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Análise do Suco Gástrico: Exames, Objetivos e Indicações

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A análise do suco gástrico é solicitada em investigações de doenças relacionadas ao
sistema gastrointestinal. O suco gástrico contém ácido clorídrico (HCl), enzimas
digestivas (como a pepsina), muco e outros componentes que desempenham um
papel fundamental na digestão. Exames específicos podem ajudar a diagnosticar
condições como úlceras gástricas, gastrite, doenças de refluxo gastroesofágico
(DRGE), síndrome de Zollinger-Ellison e acloridria (ausência de ácido gástrico).
Principais Exames do Suco Gástrico e Seus Objetivos
1. Medida da Acidez (pH) do Suco Gástrico
O que avalia: Determina o nível de acidez no estômago.
Por que é feito:
Hiperacidez: Sugere doenças como úlcera péptica ou síndrome de Zollinger-Ellison
(hipersecreção de ácido).
Hipoacidez ou acloridria: Associada a gastrite atrófica, anemia perniciosa ou infecção
por Helicobacter pylori.
Como é feito: Coleta do suco gástrico através de aspiração com sonda nasogástrica,
seguida de análise com medidor de pH.
2. Teste de Secreção Ácida Gástrica
O que avalia: Quantifica a produção de ácido gástrico em condições basais e após
estimulação.
Por que é feito:
Diagnosticar condições como hipersecreção gástrica (síndrome de Zollinger-Ellison).
Avaliar a funcionalidade das células parietais do estômago.
Como é feito:
Inicialmente, é coletado o suco gástrico em jejum.
Em seguida, um estimulante como pentagastrina é administrado, e novas amostras
são coletadas para medir a secreção ácida máxima.
3. Pesquisa de Sangue Oculto no Suco Gástrico
O que avalia: Detecta a presença de sangue no suco gástrico.
Por que é feito: Identificar sangramentos no trato gastrointestinal, como em úlceras ou
erosões gástricas.
Como é feito: Exame químico utilizando reagentes para identificar vestígios de sangue.
4. Teste de Pepsinogênio
O que avalia: Níveis de pepsinogênio no suco gástrico, que é um precursor da
pepsina.
Por que é feito:
Baixos níveis podem indicar gastrite atrófica.
Altos níveis podem estar associados a gastrite aguda ou a doenças relacionadas à
hipersecreção gástrica.
Como é feito: O pepsinogênio é medido por métodos bioquímicos ou imunológicos no
suco gástrico.
5. Pesquisa de Helicobacter pylori
O que avalia: Presença da bactéria associada a gastrite crônica, úlceras gástricas e
câncer gástrico.
Por que é feito: Confirmar infecção por H. pylori em pacientes com sintomas gástricos.
Como é feito:
Exame microbiológico: Cultura ou PCR no suco gástrico.
Teste rápido da urease: Detecta a atividade da urease produzida pela bactéria.
6. Teste de Proteínas e Enzimas Digestivas
O que avalia: Atividade da pepsina e outras enzimas no suco gástrico.
Por que é feito: Avaliar a capacidade digestiva do estômago e identificar distúrbios
associados à secreção enzimática.
Como é feito: Determinação da atividade enzimática em laboratório.
7. Dosagem de Gastrina
O que avalia: Níveis do hormônio gastrina no sangue, que regula a secreção gástrica.
Por que é feito:
Identificar hipergastrinemia (associada à síndrome de Zollinger-Ellison).
Avaliar a causa de acloridria.
Como é feito: Esse exame geralmente é feito em conjunto com a análise do suco
gástrico.
Indicações Clínicas para Solicitação dos Exames
Dor abdominal persistente.
Sintomas de má digestão ou refluxo ácido.
Presença de anemia, especialmente quando associada à deficiência de vitamina B12.
Avaliação de resposta ao tratamento de doenças gástricas.
Investigação de doenças raras, como a síndrome de Zollinger-Ellison.
Esses exames oferecem informações detalhadas sobre a função gástrica e ajudam no
diagnóstico e monitoramento de doenças gastrointestinais.
Bioética e biossegurança
Garantir a Segurança no Ambiente Laboratorial (Biossegurança)
Proteção individual: Minimizar os riscos de contaminação por agentes biológicos,
químicos ou físicos.
Proteção coletiva: Evitar acidentes e contaminações que possam prejudicar colegas
de trabalho, pacientes e a comunidade.
Manuseio seguro de materiais: Implementação de técnicas corretas no transporte,
descarte e manipulação de amostras biológicas e resíduos.
Prevenção de infecções laboratoriais: Conhecimento de equipamentos de proteção
individual (EPIs) e práticas seguras em ambientes clínicos e laboratoriais.
2. Garantir a Ética nas Práticas Biomédicas (Bioética)
Respeito à dignidade humana: Garantir que os pacientes sejam tratados com respeito
e privacidade.
Consentimento informado: Garantir que os pacientes estejam cientes e de acordo com
procedimentos diagnósticos ou pesquisas em que participem.
Equilíbrio entre benefício e risco: Tomar decisões que maximizem benefícios e
minimizem riscos para pacientes e voluntários.
Atuação profissional ética: Cumprir com o código de ética biomédica e agir de maneira
profissional diante de dilemas éticos.
3. Cumprimento de Normas e Legislação
Conhecimento sobre as regulamentações nacionais e internacionais sobre
biossegurança e ética em pesquisa.
Adequação às normas da Anvisa, Ministério da Saúde e outros órgãos competentes
para evitar penalizações e manter a prática biomédica segura.
4. Conscientização Sobre a Responsabilidade Social
Impacto na saúde pública: Evitar a disseminação de doenças por práticas
inadequadas.
Sustentabilidade: Gerenciar resíduos biológicos de forma responsável, visando a
proteção ambiental.
Atuação responsável em pesquisas: Consideração das implicações éticas e sociais
das pesquisas biomédicas.
5. Desenvolvimento de Habilidades Profissionais
Tomada de decisão crítica: Capacitar o biomédico a lidar com situações complexas
que envolvam segurança e dilemas éticos.
Atualização científica contínua: Manter-se informado sobre as melhores práticas em
biossegurança e bioética.
Trabalho em equipe: Promover uma cultura colaborativa para garantir ambientes
laboratoriais seguros e práticas éticas.
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