Matemática Básica Matemática Básica UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA Reitor Prof. Msc. Pe. José Romualdo Desgaperi UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA VIRTUAL Diretor Geral da UCB Virtual Prof. Dr. Francisco Villa Ulhôa Botelho Diretoria de Cursos de Graduação a Distância Profª. MSc. Bernadete Moreira Pessanha Cordeiro Diretoria de Pós-graduação a Distância Profª. MSc. Ana Paula Costa e Silva Coordenação de Produção Profª Esp. Edleide E. de Freitas Alves Coordenação de Pólos e Logística Profª Esp. Núbia Aparecida Rosa Coordenação de Informática Prof. Esp. Weslley Rodrigues Sepúlvida Coordenação de Secretaria Acadêmica Esp. Benedito Lyra F. Junior Coordenação de Atendimento ao Estudante e Relacionamento Profª. MSc. Sandra Mara Bessa Equipe de Produção Técnica Conteudista Prof. Adolfo Dani Analistas José Eduardo Pires Campos Júnior Viviane de Melo Resende Viviane Cristina V. Sebba Ramalho Yara Dias Fortuna Edição de Conteúdo Kelly Kareline de Oliveira Torres Márcia Regina de Oliveira Montagem Acyr Frederico Leocádio Anderson Macedo da Silveira Bruno Marques Beça da Silva Olávia Cristina Gomes Bonfim 3 Matemática Básica Sumário Sumário 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Conjuntos Numéricos ...................................................................................................................... 7 1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5. Conjunto Conjunto Conjunto Conjunto Conjunto dos dos dos dos dos Naturais ............................................................................................................................. 7 Inteiros Relativos – Negativos e Positivos .................................................................... 7 Racionais ........................................................................................................................... 7 Irracionais ......................................................................................................................... 7 Reais .................................................................................................................................. 7 Operações Fundamentais no Conjunto dos Números Reais ................................................... 9 2.1. Sinais Resultantes nas Operações.......................................................................................................... 9 2.1.1. Regra dos Sinais nas Operações de Adição e Subtração ........................................................... 9 2.1.2. Regra dos Sinais nas Operações de Multiplicação e Divisão .................................................... 9 2.1.3. Propriedades Básicas para Realizar Operações no Conjunto dos Reais. ............................. 10 Operações e Suas Inversas ........................................................................................................... 17 3.1. 3.2. 3.3. Regra das Operações Adição e Subtração .......................................................................................... 17 Regra das Operações Multiplicação e Divisão ................................................................................... 18 Regra das operações Potenciação – Radiciação - Logaritmação .................................................... 19 Prioridades nas Operações ........................................................................................................... 23 Relações e Funções........................................................................................................................ 25 5.1. 5.2. 5.3. 5.4. 5.5. 5.6. Plano Cartesiano .................................................................................................................................... 25 Função do 1º Grau .................................................................................................................................. 26 Função do 2º grau ou quadrática ......................................................................................................... 30 Função Exponencial ............................................................................................................................... 34 Função Logarítmica................................................................................................................................ 36 Funções Trigonométricas ...................................................................................................................... 37 Soluções de Sistemas de Equações ............................................................................................ 39 Razão - Proporção – Regra de três – Porcentagens – Médias ................................................ 43 7.1. Razão ........................................................................................................................................................ 43 7.2. Proporção ................................................................................................................................................ 43 7.3. Números e grandezas proporcionais simples e compostas. ............................................................ 43 7.3.1. Diretamente Proporcionais ................................................................................................................... 43 7.3.2. Inversamente Proporcionais ................................................................................................................. 44 7.3.3. Regra de três compostas com grandezas diretas e inversamente proporcionais. .................................. 46 7.3.4. Porcentagens ........................................................................................................................................ 47 7.3.4.1. Taxa de Porcentagem (i).................................................................................................................. 47 7.3.4.2. Porcentagem .................................................................................................................................... 47 7.4. Média ........................................................................................................................................................ 49 7.4.1. Média Aritmética Simples.................................................................................................................... 49 7.4.2. Média Aritmética Ponderada................................................................................................................ 49 7.4.3. Média Geométrica ................................................................................................................................ 49 Operações com Expressões Algébricas e Polinomiais ............................................................ 51 8.1. Adição e subtração de expressões ...................................................................................................... 51 8.2. Multiplicação de Expressões Algébricas Polinomiais e Produtos Notáveis. .................................. 51 8.2.1. Produtos Notáveis ................................................................................................................................ 52 8.3. Divisão de expressões Algébricas e Polinomiais ................................................................................ 53 8.4. Fatoração e Simplificação .................................................................................................................... 54 Trigonometria e Relações Métricas no Triângulo Retângulo ............................................... 57 9.1. 9.2. Relações Trigonométricas ..................................................................................................................... 57 Relações Métricas................................................................................................................................... 58 5 Matemática Básica 10. Sumário Medidas e Grandezas Físicas – Propriedades e Operações .............................................. 61 10.1. Grandezas Físicas ................................................................................................................................... 61 10.2. Fenômenos Físicos ................................................................................................................................. 61 10.3. Medição .................................................................................................................................................... 61 10.4. Sistemas de Unidades ............................................................................................................................ 61 10.5. Fatores que interferem na medição ................................................................................................... 62 10.6. Precisão de um Instrumento de Medida ............................................................................................. 62 10.7. Algarismo significativo .......................................................................................................................... 62 10.8. Arredondamentos ................................................................................................................................... 62 10.8.1. Operações com Algarismos Significativos ...................................................................................... 63 10.8.1.1. Adição e Subtração .......................................................................................................................... 63 10.8.1.2. Multiplicação e Divisão: ................................................................................................................. 63 10.9. Notação Científica ................................................................................................................................. 63 10.10. Ordem de grandeza. ......................................................................................................................... 64 10.11. Grandezas Físicas .............................................................................................................................. 64 10.11.1. Grandezas Escalares ........................................................................................................................ 64 10.11.2. Grandezas Vetoriais ........................................................................................................................ 64 10.11.2.1. Operações com grandezas vetoriais ............................................................................................ 65 10.11.2.1.1. Adição ........................................................................................................................................ 65 10.11.2.1.1.1. Regra da poligonal ................................................................................................................... 65 10.11.2.1.1.2. Regra do paralelogramo ........................................................................................................... 66 10.11.2.1.1.3. Regra da decomposição cartesiana ........................................................................................... 66 10.11.2.1.2. Subtração ou Diferença .............................................................................................................. 67 10.11.2.1.2.1. Regra da poligonal ................................................................................................................... 67 10.11.2.1.2.2. Regra do paralelogramo ........................................................................................................... 67 10.11.2.1.2.3. Regra da Decomposição Cartesiana ......................................................................................... 68 6 Matemática Básica Aula 01 Matemática Básica Para podermos nos comunicar, por escrito, precisamos do alfabeto, sílabas, palavras, frases, vírgulas, pontos, etc. Semelhantemente, na matemática precisamos dos algarismos, números, símbolos, sinais, prioridades e propriedades nas operações para que possamos equacionar, criar fórmulas, realizar cálculos tão necessários em nosso quotidiano e em todas as atividades que realizamos. Mesmo quando usamos a calculadora ou computador, precisamos de conhecimento básico de matemática para o uso adequado destes instrumentos e nos procedimentos a serem seguidos. 1. Conjuntos Numéricos O conjunto dos números Reais (R) é o que melhor atende a solução dos problemas básicos de nosso quotidiano e é composto pelos seguintes subconjuntos: 1.1. Conjunto dos Naturais N = {0,1,2,3,4,...} 1.2. Conjunto dos Inteiros Relativos – Negativos e Positivos Z = {... − 3,−2,−1,0,1,2,3...} 1.3. Conjunto dos Racionais Q = {... − 3... − 2... − 1...0...1...2...3...} −9 −3 0,2 2,25 2 2 − 0,555... Obs.: Conseguimos escrever na forma de fração decimal exatas, dizimas periódicas simples e compostas. 1.4. Conjunto dos Irracionais I = ... − 2 ... 2 ... 3...π ... } Obs.: Não conseguimos escrever na forma de fração { 1,4159 1.5. Conjunto dos Reais Juntando: N, Z, Q, I formamos o conjunto dos Reais (R). Note que: N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R ou (Q ∪ I ) ⊂ R I está contido Q R Z I N 7 Matemática Básica Aula 02 2. Operações Fundamentais no Conjunto dos Números Reais 2.1. Sinais Resultantes nas Operações 2.1.1. Regra dos Sinais nas Operações de Adição e Subtração ( + ) com ( + ) dá ( + ). Veja: + 3 + 4 = 7 Obs. Quando é positivo, podemos deixar sem o sinal na resposta. ( - ) com ( - ) dá ( - ). Veja: - 3 - 4 = - 7 (+) com ( - ) pode dar ( + ) ou ( - ). + 3 − 5 = −2 Veja: + 3 − 1 = +2 = 2 ( - ) com ( + ) pode dar ( + ) ou ( - ). − 3 + 5 = +2 = 2 Veja: − 3 + 2 = −1 2.1.2. Regra dos Sinais nas Operações de Multiplicação e Divisão ( + ) com ( + ) dá ( + ). + 3 ⋅ (+2) = 3 ⋅ 2 = +6 = 6 Veja: + 6 ÷ (+2) = 6 ÷ 2 = +3 = 3 Obs. Quando o número é positivo, podemos deixar sem o sinal na multiplicação e divisão. ( - ) com ( - ) dá ( + ). − 3 ⋅ (−2) = +6 = 6 Veja: − 3 ÷ (−2) = +1,5 = 1,5 ( + ) com ( - ) dá ( - ). + 3 ⋅ (−2) = −6 Veja: + 6 ÷ (−2) = −3 ( - ) com ( + ) dá ( - ). − 3 ⋅ (+2) = −6 Veja: − 6 ÷ (+2) = −3 9 Matemática Básica Aula 02 Nos símbolos de multiplicação e divisão podemos usar: axb = a ⋅ b = ab −1 a ÷ b = a / b = a ⋅ b a −a = b −b Multiplicação Divisão Deixar o sinal negativo da fração, quando tiver, sempre no numerador. 2.1.3. Propriedades Básicas para Realizar Operações no Conjunto dos Reais. 1º) Todo o número elevado ao expoente zero vale (1). a0 = 1 Veja: 2 = 1 ; (− 2 ) 0 0 0 3 = 1; = 1 ; 5 ( 2) 0 =1 2º) Não tem divisão de número por zero Veja: 7 = ? (impossível, confira na calculadora). 0 a = (impossível ) 0 3º) Zero dividido por qualquer número dá zero. Veja: 0 = 0 (confira na calculadora). 7 0 =0 a 4º) Não tem raiz quadrada ou de índice par de números negativos. Índice par n −a ∉R Índice (2) não se escreve −4∉R Não tem solução em R Não pertence ao conjunto dos Reais 10 Matemática Básica Aula 02 Índice par −4∉R 4 Obs. Cuidado, se o índice for impar, tem raiz. Veja: Índice impar − 8 = −2 3 5º) Um número negativo elevado ao quadrado ou expoente par, o resultado fica positivo. expoente par (− a )n >0 Maior que zero (positivo) Veja: (− 2)2 = (− 2) ⋅ (− 2) = +4 = 4 (− 3)4 = 81 2 Cuidado: (− 2 ) ≠ −2 2 (− 2 )2 = (− 2 ) ⋅ (− 2 ) = 4 É diferente, pois: 2 − 2 = −2 ⋅ 2 = −4 3 (− 2) = (− 2) ⋅ (− 2) ⋅ (− 2) = −8 (número negativo elevado ao expoente impar, o resultado fica negativo). 6º) Potência de potência, multiplicamos os expoentes. Veja: (a ) m n = a m⋅n −4 −8 2 −4 2 ⋅ 5 2 3 2 3 5 2 15 = 3 = 3 3 7º)Uma potência troca de sinal quando muda de posição subindo para o numerador ou descendo para o denominador. an = 1 a −n Veja: a) 2 −3 = b) a −n = 1 an 1 23 1 = 35 −5 3 11 Matemática Básica Aula 02 8º) O expoente de uma fração muda de sinal quando invertemos a fração. n −n a b a = ou b a b −n b = a n Veja: 3 4 −2 2 16 1 4 = = ; 9 2 3 −3 3 2 = =8 1 9º) Equivalência - potenciação - radiciação (como tirar do radical e retornar) n m am = a n Veja: a) 2 5 3 =3 3 b) 7 5 2 3 2 7 2 = 3 3 1 5 c) 7 = 5 71 = 5 7 10º) Para somar e subtrair frações precisamos reduzir ao mesmo denominador. Veja: a) 2 4 + 4 5 Achando o m.m.c (mínimo múltiplo comum) de 4 e 5, fatoramos assim: 4 5 2 2 1 2 1 5 Logo: m.m.c = 2 ∙ 2 ∙ 5 = 20 20 é o m.m.c de 4 e 5. 2 4 10 + 16 2/ 6/ 13 + = = = 4 5 20 2/ 0/ 10 ÷2 ÷2 12 Matemática Básica Aula 02 Divide 20 pelo denominador 4 e a resposta que dá ( 5 ) multiplica pelo numerador 2 dando 10 etc. 26 Ao simplificar você deve dividir o numerador e o denominador por um mesmo número. 20 b) 3 7 12 − 35 − 23 − = = 15 12 60 60 m.m.c de 15 e 12: 15 12 2 5 6 2 1 3 3 1 5 Logo: m.m.c = 2 ∙ 2 ∙ 3 ∙ 5 = 60 c) 4 −2 3 logo, o m.m.c de 2, 1, 5 é: − 2 + lembre que − 2 = 2 5 1 2 1 5 2 1 1 1 5 Logo: m.m.c = 2 ∙ 5 = 10 4 15 − 20 + 8 3 3 −2+ = = 2 5 10 10 11º) Para multiplicação de frações, multiplicamos numerador pelo numerador e denominador pelo denominador. Veja: a) 2 4 8 ⋅ = 3 5 15 b) − 8 ⋅ 3 − 24 = 7 7 Lembre que − 8 = −8 1 ÷4 2 − 2 1 − 4/ − 1 c) ⋅ = ⋅ = 5 3 4 6/ 0/ 15 ÷4 13 Matemática Básica Aula 02 12º) Para dividir frações multiplicamos a 1º fração pela inversa da 2ª fração. Veja: ÷2 2 2 5 1/ 0/ 5 2 4 2 5 1/ 0/ 5 a) ÷ = ⋅ = ou 3 = ⋅ = = = 4 3 4 1/ 2/ 6 3 5 3 4 1/ 2/ 6 5 ÷2 3 − 5 15 −2 b) 3 ÷ lembre que 3 = = = 3⋅ 1 2 2 5 c) −3 −2 − 2 −1 2 lembre que -3 = ÷ (− 3) = ⋅ = 1 5 5 3 15 13º) Na multiplicação de potências de mesma base permanece a base e somam-se os expoentes a m ⋅ a n = a m⋅n (a = base; m e n = expoentes). Veja: a) 35 ⋅ 37 = 35+ 7 = 312 3 5 b) 2 ⋅ 2 −2 3 −1 =2 3 2 − 5 3 =2 1 9 −10 15 2 22 2 c) ⋅ = 3 3 3 −1+ =2 1 2 1 15 = 15 2 2 = 3 −2 +1 2 −1 1 2 2 32 = = = 2 3 3 2 d) 10 2 ⋅ 10 −12 = 10 2−12 = 10 −10 14º) Na divisão de potências de mesma base permanece a base e subtraem-se os expoentes a m ÷ a n = a m − n (a = base; m e n = expoentes). Veja: a) 35 ÷ 37 = 35−7 = 3 − 2 = 1 1 = 32 9 5 −7 b) 3 = 5 −7 −3 = 5 −10 5 −2 −4 −2 −4 − 5 2 3 2 5 2 3 c) ÷ = 3 3 3 d) −2 4 + 5 2 3 = 3 2 = 3 −10+12 15 2 2 15 = 3 1010 = 1010−15 = 10 −5 15 10 15º) Decimal Exata: valor resultante de uma operação divisão de resto zero. Veja: 14 Matemática Básica a) 2 = 0,4 → tem uma casa decimal (casa depois da vírgula) 5 b) 1 = 0,25 → tem duas casas decimais 4 Aula 02 c) 2,353 → tem três casas decimais Para obter a fração que deu origem (geratriz) a uma decimal exata, fazemos: • Numerador: colocamos o número todo sem a vírgula. • Denominador: colocamos 1 seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais (casas depois da vírgula). Veja: 4/ 2 a) 0,4 = = 1/ 0/ 5 b) 0,25 = 2/ 5/ 1 = 1/ 0/ 0/ 4 c) 2,353 = 2353 1000 16º) Dízima Periódica Simples: valor resultante de uma operação divisão que não dá exata e logo depois da vírgula aparece um número que se repete, denominado de período. Veja: a) 0,33... Também representado por 0, 3 b) 0,272727...ou 0, 27 c) 2,444... ou 2, 4 Para obter a fração que deu origem (geratriz) de uma dízima periódica simples fazemos: Numerador: Colocamos o período (parte que se repete) Denominador: Colocamos tantos noves quantos forem os algarismos do período. Veja: 3/ 1 a) 0,33 = = 9/ 3 27 9 3 b) 0,272727... = = = 99 33 11 5 18 + 5 23 c) 2,555... = 2 + 0,555... = 2 + = = 9 9 9 Parte inteira não entra na regra. 15 Matemática Básica Aula 02 17º) Dízima Periódica Composta: Valor resultante de uma operação que não dá exata e depois da vírgula aparece uma parte que não se repete (parte não periódica) seguida de um período (parte que se repete). Veja: a) 0,4333... Parte não periódica (que não se repete) (4) Parte periódica (que se repete) (3) Não periódica (23) b) 2,23717171... Periódica (71) Para obter a fração que deu origem (geratriz) de uma dízima periódica composta, fazemos: Numerador: colocamos a parte não periódica seguida de um período menor, a parte não periódica. Denominador: colocamos tantos noves quantos forem os algarismos do período seguido de tantos zeros quantos forem os algarismos da parte não periódica. Veja: Parte não periódica Periódica Parte não periódica 43 − 4 3/ 9/ 13 a) 0,4333... = = = 90 9/ 0/ 30 Um zero só, pois a parte não periódica só é constituída de um algarismo que é o 4. Um nove só, pois a parte periódica só é constituída de um algarismo que é o 3. Parte não periódica (23) Período (71) 2371 − 23 2/ 3/ 4/ 8/ 1/ 1/ 7/ 4/ 587 587 b) 2,23717171... = 2 + = 2+ = 2+ = 2+ ⇒ 2+ 9900 9/ 9/ 0/ 0/ 4/ 9/ 5/ 0/ 2475 2475 4950 + 587 5537 Parte inteira não entra na regra (2) = 2475 2475 16 Matemática Básica Aula 03 3. Operações e Suas Inversas Para resolver problemas e calcular valores desconhecidos denominados incógnitas ou variáveis necessitamos conhecer algumas regras de relação entre as operações. Assim temos: inversa inversa Adição Subtração inversa Multiplicação Divisão inversa inversa Potenciação inversa Radiciação inversa Logaritmação inversa Para isolar vaiáveis determinando assim seus valores, fazemos operações inversas. Para trocar de membro um valor qualquer, fazemos operação inversa. É errado dizer que trocamos de sinal quando passamos para outro membro. O certo é dizer que fazemos operação inversa. 1º Membro à esquerda da igualdade 3.1. inversa = inversa 2º Membro à direita da igualdade. Regra das Operações Adição e Subtração Adição inversa Subtração Veja os exemplos: a) x + 4 = 12 : isolando o x, passamos o (+ 4 ) que está fazendo adição(somando) com o ( x ) para o segundo membro fazendo operação inversa, isto é, subtração. Logo: x = 12 – 4 17 Matemática Básica Aula 03 x=8 b) x - 7 = 17 isolando o x, passamos o 7 que está subtraindo para o 2º membro onde estará somando fazendo assim operação inversa. Logo: x = 17 + 7 x = 24 c) 20 - x = 30, passando +20 para o 2º membro, como estava somando, passa subtraindo. 20 - x = 30 - x = 30 – 20 - x = 10 Em (-x) o valor do x isolado deve sempre ficar positivo. Para tanto, podemos multiplicar por (- 1) os dois membros da igualdade. - x = 10 (-1) x = -10 3.2. Regra das Operações Multiplicação e Divisão Multiplicação inversa Divisão Veja os exemplos: a) 2 x = - 14: isolando o ( x ), passamos o ( +2 ) que está multiplicando o ( x ) para o segundo membro fazendo operação inversa, isto é, dividindo. − 14 ⇒ x = −7 Logo: x = 2 2x = 4 isolando o ( x ), passamos o ( +3 ) que está dividindo para o 2º membro multiplicando, 3 operação inversa. Veja: 2 x = 3 ⋅ 4 ⇒ 2 x = 12 e o 2 que está multiplicando o x para o 2º membro dividindo, operação inversa. 12 x= ⇒x=6 2 b) c) − x + 2 4x − 4 2 = − 2 achando o m.m.c. de 3, 8 e 1, pois 2 = 3 8 1 18 Matemática Básica Aula 03 3 8 1 2 1 4 1 2 2 2 1 3 Logo: m.m.c = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 3 = 24 − 8 x + 16 12 x − 12 − 48 Mesmo denominador em ambos os membros podemos = ⇒ simplificar. 24 24 − 8 x − 12 x = −16 − 12 − 48 ⇒ Passamos os termos semelhantes em x para o 1º membro e os números para o 2º membro fazendo operações inversas. − 20x = −76 ⇒ Multiplicando por (-1) ambos os membros temos. − 20 x = −76 (-1) 20x = 76 ⇒ Isolando o x, passamos o (+ 20) que está multiplicando o x para o 2º membro dividindo 7/ 6/ 3/ 8/ 19 e depois simplificamos: x = = = 2/ 0/ 1/ 0/ 5 3.3. Regra das operações Potenciação – Radiciação - Logaritmação inversa Potenciação inversa Radiciação inversa inversa Determinar (b) é calcular o logaritmo (log) b a =c Logaritmação Determinar o (c) é calcular a potência Determinar o (a) é calcular a raiz (isola a potência) x = a b ⇒ Potenciação x b = c ⇒ x = b c ⇒ Radiciação (isola a base) Aplicando radiciação b ( c )em ambos os membros para isolar o x, temos: b x b/ = b c de onde obtemos: x = b c ax = b ⇒ x = log b ⇒ Logaritmação (isola o expoente) log a 19 Matemática Básica Aula 03 Aplicando logaritmação (log) em ambos os membros para isolar o x, temos: log a x = log b onde, usando uma propriedade dos logaritmos, podemos escrever x log a = log b de onde obtemos: log b x= . log a Propriedades dos logaritmos. 1) log x ⋅ y = log x + log y x 2) log = log x − log y y 3) log x m = m log x Quando a base é 10, não representamos. log 10 A = log A Para números fatoráveis, calculamos estes valores como segue. Veja o exemplo. a) 2 3 = x ⇒ x = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⇒ x = 8 ⇒ Potência b) 2 x = 8 ⇒ 2 x = 2 3 ⇒ Mesma base igualamos os expoentes. Fatorando (8) 8 2 4 2 3 ⇒2 2 2 1 Logo: x = 3 ⇒ Logaritmo c) x 3 = 8 ⇒ x 3 = 2 3 ⇒ Mesmo expoente igualamos as bases. Logo: x = 2 ⇒ raiz . Obs. 8 (fatorando) = 8 = 2 3 Quando não for possível concluir a resposta pelo método da fatoração, usamos a calculadora cientifica ou as tabelas produzidas para esta finalidade. Veja alguns exemplos usando a calculadora cientifica. a) 2 3 = x x=8 Tecla: 2 Tecla: yx ou ∧ Tecla: 3 Tecla: = b) 2 x = 8 log 8 x= log 2 x=3 Tecla: log ou ln Tecla: 8 Tecla: ÷ Tecla: log ou ln Tecla: 2 Tecla: = 20 Matemática Básica Aula 03 Obs. Nesta seqüência ou com pequenas mudanças para diferentes marcas de calculadoras. Pode usar a calculadora padrão do Windows (Iniciar > Executar > Calç). Configure para ter opções da calculadora científica (no menu Exibir > Científica) c) x 3 = 8 x=3 8 x=2 Tecla: 3 Tecla: 2ndF ou Shift Tecla: x Tecla: 8 Tecla: = Resolvendo outros exemplos: d) 21,5 = x x = 2,828427... Tecla: 2 Tecla: yx ou ∧ Tecla: 1,5 Tecla: = e) 2 −1,5 = x Tecla: 2 Tecla: ∧ ou y x Tecla: 1,5 Tecla: ± Tecla: = f) x 2,5 = 4,7 ou x = 2,5 4,7 g) 2 x = 3 ou x = log 3 = 1,584962... log 2 h) 1,5 x = 19,7 log 19,7 x= = 7,35 log 1,5 Tecla: 2,5 Tecla: 2ndF ou Shift Tecla: x Tecla: 4,7 Tecla: = Tecla: log Tecla: 3 Tecla: ÷ Tecla: log Tecla: 2 Tecla: = Tecla: log Tecla: 19,7 Tecla: ÷ Tecla: log Tecla: 1,5 Tecla: = 21 Matemática Básica Aula 03 i) Veja a utilidade de saber isolar variável fazendo operações inversas para obter fórmulas. Dada a fórmula do montante no sistema de capitalização composta M = C (1 + i ) t M = Montante no final do período de aplicação C = Capital i = Taxa t = Tempo de aplicação Isolar cada uma das variáveis M, C, i, t utilizando operações inversas. 1º) Para calcular o (M) a fórmula já está pronta, pois o mesmo já está isolado: M = C (1 + i ) t 2º) Para calcular (C) passamos (1 + i) t que está multiplicando o C para o outro lado (membro) M dividindo. Logo: C = (1 + i ) t 3º) Para calcular o (t) que é expoente, usamos logaritmos. Em M = C (1 + i ) t passamos o (C) que M t está multiplicando para o outro lado dividindo, ficando assim: = (1 + i ) . Agora aplicamos C M log C logaritmo em ambos os membros e depois isolamos o (t). Veja: t = log(1 + i ) 4º) Para calcular o (i) que é base, usamos radiciação. Em M = C (1 + i ) t passamos o (C) para o M t outro lado, ficando assim: (1 + i ) = . Agora aplicamos radiciação isolando o (i). Veja: C M M 1− i = t ⇒i=t −1 C C Notou como precisamos das (sete) 7 operações para trabalhar com esta fórmula mais usada no mundo dos juros e montante composto. 22 Matemática Básica Aula 04 4. Prioridades nas Operações (Quem resolver primeiro?). Quando as (sete) 7 operações estão aparecendo em parte ou todas numa mesma expressão numérica ou algébrica com: ( ), [ ], { }, devemos dar a seguinte preferência de resolução: 1º ( ), 2º [ ], 3º { }, e dentro de cada um desses símbolos, ou mesmo na ausência deles, devemos resolver na seguinte ordem: (1º) lugar: Potenciação – Radiciação – Logaritmação na ordem que aparecem da esquerda para a direita. (2º) lugar: Multiplicação e Divisão na ordem que aparecem. (3º) lugar: Adição e Subtração na ordem que aparecem. Exemplos: a) 2 − 4 ⋅ 2 + 5 ÷ 2 3 − 4 − 4 log 100 − 3 8 8 2 2 1º lugar (potenciação, radiciação, logaritmação) 2 − 4⋅2 + 5÷8− 2 − 4⋅2 − 2 8 0,625 8 2º lugar (multiplicação, divisão) 2 − 8 + 0,625 − 2 − 8 − 2 = −17,375 3º lugar (adição e subtração) b) 3 2 + 4 ÷ 2 − 16 ÷ 4 2 − log 8 − 3 − 5 ⋅ 4 ÷ 2 4 16 0,9031 1º lugar 3 2 + 4 ÷ 2 − 4 ÷ 16 − 0,9031 − 3 − 5 ⋅ 4 ÷ 2 9 2 0,25 -10 2º lugar 9 + 2 − 0,25 − 0,9031 − 3 − 10 = −3,1531 3º lugar 23 Matemática Básica { [ ( Aula 04 )] } c) 3 ⋅ − 4 ⋅ − 5 3 2 − 2 4 − 2 ÷ 4 − 3 1º lugar (parênteses) 3 ⋅ {− 4 ⋅ [− 5(9 − 2 ⋅ 2 − 0,5)] − 3} 3 ⋅ {− 4 ⋅ [− 5(9 − 4 − 0,5)] − 3} 3 ⋅ {− 4 ⋅ [− 5(4,5)] − 3} 2º lugar (colchetes) 3 ⋅ {− 4 ⋅ [− 22,5] − 3} 3 ⋅ {90 − 3} 3º lugar (chaves) 3 ⋅ {87} = 261 1 2 1 d) 4 + 2 32 − − + 2 + 16 4 3 8 m.m.c de 3 e 8 é 24 1 16 − 3 + 2 + 16 4 + 2 32 − 4 24 1 13 4 + 232 − + 2 + 16 4 24 13 + 2 + 16 4 + 232 − 96 m.m.c de 1; 96;1 é 96 3072 − 13 + 192 + 16 4 + 2 96 3251 + 16 4 + 2/ 9/ 6/ 3251 3251 + 960 4211 3251 + 16 = + 20 = = 4 + 48 48 48 48 24 Matemática Básica Aula 05 5. Relações e Funções As relações e funções são fórmulas úteis na análise e solução de problemas no nosso dia a dia. Todo o controle bancário, a análise da economia, os cálculos de engenharia, estatística, enfim, tudo o que envolve aspectos quantitativos usa de alguma forma relações e funções. O que a matemática denomina de ( x ) e ( y ) => variáveis e a, b, c => coeficientes, as outras áreas do conhecimento atribuem outros nome. Veja um exemplo só: y = ax + b ⇒ Função do 1º grau em matemática a, b ⇒ coeficientes x, y ⇒ variáveis x ⇒ independente(livre) y ⇒ dependente (depende de x) As fórmulas a seguir também são funções do 1º grau que resolvem problemas nas diversas áreas de conhecimentos. V = at + Vo ⇒ Função da velocidade no MRUV S = Vt + S o ⇒ Função da posição no MRU D = aP + b ⇒ Função demanda de mercado S = aP + b ⇒ Função oferta de mercado C = aq + b ⇒ Função custo Etc., etc., etc. Como você percebe, cada relação e função têm infinitas aplicações no nosso quotidiano produzindo respostas numéricas e permitindo análises gráficas no plano cartesiano. 5.1. Plano Cartesiano O plano cartesiano possui dois eixos perpendiculares entre si denominados de eixo (x) (abscissas) e eixo (y) (das ordenadas) e os dois eixos permitem estabelecer as coordenadas de cada ponto. Ordenada (y) y (a, b) Coordenadas do ponto (P) Abscissa (x) P b x a 25 Matemática Básica Aula 05 Vejamos a localização de alguns pontos. P( x,y) y C ( 0, 4 ) 6 B(4,2) 4 D ( -3, 6 ) 2 -6 -4 -3 0 4 F ( -4 , 0) x A ( 0 ,0 ) -5 E ( -6 , -5) 5.2. Função do 1º Grau É uma relação do tipo y = ax + b cujo gráfico no plano cartesiano é uma reta. a => Coeficiente angular ou declividade da reta em relação ao eixo ( x ) b => Coeficiente linear, onde a reta corta o eixo ( y ) y y a<0 a>0 x= crescente a=0 b x b y x b x decrescente x constante x −b ⇒ raiz, onde a reta corta o eixo ( x ) a 26 Matemática Básica Aula 05 Para traçar o gráfico no plano cartesiano podemos usar um dos métodos a seguir: 1º Método: Atribuindo de forma arbitrária (livre) valores para x e depois calculando os valores de y (método da tabela) 2º Método: Determinando alguns pontos importantes como os pontos de intersecção com os eixo (x) e (y) e outras propriedades dos gráficos que veremos a seguir. 1º) Atribuindo valores para (x) e calculando (y), temos: Exemplo (1) y = 2 x − 6 b=-6 a=2 1º Método: Atribuímos valores para (x) e calculamos (y). Para a reta basta dois valores (pontos) x 0 1 y − 6 ⇒ y = 2 ⋅ 0 − 6 = −6 − 4 ⇒ y = 2 ⋅ 1 − 6 = −4 y x -4 -6 (1,-4) (0,-6) Ou escolha outros que achar mais fácil e útil e determine os correspondentes em (y). 2º Método: Determinando os pontos de intersecção com os eixos. Em y = ax + b ⇒ O coeficiente linear (b) é sempre o ponto de intersecção da reta com o eixo (y) Em y = 2 x − 6 ⇒ b = −6 Em y = ax + b ⇒ Fazemos y = 0 e isolando x o valor encontrado é sempre o ponto de intersecção da reta com o eixo x que denominamos de raiz. Logo: y = ax + b ax + b = 0 ax = −b ⇒ x = −b ⇒ raiz ou ponto de intersecção da reta com o eixo x. a a = 2 Em y = 2 x − 6 ⇒ b = −6 x= − b − (− 6 ) = = 3 ⇒ raiz a 2 27 Matemática Básica Aula 05 Com os valores obtidos podemos traçar o gráfico y a = 2 > 0 função crescente pois: x => cresce y => cresce Note que: y = ax + b y = 2x - 6 a = 2 > 0 => indica que a função é crescente -6 x 3 Exemplo (2) y = -3x + 8 1º Método x 0 3 y (0,8) y 8 ⇒ y = −3 ⋅ 0 + 8 = 8 − 1⇒ y = −3 ⋅ 3 + 8 = −1 8 3 x (3,-1) -1 2º Método: b = 8 ⇒ Intersecção com o eixo (y) y = −3 x + 8 −b −8 y = ax + b x = = = +2,66... ⇒ Intersecção com o eixo (x) ou raiz a −3 a = −3 < 0 ⇒ Função decrescente, pois: x => cresce y => decresce y 8 2,66... 8/3 x 28 Matemática Básica Aula 05 y Exemplo (3) y = 4 x ⇔ y = 4 x + 0 1º Método: x −1 1 y 4 y − 4 → y = 4 x/ ⋅ (−1) = −4 4→ y = 4 ⋅1 = 4 -1 x 1 -4 2º Método: b = 0 ⇒ Intersecção com o eixo (y) −b −0 x = a = 4 = 0 ⇒ Intersecção com o eixo (x) raiz y a = 4 > 0 ⇒ Função crescente, pois: x => cresce y => cresce y = 4x + 0 y = ax + b x 0 Exemplo (4) y = 6 ⇔ y = 0 x + 6 y 1º Método: x 0 y 6→ y = 0⋅0 + 6 = 6 1 6 → y = 0 ⋅1 + 6 = 6 6 0 1 x 29 Matemática Básica Aula 05 2º Método: y = 6 ou y = 0x + 6 y b = 6 ⇒ Intersecção (y) −b −6 x = a = 0 ⇒ (impossível ) Logo a reta não tem raiz, não corta o eixo (x), É paralela a este eixo a = 0 ⇒ função constante pois: x => cresce y => constante (valor sempre 6) 5.3. 6 x Função do 2º grau ou quadrática É uma relação do tipo: y = ax 2 + bx + c cujo gráfico no plano cartesiano é uma curva denominada de parábola. c => indica onde a parábola corta o eixo (y) a => indica: se a > 0: CVC = Concavidade Voltada para Cima. Se a < 0: CVB = Concavidade Voltada para Baixo. CVC CVB −b± ∆ x' = x" = ⇒ 2a Fórmula de Báscara onde ∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c x’ e x”, indica onde a parábola corta o eixo (x) que denominamos de raízes. xV = −b 2a yV = −∆ 4a 30 Matemática Básica Aula 05 (Xv, YV) => indica as coordenadas do vértice da parábola. y yv c x’ xv x x” Podemos aqui também traçar o gráfico da parábola usando um dos métodos já vistos. 1º Método: Método da tabela, atribuindo valores para (x) e calculando correspondentes em y. 2º Método: Método dos pontos importantes e propriedades. Vamos traçar alguns gráficos pelos dois métodos. Exemplo (1) y = ax 2 + bx + c 2 y = x + x−6 a =1 b =1 c = −6 1º Método: Atribuímos valores para (x) e calculamos (y). Para a parábola precisamos de diversos pontos. E este método não é o mais recomendado, pois não garante o traçado completo da parábola. 31 Matemática Básica Aula 05 y 7 6 x -2 2 -4 3 -4 x y 2 6 → y = (−4) − 4 − 6 = 6 2 − 4 → y = (−2) − 2 − 6 = −4 2 − 6 → y = (0) + 0 − 6 = −6 0 → y = ( 2) 2 + 2 − 6 = 0 7 → y = (3) 2 + 4 − 6 = 7 −4 −2 0 2 3 1º Método: Os pontos importantes e propriedades y = ax 2 + bx + c a =1 y = x + x−6 b =1 c = −6 a) C = -6 => Ponto onde a parábola corta o eixo (y) b) raízes => Ponto onde a parábola corta o eixo (x) ∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c ∆ = 12 − 4 ⋅ 1 ⋅ (−6) = 25 2 −1− 5 ' = = −3 x − 1 ± 25 − 1 ± 5 −b± ∆ 2 = ⇒ x' = x" = ⇒ x= 2a 2 ⋅1 2 x" = − 1 + 5 = 2 2 c) vértice: − b −1 −1 = −0,5 = = xV = 2a 2 ⋅ 1 2 − ∆ − 25 − 25 = = = −6,25 yV = − 4a 4 ⋅ 1 4 32 Matemática Básica Aula 05 d) a = 1 > 0: CVC Juntando as conclusões a, b, c, d traçamos a parábola. y x -0,5 2 -3 6 -6,25 Exemplo (2) y = −2 x 2 − 3 x + 5 Resolvendo só pelo 2º método a) c = 5 => ponto de intersecção da parábola com o eixo (y) b) raízes => intersecção da parábola com o eixo (x) ∆ = b 2 − 4ac ∆ = (−3) 2 − 4 ⋅ (−2) ⋅ 5 = 9 + 40 = 49 − b ± ∆ − (−3) ± 49 3 ± 7 = = 2a 2 ⋅ (−2) −4 3+7 x' = = −2,5 −4 3−7 x" = =1 −4 c) vértice 3 − b − ( −3) −3 xV = = = = = −0,75 2a 2 ⋅ ( −2) − 4 4 −∆ − 49 − 49 yV = = = = +6,125 − 4a 4 ⋅ (−2) −8 x= 6,125 5 CVB -2,5 -0,75 1 a) a = -2 < 0: Logo CVB Exemplo (3) y = 4x 2 note que é uma função do 2º grau incompleta, pois para y = ax 2 + bx + c faltam os termos bx e c, onde concluímos que: a=4 b=0 c=0 33 Matemática Básica Aula 05 Podemos traçar o gráfico usando o 1º método (tabela) atribuindo valores ou o 2º método (pontos principais e propriedades). Vamos usar o 2º método. a) c = 0 => onde a parábola intercepta o eixo (y) b) Raízes: onde intercepta o eixo (x) ∆ = b 2 − 4ac = 0 2 − 4 ⋅ 4 ⋅ 0 = 0 −b± ∆ −0± 0 0±0 0 x= = = = =0 2a 2 ⋅ (4) 8 8 y c) vértice −b −0 −0 = = = −0 xV = CVC 2a 2 ⋅ 4 8 −∆ −0 −0 = = =0 yV = − 4a 4 ⋅ 4 16 x d) a = 4 > 0 : CVC logo 5.4. Função Exponencial x É uma relação do tipo y = a cujo gráfico depende do valor de (a). Se a > 1, temos gráfico do tipo: y Crescente. 1 x Se 0 < a< 1, temos gráfico do tipo: Decrescente. y 1 x 34 Matemática Básica Aula 05 Exemplo (1) y = 2x Usando o 1º método (da tabela) atribuímos valores para (x) e calculamos (y). x y 1 1 = = 0,25 22 4 1 1 −1 0,5 → y = (2 ) = 1 = = 0,5 -1 2 2 0 0 1 → y = (2) = 1 1 2 → y = (2)1 = 2 Crescente x => cresce y => cresce -2 0,25 → y = (2) − 2 = 2 1 -2 -1 0,5 0,25 1 Exemplo (2) x 1 y= : 2 Usando o método da tabela temos: x y 1 1 0,25 → y = (2) − 2 = 2 = = 0,25 -2 4 2 1 1 −1 0,5 → y = (2 ) = 1 = = 0,5 -1 2 2 0 0 1 → y = (2) = 1 1 2 → y = (2)1 = 2 Decrescente x => cresce y => decresce 4 2 1 0,5 -2 -1 1 35 Matemática Básica 5.5. Aula 05 Função Logarítmica É uma relação do tipo tipo: y = log a x cujo gráfico depende do valor de (a) se a > 1, obtemos gráfico do y crescente 1 x Se 0 < a < 1, obtemos gráfico do tipo: y decrescente 1 x Exemplo: y = 2 log10 x = 2 log x usando o 1º método (da tabela) atribuindo valores para x, temos: Usando (log) na calculadora científica. x y 10 1 → y = 2 log 10 = 2 ⋅ 1 = 2 1 0 → y = 2 log 1 = 2(0) = 0 0,1 − 2 → y = 2 log 0,1 = 2 ⋅ (−1) = −2 0,01 − 2 → y = 2 log 0,01 = −4 0,01 0,1 2 1 10 -2 -4 36 Matemática Básica Aula 05 São infinitas as relações funções e para cada uma delas corresponde um gráfico. Vejamos só mais uma. 5.6. Funções Trigonométricas Exemplo: y = 10 sen( x) Ângulo Seno Pelo método da tabela temos: X 0º 90º 180º 270º 360º 450º 540º 630º 720º Y y = 10 sen 0º = 10 (0) = 0 y = 10 sen 90º = 10 (1) = 10 y = 10 sen 180º = 10 (0) = 0 y = 10 sen 270º = 10 (-1) = -10 y = 10 sen 360º = 10 (0) 0 y = 10 sen 450º = 10 (1) = 10 y = 10 sen 540º = 10 (0) = 0 y = 10 sen 630º = 10 (-1) = -10 y = 10 sen 720º = 10 (0) = 0 y 10 x 0 90 180 270 360 450 540 630 720 -10 37 Matemática Básica Aula 06 6. Soluções de Sistemas de Equações Resolver sistemas de equações significa determinar os valores de (x, y) que atendem simultaneamente ao sistema, ou seja, se são comuns às funções. Graficamente significa determinar o ponto de intersecção das curvas das funções colocadas no mesmo plano cartesiano. y1 y x x campo da matemática de pontos comuns como: São inúmeras as aplicações deste • Equilíbrio oferta-demanda y2 • Ponto de nivelamento custo-receita • Ponto de encontro (cruzamento) de corpos em movimento • Pontos de mesma velocidade, aceleração, inflação, etc. São muitos os métodos utilizados para a solução de sistemas. Os básicos são: • Método da adição • Método da substituição • Método da comparação Exemplo (1) Resolva o sistema e represente no plano cartesiano. 2x - y = 6 - x + 3y = - 2 Resolvendo pelo método da adição, multiplicamos a 2ª equação por (2) para que, somando com a 1ª, possamos eliminar uma das variáveis. 2 x − y = −6 2/ x/ − y = −6 − 10 ⇒ ⇒ 5 y = −10 ⇒ y = ⇒ y = −2 5 − x + 3 y = −2 ⇔ ⋅(2) − 2/ x/ + 6 y = −4 Substituindo o valor encontrado em uma das duas equações acharemos x correspondente. Escolhendo a 1ª temos: 2 x − y = −6 2 x − (−2) = −6 2 x + 2 = −6 2 x = −6 − 2 8 2 x = −8 ⇒ x = ⇒ x = −4 2 Logo: a solução do sistema é (-4, -2) Para traçar o gráfico das duas funções no mesmo plano cartesiano podemos usar o 1º método (tabela) ou 2º método (pontos de intersecção com os eixos) já visto. Veja: Usando o 2º método, isolando (y), temos: 2 x − y = −6 ⇒ − y = −2 x − 6 ⇒ y = 2 x + 6 ⇔ (1ª função) 1 2 − x + 3 y = −2 ⇒ 3 y = x − 2 ⇒ y = x − (2 ª função) 3 3 39 Matemática Básica Aula 06 b = 6 ⇒ onde corta o eixo (y) para 1ª função −2 b= ⇒ onde corta o eixo (y) para 2ª função 3 (−4,−2) ⇒ ponto comum para a 1ª e 2ª função. 1º 6 2º -4 -2/3 -2 Exemplo (2) x − 2 y = 4 ⇒ (1ª ) 2 x − y = 2 ⇒ ( 2 ª ) Resolvendo pelo método da substituição, isolamos uma das variáveis de uma das equações e substituímos na outra. x − 2 y = 4 ⇒ x = 2 y + 4 Isolamos (x) da 1ª equação e substituímos na 2ª 2 x − y = 2 Substituindo o (x) por 2y + 4 na 2ª equação. 2(2 y + 4) − y = 2 −6 4 y + 8 − y = 2 ⇒ 3 y = 2 − 8 ⇒ 3 y = −6 ⇒ y = ⇒ y = −2 3 Agora substituímos y = -2 em x = 2y + 4. Para determinar (x), teremos: x = 2 (-2)+4 = -4+4=0 logo (0, -2) é a solução do sistema(intersecção das retas). Para traçar o gráfico, podemos isolar o (y) nas duas equações e achar as raízes (onde cada uma corta o eixo x) 1 x − 2 y = 4 ⇒ −2 y = − x + 4 ⇒ y = x − 2 2 2 x − y = 2 ⇒ − y = −2 x + 2 ⇒ y = 2 x − 2 1 − b − (−2) ; b = −2 ⇒ x = = = 4(1º função)raiz onde corta o eixo x 1 2 a 2 − b − (−2) a = 2; b = −2 ⇒ x = = = 1(2º função)raiz onde corta o eixo x a 2 (0, -2) => ponto comum para a 1ª e 2ª função a= 40 Matemática Básica Aula 06 y 2º f 1º f 1 x 4 -2 Exemplo (3) Determinar o preço de equilíbrio e a quantidade de equilíbrio para as seguintes funções de demanda e oferta. D = 34 − 5 p y = 34 − 5 x = −5 x + 34 ou S = −8 + 2 p y = −8 + 2 x = 2 x − 8 D = y Pois p= x D => demanda (procura, compra de bens e serviços) S => oferta (venda de bens e serviço) P => preço por unidade Resolvendo pelo método da comparação, igualamos: D=S 34 – 5p = -8 +2p -5p -2p = -8 -34 -7p = -42 P = 6 substituindo em uma das equações, temos: D = 34 – 5p D = 34 – 5 . 6 D = 34 – 30 D=4 Logo, para o preço P = 6 teremos as quantidades de demanda e oferta D = S = 4 em equilíbrio para a quantidade 4. logo (6, 4) solução do sistema. S, D 34 D S 4 -8 6 P 41 Matemática Básica Aula 07 7. Razão - Proporção – Regra de três – Porcentagens – Médias 7.1. Razão É uma relação do tipo quociente entre dois valores. Lê-se a para b. Exemplo (1) Num concurso concorreram para 50 vagas 4000 candidatos. Qual a relação candidatos vagas? candidato a 4/ 0/ 0/ 0/ 80 = = = vaga b 5/ 0/ 1 São 80 candidatos para dada vaga Resolução: Exemplo (2) Um carro de marca (A) vende por mês 200 unidades e da marca (B) 40 unidades. Qual a razão entre (A) e (B). A 2/ 0/ 0/ 4 = = . A relação é de 4 da marca (A) para 1 da marca (B) ou a marca (A) vende B 5/ 0/ 1 4 vezes mais que a marca B. Resolução: 7.2. Proporção a c = ⇒ a está para b assim como c está para d. b d Propriedade das proporções: a . d = b . c É a igualdade entre duas razões. 7.3. Números e grandezas proporcionais simples e compostas. 7.3.1. Diretamente Proporcionais São diretamente proporcionais quando a razão de cada número da seqüência A (a1, a2, a3...) pela correspondente da seqüência B (b1, b2, b3...) derem origem a uma constante (K). a1 a 2 a3 = = = ... = k b1 b2 b3 No caso de grandezas vale a mesma relação, pois serão diretamente proporcionais se o aumento do valor de uma leva ao aumento proporcional do valor da outra e então as razões de dois valores de uma é igual á razão dos dois valores correspondentes a eles na outra. a1 a 2 a b = ⇒ a1b2 = a 2 b1ou 1 = 1 b1 b2 a 2 b2 Se colocarmos na mesma coluna grandezas de mesma natureza (unidade), então esta montagem é denominada de regra de três simples. No esquema prático, como são grandezas diretamente proporcionais, as setas terão mesmo sentido. 43 Matemática Básica Grandeza( A) ↓ a1 a2 Grandeza( B) ↓ b1 b2 Aula 07 a1 b1 = ou a1b2 = a 2 b1 a 2 b2 Exemplo (1) Calcular x e y se a sucessão dos números (20, x, y) são diretamente proporcionais aos números da sucessão (4, 2, 1). 20 x 20 x y Resolução: = ⇒ 4 x = 2 ⋅ 20 ⇒ 4 x = 40 ⇒ x = 10 = = ⇒ 4 2 4 2 1 20 y = ⇒ 4 y = 20 ⋅ 1 ⇒ y = 5 4 1 Exemplo (2) Cinco metros de um tecido custam R$: 80,00. Quanto custam oito metros? Resolução: Comprimento (m) preço (R$) Comprimento(m) 5 ↓ 8 Preço (R$) 80 ↓ x Setas no mesmo sentido por serem diretamente proporcionais. (quanto maior a compra em metros maior será o preço) 5 80 640 = ⇒ 5 x = 8 ⋅ 80 ⇒ x = ⇒ x = R$ : 128,00 8 x 5 Exemplo (3) Se um pedreiro rebocar 20m2 de parede em 4 dias, quanto pode rebocar em 25 dias? Dias Reboco (m2) 4 20 ↓ ↓ 25 x 4 20 500 = ⇒ 4 x = 20 ⋅ 25 ⇔ x = = 125m 2 25 x 4 Exemplo (4) Se a distância no mapa, medido com a régua, entre duas cidades é de 10cm e a escala do mapa é 1/100000, qual a distância real entre elas? comprimento(mapa) 1 10cm escala = = ⇒ 1 ⋅ x = 100000 ⋅ 10cm ⇒ c = 1000000cm = 10km x comprimento(real ) 100000 7.3.2. Inversamente Proporcionais São inversamente proporcionais quanto à razão de cada número da seqüência A (a1, a2, a3,...) pelo inverso de cada número correspondente da seqüência B(b1, b2, b3...) derem origem a uma constante (k) ou o produto de cada número da seqüência A (a1, a2, a3,...) pelo correspondente da seqüência B(b1, b2, b3...) derem origem a uma constante (k). 44 Matemática Básica Aula 07 a1 a 2 a3 = = = ... = K ⇔ a1b1 = a 2 b2 = a3 b3 = ...k 1 1 1 b1 b2 b3 No caso de grandezas, vale a mesma relação, pois serão inversamente proporcionais se o aumento do valor de uma leva a diminuição proporcional do valor da outra e então as razões dos valores de uma pelo inverso da correspondente é igual a razão da outra pela inversa da correspondente. a1 a 2 = ou a1b1 = a 2 b2 1 1 b1 b2 Se colocarmos na mesma coluna grandezas de mesma natureza (unidade), então esta montagem é denominada de regra de três simples. No esquema prático, como são grandezas inversamente proporcionais, as setas terão sentidos contrários. Grandeza( A) ↓ a1 a2 Grandeza( B) ↑ b1 b2 Para igualar, invertemos a seta da grandeza (B) com seus valores fazendo com que as duas grandezas apontem para o mesmo sentido. ↓ a1 b2 a b ↓ ⇒ 1 = 2 ou a1b1 = a 2 b2 a2 b1 a 2 b1 Exemplo (1) Calcular x e y se a sucessão de números (4, x, y) são inversamente proporcionais aos números da sucessão (9, 12, 36). Resolução: 4 ⋅ 9 = x ⋅ 12 = y ⋅ 36 4 ⋅ 9 = x ⋅ 12 4 ⋅ 9 = y ⋅ 36 36 = x ⋅ 12 36 = y ⋅ 36 x=3 y =1 Exemplo (2) Três torneiras nas mesmas condições enchem um tanque em 90 min. Quantas torneiras de mesma vazão que essas seriam necessárias para encher o mesmo tanque em 54 min? Tempo(m) 90 ↓ 54 nº torneias 3 ↑ x 45 Matemática Básica Aula 07 Setas em sentido contrário por se tratar de grandezas inversamente proporcionais, pois diminuindo o tempo teremos que aumentar o número de torneiras. Invertendo uma das setas para ficarem com mesmo sentido, temos: Tempo(m) 90 ↓ 54 nº torneias 3 ↓ x 90 x = ⇒ 54 x = 90 ⋅ 3 ⇒ x = 5(torneiras ) 54 3 7.3.3. Regra de três compostas com grandezas diretas e inversamente proporcionais. Seguem as mesmas regras já vistas para as regras de três simples com grandezas diretas e inversamente proporcionais. Só que agora uma grandeza varia em dependência com duas ou mais grandezas. Exemplo (1) Dez pessoas, trabalhando 5 dias, 6h por dia produzem 400 peças. Quantas pessoas trabalhando 7dias, 8h por dia produzem 500 peças? Resolução: 1º Passo: Montamos a tabela com as grandezas do mesmo tipo em coluna n º Pessoas n º Dias n º Horas n º Peças 10 5 6 400 x 7 8 500 2º Passo: Colocamos uma seta na coluna da variável sentido qualquer e depois comparamos esta coluna com cada uma das demais colocando seta no mesmo sentido se tratar de grandezas diretamente proporcionais e sentido contrário se tratar de grandezas inversamente proporcionais, sem olhar para os números da coluna. Só pense no comportamento da idéia da coluna. n º Pessoas n º Dias n º Horas n º Peças 10 5 6 400 x 7 8 500 Comentário: Deve-se pensar que (mesmo que os números da tabela não confirmem): Se aumentar o nº de pessoas diminui o número de dias (setas contrárias). Se aumentar o nº de pessoas diminui o número de horas (setas contrárias). Se aumentar o nº de pessoas aumenta o número peças. 3º Passo: Para resolver fazemos todas as setas apontarem no mesmo sentido da coluna da variável (x) 10 7 8 400 ↓ ↓ ↓ ↓ x 5 6 500 46 Matemática Básica Aula 07 4º Passo: A razão da coluna da variável é igualada a razão do produto das demais colunas. 4 10 7 ⋅ 8/ ⋅ 4/ 0/ 0/ = ⇔ Simplificando x 5 ⋅ 6/ ⋅ 3/ 0/ 0/ 3 10 112 450 = ⇒ 112 x = 10 ⋅ 45 ⇒ x = ⇒ x ≅ 4 (aproximadamente 4 pessoas) x 45 112 7.3.4. Porcentagens É uma razão onde o denominador é 100. Esta forma de “pensar” sobre 100 é muito utilizada no nosso quotidiano como taxa de impostos, taxa de juros, taxa previdência, etc. Exemplo (1) 10% de minha produção de soja se perdeu por falta de chuva. 10 10% = ⇒ de cada 100 partes 10 foram perdidas. 100 Exemplo (2) 20% dos alunos tiraram nota superior a 8. 20 20% = ⇒ de cada 100 alunos ou sobre 100 alunos 20 obtiveram nota superior a 8. 100 7.3.4.1. Taxa de Porcentagem (i) Razão centesimal é toda a razão com denominador igual a 100 Exemplo: 2 (razão − centesimal ) = 0,02(taxa − unitária ) = 2%(taxa − percentual ) = i 100 2 = 0,02 = 2% ⇒ (lê-se 2 por centro) e representamos i = 2% ou i=0,02 ou i=2/100. 100 7.3.4.2. Porcentagem Quando aplicamos uma taxa de porcentagem a um dado valor, o resultado obtido também recebe um nome especial: porcentagem. P=i.p P = Porcentagem i = Taxa de porcentagem p = Valor sobre o qual aplicamos uma taxa (valor principal) Exemplo (1) Quanto é 4% de 750. Resolução: 47 Matemática Básica i = 4% = Aula 07 4 = 0,04 100 p = 750 P=? P = i ⋅ p ⇒ 0,04 ⋅ 750 = 30 Podemos também usar regra de três simples. Veja: Taxa ( porcentagem) 100% Porcentagem 750 x 4% 100 750 3000 = ⇒ 100 ⋅ x = 4 ⋅ 750 ⇒ x = ∴ x = 30 4 x 100 Exemplo (2) Quinze por cento do preço de um objeto é R$: 800,00. Qual o preço desse objeto? 15 i = 15% = = 0,15 100 p=? P = 800 P = i ⋅ p ⇒ 800 = 0,15 ⋅ p ⇒ p = Usando regra de três: 800 = R$ : 5333,33 0,15 15% → 800 15 800 ou = 100 x 100% → x 80000 15 ⋅ x = 100 ⋅ 800 ⇒ x = ⇒ x = R$ : 5333,33 15 Exemplo (3) Ao pagar uma dívida no valor de R$: 1800, 00, tive que pagar R$ 130,00 de multa. De quantos por cento foi a multa? Resolução: i=? p = 130 P = 1800,00 P = i ⋅ p ⇒ 130 = i ⋅ 1800 ⇒ i = 130 = 0,072 = 7,2% 1800 Ou regra de três: 1800 → 100% 130 → x 1800 x = 130 ⋅ 100% x = 7,2% 48 Matemática Básica 7.4. Aula 07 Média É a obtenção de um resultado único partindo de uma seqüência de dados com a finalidade de obter uma informação classificatória ou para comparar com outros valores similares. 7.4.1. Média Aritmética Simples Média aritmética simples (XS) é a razão entre a soma dos valores (x1, x2, x3, ...xn) e n (quantidade destes valores). XS = x1 + x 2 + x3 + ...x n n Exemplo: As notas nos (4) bimestres em matemática de um aluno foram: 1º B = 3; 2º B = 5; 3º B = 6 e 4º B = 8. Qual a média aritmética do ano? XS = 3+5+6+8 = 5,5 4 7.4.2. Média Aritmética Ponderada Média aritmética ponderada (XP) é a razão entre a soma do produto dos pesos ( p1 p 2 ,... p n ) pelos seus respectivos valores ( x1 , x 2 ,...x n ) e a soma dos pesos. XP = p1 x1 + p 2 x 2 + ... p n x n p1 + p 2 + ... + p n Exemplo: As notas nos (4) bimestres em matemática de um aluno foram 1º B = 3; 2º B = 5; 3º B = 6 e 4º B = 8. Qual a média aritmética ponderada se os pesos dos bimestres foram: 1º B = 1; 2º B = 2; 3º B = 3; 4º B = 4 XP = 7.4.3. 1 ⋅ 3 + 2 ⋅ 5 + 3 ⋅ 6 + 4 ⋅ 8 63 = = 6,3 1+ 2 + 3 + 4 10 Média Geométrica A média geométrica de (n) números reais positivos é a raiz n-ésima do produto entre esses números, isto é: X G = n x1 ⋅ x 2 ⋅ x3 ...x n 49 Matemática Básica Aula 07 Exemplo (1) A média geométrica entre os números 7, 13, 18, 35 é dada por: X G = 4 7 ⋅ 13 ⋅ 18 ⋅ 35 = 4 57330 = 15,47 Exemplo (2) Qual o retângulo de menor perímetro com área de 64 cm2? a ⋅ b = 64 A média geométrica de a ⋅ b fornece este valor: X G = 64 = 8 ⇒ É o quadrado de lado 8 cujo perímetro vale 32 cm. 50 Matemática Básica Aula 08 8. Operações com Expressões Algébricas e Polinomiais As expressões algébricas contêm parte numérica e parte literal (letras) e são usadas na solução de problemas e demonstrações de fórmulas em todas as áreas do conhecimento quantitativo. Polinômios: As expressões algébricas são denominadas de polinômios quando possuírem só um tipo de variável na forma dos exemplos a seguir: 3 x ⇒ Monômio (um termo) 3x + 2 ⇒ Binômio (dois termos) 2 x 2 + 2 x − 1 ⇒ Trinômio (três termos) 5 x 3 + 2 x 2 − 3 x + 2 ⇒ Polinômio (denominação genérica). 8.1. Adição e subtração de expressões Só podemos operar (juntar) termos semelhantes, isto é, que tem a mesma parte literal com mesmo expoente. semelhantes Exemplo (1) (3xy − y − z ) + (2 x + 4 y − 3 z ) = (3 xy + 2 x + 3 y − 4 z ) semelhantes semelhantes Exemplo (2) (5 xy − x 3 + 4 y ) − (5 + 2 x 3 − 4 z − 6 xy ) = (5 xy − x 3 + 4 y − 5 − 2 x 3 + 4 y + 6 xy ) = 11xy − 3x 3 + 8 y − 5 8.2. semelhantes Multiplicação de Expressões Algébricas Polinomiais e Produtos Notáveis. Multiplicamos parte numérica com parte numérica e parte literal com literal. Exemplo (1) (5 x) ⋅ (−3 y ) = −15 xy Exemplo (2) (3 x − y 2 + 4) ⋅ ( x + 1) = 3 x 2 − xy 2 + 4 x + 3 x − y 2 + 4 ⇒ 3 x 2 − xy 2 + 7 x − y 2 + 4 Exemplo (3) (2 x 3 − 2 x 2 − x − 2) ⋅ ( x 2 − 2) Podemos também usar o algoritmo em colunas. Obs. O (-2) e o (x2) multiplicam cada termo e os resultados são postos em colunas por semelhança para somarmos em seguida. 51 Matemática Básica 3x 3 − 6x3 8.2.1. 3x 5 − x4 − x3 3x 5 − x4 − 7x3 Aula 08 − x2 −x x2 + 2x 2 + 2x + 8 − 4x −4 −2 2 − 2x 2 + 2x + 8 Produtos Notáveis Denominamos de produtos notáveis quando multiplicamos binômios iguais. Veja: 1º ⇒ (a + b) 2 = (a + b) ⋅ (a + b) = a 2 + ab + ba + b 2 = a 2 + 2ab + b 2 2º ⇒ (a − b) ⋅ (a − b) = (a − b)(a − b) = a 2 − 2ab + b 2 3º ⇒ (a + b) ⋅ (a − b) = a 2 − b 2 Desenvolva usando produtos notáveis. Exemplo (1) (3 x + 5 y ) 2 = (3 x) 2 + 2 ⋅ 3 x ⋅ 5 y + (5 y ) 2 = 9 x 2 + 30 xy + 25 y 2 a b a2 2ab b2 Exemplo (2) Usando o 2º produto notável (2 − x) 2 = 2 2 − 2 ⋅ 2 x + x 2 = 4 − 4 x − x 2 a b a2- 2ab + b2 Exemplo (3) Usando o 3º produto notável (−3 + 5 x) ⋅ (3 + 5 x) = (5 x − 3)(5 x + 3) = (5 x) 2 − 3 2 = 25 x 2 − 9 a b a b a2 – b2 52 Matemática Básica 8.3. Aula 08 Divisão de expressões Algébricas e Polinomiais Dividimos número por número e parte algébrica por parte algébrica de cada termo do numerador pelo termo do denominador. Exemplo (1) 1/ 2/ x/ 2 3/ x/ x/ 3 = = 12 x ÷ 4 x = x/ x/ x/ x 4/ x/ 3 2 3 Exemplo (2) (4 x 3 y + 4 x + 8) ÷ 3 x 3 y ⇒ 4x3 y 4x 8 4 4 8 + 2 + 2 = x+ + 2 2 3 xy 3 x y 3x y 3x y 3x y 3 Exemplo (3) (3 x 3 − 3 x 2 − x − 2) ÷ ( x − 2) Podemos também usar o algoritmo, neste caso, para a divisão de polinômios. Lembre: A B ⇔ A = B ⋅C + R R C A = Dividendo B = Divisor C = Quociente R = Resto 12 5 − 10 2 12 = 5 ⋅ 2 + 2 2 3/ x/ 3 − 3/ x/ 3 − 3x 2 − 6x 2 − 9/ x/ 2 + 9/ x/ 2 −x x−2 −2 3 x 2 − 9 x + 17 −x + 18 x 1/ 7/ x/ − 1/ 7/ x/ −2 −2 + 34 A resposta da divisão é 3 x 2 − 9 x + 17 com resto 32 32 Podemos provar que: 3 x 3 − 3 x 2 − x − 2 = (3 x 2 − 9 x + 17) ⋅ ( x − 2) + 32 Divide sempre 1º termo do dividendo pelo 1º do divisor e a resposta que dá no quociente multiplica por cada termo do divisor colocando o resultado de baixo do dividendo com sinal contrário em 53 Matemática Básica Aula 08 colunas semelhantes para somar e retornar ao mesmo procedimento podendo sobrar no final resto diferente de zero. 8.4. Fatoração e Simplificação Sempre que for possível fatorar e simplificar para tornar mais simples uma expressão numérica ou algébrica devemos fazê-lo com os seguintes procedimentos. • Colocando em evidência o que é comum a cada termo (fatoração) • Cancelando fatores do numerador com fatores do denominador da fração que sejam semelhantes (simplificação) • Dividindo numerador e denominador por um mesmo valor (simplificação) • Juntando (adição e subtração) termos semelhantes (fatoração) Fatore e ou simplifique as expressões a seguir sempre que for possível. Exemplo (1) 3 xy 2 − 6 xy yx 2 − y 1º) Colocando em evidência (3xy) no numerador por serem comuns a cada termo e (y) do denominador por ser comum a cada termo. 3 xy ( y − 2) y ( x 2 − 1) 2º) Dividimos cada termo dado inicialmente pela parte posta em evidência. Vejamos. 6/ x/ y/ 3/ x/ y 2/ =y =2 3/ x/ y/ 3/ x/ y/ Veja denominador y/ x 2 y = x2 =1 y/ y 3º) Simplificamos (y) (parte comum em evidência do numerador e denominador) e obtemos a resposta 3 xy/ ( y − 2) y/ ( x 2 − 1) 3 x( y − 2) x2 −1 Exemplo (2) 54 Matemática Básica Aula 08 1 2 2 2 16a − ⇒ (Fatoramos) lembrando o produto notável (a + b) ⋅ (a − b) = a − b . É só extrair a 9 raiz para obter os valores anteriores. 16a 2 = 4a 1 1 = 9 3 Logo: 16a 2 − 1 1 1 = 4a + ⋅ 4a − 9 3 3 Exemplo (3) x 2 − 8 x + 16 ⇒ vem de um produto notável do tipo: (a − b) ⋅ (a − b) = (a − b) 2 = a 2 − 2ab + b . Para achar a e b é só extrair a raiz de x2 e 16. x2 = x 16 = 4 Logo: x 2 − 8 x + 16 = ( x − 4) ⋅ ( x − 4) Exemplo (4) x2 − 9 ⇒ Fatorando numerador e denominador com os produtos notáveis temos: x 2 − 6x + 9 x 2 − 9 = ( x + 3) ⋅ ( x − 3) x 2 − 6 x + 9 = ( x − 3) ⋅ ( x − 3) x2 = x 9 =3 Logo: x2 − 9 ( x + 3)( x − 3) x + 3 = = 2 x − 6 x + 9 ( x − 3)( x − 3) x − 3 Exemplo (5) Cuidado nas simplificações numéricas. • Nas adições e subtrações, todos os termos do numerador devem ser simplificados com o denominador, pois equivale a pôr em evidencia. Veja: 20 x + 40 y 20( x + 2 y ) = 4 x + 8 y pois = 4( x + 2 y ) = 4 x + 8 y 5 5 • Na multiplicação e divisão, é um fator do numerador com um do denominador. Veja: 20 x ⋅ 40 y 4 x ⋅ 40 y = = 160 xy 5/ 1 55 Matemática Básica 20 x ÷ (4 − 12 y ) = Aula 08 20 x 5x 20 5 pois: = = 4 − 12 y 1 − 3 y 4(1 − 3 y ) (1 − 3 y ) 56 Matemática Básica Aula 09 9. Trigonometria e Relações Métricas no Triângulo Retângulo A trigonometria básica do triângulo é uma das partes da matemática mais antiga e aplicada pelos povos antigos em suas construções de pirâmides, cálculos de distâncias, alturas, topografia, etc. Estudaremos aqui só as relações métricas e trigonométricas do triangulo retângulo. 9.1. Relações Trigonométricas (Relações lados - ângulos) c a α b α ⇒ ângulo(alfa ) sen 2α + cos 2 α = 1 senα tgα = cos α seno ⇒ seno cos seno ⇒ cos tan gente ⇒ tg a c a ⇒ cateto oposto ao ângulo (α ) c ⇒ hipotenusa b cos α = c b ⇒ cateto adjacente ao ângulo (α ) c ⇒ hipotenusa a tgα = b a ⇒ cateto oposto ao ângulo (α ) b ⇒ cateto adjacente ao ângulo (α ) Exemplo: Calcular o seno, cosseno e tangente do ângulo ( α ) e comprovar as demais relações. senα = 5 3 α 4 57 Matemática Básica Aula 09 3 = 0,6 5 4 cos α = = 0,8 5 3 tgα = = 0,75 4 2 sen α + cos 2 α = 1 senα = 2 2 9 16 3 4 + =1 + =1⇒ 25 25 5 5 senα tgα = cos α 3 3 5 3 5/ 3 = = ⋅ = = 0,75 4 4 5/ 4 4 5 O ângulo α vale 36,86989765º, usando sen-1 (0,6) na calculadora podemos obter este valor. sen 36,86989765º= 0,6 cos 36,86989765º=0,8 tg 36,86989765º=0,75 9.2. Relações Métricas Pitágoras A soma dos quadrados dos catetos (a2 + b2) é igual ao quadrado da hipotenusa (c2) a2 + b2 = c2 Relações secundárias a2 + b2 = c2 c m 2 a = c⋅m b2 = c ⋅ n n 2 h = m⋅n c = m+n a ⋅b = c ⋅h a h α b 58 Matemática Básica Aula 09 Exemplo: Conferir as relações métricas do triângulo retângulo. m a=3 n h c=5 α b=4 3 2 + 4 2 = 5 2 ⇒ 9 + 16 = 25 9 5 16 b2 = c ⋅ n ⇒ 42 = 5 ⋅ n ⇒ n = 5 a 2 = c ⋅ m ⇒ 32 = 5 ⋅ m ⇒ m = h2 = m ⋅ n ⇒ h = m ⋅ n = m + n = c 9 + 16 = 25 = 5 5 5 5 9 16 3 ⋅ 4 12 ⋅ = = = 2,4 5 5 5 5 a ⋅ b = c ⋅ h ⇒ 3 ⋅ 4 = 5 ⋅ 2,4 ⇒ 12 = 12 59 Matemática Básica Aula 10 10.Medidas e Grandezas Físicas – Propriedades e Operações 10.1. Grandezas Físicas Grandezas físicas (físicas, químicas, biológicas, etc) são todas as grandezas que podemos medir ou contar e que para tal tem instrumentos de medição e contagem e um significado físico padrão também denominado de unidade. 10.2. Fenômenos Físicos O homem observa os fenômenos para descobrir as leis que os regem. As descobertas científicas se traduzem em aplicações tecnológicas como o avião, o carro, o telefone celular, etc. 10.3. Medição A medição é a operação pela qual associamos um número a uma grandeza física. Ex: massa de uma porção de ouro, m = 3 kg, medida com a balança. 10.4. Sistemas de Unidades Sistema Internacional (SI) – grandezas fundamentais da física. Uma unidade física é um padrão de comparação. O sistema internacional de medidas (SI) também é denominado MKS (metro-kilograma segundo) que constituem as grandezas fundamentais da mecânica. Existem, ainda, dois outros sistemas em uso, veja a seguir. Unidades e subunidades 1 tonelada = 1t = 1.000 kg tempo: 1h = 60 min = 3.600s Exemplos: 1 km = 1.000 m 1 kg = 1.000 g 8 h = 28.800 s 5,80 m = 580 cm 61 Matemática Básica Aula 10 600 g = 0,6 kg 1 mm = 0,001 m 1 m3 = 1.000 dm3 = 1.000 2 km2 = 2.000.000 m2 500 = 0,5 m3 36 km 3.600m m = = 10 h 3.600 s s 10.5. Fatores que interferem na medição É impossível medir uma grandeza física com precisão absoluta devido a fatores como incompetência e desatenção do medidor, imperfeições do aparelho, grau de precisão do instrumento, etc. Fenômenos como dilatações, temperatura, umidade do ar e outros interferem no valor da medida. 10.6. Precisão de um Instrumento de Medida A precisão de um instrumento de medida corresponde à menor divisão do instrumento. Ex.: uma régua graduada em milímetros tem precisão de milímetros e uma balança graduada em dg (decigrama) tem precisão de decigrama. 10.7. Algarismo significativo É todo o algarismo relacionado com a medição e o instrumento utilizado. Os algarismos corretos e o primeiro algarismo duvidoso, isto é, que vai além da menor divisão oferecida pelo instrumento, são chamados de algarismos significativos. Exemplo: Em uma régua cuja menor divisão é o milímetro, deve-se obter medidas até décimos de mm. Assim, por exemplo, ao se medir o comprimento de um lápis com esta régua podemos obter valores como: 15,32 cm duvidoso em décimos de mm (vai além do instrumento) precisão do instrumento em (mm) 10.8. Arredondamentos Os valores das grandezas são arredondados para manter o número de algarismos significativos da medição. Assim, o procedimento mais simples utilizado é o seguinte: se o algarismo imediatamente à direita do último algarismo a ser conservado for inferior a 5, suprimimos o algarismo e todos os subseqüentes a ele, e o anterior fica como está; se for igual ou superior a 5, o anterior é aumentado de uma unidade. 62 Matemática Básica Aula 10 Ex.: se desejamos uma precisão de duas casas decimais, fazemos: 20,345 cm = 20,35 cm. 20,3449 cm = 20, 34 cm. 10.8.1. Operações com Algarismos Significativos 10.8.1.1. Adição e Subtração O resultado deverá ter o número de casas decimais da parcela que menos os tiver: Exemplos: a) 125,12 cm → 2 casas + 40,3 cm 165,42 165,4 cm b) c) → 1 casa → 1 casa 8,389 m + 0,40 m 8,789 m 8,79 m → 3 casas → 2 casas 7,49 kg – 3,2 kg 4,29 kg 4,3 kg → 2 casas → 1 casa 10.8.1.2. → 2 casas → 1 casa Multiplicação e Divisão: O resultado deverá ter o número de algarismos significativos do fator que menos os tiver. Exemplos: 2 a) 15 , 42cm ⋅ 3 ,2 cm = 49,3/ 4/ 4/ cm 2 → 49 cm 2 sign . 2 sign . 4 signif . 2 b) 4 , 378 ,41m = 1,816/ 5975m → 1 ,82m m ÷ 2 4 signif . 2 sign . 3 sign . 10.9. Notação Científica Notação científica de uma grandeza física é escrever este valor num produto de dois fatores, onde o 1° é um número situado entre 1 e 10 e o 2° é uma potência de 10. Ex.: 0,0003s = 3,0 . 10-4s. 63 Matemática Básica Aula 10 1231m = 1,231 . 103m. 0,0021g = 2,1 . 10-3g. carga elétrica elementar 1,6 . 10-19 coucomb Ano-luz 9,46 . 1015 metros. N° de Avogadro 6,02 . 1023 Massa da Terra 5,983 . 1024 quilogramas. Operações: Adição: 2⋅107 + 23⋅106 = 2⋅107 + 2,3⋅107 = 4,3⋅107 Subtração: 4⋅108 – 4⋅107 = 4⋅108 – 0,4⋅108 = 3,6⋅108 Multiplicação: (2.103).(4.106)=8.109 4 ⋅10 7 7 3 Divisão: 4 ⋅10 ÷ 2 ⋅10 = = 2 ⋅10 4 3 2 ⋅10 10.10. Ordem de grandeza. É a potência de dez mais próxima do valor da medida. Para facilitar a obtenção da ordem de grandeza de um número adotamos os seguintes passos: 1º passo: escrevemos o número em notação cientifica. 2º passo: se o número que multiplica a potência de dez for igual ou superior a 5,5, isto gera 1 10 que vai se juntar à potência já existente. Caso for inferior a 5,5, gera 100 que não vai alterar a potência anterior. Ex.: 822 8,22 · 102 101 · 102 103 110 1,10 · 102 100 · 102 102 2,5 · 104 100 · 106 106 5,8 · 106 101 · 106 107 0,0055 5,5 · 10-3 101 · 10-3 10-2 10.11. Grandezas Físicas É toda a grandeza que podemos medir. 10.11.1. Grandezas Escalares são as que ficam bem definidas quando expressas por: – um número – um significado físico (unidade) Ex.: 3kg, 2 s significado físico número 10.11.2. Grandezas Vetoriais são as que ficam bem definidas quando expressas por: – um número – um significado físico (unidade) 64 Matemática Básica Aula 10 – uma orientação (direção e sentido que é dado por uma flecha que denominamos de vetor.) Ex.: 3 → número (intensidade) N → Newton (unidade de força) direção: horizontal sentido: para direita 10.11.2.1. Operações com grandezas vetoriais 10.11.2.1.1. Adição S = V1 + V2 ou R = V1 + V2 Seja a soma dos vetores V1 e V2 Vejamos três métodos para determinar o vetor resultante. 10.11.2.1.1.1. Regra da poligonal Os vetores são postos um após o outro. 2 2 R = V1 + V2 − 2V1V2 cos α R = 4 2 + 32 − 2 ⋅ 4 ⋅ 3 cos120° R = 16 + 9 + 12 = 37 ≅ 6,08 65 Matemática Básica Aula 10 10.11.2.1.1.2. Regra do paralelogramo Os vetores têm a mesma origem. θ = 60º 2 2 R = V1 + V2 + 2V1V2 cosθ R = 4 2 + 32 + 2 ⋅ 4 ⋅ 3 cos 60° R = 6,08 10.11.2.1.1.3. Regra da decomposição cartesiana V2x = V2 cos 60º = 3 . 0,5 = 1,5 V2y = V2 sen 60º = 3 . 0,866 = 2,598 Note que: V2 = 3 foi projetado sobre o eixo x e sobre o eixo y, já o vetor V1 = 4 já está sobre o eixo ou seja, já se encontra projetado onde: V1x = V1 = 4 (sobre o eixo x) V1y = 0 (sobre o eixo y) Logo: 66 Matemática Básica Aula 10 Rx = V2x + V1 = 1,5 + 4 = 5,5 resultante sobre o eixo x Ry = V2y = 2,598 resultante sobre o eixo y 2 R = Rx + R y 2 R = (5,5) 2 + (2,598) 2 R = 30,25 + 6,7496 R = 36,9996 ≅ 6,08 10.11.2.1.2. Subtração ou Diferença D = V1 − V2 Procede-se como na adição, bastando inverter o vetor. Veja: 10.11.2.1.2.1. Regra da poligonal 2 2 D = V1 + V2 − 2V1V2 cosθ D = 4 2 + 32 − 2 ⋅ 4 ⋅ 3 cos 60° D = 25 − 12 = 13 ≅ 3,61 10.11.2.1.2.2. 2 Regra do paralelogramo 2 D = V1 + V2 + 2V1V2 cos120° D = 4 2 + 32 + 2 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ (−0,5) D =≅ 3,61 ou 67 Matemática Básica 2 Aula 10 2 D = V1 + V2 − 2V1V2 cos 60° D = 4 2 + 32 − 2 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 0,5 D ≅ 3,61 10.11.2.1.2.3. Regra da Decomposição Cartesiana V2x = –V2 cos 60º = –3.0,5 = –1,5 V2y = –V2 sen 60º = –3.0,866 = –2,598 Rx = V1 + V2y = 4 – 1,5 = 2,5 Ry = V2y = –2,598 2 D = Rx + R y 2 D = 6,25 + 6,7496 D = 12,9996 D ≅ 3,61 68