O PIB E SEUS DETERMINANTES: UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA PARA O BRASIL Carlos Fernando Xavier Soares1 Patrícia Cristiane Fernandes Siqueira Cavalcanti2 RESUMO O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços finais que são produzidos na economia, medido em unidades monetárias. É um indicador muito importante para a tomada de decisões econômicas e formulação de políticas públicas, além de mostrar o incremento ou decréscimo da produção interna. Esta produção, obtida num determinado período de tempo, apresenta grande significância para a Economia como um todo, pois demonstra o quanto uma nação está comportando em relação a Exportação, Importação, taxa de câmbio, inflação, desemprego, entre outros setores que englobam o ambiente macroeconômico. Existem fatores que são importantes para a determinação do PIB, como a Formação Bruta de Capital Fixo e as Exportações. O objetivo desse estudo é verificar qual é o efeito destas variáveis sobre a taxa de crescimento do PIB, através da análise econométrica. Além disso, pretende-se mostrar a aplicação da Econometria na análise econômica do PIB por meio do modelo de regressão. Para averiguar os efeitos das variáveis explicativas sobre a variável dependente, foram empregados diversos testes econométricos. As técnicas foram usadas para constatar a existência de presença ou ausência da Multicolinearidade (através do teste de correlação, análise de regressão e do teste VIF), Heteroscedasticidade (teste White e Breusch - Pagan), e por último, para verificar se há ou não a Autocorrelação (mediante ao teste Durbin-Watson). Tais testes são importantes, também, para certificar se o modelo de regressão apresenta consistência e se as variáveis influenciam o Produto Interno Bruto. Diante dos resultados obtidos, percebe-se que a taxa de crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo é o coeficiente de maior importância, de acordo como os testes realizados e, também, as Exportações exerceram uma variação positiva nos níveis de crescimento do Produto Interno Bruto, ou seja, à medida que ocorre um aumento da taxa de crescimento das variáveis explicativas, há uma elevação da taxa de crescimento da variável dependente. Com essa perspectiva, entende-se que uma nação deve realizar mais investimentos na Formação Bruta de Capital Fixo para que possa ter maiores níveis de produção e crescimento econômico. Palavras-chave: Crescimento, Economia, PIB, Exportações, Modelo de Regressão. Acadêmico do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES. Endereço para contato: [email protected] 2 Acadêmica do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES. Endereço para contato: [email protected] 1 1- INTRODUÇÃO Para ter um conhecimento mais aprofundado sobre o tema deste artigo, algumas definições devem ser mostradas para facilitar a compreensão da análise como um todo. Como se trata de um tema no qual se aborda a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, começando pela definição do último citado. As variáveis analisadas serão o PIB (variável dependente), a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e a Exportação (variáveis explicativas). Os conceitos sobre as variáveis serão descritos a seguir e, posteriormente, a visão de alguns autores sobre o objeto de estudo deste trabalho. O PIB é a soma de todos os bens e serviços que foram produzidos dentro de um país durante o período de um ano, em unidades monetárias. Esse indicador econômico foi criado pelo economista britânico Richard Stone3, para conceder diversas análises e medidas a serem tomadas no que diz respeito à economia. Na conceituação de Tremea (2011, p.2) “O PIB pode ser calculado sob diversas óticas, considerando-se o valor adicionado por setores de atividade econômica, que deve ser igual a renda gerada, bem como pode ser obtido pelo dispêndio da sociedade. ” Atualmente no Brasil, o PIB é calculado através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e essa mensuração anual permite às autoridades governamentais utilizarem políticas públicas com o objetivo de promover o crescimento maior do nosso país. Uma das maneiras de ser medido é através de uma fórmula na qual consta: o total do consumo privado, os investimentos realizados, os gastos do governo e a balança comercial, constituída das exportações menos importações. Determinado como um dos indicadores mais importantes que merece destaque no ponto de vista econômico e social, o PIB atualmente vem acompanhado nos últimos anos de modestas taxas de crescimento no Brasil, sendo que nos anos de 2011, 2012 e 2013, houve uma expansão da produção de bens e serviços, segundo o IBGE, de 2,7%, 0,9% e 2,3%, respectivamente. A tecnologia, o capital e a mão-de-obra são fatores produtivos que incentivam a ampliação de riqueza, originando trabalho e bem-estar para uma nação (COELHO JUNIOR e PONTILI,2011, p. 2). Considerando a medida da riqueza brasileira como mensurável pelo PIB, para que exista crescimento econômico é imprescindível que se incremente a produtividade de seus fatores. A Formação Bruta de Capital Fixo é um indicador muito importante para a contabilização do Produto Interno Bruto do país, pois ela mede o quanto as empresas elevaram os seus bens de capital, com investimentos maiores para a produção de máquinas e equipamentos, além da construção civil. Com maiores índices na formação bruta, mais empregos vão sendo gerados e a capacidade produtiva tende a aumentar, o que reflete no PIB brasileiro. Por fim, o último indicador que será utilizado neste artigo, para analisar a taxa de crescimento do PIB, é a Exportação. Esta é conceituada como a venda de mercadorias de um país nacional para o país estrangeiro. A exportação, para o Brasil, tem contribuído, estrategicamente, para a formação do emprego e da renda, para arrecadação de recursos externos imprescindíveis ao equilíbrio comercial nacional e para o fomento da expansão econômica interna. 3 Richard ganhou o prêmio Nobel de Economia em 1984 por ter realizado estudos e contribuições de grande importância para o desenvolvimento das Contas Nacionais, além de também conceder melhoras nas bases de análise econômica empírica. A discussão sobre a contribuição das exportações na economia brasileira perpassa por diversas questões que vão desde focos produtivos significativos externamente, até o impacto do alargamento das comercializações exteriores sobre o mercado interno. A ação de exportar, entendida como o envio de determinado produto nacional para outro país, abrange muito mais que a simples venda de uma mercadoria ao comércio internacional. Juntamente com a exportação, a importação é um indicador econômico para a balança comercial, obtida pela diferença de ambas. Quando há um número maior das importações, o país está em déficit, ou seja, há um saldo comercial negativo por adquirir mais bens e serviços no exterior do que vender. Quando a balança comercial registra uma quantidade maior de exportações do que importações, há uma situação de superávit, o país está vendendo mais produtos para o comércio estrangeiro do que comprando. Uma empresa que exporta bens e serviços para o exterior começa a adquirir vantagem sobre as suas concorrentes, segundo o portal eletrônico do governo brasileiro, referente às relações de comércio exterior, Comexbrasil (2014), “pois diversifica mercados, aproveita melhor sua capacidade instalada, aprimora a qualidade do produto vendido, incorpora tecnologia, aumenta sua rentabilidade e reduz custos operacionais”. Atualmente, o Brasil possui relações de exportação com diversos países, sendo que um dos seus principais produtos que são mais vendidos para o mercado estrangeiro é o petróleo, seguido também de bens como carne, açúcar e café. Os dados das Contas Trimestrais, utilizados para essa pesquisa, foram coletados do site do IBGE, referentes aos anos de 1996 a 2013, no qual realizou-se análises econométricas para verificar as variações dos coeficientes que afetam a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto. Em vista dos conceitos expostos, a finalidade deste estudo é averiguar os fatores que afetam a taxa de crescimento do PIB, no quadro brasileiro. Para tal, procura-se pesquisar a influência exercida pela Formação Bruta de Capital Fixo e as exportações sobre o PIB. Este trabalho foi realizado a partir do artigo de Souza e Quintino(2006), que tinha como objetivo analisar as principais variáveis explicativas do crescimento da economia portuguesa. O estudo foi organizado em seis seções, sendo a Introdução a primeira parte. O próximo tópico refere-se ao Referencial Teórico, contendo citações e argumentos de diversos autores sobre o tema estudado. Na terceira seção, encontra-se a Metodologia usada; a seção quatro contém os resultados obtidos mediante todas as técnicas utilizadas para verificar se há presença ou ausência de autocorrelação, multicolinearidade e heteroscedasticidade. No quinto tópico há as considerações finais, e por fim há as referências bibliográficas. 2- REFERENCIAL TEÓRICO Estudos abordados sobre o Produto Interno Bruto e teorias de crescimento são temas muito discutidos no cenário macroeconômico. Grandes economistas já debatiam sobre esses assuntos, realizando profundas pesquisas para objeto de análise e desenvolvimento de modelos econômicos. No período em que a economia dos Estados Unidos passava por uma grande crise financeira, na década de 30 do século passado, o sistema de mercado sofria um grande declínio. Então começou a destacar-se um economista com a teoria de que o Estado deve intervir no sistema econômico em tempos de instabilidade; seu nome era John Maynard Keynes 4. As teorias clássicas que retratam o equilíbrio de mercado, causadas pelas forças de oferta e demanda, não são suficientes para a corrente keynesiana. Aos adeptos dessa teoria, o governo exerce um importante papel na recuperação da economia e crescimento da capacidade de produção. Keynes chamava a Formação Bruta de Capital Fixo de investimento(FBCF). Em sua concepção, o investimento associa-se às perspectivas futuras e sua realização depende da eficiência marginal do capital. Esta ideia foi retomada pelos estudos de Blanchard (2007), para afirmar que o acréscimo do nível de vendas atual ocasiona boas expectativas para futuras vendas. O fator investimento era um determinante de grande importância para a criação de mais empregos e maiores índices de crescimento do produto interno do país. Para Keynes, havia uma função crescente entre a FBCF e o PIB: quanto maior os números da formação bruta, maior a produção nacional. Segundo o autor, “em crescimento, com expectativas otimistas de lucro futuro, os investimentos geram mais emprego, maior nível de produto e de renda e, portanto, maior nível de consumo e poupança” (KEYNES, 1996). Na visão keynesiana, o Estado tem de realizar investimentos de larga escala em períodos de baixo crescimento da economia e em momentos de retração econômica. Para Mankiw (2005), o PIB mede duas coisas ao mesmo tempo: uma delas é o somatório da renda de todos os indivíduos do sistema econômico; a outra é o dispêndio total dos bens e serviços que são produzidos na economia. A contração do PIB pode caracterizar recessões, ocasionando desemprego, diminuição de lucros e até colapsos. Já um incremento do PIB pode sugerir uma produção mensurável de maior de riqueza ou a elevação dos preços. De acordo com a definição deste autor, a oferta é expressa pelo Produto Interno Bruto (PIB); e a demanda refere-se ao consumo das famílias (C), ao investimento na produção de bens e serviços (I), aos gastos governamentais (G) e às exportações líquidas (EL), representada pela igualdade PIB = C + I + G + EL. De acordo com estas definições, percebe-se a grande relevância que as atividades exportadoras exercem sobre o crescimento do PIB, promovendo efeitos positivos em diversos setores que vão desde serviços financeiros, desenvolvimento de máquinas e equipamentos, até áreas de seguro e transportes. Ressalta-se, assim, a relação direta entre o incremento das exportações e o crescimento do PIB, através de duas das várias “Leis de Kaldor”5: As exportações e o PIB também são diretamente relacionados, assim, quanto maior a taxa de crescimento das exportações, maior será o crescimento do PIB. A demanda agregada pode, a longo prazo, restringir o crescimento do PIB, como as exportações representam a demanda externa, o decréscimo na sua taxa de crescimento pode ocasionar problemas no balanço de pagamentos e, em consequência, no crescimento econômico. (LAMOJICA; FEIJÓ, 2007 apud TREMEA, 2011, p. 2) Em seu livro “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, Keynes enfatiza a intervenção do Estado para que uma nação possa se recuperar em tempos de crise e ajudar a garantir o crescimento econômico, gerando mais empregos para a população. 5 O economista húngaro, naturalizado britânico, Nicolas Kaldor preocupou-se em decifrar quais eram os elementos que conduziam ao crescimento econômico dos países capitalistas, apesar de sua análise haver se concentrado nos países desenvolvidos, é largamente utilizada para explicar as economias de países em desenvolvimento, caso do Brasil. Suas observações o levaram a concluir que as exportações, principalmente de produtos industrializados, são determinantes fortes no desempenho econômico das Nações. Um conjunto de pressupostos, conhecido como as “leis de Kaldor” foram por ele apresentado entre as décadas de 1960 e 1980, mostrando as situações de causa e de efeito que gerariam uma variação no produto agregado dos países. (TREMEA,2011, p.2). 4 Historicamente, como menciona Tremea (2011), o Brasil se caracteriza por exportações de itens de pouco valor agregado, além enfrentar fortes obstáculos infra estruturais e entraves comerciais, como a escassa obtenção de subsídios internacionais e a difícil abertura e preservação de mercados externos, num recente quadro de crise mundial não totalmente superada. Deste modo, o comércio exterior acontece com a desigualdade do país em exportar uma expressiva quantidade de bens de pequeno valor agregado, para importar alguns artigos industrializados de grande valor agregado. Investimentos significativos para a modificação nas atividades exportadoras podem transformar esta situação, incentivando não só a produção de bens significativos dentro do Brasil, como também em sua exportação. Recentemente, a ampliação da comercialização exterior brasileira ocorreu devido à abertura da China no quadro internacional, com sua significativa exportação e, por conseguinte, com ampla importação de produtos requeridos pelo mercado interno, tornando o Brasil um expressivo fornecedor de bens primários, como o minério de ferro e a soja. No Brasil, transformações políticas motivaram a abertura comercial aproximando investimentos externos, nos anos 1990, fomentando o desenvolvimento da indústria e o crescimento registrado, de 1995 a 1997. As crises hiperinflacionárias foram controladas pelo Plano Real, e o país ganhou, novamente a credibilidade de investidores. Com a estabilidade econômica e financeira do país, as políticas internacionais bilaterais e o melhoramento do setor público conferiram menor risco aos novos investidores. Consequentemente, houve uma ampliação do nível de vendas e, em seguida, do investimento privado [(GRENAUD, VASCONCELLOS e TONETO JR., 1999); (SOUZA, 2008)]. No que tange à conjuntura econômica internacional, como mencionado nos estudos semelhantes ao artigo dos autores Sousa e Quintino (2006)6, é conveniente “relembrar que, em 2005, a economia mundial cresceu a um ritmo elevado sendo certo que a forte expansão da procura mundial contribuiu para a subida dos preços das matérias-primas”. Em 2008, o mundo enfrentou a maior crise financeira da história do capitalismo desde a grande depressão de 1929. Originando-se nos Estados Unidos, depois da anormalidade no mercado imobiliário, ocasionada pela assombrosa expansão de crédito bancário e uso de novos instrumentos financeiros, o colapso financeiro alastrou-se globalmente, em pouco tempo. A produção industrial dos países desenvolvidos reduziu-se significativamente. Até os países em desenvolvimento, que não observavam dificuldades em seus aparelhos financeiros, como o Brasil, igualmente averiguaram um agudo declínio da produtividade industrial e do Produto Interno Bruto. A crise de 2008 contribuiu para o surgimento da crise europeia, iniciada em 2011 e que atingiu a zona do euro de forma emblemática, ocasionada, fundamentalmente, por problemas fiscais. A Europa, atualmente, não é tão primordial quanto no passado, para o Brasil. Mesmo assim, uma crise considerável acaba por lançar seus efeitos sobre o país, como a desaceleração dos fluxos financeiros, refletindo nas linhas de comércio exterior. A crise do euro, ao afetar a China, trouxe algumas consequências para o Brasil, já que como citado anteriormente, este país tem grande parceria nas exportações. A retração das atividades produtivas da China indicou que a segunda maior economia do mundo desacelerou o crescimento, por causa do enfraquecimento da economia mundial. Recentemente, a economia 6 O artigo mencionado objetivava analisar as principais variáveis explicativas do crescimento da economia portuguesa. global melhorou com o restabelecimento dos EUA. Assim, como afirma Silva (2014), o Brasil se apresenta apto para encarar o atual quadro de transição do cenário mundial: Estamos sendo capazes de nos diferenciar por causa de nossas perspectivas, nossas respostas tempestivas de políticas macroeconômicas e nossos indicadores de progresso e estabilidade sócio-políticos. Existe um interesse crescente de investidores estrangeiros pelo Brasil, conscientes de nossos desafios de curto prazo mas também cientes das nossas oportunidades de médio-longo prazo. (SILVA, 2014, p.1) Depois das diversas crises enfrentadas pelo Brasil na última década, é importante que a atividade econômica brasileira capte investimento para formação bruta de capital fixo e consequentemente, situe-se em uma posição competitiva na esfera das exportações mundiais. Para tanto, é essencial que o Brasil procure máxima credibilidade internacional, gerando igualmente, o desenvolvimento do mercado interno, o incremento do PIB e a colocação da maioria da sua população em idade ativa ou de seus habitantes em boas situações de trabalho e sustento. 3- METODOLOGIA A metodologia consiste na aplicação do modelo de regressão linear, com a variável dependente sendo a taxa de crescimento do PIB e as variáveis explicativas Formação Bruta de Capital Fixo e Exportação. 3.1 - Dados e procedimentos Os dados referentes ao Produto Interno Bruto, a Formação Bruta de Capital Fixo e Exportações foram coletados do site do IBGE, no qual constava a tabela Contas Trimestrais. O número de observações utilizadas para o desenvolvimento do estudo foi de 71 trimestres, sendo dos anos de 1996 a 2013 com PIB a valores encadeados de 1995. Tendo-se os valores dos indicadores econômicos e/ou das variáveis do modelo, calculou-se a taxa de crescimento de cada variável; esse cálculo foi realizado da seguinte maneira: ((Vn – Vo) / Vo), ou seja, usou-se o valor referente ao período atual menos o período anterior dividido pelo valor do período anterior. Por exemplo, para se calcular a taxa de crescimento do PIB, da FBCF e das exportações no segundo trimestre de 1996, usou-se o valor do trimestre atual menos o anterior sobre o último citado, assim obteve-se o índice de crescimento trimestral atual. Esse método foi importante para analisar a relação das variáveis que determinam o Produto Interno Bruto. Os procedimentos econométricos foram realizados com o programa estatístico Stata10. 3.2 - O modelo de regressão A seguir, é apresentada especificação geral do modelo a ser estimado: Em que: Y representa a variável dependente; do outro lado da igualdade temos as variáveis explicativas e que explicam o modelo, sendo , e os parâmetros da equação. Deste modo, verifica-se qual o valor esperado em Y se ocorrer uma variação em e .O termo refere-se ao erro aleatório. No modelo econométrico utilizado, as variáveis usadas foram o PIB como a variável dependente, Formação Bruta de Capital Fixo e Exportação como variáveis explicativas. A equação ficou da seguinte maneira, após o cálculo das taxas de crescimento para essas variáveis: Em que: ∆PIB – Representa a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto – Representa o termo constante do modelo – Representa a variável taxa de crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo – Representa a variável taxa de crescimento das Exportações 3.2.1. Testes realizados Os testes e análises realizados foram: Análise de correlação, teste VIF, teste DFuller, teste de Breusch-Pagan, teste White, Teste Durbin-Watson. 3.2.1.1 - Análise de correlação Dada a variável dependente e as explicativas, sucedeu-se o próximo passo deste trabalho através da análise de correlação, para verificar qual é o grau de relacionamento entre as variáveis explicativas e a dependente, ou seja, verificar se a FBCF e as exportações realmente tem influência na taxa de crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil no período analisado. Esse teste é realizado também para verificar se o modelo apresenta uma forte correlação dois a dois entre as variáveis explicativas. Para o caso de uma correlação dois a dois com resultados superiores a 0,80, haverá a presença de multicolinearidade 3.2.1.2 - Teste FIV para multicolinearidade É uma técnica denominada como o Fator de Inflação de Variância (VIF em inglês), no qual um resultado com altos valores indica a sua presença de multicolinearidade. O FIV é dado como: Segundo Gujarati (2000), “o FIV mostra como a variância de um estimador se infla pela presença da multicolinearidade. À medida que se aproxima de 1, o FIV se aproxima do infinito”. A colinearidade aumenta a variância dos betas e reduz a significância estatística dos coeficientes (teste t com valores menores), o que conduz a problemas nos testes de hipóteses. Ao realizar a técnica, se o FIV de uma variável exceder o valor de 10, esse número indica que as variáveis são altamente colineares. 3.2.1.3 - Teste Dickey-Fuller para verificar se as séries temporais são estacionárias Esse teste foi desenvolvido por David Alan Dickey e Wayne Arthur Fuller com o objetivo de identificar se uma série temporal é estacionária. Essa técnica apresenta grande relevância para um modelo econométrico. O teste DFuller mostra a hipótese de haver a ausência ou presença de uma raiz unitária em séries temporais. Ele indica se o valor para o coeficiente de correlação amostral é ou não igual a 1. No caso da série não apresentar raiz unitária, isto é, se o valor calculado para o teste DF for superior aos valores críticos, então não se rejeita a hipótese de uma série estacionária. Para exemplificar, posteriormente, serão mostrados os resultados do teste no Stata10. Com uma série temporal estacionária, a média, variância e covariância são constantes no tempo. Se as séries (X, Y) não forem estacionárias, como consequência o erro (u) do modelo estimado apresentará autocorrelação.7 3.2.1.4 - Teste Breusch – Pagan para heteroscedasticidade É um teste baseado no Multiplicador de Lagrange (LM). Essa técnica é muito utilizada para testar a hipótese nula de que haja homoscedasticidade no modelo de regressão, contra a hipótese alternativa de que as variâncias dos erros apresentam uma função multiplicativa de uma ou mais variáveis. O teste de Breusch-Pagan fornece um resultado baseado na estatística qui-quadrado. A hipótese Ho representa a homoscedasticidade; se houver uma rejeição de Ho a um determinado nível de significância, conclui-se então que o modelo apresenta a heteroscedasticidade. 3.2.1.5 - Teste White para heteroscedasticidade O teste de White é um dos mais usados na análise econométrica; ele consiste em efetuar uma regressão dos resíduos elevados ao quadrado contra as variáveis explicativas que são utilizadas na regressão, os seus quadrados e produtos cruzados. O teste consiste em verificar se existe relação entre os resíduos elevados ao quadrado e as variáveis explicativas nessas diferentes formas. Se sim, há heteroscedasticidade, ou seja, a variância residual não é constante. Nesta técnica, será verificado se existe a hipótese da presença da heteroscedasticidade. 3.2.1.6 - Teste Durbin Watson para autocorrelação Essa técnica é utilizada para verificar se existe uma correlação serial entre os resíduos do modelo, e foi desenvolvida por Durbin e Watson, também conhecida como a estatística de teste d. Segundo Gujarati (2000), as hipóteses que fundamentam essa estatística, define-se em: i) O modelo de regressão deve possuir um termo de intercepto na equação; ii) Variáveis explicativas não são estocásticas; iii) As perturbações u são geradas por um esquema de auto regressão de primeira ordem; iv) No modelo de regressão, não há uma inclusão de valores defasados da variável dependente como uma das varáveis explicativas. Se “test estatistic”<“critical value” aos níveis de 1%, 5% e 10%; e se “mackinnon approximate p-value for z(t) ” mostrar um valor que não seja 0 = a série não é estacionária. Se “test estatistic” > “critical value” aos níveis de 1%, 5% e 10%; e se “mackinnon approximate p-value for z(t) ” mostrar um valor igual a 0 = a série é estacionária. 7 No teste Durbin-Watson, para identificar a autocorrelação, há uma tabela com as regras de decisão: Hipótese Nula Decisão Ausência de autocorrelação positiva Rejeitar Ausência de autocorrelação positiva Nenhuma decisão Ausência de autocorrelação negativa Rejeitar Ausência de autocorrelação negativa Nenhuma decisão Ausência de autocorrelação pos. ou neg. Não rejeitar Se Após mostrar a definição de cada técnica que será usada para o modelo de regressão, parte-se para analise os testes realizados. 4- ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 - Análise de correlação . corr tx_cresc_pib fbcf exp (obs=71) tx_cresc_pib fbcf exp tx_cre~b fbcf 1.0000 0.7021 0.7314 1.0000 0.6434 exp 1.0000 Para verificar se as variáveis explicativas FBCF e exportação, são correlacionadas com a variável dependente PIB, analisou-se a matriz de correlação. A matriz também permite verificar o grau de correlação entre as variáveis explicativas FBCF e exportação, se este grau for elevado pode resultar no problema da multicolinearidade. Analisando os resultados obtidos com esse teste de correlação, percebe-se que na correlação dois a dois não há variáveis altamente colineares. A Formação Bruta de Capital Fixo possui um grau de correlação de 0,7021 com a taxa de crescimento do PIB, e as exportações tiveram um valor de 0,7314 para o coeficiente. Então, pode-se dizer que há uma correlação significativa entres essas variáveis e o PIB; cabe destacar também que nesse teste as variáveis FBFC e exportação tiveram um grau de correlação de 0,6434. Vale ressaltar que, correlações superiores a 0,80 indicam problemas de multicolinearidade. Neste caso, essa situação não é verificada. 4.2 - A regressão múltipla . reg tx_cresc_pib fbcf exp Source SS df MS Model Residual .054645866 .03260245 2 .027322933 68 .000479448 Total .087248315 70 .001246405 tx_cresc_pib Coef. Std. Err. t fbcf exp _cons .2467311 .1489342 .0024953 .060483 .0302258 .0026631 4.08 4.93 0.94 Number of obs = F( 2, 68) = Prob > F = R-squared = Adj R-squared = Root MSE = P>|t| 0.000 0.000 0.352 71 56.99 0.0000 0.6263 0.6153 .0219 [95% Conf. Interval] .1260391 .0886195 -.0028188 .3674232 .2092489 .0078093 A regressão foi realizada para verificar a relação da variável dependente (Taxa de Crescimento do PIB) com as explicativas (taxa de crescimento das variáveis FBCF e Exportação). Foram utilizadas 71 observações. O teste F apresentou o valor de 56,99 e pvalor (0,0000), considerado um resultado satisfatório para garantir mais consistência no modelo econométrico, rejeitando-se a hipótese nula das variáveis explicativas terem seus coeficientes conjuntamente iguais a 0. O coeficiente de determinação R² foi de 0.6263; em termos percentuais, pode-se dizer que 62,63% da variação da taxa de crescimento do PIB é explicada pelas variáveis Formação Bruta de Capital Fixo e Exportação. Para poder melhorar o coeficiente de determinação do modelo, uma sugestão seria incluir outras variáveis relevantes para elevar a porcentagem de explicação, como por exemplo, a inclusão dos gastos públicos realizados pelo governo, a taxa de câmbio, e o crédito das famílias. A variável Formação Bruta de Capital Fixo mostrou um valor de 0.2467311, o que pode-se concluir que, mantendo constantes as exportações, um aumento de 1% na taxa de crescimento da FBCF provoca uma variação de 0.2467% no crescimento do Produto Interno Bruto do país. Com relação as exportações, na regressão feita obtivemos o resultado de que, mantendo constantes as FBCF, uma elevação de 1% na taxa de crescimento das exportações do Brasil, causa uma variação positiva de 0,1489% na taxa de crescimento do PIB. Ao analisar os coeficientes, percebe-se que a FBCF e exportação mostraram sinais positivos, como esperado; isto é, à medida que eleva a taxa de crescimento de cada uma dessas variáveis, a taxa de crescimento do PIB também cresce. Com a regressão feita, pode-se aplicar valores as variáveis do modelo, resultando na seguinte equação (0,94) (4,08) (4,93) Os testes de significância t mostraram que o modelo apresenta consistência. Verifica-se que a estatística t dos coeficientes das variáveis FBCF e Exportação, mostraram os valores de 4.08 e 4.93, respectivamente. Isso implica que os coeficientes dessas varáveis no ponto de vista estatístico são significantes, pois o p-valor apresenta números inferiores a 0,05. Ou seja, os coeficientes são altamente significantes. 4.3 - Teste FIV Como já foi descrito nesse artigo, se o teste FIV apresentar valores superiores a 10, ocorrerá o caso de uma variável ser altamente colinear. . vif Variable VIF exp fbcf 1.71 1.71 Mean VIF 1.71 1/VIF 0.585974 0.585974 Nos resultados obtidos, o FIV mostrou resultados da Exportação e da FBCF iguais a 1.71, sendo que na média, o valor foi o mesmo. Diante disso, a técnica utilizada foi importante para concluir nesse teste específico, que o modelo não apresenta o problema da multicolinearidade. 4.4 - Teste Dickey - Fuller Essa técnica permite verificar se uma série é ou não estacionária. Ao utilizar dados de séries temporais em modelos de regressão, as séries precisam ser estacionárias. Foi aplicado o teste de Dickey-Fuller para verificar a estacionariedade das séries. No teste, as hipóteses nula e alternativa são: Ho: a ST apresenta raiz unitária (não é estacionária) H1: a ST é estacionária. Primeiramente foi feito o teste com a variável dependente Taxa de Crescimento do Produto Interno Bruto . dfuller tx_cresc_pib, lags(0) Dickey-Fuller test for unit root Test Statistic Z(t) Number of obs 1% Critical Value -10.063 70 Interpolated Dickey-Fuller 5% Critical 10% Critical Value Value -3.552 MacKinnon approximate p-value for Z(t) = = -2.914 -2.592 0.0000 No procedimento realizado com a variável Taxa de Crescimento do PIB, percebe-se que “pvalue for z(t)” apresentou valor igual a 0, isto é, rejeita-se a hipótese de que a série não é estacionária, a um nível inferior a 1% (0,0000). Valor calculado > valor crítico – em módulo 10.063 > 3.552 a 1% de significância 10.063 > 2.914 a 5% de significância 10.063 > 2.592 a 10% de significância Sendo assim, com a variável taxa de crescimento do Produto Interno Bruto, nota-se que a série é estacionária. Em seguida, foi realizado o teste Dfuller para a variável taxa de crescimento FBCF . dfuller fbcf, lags(0) Dickey-Fuller test for unit root Test Statistic Z(t) Number of obs -3.552 MacKinnon approximate p-value for Z(t) = 70 Interpolated Dickey-Fuller 5% Critical 10% Critical Value Value 1% Critical Value -7.088 = -2.914 -2.592 0.0000 Na tabela de resultados, o “p-value for z(t)” mostra resultado igual a 0, rejeitando a hipótese de que a série não é estacionária, a um nível de significância inferior a 1% (0,0000), não há nessa situação a presença de uma raiz unitária. Valor calculado > valor crítico – em módulo 7.088 > 3.552 a 1% de significância 7.088 > 2.914 a 5% de significância 7.088 > 2.592 a 10% de significância Diante disso, conclui-se que a série é estacionária. Em seguida, o teste foi aplicado à variável taxa de crescimento das exportações. . dfuller exp, lags(0) Dickey-Fuller test for unit root Test Statistic Z(t) Number of obs 1% Critical Value -9.185 70 Interpolated Dickey-Fuller 5% Critical 10% Critical Value Value -3.552 MacKinnon approximate p-value for Z(t) = = -2.914 -2.592 0.0000 . No teste, as hipóteses nula e alternativa são: Ho: a ST apresenta raiz unitária (não é estacionária) H1: a ST é estacionária. No procedimento realizado com a variável taxa de crescimento da exportação, verifica-se que “p-value for z(t)” apresentou valor igual a 0, isto é, rejeita-se, também, a hipótese de que a série não é estacionária, a um nível inferior a 1% (0,0000). Valor calculado > valor crítico – em módulo 9.185 > 3.552 a 1% de significância 9.185 > 2.914 a 5% de significância 9.185 > 2.592 a 10% de significância Sendo assim, com a variável taxa de crescimento da exportação, nota-se que a série é estacionária. O resultado para o teste de autocorrelação é apresentado a seguir. 4.5- Teste Durbin Watson . estat dwatson Durbin-Watson d-statistic( 3, 71) = 2.900719 No teste Durbin Watson com valor 2.900719, verificou-se na tabela: N= 71 K=2 Como na tabela d não possui o número de observações n =71, o valor mais próximo foi 70. Então: 1.554 Ds = 1.672 D = 2.900719 4 - Di < D < 4 4 – 1.554 < 2.900719 < 4 2.446 < 2.900719 < 4 Observando na tabela de regras de decisão, rejeita-se a hipótese nula de ausência de autocorrelação negativa. Portanto há a presença de autocorrelação negativa. 4.5.1 – Medida corretiva para autocorrelação: Teste de Cochrane-Orccut Como o teste de Durbin Watson apresentou autocorrelação negativa, foi aplicada uma medida corretiva para eliminar esse problema. O procedimento realizado foi o teste de CochraneOrccut, desenvolvido pelos estatísticos Donald Cochrane e Orccut Guy. Ele é um procedimento para ajuste do modelo e correção da autocorrelação. . prais tx_cresc_pib fbcf exp, rhotype(regress) corc Iteration Iteration Iteration Iteration Iteration 0: 1: 2: 3: 4: rho rho rho rho rho = = = = = 0.0000 -0.4533 -0.4562 -0.4562 -0.4562 Cochrane-Orcutt AR(1) regression -- iterated estimates Source SS df MS Model Residual .062927282 .02567344 2 67 .031463641 .000383186 Total .088600722 69 .001284068 tx_cresc_pib Coef. Std. Err. t fbcf exp _cons .2513852 .140102 .0024937 .0474818 .0259184 .0016693 5.29 5.41 1.49 rho -.4562203 Durbin-Watson statistic (original) Durbin-Watson statistic (transformed) 2.900719 2.122842 Number of obs = F( 2, 67) = Prob > F = R-squared = Adj R-squared = Root MSE = P>|t| 0.000 0.000 0.140 70 82.11 0.0000 0.7102 0.7016 .01958 [95% Conf. Interval] .1566111 .0883686 -.0008383 .3461593 .1918355 .0058257 Após o comando realizado, D = 2.122842, então: Di = 1.554 Ds = 1.672 Durbin-Watson statistic (original) = 2.900719 Durbin-Watson statistic (transformed) = 2.122842 Então: Ds < D < 4 - Ds 1.672 < 2.2122842 < 4 - 1.672 1.672 < 2.2122842 < 2.328 Hipótese Nula = Ausência de autocorrelação positiva ou negativa Decisão = Não Rejeitar; Se = Ds < D < 4-Ds Após o procedimento de Cochrane-Orccut, o problema da autocorrelação foi corrigido; não rejeita-se a hipótese de ausência de autocorrelação; ou seja, aceitamos a hipótese de ausência do problema. Por fim, foram aplicados os testes para verificar se o modelo estimado apresenta heteroscedasticidade. Os resultados dos testes são apresentados na sequência. 4.6 - Teste de Breusch-Pagan . estat hettest Breusch-Pagan / Cook-Weisberg test for heteroskedasticity Ho: Constant variance Variables: fitted values of tx_cresc_pib chi2( 1) = Prob > chi2 = 0.74 0.3897 O teste de Breusch-Pagan é utilizado para verificar se há o caso de heteroscedasticidade. Nos resultados obtidos, o p-valor apresenta-se igual a 0.3897. Não é rejeitada a hipótese nula de variância constante ao nível de 5% de significância. Diante disso, há a presença de homoscedasticidade. 4.7 - Teste White . estat imtest, white White's test for Ho: homoskedasticity against Ha: unrestricted heteroskedasticity chi2( 5) Prob > chi2 = = 5.88 0.3181 Cameron & Trivedi's decomposition of IM-test Source chi2 df p Heteroskedasticity Skewness Kurtosis 5.88 6.51 1.25 5 2 1 0.3181 0.0386 0.2644 Total 13.63 8 0.0918 No teste White, há duas hipóteses: = Homocedasticidade = Heteroscedasticidade Percebe-se na tabela de resultados deste determinado teste, que não se rejeita a um nível de significância de 5%, a hipótese da variância constante; pois prob > chi2 = 0.3181. Pode-se então concluir, que neste teste realizado, o modelo possui homoscedasticidade. 5- CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente artigo teve por objetivo identificar os determinantes do Produto Interno Bruto do Brasil, no período de 1996 a 2013. Pelo modelo, percebe-se que há uma relação positiva tanto da Formação Bruta de Capital Fixo quanto da Exportação sobre o PIB. Diante disso, esses dois fatores, que representam as variáveis explicativas do modelo, mostraram-se importantes para o crescimento econômico do país. Se uma nação realiza mais investimentos na produção de máquinas e equipamentos, a capacidade produtiva tende-se a elevar, ocasionando um impacto positivo no PIB. Como dito por Keynes e Mankiw, realizar investimentos é importante para o país, pois eles vão ser de grande relevância para que as empresas possam aumentar a sua capacidade de produção. Com relação as exportações, elas mostraram também significância para o modelo. Um país que realiza mais exportações está produzindo em quantidades maiores. Vale ressaltar também que, o caso analisado refere-se ao Brasil. A quantidade de exportações depende também do grau de abertura econômica de relações comerciais com o exterior. O modelo não apresentou os problemas de multicolinearidade e heteroscedasticidade, denotando maior credibilidade à análise de regressão, e sem necessitar de medidas corretivas que seriam necessárias caso houvesse esses problemas. No caso da autocorrelação, identificada através do teste de Durbin Watson, foi utilizado o procedimento corretivo pressuposto por Cochrane-Orccut. Após a correção, o modelo foi ajustado e eliminou-se o problema da autocorrelação. É importante dizer que neste caso, o coeficiente de determinação não apresentou um valor de explicação mais elevado, pois há outros determinantes que são fatores que influenciam no PIB do Brasil, como é o caso dos gastos públicos governamentais e crédito das famílias. Após a análise econométricas do modelo proposto por este estudo, confirmou-se a relevância das variáveis Formação Bruta de Capital Fixo e Exportação, que contribuem significativamente para o crescimento do Produto Interno Bruto. Das variáveis explicativas analisadas, de acordo com as saídas de regressão, aquela que apresenta maior influência sobre o PIB é Formação Bruta de Capital Fixo. Permitindo concluir que o incremento dos investimentos é primordial para o crescimento da economia brasileira. 6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BLANCHARD, O. Macroeconomia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 4. ed., 2007. COELHO JUNIOR, Juarez da Silva; PONTILI, Rosangela Maria. Uma análise econonométrica dos componentes que afetam o investimento privado no Brasil, Fazendo-se aplicação do teste de raiz unitária. VII Enppex . “Universidade e Gestão pública: Perspectivas e possibilidades”. II seminário dos cursos de ciências sociais aplicadas da Fecilcam. 2011. FEIJO, C.A; LAMONICA, M.T. Crescimento e Industrialização no Brasil: As lições das Leis de Kaldor. Recife. Anais do XXXV Encontro Nacional de Economia da Associação Nacional dos Cursos de Pós Graduação em Economia (ANPEC). 2007. GREMAUD, A. P.; VASCONCELLOS, M. A. 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