Entendendo A Dexametasona e Outros Esteroides Índice Introdução 5 O que é a Dexametasona e como ela atua? 5 Doses e Esquemas de doses usadas no tratamento com esteroides 8 Quais são os possíveis efeitos secundários da Dexametasona? 10 Pode-se ministrar a Dexametasona com outras drogas? 20 Como se administra a Dexametasona e existem algumas considerações especiais que precisam ser levadas em conta quando se administra a Dexametasona? 22 Utilizam-se outros corticóides para o tratamento do Mieloma Múltiplo? 23 Sobre a IMF 24 Glossario 27 4 Introdução Você está recebendo este livreto para conhecer mais sobre uma droga chamada Dexametasona, assim como outras drogas que pertencem a mesma classe que ela: os corticoides adrenais (prednisona, prednisolona e metilprednisolona). Estas drogas são usadas para tratar o Mieloma Múltiplo. Depois de ler este manual, você saberá o seguinte: n O que é a dexametasona n Como a dexametasona funciona n Os possíveis efeitos secundários da dexametasona n Como se administra a dexametasona n Os mesmos detalhes sobre outros corticoi- des adrenais que são utilizados no tratamento do mieloma múltiplo Este livreto tem somente a finalidade de fornecer informações gerais. Ele não substitui a orientação do seu médico. Seu médico é quem pode responder sobre seu plano de tratamento específico. O que é a Dexametasona e como ela atua? A dexametasona (nomes comerciais: Decadron, Dexasone, Diodex, Hexadrol e Maxidrex) é um dos medicamentos utilizado no tratamento do mieloma múltiplo. É um esteroide adrenocortical sintético. Os esteroides adrenocorticais também conhecidos como glicocorticóides 5 ou corticóides, são naturalmente produzidos pelas glândulas adrenais do nosso organismo. Para evitar confusões, todos esses compostos serão chamados de esteróides neste livreto. As glândulas adrenais produzem hormônios e esteróides. Os esteróides influenciam em algumas ações dos diferentes sistemas do organismo. Trabalham regulando os carboidratos, proteínas e gorduras. Também inibem a inflamação assim como as respostas alérgicas e do sistema imune normal. As versões sintéticas podem imitar as ações dos naturais ou compensar em algumas situações como quando a quantidade de produção natural das glândulas adrenais não é suficiente. A dexametasona, um esteróide sintético, está disponível em diferentes formas: em injeção, em cápsulas de administração oral, em solução para tratar infecções oculares, em sprays nasais, em forma tópica - gel, creme ou spray. A injeção e as cápsulas são usadas para o tratamento do mieloma múltiplo. A dexametasona é usada para o tratamento de uma grande variedade de doenças: n Doenças endócrinas, incluindo situações nas quais as glândulas adrenais, por diferentes motivos, não produzem esteroides suficientes (insuficiência adrenocortical e hiperplasia adrenal); Tireoides (inflamação da glândula da tireoide); ou Hipercalcemia (níveis anormais elevados de cálcio produzidos pelo câncer) n Doenças reumáticas, incluindo vários tipos de artrites; espondilite anquilosante (inflamação da coluna vertebral e articulações 6 sacroelíticas); Lúpus Eritematoso Sistêmico (lúpus); e Esclerodermia. n Doenças Dermatológicas, incluindo alguns tipos de erupções, enrijecimento da pele e micoses/fungos n Estados Alérgicos, incluindo asma, dermatites, hipersensibilidade a medicamentos, alergias perenes, alergias permanentes e doença do soro n Doenças Oculares, incluindo um grande número de situações que produzem enrijecimento, inchaço, inflamação dos olhos e áreas ao redor dos olhos n Doenças Gastrointestinais, tais como, enterites (inflamação do intestino delgado) e colites (inflamação do intestino grosso) n Doenças Respiratórias, incluindo asma, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), alguns tipos de pneumonia e sarcoidoses (inflamação de gânglios) n Doenças Hematológicas, incluindo alguns tipos de anemia, purpura e trombocitopenia (níveis baixos de plaquetas no sangue) n Doenças Neoplásicas, incluindo alguns tipos de leucemia, linfoma e mieloma. A dexametasona e outros esteroides, particularmente a prednisona, prednisolona e metilprednisolona, tem várias indicações no tratamento do câncer. Elas inibem certas ações do sistema imunológico e também inibem citoquinas, que são substâncias químicas do corpo que controlam a inflamação. Suas funções anti-inflamatórias podem atuar detendo 7 a inflamação ao redor dos tumores (especialmente na coluna vertebral, cérebro e osso). Também diminuem a dor e outros sintomas produzidos por tumores quando há compressão dos nervos adjacentes. A dexametasona também pode alterar as respostas normais do sistema imunológico, assim é útil no tratamento de determinadas doenças que afetam o sistema imunológico, como certos tipos de anemia (anemia aplásica e hemolítica), a trombocitopenia e a purpura. A dexametasona é administrada com outras drogas, tais como a vincristina, doxurrubicina, Velcade, Revlimid e talidomida para o tratamento do mieloma múltiplo. Sabe-se que os esteroides podem aumentar a capacidade de outras drogas quimioterápicas ou imunomoduladoras de destruir as células do mieloma. Na verdade, a dexametasona e outros esteroides, às vezes, são usados sozinhos para o tratamento do mieloma. A dexametasona utilizada como agente único, administrada em altas doses, é a opção mais eficaz como agente único. Doses e Esquemas de doses usadas no tratamento com esteroides Tratamento inicial ou de primeira linha A dexametasona é administrada em combinação com outras drogas como talidomida, lenalidomida (Revlimid) ou bortezomibe como tratamento de primeira linha para o mieloma. 8 Frequentemente, é administrada via oral em pulsos de quatro dias (exemplo: 40 mg por 4 dias seguidos, com um numero variável de dias de descanso até o próximo pulso: 4 dias com/4 dias sem; 4 dias com/10 dias sem). Alguns hematologistas/oncologistas prescrevem a dexametasona em ciclos administrados semanalmente, com uma dose mais baixa que 40 mg. Você e seu médico devem discutir para encontrar um esquema de dose que seja melhor tolerado e apropriado para o tratamento do seu mieloma múltiplo. Tratamento de manutenção O esteroide mais usado na manutenção do mieloma múltiplo é a prednisona. É administrada via oral, com doses de 50 mg em dias alternados. Como a dexametasona, as doses de prednisona podem ser reduzidas. O objetivo é determinar uma dose que mantenha a resposta ao tratamento, sem produzir 9 efeitos secundários que possam comprometer a qualidade de vida do paciente. Você e seu médico devem discutir para encontrar um esquema de dose que seja melhor tolerado e apropriado para o tratamento do seu mieloma múltiplo. Tratamento de resgate em recaídas/recidivas A dexametasona é frequentemente utilizada nessa situação. As doses e esquemas de uso são iguais aos já mencionados em tratamento de primeira linha. Quais são os possíveis efeitos secundários da Dexametasona? Como ocorre com qualquer medicamento, o uso de dexametasona pode produzir alguns efeitos secundários indesejáveis. Alguns pacientes não apresentam nenhum efeito secundário. Existem certas precauções que pacientes e profissionais da saúde devem tomar para reduzir ou evitar a aparição de efeitos secundários. Membros da equipe multidisciplinar de tratamento podem dar mais informação e mais detalhes sobre os possíveis efeitos secundários. Esses também podem lhe dar recomendações sobre manejo e gerenciamento dos efeitos secundários. A possibilidade de apresentar efeitos secundários causados por esteróides, incluindo a dexametasona, aumentam com a duração do tratamento e com a dose utilizada. Em outras palavras, quanto mais longo 10 o tratamento e maior forem as doses utilizadas, maiores são as possibilidades de apresentar efeitos secundários. A maioria desses efeitos secundários são reversíveis e desaparecem no final do tratamento. Converse com seu médico se apresentar algum efeito secundário ou se houver duvidas na utilização de esteroides, mas você não deve suspender ou reduzir as doses sem autorização do seu médico. Abaixo, estão alguns dos efeitos colaterais mais comuns e/ou mais sérios. Infecções Como os esteroides impedem que os leucócitos viagem até os locais onde há infecção, as infecções podem piorar ou podem surgir novas infecções. Um efeito paradoxal é que o nível de leucócitos no sangue aumenta, isso porque os leucócitos não estão indo do sangue para os tecidos infectados. Qualquer uma das drogas que inibe as respostas do sistema imunológico pode fazer com que uma pessoa fique mais 11 susceptível às infecções. Os esteroides podem atuar mascarando os sinais que são produzidos quando há uma infecção. Também podem diminuir a capacidade que o corpo tem de frear o inicio de uma nova infecção. Os pacientes que estão tomando esteroides, incluindo dexametasona, tem um risco aumentado para todo tipo de infecções (bacterianas, virais ou fúngicas). Prevenção e tratamento das infecções Os esteroides, incluindo a dexametasona, não devem ser administrados a um paciente com uma infecção conhecida, mas existem algumas situações onde a utilização dos esteroides pode ser importante ou necessária durante 12 o tempo que a infecção está ativa e sendo tratada com antibióticos adequados. A qualquer sinal de uma infecção, o paciente deve consultar a equipe que o atende. Os pacientes que não tenham contraído a varicela ou sarampo devem ter cuidado especial para evitar esta exposição. Se você contraiu e desenvolveu uma dessas doenças, deve avisar a equipe que o atende. Os pacientes que estão tomando dexametasona ou algum outro esteróide, devem evitar ser vacinados. Existem certos tipos de vacinas que podem ser administradas se realmente necessário. Consulte a equipe que o atende antes de receber qualquer tipo de vacina. Alterações cardíacas e retenção de líquidos O uso de dexametasona e outros esteroides pode produzir elevação da pressão arterial, retenção de sal e água, e aumento da excreção de potássio e cálcio. Essas mudanças ocorrem com frequência quando as drogas são administradas em altas doses. A retenção de sal pode produzir edemas ou inchaços. Você pode notar inchaço nos tornozelos e pés. A retenção de líquidos e a perda de potássio podem ser um problema em pacientes cardiopatas, especialmente se constatada insuficiência cardíaca e hipertensão. Prevenção e tratamento das alterações cardíacas e retenção de líquidos Podem ser necessárias mudanças na dieta. Você pode ter que restringir a ingestão de sal e tomar suplementos para repor a perda de potássio e cálcio. Fale com a sua equipe de 13 tratamento para estar seguro quanto à dieta adequada e os suplementos apropriados. Efeitos dermatológicos Os pacientes que tomam dexametasona e outros esteroides podem notar que suas feridas demoram mais tempo que o habitual para cicatrizar. Os pacientes também podem apresentar acne e outras erupções. Alguns pacientes também podem notar um aumento da sudorese durante o tratamento. Prevenção e tratamento dos efeitos dermatológicos Deve-se ter muito cuidado quando há um corte ou arranhão. A higiene apropriada é muito importante; lave qualquer ferida e mantenha a área sempre limpa. Se você notar que um corte ou arranhão não cicatriza em tempo 14 apropriado, deve falar com a equipe que o atende. Não use nenhum produto sem receita médica para tratar as feridas sem antes consultar a equipe que lhe atende. Efeitos endócrinos Os esteroides, incluindo a dexametasona, podem interferir nas vias de metabolismo dos carboidratos e produzir elevação dos níveis de glicose no sangue. Isto é especialmente importante para os pacientes diabéticos. Os pacientes com diabetes conhecida podem tomar esteroides, mas um tratamento adicional, incluindo tratamento com insulina, pode ser necessário para controlar os níveis de glicose no sangue. Os esteroides também podem causar irregularidades no ciclo menstrual. Prevenção e tratamento dos efeitos endócrinos Os pacientes diabéticos podem ter que monitorar os níveis de glicose no sangue com mais frequência. Esses pacientes podem necessitar de ajustes nas doses de insulina ou na medicação que estiverem tomando para o diabetes. Essa decisão precisa ser tratada com a equipe que o atende. Se você tem diabetes, converse com seu médico. Os pacientes com idade fértil devem ser avisados que os efeitos da dexametasona e outros esteroides sobre a gravidez não são conhecidos. As mulheres, especialmente aquelas com irregularidades no ciclo menstrual, devem manter em dia as precauções para não engravidarem. Efeitos gastrointestinais Os esteroides podem produzir vários efeitos 15 sobre o trato intestinal. Aumentam o risco de perfurações gastrointestinais. Os pacientes com úlceras pépticas, diverticulite e colite ulcerosa devem utilizar os esteroides minimizando ao máximo o risco de perfurações gastrointestinais. Por esse motivo, alguns médicos recomendam o tratamento com antiácidos para esse grupo de pacientes. Outros possíveis efeitos colaterais gastrointestinais que são observados durante o tratamento com dexametasona ou outros esteroides são: plenitude gástrica (distensão abdominal), náuseas, vômitos, soluço e queimação no estomago. Também pode ocorrer aumento de apetite. Prevenção e tratamento dos efeitos gastrointestinais Para evitar ou minimizar a irritação gastrointestinal, a dexametasona deverá ser ingerida durante as refeições ou imediatamente depois das mesmas. Bebidas alcoólicas devem ser evitadas. Deve-se também limitar o consumo de alimentos que contenham cafeína (coca-cola, café, chá e chocolate). Comer em pequenas quantidades e frequentemente, pode ajudar a controlar as náuseas. Tomar antiácidos entre as refeições pode ser útil, mas sua utilização deve ser aprovada pelo médico que o atende. O tratamento para soluço persistente pode precisar de prescrições de medicamento como: Clorpromazina ou Prometazina. Se você apresentar qualquer alteração gastrointestinal enquanto estiver tomando dexametasona, deve imediatamente comunicar à equipe que lhe atende. 16 Efeitos gerais O uso de esteroides, incluindo a dexametasona, pode causar o aumento de peso. Prevenção e tratamento do ganho de peso Durante o tratamento com esteroides, podese esperar ganho de peso. A dexametasona e os outros esteroides tendem a aumentar o apetite. Os pacientes necessitam controlar a ingestão de alimentos calóricos. Durante o tratamento com esteroides, a ingestão de carboidratos se faz útil. A variação de peso é de 2.25kg no período de 1 ou 2 dias durante os pulsos de dexametasona e outros esteroides. Se isso ocorrer, você deve se comunicar, imediatamente, com a equipe que o atende. Alguns pacientes também podem apresentar rouquidão durante vários dias. Geralmente, esse efeito secundário desaparece, mas sua duração varia de paciente para paciente. Descansar a voz ajuda a amenizar o efeito. Efeitos músculo-esqueléticos Como os esteroides diminuem a absorção de 17 cálcio e aumentam sua excreção, os ossos são afetados. Esses efeitos podem produzir dor e osteoporose em adultos. Os pacientes com maior risco de osteoporose, especialmente mulheres pós menopausa, devem tomar precauções quando do tratamento com altas doses de esteroide por um longo período. Os pacientes podem apresentar dores musculares devido à perda de potássio. Prevenção e tratamento dos efeitos músculo-esqueléticos O paciente pode tomar suplementos para repor o cálcio ou potássio, quando prescritos pela equipe médica. Também pode aumentar os níveis de cálcio no organismo com refeições que tenham alto índice de cálcio. Alimentos como leite, queijo, iogurte e outros derivados de leite, e alguns vegetais, são ricos em cálcio. As bananas e outras frutas e vegetais, são boas fontes de potássio. 18 Alguns pacientes com mieloma múltiplo usam bisfosfonatos para tratamento de doença óssea relacionada ao mieloma. Esse tratamento com bisfosfonatos também combate os efeitos negativos dos esteroides nos ossos. Efeitos oftalmológicos O tratamento prolongado com esteroides pode produzir: cataratas, elevação da pressão ocular, que é responsável pelo glaucoma, dano do nervo ótico e infecções oculares. Prevenção e tratamento dos efeitos oftalmológicos Faça regularmente uma revisão de seus olhos. Qualquer mudança na visão deverá ser comunicada à equipe que lhe atende. Efeitos psiquiátricos e neurológicos Os esteroides podem produzir irritabilidade, mudanças bruscas de humor, mudanças de personalidade ou severa depressão. Também podem produzir insônia. A instabilidade emocional ou tendências psicóticas pré-existentes, podem agravar-se e piorar durante o tratamento com esteroides. Os pacientes também tem comunicado cefaléias e vertigem durante o tratamento com dexametasona. Prevenção e tratamento dos efeitos psiquiátricos e neurológicos Você deve entrar em contato com alguém da equipe que o atende caso experimente qualquer alteração ou efeito de sua personalidade como os descritos. É importante informar a família e o cuidador sobre os efeitos psiquiátricos e neurológicos. Se você apresenta problemas para dormir, também pode 19 ser necessário uma intervenção da equipe que o atende. O tratamento com a dexametasona não deve interferir no seu sono. Reações alérgicas As reações alérgicas ou de hipersensibilidade aos esteroides podem ocorrer em pacientes susceptíveis ou alérgicos a essas drogas. As reações alérgicas podem incluir dificuldade para respirar, para engolir e inflamação dos lábios e da língua. Essas reações são consideradas raras. Prevenção e tratamento das reações alérgicas Os pacientes que apresentam uma história relacionada a alergias a medicamentos devem dobrar a atenção e avisar imediatamente a equipe responsável pelo tratamento. Pode-se ministrar a Dexametasona com outras drogas? As interações com outros medicamentos são possíveis no tratamento com dexametasona. Os pacientes com mieloma múltiplo, geralmente, precisam tomar determinados medicamentos tanto para tratar a doença já existente, quanto para tratar outras doenças que podem aparecer. As possibilidades de interação aumentam quando se tomam vários medicamentos. Na continuação, aparece uma lista de alguns medicamentos (não todos) ou classes de medicamentos que podem interagir com a dexametasona. Essas interações podem aumentar ou diminuir as ações de alguns 20 desses medicamentos. Por isso, é muito importante comunicar à equipe que o atende sobre a prescrição de outros medicamentos, assim como ervas e vitaminas que já esteja tomando. Drogas que podem interagir com a dexametasona e outros esteroides n A anfotericina B (antifúngico) e diuréticos que afetam os níveis de potássio tais como amilorida, Espironolactona e Triamtereno (Triamterene) n Antibióticos, tais como eritromicina, claritro- micina, rifanpicina e azitromicina n Anticoagulantes, como a varfarina e aspirina n Barbitúricos, como o amobarbital, butalbital, pentobarbital e secobarbital n Medicamentos para o diabetes, como insu- lina, glibenclamida e metformina n O imunossupressor ciclosporina; o medi- camento para insuficiência cardíaca digitalis; enfedrina, um composto utilizado para perda de peso n Medicamentos que contenham estrogênios, incluindo contraceptivos orais e produtos para tratamento de reposição hormonal n Anti-inflamatorios não esteroides, inclu- indo aspirina, ibuprofeno, naproxeno e indometacina n O anticonvulsivante fenitoína. 21 Como se administra a Dexametasona e o que precisa ser levado em conta quando se administra a Dexametasona? A dexametasona, geralmente, é administrada através de infusão intravenosa ou via oral. A quantidade de dexametasona administrada aos pacientes com mieloma múltiplo depende de muitos fatores. Se existe o objetivo de reduzir a possibilidade de que o paciente apresente efeitos secundários, será utilizada uma dose mínima necessária de dexametasona. As doses de dexametasona serão prescritas pelo médico e sua equipe, sendo que individualizadas para cada paciente. 22 A dexametasona pode irritar o estômago, mas quando ingerida com alimentos esse efeito pode ser reduzido. Bebidas alcoólicas devem ser evitadas. O uso de dexametasona junto com bebidas alcoólicas pode irritar ainda mais o estômago. Como ocorre com outros glucocorticóides, o tratamento com dexametasona não pode ser suspenso bruscamente. É necessário diminuir as doses gradativamente. A suspensão brusca pode produzir sintomas de provação de corticóides. Seu médico orientará como você deve tomar dexametasona para minimizar os possíveis efeitos secundários. Utilizam-se outros Corticoides para o tratamento do Mieloma Multiplo? A dexametasona frequentemente é utilizada com outros corticoides para o tratamento do mieloma múltiplo: n Prednisona; n Prednisolona; n Metilprednisolona. Como todas essas drogas pertencem à mesma classe – glucocorticóides – podem atuar de maneira similar e podem ser usadas do mesmo modo para tratar diversas doenças. Como os mecanismos de ação são similares, os efeitos secundários e as precauções são as mesmas. Resultados de ensaios clínicos demonstram que essas drogas são igualmente efetivas no 23 tratamento do mieloma múltiplo. O uso, os efeitos secundários, as precauções e considerações descritas previamente para a dexametasona são iguais para toda a classe de corticóides, incluindo os glucocorticóides. A prednisolona é um metabolito da prednisona. A metilprednisolona tem estrutura similar à prednisona e prednisolona, sendo que parece ser menos tóxica e está associada com menor retenção de sódio e de líquidos que a prednisolona. A escolha do medicamento deve ser discutida com a equipe médica, para saber qual será o mais apropriado no seu tratamento. Como a dexametasona, a dose de glucocorticóides utilizada será a mais baixa possível com o intuito de produzir a resposta desejada, evitando ou minimizando os efeitos secundários. Para mais informações sobre o mieloma múltiplo e as opções de tratamento, entre em contato com a IMF. Sobre a IMF “O Uma pessoa pode fazer a diferença. Duas podem fazer um milagre” Brian D. Novis Fundador da IMF O mieloma é um câncer da medula óssea pouco conhecido, complexo, que freqüentemente é sub-diagnosticado, que ataca e destrói o osso. O mieloma afeta aproximadamente 24 75.000 a 100.000 pessoas nos Estados Unidos, com mais de 20.000 casos novos diagnosticados a cada ano. Enquanto não existe cura conhecida para o mieloma, médicos tem muitas formas de ajudar os pacientes com mieloma a viver mais e melhor. A International Myeloma Foundation (IMF) foi fundada em 1990 por Brian e Susie Novis logo após o diagnóstico do mieloma de Brian aos 33 anos de idade. O sonho de Brian era que no futuro os pacientes pudessem ter acesso fácil à informação médica e suporte emocional na sua batalha contra o mieloma. Quando ele fundou a IMF, três eram suas metas: tratamento, educação e pesquisa. Ele buscou fornecer um amplo espectro de serviços para pacientes, suas famílias, amigos e profissionais da saúde. Embora Brian tenha morrido 4 anos após seu diagnóstico inicial, seu sonho não morreu. Hoje a IMF possui mais de 185.000 membros em todo o mundo. A IMF é a primeira organização dedicada unicamente ao mieloma, e ainda hoje permanece a maior. A IMF fornece programas e serviços para ajudar na pesquisa, diagnóstico, tratamento e gerenciamento do mieloma. Com a IMF ninguém estará sozinho na luta contra o mieloma. Nós damos apoio aos pacientes hoje, enquanto trabalhamos em busca da cura. Sobre a IMF LATIN AMERICA A IMF Latin America foi fundada no Brasil em 2004, por Christine Battistini, filha de uma 25 paciente de mieloma. A IMF Latin America leva aos países da América Latina os mesmos serviços disponíveis nos Estados Unidos e Europa. Como a IMF pode ajudá-lo? A IMF dedica-se a melhorar a qualidade de vida dos pacientes com mieloma enquanto trabalha em direção à prevenção e à cura. KIT INFORMATIVO SOBRE O MIELOMA O Kit Informativo IMF fornece informações amplas sobre opções de tratamento e gerenciamento da doença. Disponível gratuitamente, o Kit inclui o Manual do Paciente, Revisão Concisa da Doença e Opções de Tratamento, informações sobre eventos futuros e outras publicações e serviços da IMF. LIGAÇAO GRATUITA 0800 771 0355 Uma linha gratuita , o Hot-line dá resposta às perguntas sobre o mieloma. ACESSO À INTERNET Através de nosso site, www.myeloma.org.br, nosso compromisso é fornecer a você informações sempre atualizadas sobre o mieloma múltiplo incluindo pesquisas e avanços no tratamento, bem como informações sobre a IMF, eventos e nossos programas de educação, pesquisa, apoio e direitos do paciente. SEMINÁRIOS PARA PACIENTES & FAMILIARES Desde 1993 a IMF vem conduzindo Seminários para Pacientes e Familiares em cidades por todo o mundo. Estes encontros educacionais fortalecem pacientes e seus familiares à medida que são informados sobre os últimos avanços no tratamento e gerenciamento do 26 mieloma, apresentados por um grupo multidisciplinar de especialistas. Cobrindo uma grande variedade de tópicos que refletem as mais avançadas modalidades de tratamento e avanço em pesquisa, estes seminários oferecem uma oportunidade única para contato pessoal com especialistas em mieloma e a troca de experiências com outras pessoas que enfrentam os mesmos problemas. Glossario Agente alquilante: Agente quimioterapico como o melfalano e a ciclofosfamida. Alquilante se refere à forma com que esses agentes se ligam de forma cruzada ao DNA das células de câncer e bloqueiam sua divisão celular. Anticorpo: Uma proteína produzida por alguns glóbulos brancos (leucócitos) para combater a infecção e a doença na forma de antígenos como bactérias, vírus, toxinas ou tumores. Apoptose: Processo celular normal que envolve uma série geneticamente programada de eventos que resultam na morte da célula. Citocina: Um fator de crescimento produzida por células-T que estimula o crecimento de células_T e B. Colite: Inflamação do tecido do intestine grosso (cólon). Enterite: Irritação ou inflamação do intestine Delgado. Imunoglobulina: Proteína produzida pelas células plasmáticas; parte essencial do sistema imunológico do organismo. As imunoglobulinas atacam as substancias estranhas (antígenos) e ajudam a destrui-las. As classes de imunoglobulinas são IgA, IgG, IgM, IgD e IgE. Glóbulos brancos (leucócitos): Células que ajudam o organismo a combater infecções e outras doenças. Essas células começam a se desenvolver na medula óssea e são transportadas para outras 27 partes do corpo. Entre os leucócitos específicos estão os neutrófilos, os granulócitos, os linfócitos e os monócitos. Glóbulos Vermelhos: Célula sanguínea que transporta oxigênio para todas as partes do corpo. A produção de glóbulos vermelhos é estimulada por um hormônio (eritropoetina) produzido pelos rins. Os pacientes com mieloma e comprometimento renal não produzem eritropoetina em quantidade suficiente e podem precisar de eritropoetina sintética injetável. Plaquetas: Um elemento do sangue que ajuda na coagulação. As plaquetas reparam as partes rompidas das paredes dos vasos sanguíneos e estimulam a formação de coágulo sanguíneo. Plasmocitoma: Um tumor originado de células plasmáticas cancerosas. Proteína Monoclonal (Proteína M): Um proteína anormal produzida pelas células de mieloma que se acumulam e danificam os ossos e a medula óssea. Um alto nível de proteínas M indica que as células de mieloma estão presentes em grande número. Trombocitopenia: Baixo nível de plaquetas no sangue. Ocorrem problemas de sangramento quando o nível das plaquetas é menor que 50.000. Hemorragia de grande porte está geralmente associada a uma redução para menos de 10.000. 28 International Myeloma Foundation Fale Conosco: 0800 771 0355 Rua Jandiatuba, 630 - Torre B - CJ. 333 São Paulo / SP 05716-150 - Brasil Fone: +55 11 3726.5037 / 0800 771 0355 e-mail: [email protected] Brasil www.myeloma.org.br América Latina www.myelomala.org www.fundaciondelmielomamultiple.org Estados Unidos www.myeloma.org 12650 Riverside Drive, Suíte 206 North Hollywood, CA 91607-3421 Fone: + 1 818 487.7455 e-mail: [email protected] Japão Higashicho 4-37-11 Koganei, Tokyo 184-0011 Fone: 81 (426) 24.9848 e-mail: [email protected]