. devemos preocupar com a sua conservação; e e) os estatutos de conservação das espécies definidos pela IUCN (consultar a secção Preparar). Continue a envolver os alunos no tema aplicando a seguinte atividade prática, o “Mapa da Biodiversidade”: 1. Adquira um mapa mundo, de tamanho relativamente grande, com os países delimitados e identificados. Pendure-o num local da sala onde possa ficar visível a todos. Utilize velcro para marcar previamente as localizações das espécies que os alunos irão estudar, limitando assim as respostas possíveis. Crie formas de registo individual ou de grupo logo desde o início. Sugestão em anexo. 2. Imprima, corte e cole imagens de algumas espécies animais e de plantas num material resistente e em cada uma coloque um pedaço de velcro na parte de trás. (Nota: em anexo encontra uma seleção feita por nós mas pode sempre pensar noutra que se revele mais adequada) 3. Divida a turma em grupos de 5 alunos, no máximo. 4. A cada grupo, forneça um conjunto das mesmas imagens de espécies animais e de plantas mas com pistas previamente montadas (ver sugestão em anexo). Pretende-se com essas pistas orientar o pensamento na determinação da localização das espécies a estudar. Distribua-as equitativamente. 5. Cada grupo tenta determinar a localização das ‘suas’ espécies, seguindo as pistas fornecidas e reparando em características como: 6 Guia do Professor Ciência em Três Mapa da Biodiversidade - o revestimento do corpo, - o tipo de habitat onde viverão, - o que comerão, - se existem ou já não existem, - e até como se chamam… Para esta atividade não julgamos tão importante a determinação exata da localização das espécies a estudar mas as formas de raciocínio que levaram os alunos a obter uma resposta. 6. Um representante de cada grupo apresenta as espécies desse grupo à turma toda explicando as razões das suas escolhas. Ao mesmo tempo, coloca as imagens com velcro no local correspondente no mapa. Em anexo encontra informação sobre a localização correta das espécies apresentadas. SUGESTÃO Antes de expor os alunos a quaisquer conhecimentos sobre a biodiversidade e a conservação das espécies, aplique esta atividade. Os alunos adquirem ou relembram noções sobre as características físicas e de comportamento, o modo como vivem e em que tipo de locais vivem diferentes seres vivos. Deste modo, lançam-se as bases para a introdução dos conceitos que serão abordados durante a próxima atividade experimental, preparando assim os alunos para a resposta ao problema proposto. • OBSERVAR e EXPLICAR (Parte I) 1. À medida que os grupos expõem os seus resultados, se verificar que existem erros na localização, oriente a colocação das imagens no local certo (sempre a partir de discussão com os alunos). 2. A partir de observações dos alunos, apresente as primeiras conclusões: a) Existe uma grande variedade de seres vivos e eles não vivem em todos os locais do mundo, estão distribuídos por diferentes locais com características adequadas para a sua sobreviência. b) Esta variedade não foi sempre a mesma ao longo do tempo; existem populações inteiras de espécies de seres vivos que desapareceram, ou seja, estão extintas. • EXPERIMENTAR (Parte II) 1. Divida a turma em grupos de 5 elementos, no máximo. 2. Por cada grupo, distribua um conjunto de duas espécies animais previamente selecionadas, com informação factual correspondente a cada uma. em anexo encontra uma seleção feita por nós mas pode sempre pensar noutra que se revele mais adequada. Guia do Professor 7 Ciência em Três Mapa da Biodiversidade 3. Partindo da situação exposta em baixo, oriente o diálogo para que surja a seguinte questão-problema “Que tipo de critérios são necessários avaliar quando queremos determinar o risco de extinção de uma espécie?” “Imagina que és um cientista e que o governo do teu país te tinha dado dinheiro para desenvolver um plano de conservação e que esse dinheiro chega para salvar apenas uma das duas espécies animais que acabei de te dar. Segue as pistas e determina o estatuto de conservação de cada uma das espécies, indicando qual é que se encontra em maior perigo. Com essa informação pensa num possível plano de conservação para salvares essa espécie.” Entre as classificações atribuídas pela chamada “Lista Vermelha” da IUCN (International Union for Conservation of Nature) os alunos têm de escolher se, em termos de ameaças à sua sobrevivência, o estatuto de conservação de cada espécie é: 1) pouco preocupante 2) quase ameaçada CR EN VU LC NT ou 3) ameaçada: • vulnerável • em perigo Nas folhas de registo os alunos assinalam o estatuto de con• em perigo crítico servação, colando ou desenhando o símbolo correspondente. Consulte a secção ‘Preparar’ para mais informação sobre a Lista Vermelha e os seus estatutos de conservação. A informação utilizada para elaborar as pistas de cada espécie foi retirada da internet, de sites como o da IUCN (http:// www.iucn.org/), ICNB (http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vEN2007/Homepage.htm), wikipedia, sites locais/regionais, etc... Para esta atividade não julgamos tão importante a determinação exata do estatuto de conservação, até porque isso na realidade implica análises quantitativas cuidadas, mas antes as estratégias de raciocínio utilizadas pelos alunos na procura de uma resposta. Em anexo encontra uma explicação sucinta do que poderá ser uma justificação para a origem de cada estatuto das espécies apresentadas. • OBSERVAR e EXPLICAR (Parte II) 1. Um representante de cada grupo explica à turma inteira os resultados obtidos e de que forma chegaram a eles. Se verificar erros na classificação, leve os alunos a refletir sobre as diferentes pistas dadas e, a partir das suas respostas, mostre o estatuto de conservação classificado pela IUCN. 2. A partir dos resultados e da discussão com os alunos, apresente as conclusões: Os cientistas quando querem determinar qual o estado de conservação em que se encontra determinada espécie avaliam determinados critérios como: - a distribuição geográfica; - o número de indivíduos na população; - as ameaças naturais e por ação da mão do homem; - a importância para o ecossistema (papel na cadeia alimentar); - o valor para a comunidade; ... 8 Guia do Professor Ciência em Três Mapa da Biodiversidade • MATERIAL NECESSÁRIO • • • • Um mapa mundo Imagens de animais (exemplos fornecidos em ANEXO) Pistas de localização (fornecidas em ANEXO) Jogo dos estatutos de conservação (fornecido em ANEXO) as imagens, as pistas da localização e as pistas dos estatutos de conservação servem ape- nas como ponto de partida para uma possível adaptação das atividades consoante a tipologia da turma e idades-alvo. Para além dos animais, poderão ser introduzidas imagens de plantas ou outros organismos. As pistas poderão revelar-se demasiado complexas ou insuficientes; daí que possa ser necessário um trabalho extra de adequação das mesmas. • PREPARAR A informação abaixo pretende disponibilizar-lhe os conceitos teóricos e científicos mais importantes para que possa realizar autonomamente as atividades. No entanto, não exclui a consulta de bibliografia adicional. • Ao termo Biodiversidade, ou Diversidade Biológica, corresponde a diversidade de organismos vivos que existe no nosso planeta. A biodiversidade que assistimos atualmente não é mais do que o resultado de biliões de anos de evolução, fruto de processos naturais. O seu decréscimo, patente ao longo do tempo, deve-se também, e cada vez mais, à influência nefasta da mão do Homem. • Até à data, foram descritas cerca de 1,9 milhões de espécies. No entanto, como algumas espécies são descritas duas ou mais vezes com nomes diferentes, estima-se que esse número corresponda na realidade a 1,5 milhões de espécies descritas. Mas ainda muito está por descobrir; os cientistas calculam que atualmente existam cerca de 5 milhões de espécies, um número bem menor do que aquele que sugeriam há algum tempo atrás (30-100 milhões de espécies). • A definição de biodiversidade é muito abrangente e inclui a diversidade entre espécies e entre indivíduos de uma mesma espécie, mas também inclui a diversidade de genes existentes numa espécie e a diversidade de ecossistemas. • Cromossomas, DNA e genes, como unidades construtoras da vida, determinam a unicidade de cada indivíduo e de cada espécie. É a combinação da informação genética das diferentes formas de vida que observamos e as interações entre elas e com o meio ambiente que fazem com que a Terra se tenha tornado um local único para a humanidade. Não haja Guia do Professor ESPÉCIE Grupo de organismos que apresentam a capacidade para cruzar entre si e originar descendência fértil. Existem várias definições de espécie, não havendo um consenso sobre qual a definição universal que sirva para caracterizar todas as espécies de seres vivos. A definição apresentada é uma definição tradicional de espécie. ECOSSISTEMA Comunidade de todos os organismos vivos que vivem, alimentamse, reproduzem-se e interagem (uns com os outros e com o meio ambiente), de uma determinada área ou ambiente. Um ecossistema não tem um tamanho definido, tanto pode ser um lago como uma região inteira de um país, uma escova de dentes ou os nossos intestinos. 9 Ciência em Três Mapa da Biodiversidade GENES são as unidades moleculares básicas da hereditariedade; são “pedaços” de DNA que dão as instruções necessárias às células para produzirem proteínas e, desta forma, permitirem que as células executem as suas funções. Estima-se que o DNA dos humanos tenha cerca de 25,000 genes, de diferentes tamanhos. DIVERSIDADE GENÉTICA Refere-se ao número total de características genéticas que definem uma espécie. EXTINÇÃO Corresponde ao desaparecimento total dos indivíduos de uma espécie. O momento de extinção é geralmente determinado pela morte do último indivíduo da espécie. Pesquise os casos do Mamute e do pássaro Dodo e perceba como os cientistas descobriram que estas duas espécies existiram um dia. Alguma diferença na forma como foi obtida a informação? Investigue o conceito de “Flagship Species” e descubra exemplos de símbolos emblemáticos de alguns países. 10 dúvida de que a biodiversidade providencia uma enorme quantidade de bens e serviços que de outra forma, se não existissem, não seria possível assegurar as nossas vidas. Preservar a biodiversidade deve ser, por isso, um fator de preocupação para todos nós. • Diz-se que estamos em plena extinção em massa, a 1ª depois da grande extinção dos dinossauros (há 65 milhões de anos). Acredita-se que a cada 20 minutos há uma espécie que se extingue. De facto, as espécies estão a desaparecer a uma taxa 1000 vezes superior à formação de novas, e prevê-se que este número aumente drasticamente. • A perda de espécies ao longo do tempo tem acontecido sempre como uma consequência de fenómenos naturais (dilúvios, terramotos, tornados, vulcões, etc...), no entanto atualmente o grande fator ameaça tem sido o próprio Homem e a sua mão destrutiva. A fragmentação, degradação ou eliminação crescente dos ecossistemas, como acontece, por exemplo, com os incêndios nas florestas (ação direta do Homem), são hoje uma maior preocupação para a manutenção da biodiversidade. No caso das florestas, estas representam o local de preferência para a maioria da biodiversidade terrestre e, sobretudo no último século, cerca de 45% da área de floresta inicial existente na Terra desapareceu. Também as alterações atmosféricas (ação indireta do Homem), como a diminuição da camada do ozono e as alterações climáticas (perda de gelo no ártico, p.e.), constituem uma grave ameaça à preservação dos habitats e continuidade das espécies. • Se nos centrarmos apenas no efeito que a perda de biodiversidade traz para o Homem, podemos reconhecer consequências graves em três tipos de aspectos da nossa atividade diária: 1) nos produtos que conseguimos obter da natureza (comida, medicamentos, roupa...) - recursos biológicos; 2) nos processos providenciados pela natureza que ajudam à manutenção da vida humana (decomposição do lixo, purificação da água, polinização das plantas, renovação e fertilização dos solos,…) - serviços do ecossistema; 3) na cultura, comércio e turismo, já que muitas plantas e animais representam símbolos emblemáticos de alguns países ou comunidades – benefícios sociais (culturais, espirituais, económicos...). • No entanto, a biodiversidade também é importante para os outros animais e plantas, aliás é importante para todos os seres vivos. Todos os seres vivos dependem uns dos outros, mais de uns do que de outros mas cada um exerce um determinado papel no ecossistema pois todos fazem parte de uma cadeia alimentar. Alguns exemplos são: - insectos e pássaros são polinizadores de plantas e, sem eles, as plantas que deles dependem não conseguiriam reproduzir-se; - existem sementes com uma capa protetora tão resistente que Guia do Professor Ciência em Três Mapa da Biodiversidade precisam de passar pelo trato digestivo de alguns animais para que determinadas enzimas (proteínas) aí existentes possam degradar essa capa e permitir a posterior germinação das sementes; - os insetos reproduzem-se muito rapidamente e os animais que se alimentam de insetos são muito importantes para o ecossistema pois controlam o número de indivíduos na população de insetos. Investigue alguns exemplos de cadeias alimentares e explore com os alunos o papel dos ”produtores “, “consumidores” e “decompositores” no ciclo da vida. • Com a perda contínua de espécies animais e plantas, e os efeitos que isso provoca ou poderá vir a provocar na sobrevivência do planeta, é impreterível desenvolver planos e estratégias que ajudem a preservar as espécies que ainda existem. Desta forma, têm sido criadas diversas iniciativas nacionais e internacionais, para desenvolver e implementar Planos de Conservação a fim de preservar as espécies classificadas como ameaçadas e/ou em risco de extinção. Alguns desses Planos de Conservação são conhecidos por todos nós: Planos Internacionais - ano internacional da Biodiversidade levado a cabo em 2010 pela IUCN Planos Nacionais - a campanha de preservação do lobo ibérico - a criação de reservas naturais (p.ex, a reserva natural do Gerês) - a criação de centros de investigação dedicados à conservação e biodiversidade Planos Regionais - campanhas de preservação dos golfinhos do sado, peneireiro das torres, falcões da Tapada de Mafra, lobo da Serra do Gerês, a salamandra do mondego - campanhas para consumo de agricultura local Atitudes individuais - plantar uma árvore - reciclar - apagar as luzes • Saber que uma espécie se encontra ou não ameaçada só é possível devido ao trabalho de muitos cientistas que se dedicam à Biologia da Conservação. Nesta disciplina estudam-se indivíduos e populações inteiras que tenham sofrido qualquer tipo de degradação ou perda do seu habitat, ou em caso de exploração e/ou alterações ambientais, utilizando conhecimentos vindos de áreas tão distintas como a Taxonomia, a Biologia Evolutiva, a Genética e a Matemática. • Os dados obtidos são a posteriori agrupados pela International Union for Conservation of Nature (IUCN), na chamada “Lista Vermelha” (do inglês, Red List), que cataloga o estatuto de conservação da espécie em estudo: 1) pouco preocupante, 2) quase ameaçada, 3) ameaçada (vulnerável, em perigo, em perigo crítico), 4) extinta na natureza e 5) extinta. Guia do Professor 11 Ciência em Três Mapa da Biodiversidade • A informação recolhida e disponível a todos pela Lista Vermelha permite, às autoridades competentes, poderem tomar decisões informadas que garantam a sobrevivência dos organismos no futuro. Estatutos de Conservação da Lista Vermelha Ex,nto EX Ameaçados EW CR EN Pouco Preocupante VU NT LC CR: Em perigo crí%co EX: Ex%nto EN: Em perigo EW: Ex%nto na natureza VU: Vulnerável NT: Quase ameaçada LC: Pouco preocupante • A IUCN, para a catalogação do estado de conservação de uma espécie baseia-se essencialmente nos seguintes critérios: 1. A distribuição geográfica. 2. O número de indivíduos na população. Existem os chamados 3. O tipo de habitat e ecologia. “hot spots”, locais com um enorme número de espécies 4. As ameaças, naturais ou por ação do Homem, à sua sobrevivência. em perigo de extinção e, por 5. A importância para o ecossistema (papel na cadeia alimentar). isso, onde são aplicadas mais campanhas de preservação. 6. O valor económico, cultura ou espiritual para a comunidade. 7. O tempo de reprodução. • Apesar da importância da IUCN, os dados obtidos podem não ser seguros no sentido em que os valores quantitativos são baseados em estimativas, inferências, projeções, sendo apenas extrapolações de atuais ou potenciais ameaças no futuro. Para além disso, não incluem à partida um fator importante como algumas espécies terem baixas probabilidades de sofrerem uma ameaça no futuro mas que a ocorrer as consequências poderão ser graves, o que altera imediatamente o estatuto. Também influencia o facto de não ser fácil obter resultados precisos, por exemplo, quanto à distribuição geográfica ou o facto do número de indivíduos na população ser medido apenas em termos de indivíduos maduros (com capacidade para se reproduzirem). Sem falar que espécies que estejam pouco descritas podem ser designados como ameaçados com base apenas em dados sobre a deterioração do habitat e outros fatores causais. • A IUCN tem influência a nível global, daí que em alguns países tenha havido a necessidade de se criarem organizações, como o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) em Portugal, que exercem um papel semelhante ao da IUCN mas a um nível mais local/regional. Na verdade, a necessidade de se desenvolver um plano de conservação para uma dada espécie a nível regional pode não ser a mesma a nível global. No fundo, determinar a categoria de ameaça à sobrevivência de determinada espécie não é necessariamente suficiente para estabelecer as prioridades de um Plano de Conservação. É necessário também ter em conta os custos, a logística, hipóteses de sucesso e outras características biológicas da espécie em questão. 12 Guia do Professor Ciência em Três Mapa da Biodiversidade ANEXOS Guia do Professor 13 Ciência em Três Mapa da Biodiversidade EXPERIMENTAR (PARTE I) | LOCALIZAÇÕES GEOGRÁFICAS Em baixo encontra listadas as localizações geográficas das espécies apresentadas. NOME COMUM NOME CIENTÍFICO LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA Aie-Aie Daubentonia madagascariensis Madagáscar Atum Rabilho Thunnus thynnus Oceano Atlântico Arau Gigante (EXTINTO) Pinguinus impennis Oceano Atlântico (Zonas Costeiras) Bacalhau do Atlântico Gadus morhua Oceano Atlântico (Norte) Camelho de Báctria Camelus ferus Ásia Central e Leste (Báctria- Afeganistão) Crocodilo do Nilo Crocodylus niloticus Egipto (Rio Nilo, África) Dodo (EXTINTO) Raphus cucullatus Ilhas Maurícias Elefante Pigmeu do Bornéu Elephas maximus borneensis Ilha do Bornéu (Indonésia) Fossa Cryptoprocta ferox Madagáscar Golfinho Baji Lipotes vexillifer China Gorila Ocidental das TerGorilla gorilla gorilla ras Baixas África Equatorial Iguana Marinha Amblyrhynchus cristatus Arquipélago das Ilhas Galápagos Lémur Rato Microcebus sp Madagáscar Leopardo das Neves Uncia uncia Montanhas da Ásia Central (Evereste) Lince Ibérico Lynx pardinus Península Ibérica Lobo Vermelho Canis rufus América do Norte Mamute Lanoso (EXTINTO) Mammuthus primigenius Eurásia (Sibéria) e América do Norte (alguns) Orangotango Pongo sp Ilhas do Bornéu e Sumatra (Indonésia Panda Gigante Ailuropoda melanoleuca Cinha (Centro-Sul) Rinoceronte-Negro Diceros bicornis Sul de África Tatu Canastra Priodontes maximus Norte da América do Sul (Colômbia) Tigre Panthera tigris Sudeste da Ásia (Índia) Titanca/ Puia Puya raimondii Peru e Bolívia Urso Polar Ursus maritimus Ártico (Pólo Norte) Guia do Professor 15 Ciência em Três Mapa da Biodiversidade EXPERIMENTAR (PARTE II) | NOTAS EXPLICATIVAS Para esta atividade foram escolhidos 5 pares de espécies, cada par pertencente ao mesmo Filo*. Em baixo encontra uma breve explicação do que poderá ser uma justificação para a origem do estatuto de conservação das espécies apresentadas. * Filo - corresponde ao taxon mais elevado, a seguir ao Reino, usado na classificação dos seres vivos. Os seres vivos pertencentes ao mesmo Filo partilham certas características evolutivas comuns. • Atum rabilho vs Celacanto Atum rabilho – Ameaçado; em perigo Celacanto – Ameaçado; em perigo crítico O atum é um peixe muito pescado e frequentemente utilizado na nossa alimentação, tendo um grande valor económico na indústria das pescas. Por outro lado, a diminuição do número de indivíduos na população, devido à caça excessiva, poderá afetar o equilíbrio biológico do oceano já que o atum se alimenta de sardinhas controlando a sua enorme quantidade, facto que resulta da capacidade destas em produzir grandes quantidades de descendência. O celacanto, por ser um fóssil vivo e preservar características de antepassados que já não existem, e por terem sido identificados apenas alguns espécimes ao largo de Madagáscar e Moçambique, são alvo de preocupação. O número de indivíduos, quer de atum quer de celacanto, na população coloca a continuidade das duas espécies em risco e, por isso, são consideradas como espécies ameaçadas em perigo de extinção. O celacanto por se encontrar distribuído por uma área muito pequena, ao contrário do atum, é considerada uma espécie em perigo crítico de extinção. http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/21860/0 http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/11375/0 • Lince Ibérico vs Lince Euroasiático Lince Ibérico – ameaçado; em perigo Lince Euroasiático – pouco preocupante Como o próprio nome indica, o Lince Ibérico está distribuído apenas pela Península Ibérica e de uma forma muito dispersa, o que só por si torna a sobrevivência desta espécie preocupante. Mas mais alarmante é a construção de barreiras ecológicas, com a construção de pontes e estradas, o que separa as populações, impede o contacto entre os indivíduos e a taxa de reprodução da espécie diminui, comprometendo deste modo a sua sobrevivência. Esta razão é suficiente para considerar o lince ibérico uma espécie ameaçada, em perigo de extinção. Já o lince euro-asiático apresenta características quase opostas. Encontra-se em grande número e distribuído uniformemente pelas florestas da Europa e Ásia, óptimos locais de esconderijo quando não se quer ser capturado pelos predadores. Se são tão sossegados que ninguém os ouve, diminui ainda mais o risco de serem capturados ou caçados. Não há dúvidas de que esta espécies integra o grupo das não preocupantes na classificação dos estatutos de conservação. 16 Guia do Professor Ciência em Três Mapa da Biodiversidade http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/12520/0 http://maps.iucnredlist.org/map.html?id=12519 • Elefante Africano vs Elefante Asiático Elefante Africano – ameaçado; vulnerável Elefante Asiático – ameaçado; em perigo O elefante africano encontra-se bem distribuído por florestas e desertos em África; ao passo que o elefante asiático encontra-se apenas em áreas muito restritas do continente asiático. Com o nascimento crescente de elefantes africanos bebés nos últimos anos, as populações desta espécie tem vindo a aumentar; o mesmo já não acontece com a população de elefantes asiáticos, que têm vindo a sofrer com a construção de casas e terrenos de cultivo nas regiões. Apesar da conhecida caça a estes elefantes para venda de marfim, os habitantes locais nas regiões africanas têm desenvolvido estratégias de proteção destes animais já que também são um forte atrativo para os turistas que visitam aquelas regiões. Na Ásia o sentimento é oposto. O elefante asiático é de porte bastante maior que o africano, o que faz com que um só animal ocupe muito espaço, espaço esse que poderia ser de cultivo. Por outro lado, estes animais precisam de comer muito para sobreviver. Por estes motivos não são bem aceites pelas populações locais, que se enfurecem, muitas vezes acabando por matar estes animais, quando eles lhes pisam as suas culturas. Por estas razões, ambas as espécies são alvo de preocupações estando ambas ameaçadas, mas apenas o elefante asiático é considerado em perigo de extinção; o elefante africano encontra-se vulnerável. http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/12392/0 http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/7140/0 • Abutre do Egipto vs Grifo Abutre do Egipto – ameaçado; em perigo Grifo – pouco preocupante O Abutre do Egipto encontra-se bem distribuído por diferentes continentes mas na Europa, por exemplo, muitos têm morrido por envenenamento ou eletrocutados em postes de alta tensão. Para além disso, a sua alimentação é à base de animais mortos que muitas vezes transmitem doenças, o que aumenta o perigo de sobrevivência destes animais. Por estas razões, para os cientistas esta é uma espécie classificada em perigo de extinção. O Grifo, que se encontra igualmente bem distribuído, também se alimenta de carne morta mas como vive em montanhas não correm o risco de morte por eletrocussão ou envenenamento. Daí que o seu estatuto de conservação seja considerado pouco preocupante. http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/106003371/0 http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/106003378/0 • Chimpanzé vs Lémur de Cauda Anelada Chimpanzé – ameaçada; em perigo Lémur cauda anelada – quase ameaçada A população de chimpanzés tem vindo a diminuir em grande escala nos últimos anos. Para este facto Guia do Professor 17 Ciência em Três Mapa da Biodiversidade tem contribuído a destruição das florestas africanas onde vivem estes animais, devido a incêndios e construção de estradas, e a consequente diminuição do número de árvores, a partir das quais os chimpanzés obtêm a sua comida. Os chimpanzés alimentam-se de térmitas, uma praga para as árvores. Sem estes animais, as árvores morreriam todas o que traria consequências graves para o equilíbrio biológico destas regiões. Por tudo isto, os chimpanzés são espécies ameaçadas em perigo de extinção. O Lémur de Cauda Anelada, por sua vez, não tem registado diminuição do número de indivíduos. Apesar disso parecer não preocupante, diversos incêndios têm destruído as florestas em Madagáscar, o único local onde existe a espécie. Por esta razão, é considerada uma espécie quase ameaçada. http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/15933/0 http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/11496/0 18 Guia do Professor O Dodô terá sido visto pela primeira vez por colonos portugueses em 1507. Era uma ave com asas mas que não voava e como não =nha medo das pessoas tornava-­‐se uma presa fácil para os humanos. O nome “dodô” terá provavelmente origem no aspecto desajeitado destas aves a que os portugueses terão ba=zado de “doudos” ou “doidos”. Foi visto pela úl=ma vez em 1662. Pistas: Pássaros que não voam só vivem em ilhas. Foram encontrados registos de “dôdôs” numa ilha perto de Moçambique. O Dôdo vivia _______________________________ © Ciência em Três O Mamute era muito parecido com os elefantes atuais mas =nha o corpo coberto de pelo, para além de uma camada grossa de gordura. Estes animais ex=nguiram-­‐se provavelmente devido às alterações climá=cas do fim da Idade do Gelo. Foram encontrados diversos restos de ossos congelados de mamutes em excelente estado de conservação. Pista: A descrição deste animal faz-­‐te lembrar algum filme de animação que tenhas visto. O Mamute vivia _____________________________ © Ciência em Três O Rinoceronte-­‐Negro é um animal herbívoro que consegue viver 5 dias sem beber água. Podemos encontrá-­‐lo em zonas quentes e secas, em locais de pastagem, savanas e bosques tropicais. Pista: Os países do centro de África estão cheios de florestas mas no Sul de África pra=camente só existem desertos. O Rinoceronte-­‐Negro vive _____________________ © Ciência em Três O Baiji é um mamífero de água doce. É uma das quatro espécies de golfinhos de água doce restantes no mundo. Estes golfinhos são pra=camente cegos e u=lizam ondas sonoras para poder encontrar o seu alimento. Pista: O Baiji existe num rio chamado Yang-­‐Tsé. O Baiji vive _________________________________ © Ciência em Três O Atum Rabilho é muito apreciado em todo o mundo pela excelente qualidade e sabor da sua carne (sushi, sashimi). Esta espécie de atum pode a=ngir cerca de 4,5 metros de comprimento e pesar mais de meia tonelada, quase o peso de um carro “Smart”! Na época de reprodução, uma fêmea pode pôr até 10 milhões de ovos! Pista: O maior atum rabilho jamais registado foi apanhado na Nova Sco=a, uma das províncias marí=mas do Canadá, com 679 kg. O Atum Rabilho vive _________________________ © Ciência em Três O Camelo de Báctria, tal como diz a canção “tem duas bossas e muito pelo”. Aguenta muito tempo sem comer e beber e sobrevive a temperaturas muito extremas. É um mamífero muito forte e a maior parte deles está domes=cada. É muito parecido com o camelo dromedário mas este é mais pequeno e tem apenas uma bossa. Pista: O camelo dromedário existe sobretudo no Norte de África: Será que as duas espécies de camelos vivem juntos? Qual o outro con=nente onde já ouviste falar que existem camelos? Onde será mesmo que fica Báctria? O Camelo de Báctria vive ______________________ © Ciência em Três O Gorila Ocidental das Terras Baixas é um grande primata que vive em florestas montanhosas de países como Angola, Camarões e Gabão. Quando aparecem intrusos no seu território, o macho dominante do grupo bate com força no peito para fazer um som assustador, enquanto os outros membros do grupo escondem-­‐se na floresta. Pista: ao contrário dos macacos, não existem grandes primatas na América do Sul; só existem em África e na Ásia. O Gorila Ocidental das Terras Baixas vive _______ ________________________________________ © Ciência em Três O Lince Ibérico macho é maior que a fêmea e os linces bebés, quando ainda são pequeninos, podem ser muito agressivos para com os irmãos. A dieta dos linces é, na maior parte, composta por coelhos. Preferem matos densos para refúgio e zonas de pastagem para caçar. Infelizmente, muitos linces são apanhados em armadilhas para coelhos e atropelados por carros. Pista: lince IBÉRICO! O nome não te diz nada? O Lince Ibérico vive __________________________ © Ciência em Três O Elefante Pigmeu do Bornéu é o mais pequeno de todos os elefantes asiá=cos, mas tem orelhas grandes e cauda comprida. Estes elefantes são muito dóceis e supõe-­‐se que são descendentes de um elefante que foi oferecido a um Sultão Filipino. Neste momento, apenas existem entre 1000-­‐1500 animais em estado selvagem. Pista: As palavras Bornéu, asiá=co e Filipino são boas pistas!! O Elefante Pigmeu do Bornéu vive em ___________ © Ciência em Três Os Tigres são os maiores gatos do mundo. Estes animais podem viver em florestas geladas ou em florestas quentes e húmidas. Por dia, chegam a comer 45 Kg de carne, o equivalente a 400 hamburguers. Quase metade dos =gres existentes vivem no 2º país do mundo com um maior número de habitantes. Pista: não existem =gres em África; os que existem vivem em reservas naturais. Os Tigres vivem ____________________________ © Ciência em Três O Panda Gigante é herbívoro e alimenta-­‐se de bambu. Tem um polegar falso que o ajuda a segurar no bambu, que surgiu da modificação de um pequeno osso da pata. Atualmente, vive em montanhas por causa da desflorestação das planícies. Quando nascem, os bebés pandas pesam apenas entre 90-­‐130 gramas, o mesmo que uma maçã pequena. Pista: este animal é usado como símbolo de um país que fica no con=nente asiá=co. O Panda Gigante vive ______________________ © Ciência em Três O Leopardo das Neves não faz parte da família dos leopardos. Este animal foi classificado como um único membro do género Uncia. Por muito estranho que pareça, o leopardo das neves não consegue rugir, sendo um animal solitário e raramente avistado por humanos. Nas grandes montanhas onde vivem, a mãe leopardo, para aquecer os seus filhotes u=liza o seu próprio pelo para fazer o ninho. Pista: estes animais foram avistados na montanha mais alta do Mundo. O Leopardo das Neves vive ____________________ © Ciência em Três O Orangotango é dos primatas mais inteligentes e todas as noites prepara a sua “cama” para dormir. Só existem duas espécies de Orangotangos em todo o Mundo, orangotango-­‐de-­‐bornéu e o orangotango-­‐ de-­‐sumatra. A palavra Orang U Tan significa “o homem da floresta” em Malaio. Pista: Repara no nome das espécies! O Orangotango vive _______________________ © Ciência em Três Os Lémures rato são os primatas mais pequenos do mundo, e podem caber na tua mão! Os olhos são grandes, o que lhes permite uma boa visão noturna. Estes animais existem apenas numa ilha que fica ao largo da costa de Moçambique Pista: não reconheces este animal de algum filme de animação que tenhas visto? Os Lémures rato vivem ______________________ © Ciência em Três O Urso Polar é um dos maiores carnívoros terrestres do planeta e o seu corpo está adaptado para ser um ó=mo nadador. O pelo dos ursos polares é transparente, mas parece branco por causa da luz do sol. Estes animais gostam de viver em ambientes frios e, se a temperatura exterior chegar acima dos 10ºC, os ursos podem sobre-­‐aquecer. Pista: nunca foram avistados no Pólo Sul. O Urso Polar vive ____________________________ © Ciência em Três A Fossa é um animal muito ágil e é um dos maiores carnívoros de uma ilha onde vivem os lémures, sendo o único predador desses animais (à exceção do Homem). Pista: Se viste, há um filme onde o simples nome da fossa deixava os lémures completamente assustados! A Fossa vive _______________________ © Ciência em Três O Bacalhau do AtlânOco pode crescer até 2 metros e pesar 96 kg. O bacalhau é um predador de topo da cadeia alimentar. Sem a sua presença devido à pesca intensiva, o ecossistema fica em desequilíbrio. Pista: não é discil adivinhar onde existe esta espécie. Olha só para o nome!! O Bacalhau do AtlânOco vive __________________ © Ciência em Três O Aie-­‐Aie é uma espécie de lémur. Os seus olhos são grandes e tem uma boa visão noturna. Vivem nas árvores de florestas, possuem pelo negro e um dos seus dedos é maior do que os outros. Usam este dedo para conseguir caçar larvas nos buracos das árvores. Além disso, é o único primata que consegue localizar as presas com ondas sonoras, como os golfinhos. Pista: se viste um famoso filme de animação, deves lembrar-­‐te onde vive o Aie-­‐Aie. Também a esta altura já deves ter ouvido falar de outros lémures e onde vivem. O Aie-­‐Aie vive _______________________________ © Ciência em Três O Crocodilo-­‐do-­‐Nilo adulto é um animal extremamente forte e agressivo. O seu couro grosso protege-­‐o de qualquer ataque e os seus dentes e patas crescem novamente se perdidos, sendo os olhos o único ponto fraco. Os crocodilos nascem de ovos e o sexo das crias é definido pela temperatura a que o ovo é incubado. Se o ovo es=ver a uma temperatura entre 31,7 °C e 34,5 °C, nascerão machos. Caso contrário, serão todas fêmeas. Pista: onde fica o rio Nilo? O Crocodilo-­‐do-­‐Nilo vive ______________________ © Ciência em Três O Arau Gigante era uma ave não voadora que foi ex=nta em 1852 devido à caça excessiva. O seu nome cienwfico deriva do galês pen gwyn, que significa cabeça branca. Quando os exploradores descobriram umas aves semelhantes no Hemisfério Sul -­‐ os pinguins atuais -­‐ decidiram dar-­‐lhes o mesmo nome. Pista: o arau gigante vivia em zonas costeiras e em locais bem distantes de onde vivem os pinguins atuais. O Arau Gigante vivia __________________ © Ciência em Três O Lobo Vermelho tem as pernas longas e as orelhas grandes, duas caracterís=cas que facilmente os dis=nguem dos coiotes e dos lobos cinzentos. Os lobos vermelhos a=ngem a maturidade com 2 ou 3 anos de vida e têm um único parceiro para toda a vida. Acredita-­‐se que o lobo vermelho é um híbrido fér=l do cruzamento entre o lobo cinzento e o coiote. Pista: é usado como símbolo de algumas universidades e depois de ter estado ex=nto foi reintroduzido na Carolina do Norte. O Lobo Vermelho vive _______________________ © Ciência em Três A Iguana Marinha é o único rép=l do mundo com hábitos marinhos e apenas se encontra num arquipélago com 7 ilhas. Em cada uma dessas ilhas podemos encontrar 1 subespécie de iguanas marinhas diferente. Estas iguanas podem passar até uma hora debaixo de água enquanto se alimentam de algas. Pista: por exis=rem 7 subespécies, uma em cada ilha, estas iguanas foram um caso de estudo para Charles Darwin. A Iguana Marinha vive ______________________ © Ciência em Três A TITANCA ou PUIA vive em zonas que se encontram entre 3200 e 4800 metros acima do nível do mar. Durante grande parte da sua vida a planta é cons=tuída apenas pela parte inferior, mas quando floresce, produz 8000 flores e 6 milhões de sementes, e a=nge uma altura de 12 metros. Pista: esta planta é conhecida como a ‘Rainha dos Andes’ e habita onde outrora exis=u o império Inca. A Titanca vive _______________________________ © Ciência em Três O Tatu Canastra é o maior dos Tatus vivos, medindo cerca de 1 metro de comprimento e pesando em média 60 Kg. O seu corpo é reves=do por uma caracterís=ca carapaça ar=culada e de cor castanha, mas o seu ventre é de tom rosado e bastante enrugado. Este animal é desdentado, alimentando-­‐se por isso de vermes, larvas, aranhas e cobras. Pista: Há um zoo em Vilaviccencio que se dedica a este animal. Esse zoo fica num país cujo nome deriva do úl=mo nome de Cristóvão Colombo. O Tatu Canastra vive _______________________ © Ciência em Três ATUM RABILHO Thunnus thynnus Esta espécie de atum existe sobretudo no Oceano Atlân=co. Come sardinhas e outros peixes pequenos e é muito u=lizado na nossa alimentação, sendo, por isso, um peixe muito pescado. Dica: Existem sardinhas até 'dar com um pau’ devido à sua capacidade em produzir grandes quan=dades de descendência. CELACANTO La2meria chalumnae Existem entre Madagáscar e Moçambique não se sabendo ao certo quantos são. É considerado um fóssil vivo, porque todos os animais semelhantes morfologicamente ex=nguiram-­‐se há muito tempo, não tendo mudado muito de aspecto desde o tempo dos dinossauros. Vivem em águas muito profundas e são caçadores de lulas e outras espécies de peixes durante a noite. © Ciência em Três LINCE IBÉRICO Lynx pardinus Existem na Península Ibérica. Estes linces alimentam-­‐se principalmente de coelhos e gostam de viver em bosques e matos. Dica: A construção de estradas e de barragens tem separado os linces ibéricos uns dos outros. Há também linces que são apanhados em armadilhas para coelhos e atropelados por carros. LINCE EURO-­‐ASIÁTICO Lynx lynx Estão distribuídos por uma grande parte das florestas da Europa e da Ásia, bons locais para esconderijo. É o maior de todas espécies de linces que existem. Em algumas zonas são caçados para o comércio ilegal de pele mas como são muito sossegados, os sons que produzem quase não se ouvem. © Ciência em Três ELEFANTE AFRICANO Loxodonta africana Tanto vivem em florestas, como em desertos de África e nos úl=mos anos têm nascido cada vez mais elefantes africanos bebés. Os seus dentes são feitos de marfim, uma fonte de dinheiro para as pessoas que os caçam. Dica: Atualmente, os habitantes destas regiões estão preocupados em proteger estes animais já que são uma grande atração turís=ca nos Safaris ELEFANTE ASIÁTICO Elephas maximus Vivem em florestas da região com o maior número de pessoas no mundo. Nos úl=mos anos têm nascido cada vez menos elefantes asiá=cos bebés. São muito grandes, precisam de muita comida por dia e ocupam muito espaço. Os seus dentes são feitos de marfim, uma fonte de dinheiro para as pessoas que os caçam. Como só comem plantas, muitas vezes pisam as culturas das pessoas, o que as deixa enfurecidas. Dica: A construção de casas nestas regiões e a transformação das terras para a agricultura tem diminuído o espaço onde podem viver estes elefantes. © Ciência em Três ABUTRE DO EGIPTO Neophron percnopterus Vivem em diferentes con=nentes. São animais solitários, fazendo ninhos em grutas, penhascos e em árvores grandes. Alimentam-­‐se de animais mortos. Existem casos na Europa de morte por envenenamento ou electrocutados por tocarem em postes de alta tensão. Dica: Animais mortos podem transmi=r doenças. GRIFO Gyps fulvus Vivem em montanhas de várias regiões de diferentes con=nentes e alimentam-­‐se de carne morta. Os gregos contavam lendas sobre os grifos com cabeça e asas de águia e corpo de leão. Existem grifos representados em moedas e brasões. Dica: as montanhas são locais pouco acessíveis a humanos. © Ciência em Três CHIMPANZÉ Pan troglodytes Existem cerca de 200 mil chimpanzes mas pensa-­‐se que há 100 anos atrás exis=am cerca de 2 milhões. Vivem em média 20 anos e o seu alimento preferido é fruta mas também térmitas, entre outras coisas. Incêndios e construção de estradas estão a destruir as florestas onde vivem os chimpanzés. Para além de que há pessoas que caçam estes animais. Dica: As térmitas são uma praga para as árvores. LEMUR DE CAUDA ANELADA Lemur ca?a Existem cerca de 10 a 100 mil. Vivem entre 16 e 19 anos e a sua fonte de alimento é das árvores (folhas, flores, etc). Vivem tanto nas montanhas como junto ao mar e o seu número não tem diminuído, apesar dos incêndios que estão a ameaçar as florestas. Dica: só existem lémures na Ilha de Madagáscar © Ciência em Três DODO MAMUTE LANOSO GOLFINHO BAJI GORILA OCIDENTAL DAS TERRAS BAIXAS TITANCA/ PUIA AIE-­‐AIE TATU CANASTRA LÉMUR RATO BACALHAU-­‐DO-­‐ATLÂNTICO CROCODILO DO NILO IGUANA MARINHA RINOCERONTE-­‐NEGRO ELEFANTE PIGMEU DO BORNÉU TIGRE CAMELO DE BÁCTRIA ATUM RABILHO LINCE IBÉRICO FOSSA PANDA GIGANTE URSO POLAR LOBO VERMELHO ARAU GIGANTE ORANGOTANGO LEOPARDO DAS NEVES ESTATUTOS DE CONSERVAÇÃO Ex3nto EX Ameaçados EW EX: Ex%nto EW: Ex%nto na natureza CR EN Pouco Preocupante VU NT LC CR: Em perigo crí%co EN: Em perigo VU: Vulnerável NT: Quase ameaçada LC: Pouco preocupante CR EN VU NT LC CR EN VU NT LC CR EN VU NT LC CR EN VU NT LC CR EN VU NT LC © Ciência em Três FOLHA DE REGISTO INDIVIDUAL/ GRUPO Nome da atividade: Mapa da Biodiversidade! Membros do grupo: O que sabemos sobre este tema? O que ainda não sabemos e queremos descobrir? Como podemos descobrir? O que observámos? O que aprendemos?