KARL MARX (1818-1883) – MATERIALISMO HISTÓRICO

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KARL MARX (1818-1883)
Objetivo do estudo - Entender o capitalismo.
Produziu obras: filosofia, economia, e sociologia.
Intenção – não era contribuir para o desenvolvimento da ciência, mas propor uma
ampla transformação política, econômica e social.
Sua obra máxima, “O Capital” - para todos, não apenas aos estudiosos da economia,
da política e da sociedade.
- As contradições básicas da sociedade capitalista e as possibilidades de superação
apontadas pela obra de Marx não puderam, pois permanecer ignoradas pela
sociologia.
Influência: Conde de Saint-Simon - propriedade privada deveria ser eliminada, bem como a concepção
individualista e a competição. Tb precursor do socialismo utópico faz contrapartida ao socialismo científico.
Dialética de Hegel - força motriz da história é o conflito entre interesses diferentes. As classes que divergem
quanto aos seus objetivos, na disputa por eles, acabam traçando a histórica das civilizações. Todo sistema que se
estabelece dentro de uma sociedade (tese), contém em si mesmo elementos contrários a sua estrutura (antíteses). O
conflito entre a tese e a anti-tese, gera a síntese que fecha o processo dialético de conceber a história. No caso da
sociedade contemporânea, para Marx, tese e antítese seriam representadas pela burguesia e pelo proletariado que
agindo na defesa de seus interesses, ditariam o rumo da história. Confronto de posições opostas
Crítica à economia política burguesa, fundada no pensamento liberal de Adam Smith.
Aos 26 anos, Marx conhece o ativista Friederich Engels, então com 24. A partir daí, ambos trabalharão em
conjunto até a morte de Karl Marx, escrevendo livros e manifestos em defesa de suas idéias.
A trajetória de Karl Marx é marcada pelo desenvolvimento de conceitos importantes
como:
MATERIALISMO HISTÓRICO
As condições materiais determinam as condições espirituais, sendo que este processo se dá historicamente através
da disputa entre os interesses de classes.
O materialismo marxista: não são as idéias que governam o mundo, e sim as idéias é que dependem das condições
materiais da sociedade.
A economia engloba o conjunto dos esforços do homem para se apropriar da matéria e explorá-la, sendo ela, a
economia, quem constitui a estrutura essencial das relações sociais, ao passo que as ideologias consistem em meras
superestruturas condicionadas pela infra-estrutura econômica.
A estrutura de uma sociedade reflete a forma pela qual os homens se organizam para a produção social de bens,
que abrange duas vertentes: forças produtivas e relações de produção.
As forças produtivas constituem as condições materiais de toda a produção: Matéria prima, máquinas, trabalho do
homem.
As relações de produção estão relacionadas às formas que os homens se organizam para executar as atividades
produtivas.
A correlação entre as forças produtivas e as relações de produção determina o modo de produção que, para Marx,
é fundamental para compreender como se organiza e funciona uma sociedade já que é no modo de produção em
que se baseia a sociedade que se forma a infra-estrutura social baseada na produção, na organização econômica
da produção, e nas relações de produção.
Sobre essa base, ergue-se a superestrutura que abrange as normas jurídicas, os comportamentos sociais e
políticos, as manifestações religiosas, a base ética, filosófica e moral.
Para ele, todo modo de produção gera diferenças de propriedade, o que cria desavenças na sociedade. Essas
desavenças aumentam e se acirram até que é provocado um processo revolucionário que irá derrocar o modo de
produção vigente, seja ele qual for.
ALIENAÇÃO
- a industrialização, a propriedade privada e a forma assalariada separavam o
trabalhador:
a) dos meios de produção – ferramenta, matéria-prima, terra e máquina - que se
tornaram propriedade privada do capitalista.
b) do fruto de seu trabalho, que também é apropriado pelo capitalista.
c) Politicamente tb, - princípio da representatividade política, segundo ele, não é
imparcial, e sim parcial, pois só atende aos interesses de uma classe dominante.
Solução: Uma vez alienado, o homem só pode recuperar sua condição humana
pela crítica radical ao sistema econômico, à política e à filosofia que o excluíram
da participação efetiva na vida social.
CLASSES SOCIAIS
- todos os homens são iguais, política e juridicamente.
- Liberdade e justiça são direitos inalienáveis de todo cidadão.
Marx - proclama a inexistência de tal igualdade em razão das relações de
produção do sistema capitalista que dividem os homens em proprietários e nãoproprietários dos meios de produção.
- Identificou relações de exploração da classe dos proprietários (a burguesia) sobre a
dos trabalhadores
- propriedade privada dos meios de produção - faz com que os trabalhadores, a fim
de assegurar a sobrevivência, tenham de vender sua força de trabalho ao
empresário capitalista, o qual se apropria do produto do trabalho de seus
operários.
FORÇA DE TRABALHO, VALOR E LUCRO.
O capitalismo transformou o trabalho em mercadoria:
- não uma mercadoria qualquer:
- produtos usados - desgastam ou desaparecem,
- uso da força de trabalho significa, ao contrário, criação de valor.
- trabalho provoca uma espécie de ressurreição ao objeto. Ex: Ex: Couro + faca +
linha = produtos mortos - + trabalho = novo produto mais valioso.
Valor, - produção da matéria prima + outras etapas de produção + tempo de trabalho
= valor final.
Lucro, valorização da mercadoria se dá no âmbito de sua produção
- o preço final elevado - possibilidade de ganhos imediatos, atrai outros capitalistas
como concorrentes - risco de inundar o mercado com artigos semelhantes, queda de
preços;
MAIS-VALIA
Uma força de trabalho humano - nove horas = 3 pares de sapatos
Uma indústria altamente mecanizada – nove horas = 20 pares de sapato
= força de trabalho vale cada vez menos e, ao mesmo tempo, graças à maquinaria
desenvolvida, produz cada vez mais. Esse é, em síntese, o processo de obtenção
daquilo que Marx denomina mais-valia.
MODO DE PRODUÇÃO
- Estudo do modo de produção é fundamental para compreender como se organiza
e funciona uma sociedade.
- As relações de produção, nesse sentido, são consideradas as mais importantes
relações sociais. Os modelos de família, as leis, a religião, as idéias políticas, os
valores sociais são aspectos cuja explicação depende, em princípio, do estudo do
desenvolvimento e do colapso de diferentes modos de produção.
Segundo o marxismo:
1) a característica central de qualquer sociedade = modo de produção
(escravista, feudal ou capitalista), que varia com a história e determina as
relações sociais. Com o processo produtivo, os homens criam as próprias
condições de sua existência. A história seria, então, o resultado das lutas
entre os interesses das diferentes classes sociais.
2) Esse conflito só desapareceria com a instalação da sociedade comunista,
concebida como igualitária e justa. Nela, o estado é abolido, não há divisão
social nem exploração do trabalho humano , e cada indivíduo contribui de
acordo com sua capacidade e recebe segundo sua necessidade.
Para o marxismo:
a) o capitalismo é um sistema no qual a burguesia concentra o capital e os meios
de produção (instalação, máquina e matéria-prima)
b) explora o trabalho do proletariado,
c) mantendo-o numa situação de pobreza e alienação.
d) baseada nessa característica contraditória, a de explorar seu próprio alicerce a classe trabalhadora.
Conseqüências:
1) o sistema prepara o caminho para sua própria destruição.
2) O capitalismo levaria a luta de classes a um ponto crítico,
3) Proletariado, privado de sua liberdade por meio da contínua exploração,
acabaria por se unir.
4) A derrota da burguesia coincidiria com a instalação do comunismo.
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