Enviado por Do utilizador15420

Aula 04 - Marx Sociólogo

Propaganda
Karl Marx - Sociólogo
Aula 03
Vida e obra
Formação intelectual
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Nasce em Trier na Alemanha em 1818;
Inicia seus estudos no Liceu em 1830;
Estuda Direito na Universidade de Bonn em 1836;
Faz parte do círculo de hegelianos de esquerda;
Doutor em Filosofia com uma tese sobre o materialismo filosófico de
Epicuro e Demócrito em 1841;
Expulso da França em 1845;
Filia-se a Liga dos Justos depois renomeada como Liga dos Comunistas
em 1847;
Publicação do Manifesto Comunista em 1848;
Primeiros esboços sobre a economia política a partir de 1857;
●
●
●
●
●
●
●
●
Publicação de “Para a crítica da economia política” em 1859;
Começa a redação definitiva de “O Capital” em 1863;
1865 termina a primeira redação de “O Capital”;
1867 publicação do primeiro Volume “O Capital”;
Publica o folheto “A guerra civil na França”
1878 trabalha no livro II de “O Capital”;
1879 trabalha no livro II e III de “O Capital;
1883 a filha Jenny morreu em Paris em janeiro e Marx deprimido e
muito doente faleceu em 14 março.
Principais Obras
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
A diferença entre a filosofia da natureza de Demócrito e a de Epicuro (1841);
Para a Crítica da filosofia do Direito de Hegel. Introdução. (1844);
Manuscritos econômicos e filosóficos (1844);
A ideologia Alemã (em parceria com Engels) (1846);
Manifesto Comunista (em parceria com Engels) 1848;
As lutas de classes na França (1850);
O 18 Brumário de Luís Bonaparte (1852);
O Capital, livro 1 (1867)
Crítica ao Programa de Gotha (1875)
O Capital, livro 2 (1885)
O Capital, livro 3 (1894)
Pressupostos da teoria marxista
●
A primeira ideia que você precisa dominar sobre marxismo é a de que as
ideias não são oriundas do além, não estão acima dos humanos, mas são o
resultado direto do desenvolvimento material da humanidade.
“Não é consciência dos homens que determina a realidade; ao contrário, é a
realidade social que determina sua consciência”
“A anatomia da sociedade deve ser procurada na economia política”
MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA
O Modo de Produção é formado por Relações Sociais de Produção e Forças
Produtivas.
As forças produtivas são as terras, as máquinas, os bancos etc..
As relações sociais de produção são as diversas formas de organização da
produção, distribuição, como a propriedade é percebida e os pressupostos
legais/jurídicos de determinada sociedade.
No modo de produção capitalista temos relações sociais de produção baseada na
separação entre aqueles que detém as forças produtivas e aqueles que possuem
somente sua força de trabalho.
O papel do Trabalho para Marx
●
●
●
A história da humanidade é a história de como desenvolvemos nossas
técnicas de produção de condições materiais de subsistência – também
conhecido por TRABALHO.
fonte da organização social da humanidade e a força que justifica e ampara as
relações sociais. Em todas as épocas e tempos, “o modo de produção da vida
material condiciona o processo da vida social, política e espiritual”, como
lembra o próprio Marx na obra PREFÁCIO À CONTRIBUIÇÃO À CRÍTICA DA
ECONOMIA POLÍTICA.
estamos todos submetidos aos processos de produção de nosso tempo e
dele não podemos sair e nem escolher outro papel social que não seja
trabalhar, produzir, subsistir, deixando para nós somente a escolha de como
faremos isso
●
Nossa sociedade se organiza no entorno das relações de produção e da
organização econômica de nosso tempo, o capitalismo – mas já foi o
feudalismo, o escravismo, os faraós….
Afinal o que é o Trabalho para Marx?
Atividade teleológica, portanto humana, que organiza a vida social. E no
capitalismo assume novas características com papel central na produção e
reprodução da sociedade.
Trabalho Alienado
●
●
Se o modo de produção capitalista “libertou” o trabalho das amarras do
feudalismo e potencializou o desenvolvimento das forças produtivas, por outro
lado, essas mudanças trouxeram contradições que alienam o trabalhador do
processo de trabalho e também do seu resultado. E como isso acontece?
É pela divisão social do trabalho e o alto grau de especialização do trabalho
leva o trabalhador a não ver como seu o resultado do trabalho. Assim, o
trabalhador faz uma pequena parte do trabalho, não tem poder de decisão
sobre o processo de trabalho e no final não se reconhece naquilo que foi
produzido.
As classes sociais
●
●
Todas as relações sociais por nós estabelecidas se dão rigorosamente tendo
por base os ditames da sociedade capitalista; seguem a mesma lógica da
produção. Nesta trama, não nos movimentamos do modo como queremos,
mas de acordo com o que o grupo social ao qual pertencemos espera de nós.
Estes grupos, que Marx vai chamar de CLASSES SOCIAIS, de um lado, estão
os burgueses, que são os donos dos meios de produção necessários para
realização do trabalho (a terra, as máquinas, as tecnologias, as
matérias-primas etc); de outro lado estão os proletários, indivíduos que, não
sendo proprietários de nenhum meio de produção, vendem no mercado sua
força de trabalho, a física, capaz de pôr em movimento as maquinarias dos
burgueses.
As lutas de Classes
“A História de todas as sociedades até hoje existentes é a história das lutas de
classes”
●
●
●
No capitalismo essa luta aparece na luta entre a burguesia e o proletariado.
É desta relação conflituosa – e do resultado do conflito – que a história da
humanidade depende para se movimentar.
PROJETE NA HISTÓRIA: não foram exatamente assim as mudanças sociais?
Exploração e Mais-Valia
Perguntas fundamentais para entender o Modo de Produção Capitalista: como
funciona a dinâmica da relação social entre burguesia e proletariado e como essa
relação, mesmo em permanente luta, ainda continua existindo mesmo sob outras
formas?
●
●
A exploração capitalista se dá, em primeira instância, pela separação dos
instrumentos de trabalho e o fruto desse trabalho produzido pelo
trabalhador: a mercadoria.
A outra forma é através da mais-valia que é a essência não só da exploração,
mas também da reprodução do capital.
Mais-Valia:
É o valor que o trabalhador cria além do
valor de sua força de trabalho.
Dois Tipo de Mais-Valia:
Absoluta: Quando se aumenta a jornada
de trabalho sem aumento de salário.
Relativa: quando há inovações na
produção que acarretam aumento de
produtividade.
●
●
O trabalho que nos libertou passa a agir como um alienador de nossa
consciência sobre o mundo e suas contradições. Na sociedade capitalista, o
trabalhador, para poder trabalhar, precisa vender a sua força de trabalho ao
burguês.
Logo, o fruto do trabalho do trabalhador passa a ser propriedade do
burguês, que pagou por ele, retirando do trabalhador o caráter libertador do
trabalho: passei a usar meu corpo e meu talento para que outros lucrem com
meu esforço, não eu; logo, o que me libertava, agora, me oprime, pois só
trabalho porque sou obrigado;
Estado, Direito e Ideologia
●
●
●
a vida não se apresenta na forma da exploração de uns por outros, mas
exatamente ao contrário: ela se apresenta como uma vida livre, baseada em
princípios libertadores como a igualdade, a liberdade e outros;
Esta “paz”, porém, se mantém com base em um preceito: as regras legais
socialmente estabelecidas não podem romper e nem contrariar o modo de
produção capitalista e nem os valores essenciais para a existência dele: a
propriedade privada dos meios de produção, a regulação do trabalho pelo
Estado, entre outros.
Logo, a principal força de opressão do capitalismo sobre a sociedade não é
a força, mas a ideologia, que ele trata de propagar tanto na forma do
DIREITO, quanto também em outras tão eficazes quanto, como a igreja, a
cultura, a política e outros onde ela possa se reproduzir e se fixar.
●
●
ao invés de escravizar os trabalhadores ou mesmo estabelecer com eles
relações de servidão, o capitalismo oferece a eles o império das leis,
aplicando por meio das convenções sociais a legitimação da exploração de
uns sobre outros: as relações são assim porque a lei manda; e se estou
cumprindo a lei, estou agindo de modo correto.
na sociedade as relações de trabalho aparecem para nós de modo
ideológico, onde as “partes” sentam em “igualdade de condições” e
estabelecem entre si um “contrato” onde todos ganham o seu equivalente
da relação, na medida em que são partes juridicamente iguais. O contrato
disfarça a opressão do trabalho, enquanto que as demais regras escondem e
legitimam a exploração, tornando-a legalmente estabelecida e, assim,
protegida pelo Estado e seu aparato: o Judiciário, a polícia etc.
Fim da exploração: Socialismo e Comunismo.
●
●
Marx como um autor de seu tempo olhou para o capitalismo até com certo
entusiasmo. Sua obra é em grande parte para entender as mudanças sociais
que o capitalismo.
Mas ao fazer essa análise ele percebeu não só o caráter “civilizatório” do
capitalismo, mas também suas contradições. E para Marx essas contradições
(exploração do trabalho, alienação) freavam o desenvolvimento da sociedade
e da humanidade. O capitalismo deveria dar lugar a um novo tipo de modo de
produção que superasse essas contradições e para isso seria necessário uma
ruptura social e política: uma revolução proletária que conduziria ao
Socialismo e posteriormente ao Comunismo
Socialismo
●
●
●
Marx não deixou uma manual do que seria uma sociedade socialista e suas
características. Esse trabalho foi realizado pelos marxistas e organizações
políticas de caráter operário, socialista, comunista e marxistas.
Uma das características que podemos inferir é que o socialismo seria uma
sociedade de transição entre o capitalismo e o comunismo.
Ou seja, uma sociedade onde ainda existiriam relações sociais de tipo
capitalista (não sendo a hegemônica) coexistindo com novas formas de
relações sociais de caráter socialista. Ainda se teria Estado e Direito, alguns
tipos de propriedade privada dos meios de produção.
Comunismo
●
Uma sociedade totalmente liberta das amarras do Estado, da propriedade privada,
da divisão do trabalho e da diferenciação social.
“Numa fase superior da sociedade comunista, quando tiver desaparecido a escravizante
subordinação dos indivíduos à divisão do trabalho e, com ela a oposição entre o trabalho
intelectual e o trabalho manual; quando o trabalho não for apenas um meio de viver, mas
se tornar ele próprio na primeira necessidade vital; quando, com o desenvolvimento
múltiplo dos homens, as forças produtivas tiverem também aumentado e todas as fontes
da riqueza coletiva brotarem com abundância, só então o limitado horizonte do direito
burguês poderá ser definitivamente ultrapassado e a sociedade poderá escrever nas
suas bandeiras: ‘de cada um segundo suas capacidades, a cada um segundo as suas
necessidades!’” Marx. Crítica ao Programa de Gotha
Download