Enviado por Pedro Ricardo Barros Filgueiras

O+que+Aprendi+em+Harvard

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O QUE
APRENDI EM
HARVARD
E que você pode começar a
implementar hoje mesmo
na sua carreira e empresa!
@vabo23
Introdução
Em 2015, eu tive uma das maiores
oportunidades da minha vida, a realização
de um dos meus maiores sonhos: estudar
na Harvard Business School.
O curso Owner President Management
(OPM) de Harvard é um dos
mais conceituados do mundo e
responsável pela formação de grandes
empreendedores e líderes globais.
Com um formato único, baseado em
estudos de caso e aprendizado prático,
muita troca de conhecimento e muito
networking, os aprendizados trazidos
pelo curso transformaram a forma como
enxergo diversos aspectos da Liderança,
Empreendedorismo, Comunicação,
Educação, Negociação - enfim, de toda a
minha carreira - e levo suas lições comigo
desde então.
O objetivo deste Ebook é compartilhar
com você as principais lições que aprendi
por lá, para que também você possa levar
isso à sua empresa e à sua vida pessoal
e profissional, seja você dono do seu
próprio negócio ou não.
Espero que você goste e que te inspire a
continuar aprendendo, se esforçando e
promovendo mudanças!
Boa leitura!
2
@vabo23
O curso OPM na Harvard
Business School
O que é a Harvard Business School
A Harvard Business School é uma das
faculdades mais renomadas no mundo.
aulas com os professores, e aprende mais
ainda com seus colegas!
A escola foi fundada em 1908, em Boston
(MA), como parte da faculdade de Humanas,
mas recebeu status independente em 1910
e tornou-se uma unidade administrativa
separada em 1913.
E isso porque a HBS é muito clara em seu
propósito:
Ela foi pioneira no desenvolvimento
do método de estudos de caso (case
methodology), inspirando-se na abordagem
da educação jurídica em Harvard.
Durante as aulas, os alunos são posicionados
como gestores de organizações e devem
resolver os problemas trazidos nos textos,
de modo que o programa letivo também
estimula o ensino prático.
E, desde o início, a escola teve um
relacionamento próximo com o mundo
corporativo. Poucos anos depois de sua
fundação, muitos líderes de negócios eram
ex-alunos e estavam contratando outros
ex-alunos para posições iniciais em suas
empresas.
Aliás, o networking é um dos pontos
imbatíveis na HBS! Você aprende muito nas
3
“Nós educamos
líderes que fazem a
diferença no mundo”
E como eles mesmos explicam:
“Líderes...”
Quando falamos de líderes, queremos dizer
pessoas que incorporam um certo tipo de
competência e caráter - tanto a competência
que vem da perspectiva do gestor, que a
nossa escola cultiva, quanto seu caráter,
para que ele entenda a diferença entre ser
interessado e inspirador e ser egocêntrico.
Vai muito além de saber que não é certo
mentir, trapacear ou roubar. Envolve
reconhecer que você é um verdadeiro líder
somente quando conquistou a confiança
@vabo23
de outras pessoas e quando outras
pessoas, seja na sua organização ou na sua
comunidade, o reconhecem como tal.
“...que fazem a diferença…”
Fazer a diferença significa desenvolver
pessoas que criam valor real para a
sociedade - e que conseguem primeiro criálo antes de capturá-lo.
Em vez disso, a recente crise econômica nos
mostrou muitos exemplos de líderes que
capturaram valor sem ter criado nenhum.
Vale a pena notar aqui que existem muitas
maneiras de fazer a diferença positiva:
como investidor, como gestor, como
empreendedor, como cidadão ativo da sua
comunidade.
E, é claro, o primeiro componente da
missão é educar, o que fazemos de várias
maneiras - por meio de nossos programas
educacionais, pelas ideias que nossos
professores produzem e disseminam e
pela influência que alcançamos por estar
perto de líderes de todos os tipos, e de
organizações em todo o mundo.
O impacto do que fazemos se estende
muito além das pessoas que vêm ao nosso
campus. Embora possamos tocar apenas
alguns milhares diretamente a cada ano,
podemos influenciar indiretamente muitos
mais, permanecendo o líder mais confiável
e admirado na educação para negócios.
De fato, o que distingue a Harvard Business
School é que nossos graduados fornecem
liderança em todas as esferas da vida.
“...no mundo”
O mundo reflete nossa compreensão de um
ambiente dinâmico e em constante e veloz
mudança, bem como o fato de que muitos
dos problemas mais desafiadores do mundo
exigirão uma perspectiva global. Além disso,
envolve adotar a visão de que o mundo
precisa desesperadamente de mais líderes
para resolver seus problemas mais urgentes
e desafiadores, e que praticamente nenhum
desses problemas pode ser resolvido sem
que os líderes empresariais desempenhem
um papel vital.
4
@vabo23
Como é o processo seletivo
para a Harvard Business
School?
Como o nome já diz - Owner President
Management - o principal critério de
seleção do curso é que você seja C-Level,
Executivo ou dono de uma empresa,
uma vez que ele é focado em um gestão
global e executiva.
Em seguida, tem o valor mínimo de
faturamento. A empresa precisa estar
em um patamar relevante em seu setor
e esse valor mínimo ajuda na hora de
montar uma turma equilibrada, para que
todos estejam relativamente no mesmo
nível em termos de negócio.
Outro fator importante é a indicação.
Normalmente, se a pessoa for indicada
por um ex-aluno, isso facilita aprovação,
porque tem muita demanda. A HBS é um
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dos poucos serviços inelásticos - isto é,
aquele em que, conforme você aumenta o
preço, a demanda também aumenta, indo
na contramão da lei básica da economia
de oferta e demanda.
No meu caso, devo minha ida ao André
Street e ao Eduardo Pontes. Na época,
minha empresa tinha recebido um
investimento da Arpex e uma das políticas
do André e do Edu, os fundadores da
Arpex, era indicar e financiar a ida de seus
sócios para esse curso.
Eles já enviaram mais de 20
empreendedores para a HBS, e
indicaram outros vários. Fica aqui meu
salve e meu agradecimento aos dois!
@vabo23
Como funciona o curso
OPM na Harvard Business
School?
O formato é de imersão - ou seja, você mora com seus colegas, no campus de
Harvard.
Um mês antes de ir, você recebe um arquivo de aproximadamente 1.000
páginas de preparação prévia, com todo o conteúdo e todos os detalhes sobre
o curso. Assim, você já vai sabendo exatamente o que esperar das aulas.
Como comentei na introdução, a HBS trabalha com estudos de caso. Esse
material prévio, portanto, é formado majoritariamente por esses cases, nos
quais você se posiciona como um gestor responsável por uma série de tomadas
de decisão.
Além da leitura, há diversas perguntas que você deve responder considerando
esse pressuposto - o de ser um líder à frente de uma empresa, que precisa
resolver problemas variados.
Esses cases serão debatidos ao longo do curso, junto a seus colegas, antes e
durante as aulas.
Qual o período de duração do curso?
O curso é realizado em 9 semanas não-consecutivas. Você faz 3 semanas em um
ano, volta para casa, implementa os principais aprendizados na sua empresa,
volta no ano seguinte, faz mais 3 semanas, volta para casa, implementa, e aí
volta mais uma vez, por mais 3 semanas.
Ou seja, o curso é de 3 semanas por ano distribuídas ao longo de 3 anos, para
que os alunos tenham tempo de aplicar o que aprenderam e retornar com
insights, dúvidas e capacidade de trocar conhecimento.
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@vabo23
Como são os alunos
do curso?
O formato acima gera uma conexão muito
particular entre os alunos.
Nós passamos 3 semanas intensas juntos,
com três aulas por dia de segunda a sábado mais os jantares e encontros depois das aulas
e a residência no campus -, voltamos para
casa e aí, no ano seguinte, reencontramos
todo mundo para outras 3 semanas intensas.
É muito bacana essa dinâmica do reencontro
principalmente por causa dos diferentes
backgrounds de cada um. E a diversidade é
um fator fundamental, nesse sentido.
Para você ter uma ideia, éramos 160 alunos
e o único fator comum entre todos nós é
que éramos todos empreendedores. De
resto, éramos de nacionalidades diferentes,
religiões diferentes, indústrias diferentes,
funções diferentes, tipos de empresa
diferentes e idades diferentes (o mais velho
tinha 70 anos e eu era o mais novo, com 29
aninhos).
A convivência diária com pessoas tão
distintas, ao longo dessas 9 semanas, é o tipo
de benefício que não tem preço. Eu costumo
dizer que, nesse curso, metade você aprende
com os professores e a outra metade com
os alunos.
É uma troca única que nosso formato
tradicional
de
Educação
no
Brasil,
infelizmente, possibilita muito pouco.
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@vabo23
O que eu aprendi com o curso
OPM da Harvard Business
School?
Os aprendizados que a Harvard Business School me proporcionou me acompanharam
em todas as minhas empreitadas como empreendedor e também como profissional da
Educação.
A seguir, compartilho as que mais marcaram e que você, também, pode desenvolver ou
implementar no seu negócio:
1º aprendizado: a importância da
cultura organizacional
Você pode fazer 15 coisas diferentes em
busca da sua vantagem competitiva,
mas apenas 1 nunca poderá ser copiada:
a sua cultura organizacional.
A empresa é um microcosmo de um país.
Quando pensamos em “cultura brasileira”,
não falamos só das artes, dos filmes, das
músicas… Cultura também tem a ver com
a forma como agimos e reagimos em
determinadas situações.
A cultura organizacional, isto é, a cultura
de uma empresa, pode ser uma ferramenta
de transformação das pessoas, da forma
como nos relacionamos - agimos e reagimos
aos outros - e, consequentemente, do Brasil.
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Mas o que é cultura organizacional?
É como as pessoas reagem e tomam
decisão, em especial quando o líder não
está presente.
Nesse sentido, os fatores fundamentais
para construção da cultura organizacional
de uma empresa são:
Empatia e saber ouvir
Quando uma pessoa compartilha os
problemas dela com você, isso é um
privilégio. Quando ela não compartilha, é
porque:
@vabo23
1. Ela acha que você não se importa
2. Ela acha que você não é capaz de
resolver
Até ganhar a confiança das pessoas, você
vai esbarrar nessas duas balizas. É preciso
provar que você se importa e que você pode
ajudá-la.
Como? Dando o primeiro passo. Tendo mais
empatia.
Empatia
É a habilidade de se colocar no lugar do
outro, com a cabeça/olhos/coração do
outro. É tratar os outros como os outros
querem ser tratados. Empatia é criar espaço,
abrir portas e conectar-se com o outro.
É, portanto, a capacidade de compreender e
compartilhar com os sentimentos de outra
pessoa. Mais do que agir com simpatia, a
empatia nos permite andar com o sapato
do outro e, então, entender essa pessoa
melhor. Empatia é um elemento crucial em
toda relação humana, inclusive no ambiente
de trabalho.
Existem, pelo menos, 2 tipos de empatia:
• Empatia Cognitiva ajuda a
entender, de forma assertiva, a forma
de pensar de uma pessoa.
• Empatia Emocional - nos faz sentir
(às vezes, de forma física) as emoções
das outras pessoas, como se esses
sentimentos fossem contagiosos.
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Quando me perguntam “se você tivesse que
escolher qual é a característica número um
da liderança, qual escolheria?”, eu costumo
dizer que existe a característica 0 antes
dela: a ética.
Isso porque a liderança pode ser
interpretada, fundamentalmente, como
uma relação entre duas pessoas ou mais
pessoas, e a sustentação de todo bom
relacionamento é a ética, o respeito, a
consideração pelo outro.
Mas dado que a ética é a número 0, a
número 1 é saber ouvir - que também
pode ser chamada de Escutatória.
A escutatória é essencial para momentoschave do dia a dia, como conversas, reuniões,
feedbacks, seja no ambiente de trabalho ou
fora dele. Demonstrar empatia, comunicarse bem, se fazer entender, entender os
outros, fluir os diálogos, gerar confiança e
demonstrar atenção e respeito por quem
estiver falando com você.
Ouvir seus colaboradores, seus parceiros,
seus líderes, seus mentores, seus amigos…
Tudo isso contribui para a construção de
uma cultura organizacional mais sólida,
inclusiva e favorável ao sucesso de todos os
envolvidos.
Nunca se esqueça: o
principal ativo de qualquer
líder é o seu time!
@vabo23
Os 8 comportamentos
de um bom gestor
Obviamente, a intenção não basta. É preciso colocar
em prática, no dia a dia, os valores dessa cultura.
Como gestor, você está à frente desses valores e é
responsável por assegurar que eles de fato sejam
correspondidos, por meio de comportamentos que
reflitam tais ideais.
Um bom gestor...
1. É um bom mentor
2. Empodera o time e não microgerencia
3. Expressa interesse e preocupação pelo
sucesso e bem-estar dos colaboradores
4. É produtivo e orientado por resultados
5. É um bom comunicador - isto é, ele ouve e
compartilha informações
6. Auxilia com o desenvolvimento dos
colaboradores
7. Tem visão e estratégias claras para o time
8. Tem competências-chave que o ajudam a
desenvolver o time
Se seu compromisso é construir uma forte cultura
organizacional, então seu compromisso também é ser
um bom gestor.
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@vabo23
Por que a cultura
organizacional faz
a diferença?
Uma cultura organizacional que inspira seus
colaboradores é traduzida em engajamento. Não há
nada mais positivo, em uma empresa, do que um time
engajado.
Quer ver?
Empresas com maior engajamento dos colaboradores
apresentam:
•
37% menos abdicações
•
25% menos turnover em organizações com alta
taxa de turnover
•
65% menos turnover em organizações com
baixa taxa de turnover
•
28% menos redução de ganhos
•
48% menos incidentes de segurança no trabalho
•
41% menos incidentes de qualidade do trabalho
•
10% mais satisfação dos clientes
•
21% mais produtividade
•
22% mais lucro
Mas não vai existir engajamento enquanto não
houver troca. Afinal, se você não oferecer algo a seus
colaboradores, eles vão engajar com o quê?
Infelizmente, hoje, muitos executivos aderem ao
discurso do “somos uma família”, “você tem que se sentir
dono da empresa”, mas não praticam o que pregam. E
isso é fatal.
11
@vabo23
As palavras, sozinhas, não bastam. É preciso agir e colocar em
prática o que se promete.
Transforme os valores da sua empresa em ações vantajosas
para os colaboradores. Só assim você vai fazer com que a
cultura esteja entranhada no dia a dia da organização.
Uma cultura organizacional de alta performance oferece
pelo menos 6 dos itens abaixo:
•
Promoções dentro da empresa sempre que possível
•
Contratação de colaboradores que compartilham
dos valores da empresa e que demonstrem grandes
habilidades tanto no âmbito das Hard Skills quanto
das People Skills
•
Média salarial mais alta do que a do mercado
•
Incentivos para os times
•
Avaliação baseada em performance, que inclua
planos de desenvolvimento do colaborador a longo prazo
•
Treinamento de colaboradores e gestores a longo prazo
•
Desenvolvimento de times e outras formas de
colaboração entre os membros da organização
•
Autonomia para que os colaboradores tomem suas
decisões sobre como melhor executar o trabalho
•
O máximo de segurança possível, criando um
ambiente saudável e favorável ao progresso individual e
coletivo
Uma empresa sem cultura organizacional forte, refletida
nas atitudes de seus gestores, é incapaz de motivar seus
colaboradores. E, acredite, seu maior investimento, não importa
o tamanho ou estágio da sua empresa, sempre vai ter que ser
na motivação do seu time.
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@vabo23
Os 4 motivadores
do seu time
O mapa da motivação de um colaborador é dividido
em 4 quadrantes:
1. Aquisição:
Associado
ao
sistema
de
recompensas (salários, bônus, benefícios etc.)
2. Conexão: Associado à cultura organizacional
3. Compreensão: Associado ao escopo de
trabalho e ao que se espera do colaborador
4. Defesa: Associado à medição e gestão da
performance de um colaborador (feedbacks,
promoções etc.)
Esses quadrantes englobam os principais fatores
motivacionais dos colaboradores, que definem seu
engajamento:
Engajamento com o trabalho
O engajamento envolve a energia, o esforço e a
iniciativa dos colaboradores no ambiente de trabalho.
Compromisso organizacional
Compromisso organizacional tem a ver com o
quanto os colaboradores engajam com a cidadania
corporativa - ou seja, o quanto eles se sentem parte e
contribuem com a organização como um todo.
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@vabo23
Satisfação no trabalho
A satisfação reflete até onde eles sentem que a empresa
corresponde às suas expectativas no trabalho, satisfazendo
tanto o contrato explícito quanto o implícito assinado pelo
colaborador. Em outras palavras: a empresa cumpre o que
promete?
Intenção de saída
A intenção de saída é o melhor indicativo de turnover nas
empresas.
Se a sua cultura não atende às expectativas associadas
a esses 4 fatores, você não está olhando como deveria
para seus colaboradores.
Mas, vale destacar, cultura organizacional não é algo que
você formula, implementa da noite para o dia e pronto.
Ela é dinâmica, mutável, adaptável. Por mais que seus
core values permaneçam os mesmos, o mundo, as
condições de trabalho e a valorização do trabalho mudam
constantemente. Esteja aberto às transformações.
E isso tem muito a ver com o meu próximo grande
aprendizado.
14
@vabo23
2º aprendizado: a importância de
tentar ser melhor a cada dia
Eu tenho um grande compromisso na vida,
que é ser melhor hoje do que eu era
ontem e pior do que serei amanhã.
A evolução constante, contínua, deve ser
um dos valores fundamentais para os
empreendedores e, consequentemente,
para suas empresas.
Isso vai muito ao encontro de um conceito
chamado Kaizen.
O que é Kaizen?
Kaizen vem de:
•
Kai = mudança
•
Zen = pelo melhor
Hoje, o Kaizen é reconhecido mundialmente
como um pilar importante da estratégia
competitiva de longo prazo de uma
organização.
Ela foi introduzida ao ocidente pelo mestre
Masaaki Imai, no livro “KAIZEN: The Key to
Japan’s Competitive Success”.
De acordo com Masaaki Imai, Kaizen
significa melhoria contínua na vida pessoal,
doméstica, social e profissional. Quando
aplicado no local de trabalho, o Kaizen
significa melhoria contínua, envolvendo
todos - gerentes e colaboradores.
15
Só que - de novo - mudanças não acontecem
da noite para o dia. É necessário investigar
os problemas a serem resolvidos para que
essa melhoria aconteça, um destino claro,
traçado por meio de objetivos e resultados,
e, claro, muita estratégia.
O que causa um problema?
De modo geral, a raiz de qualquer problema
em uma empresa pode estar em:
•
Falta de estratégia (não existe
uma estratégia clara, apenas um
apanhado de oportunidades e muito
“se vira nos 30”)
•
Uma “estratégia” que nada mais é do
que um documento de 50 páginas
(ao qual apenas o CEO tem acesso)
•
Uma “visão” a 10.000 pés, que muitos
dos gestores não entendem, porque
não é prática
•
Uma estratégia que significa coisas
diferentes para pessoas diferentes
•
Uma
série
de
“melhorias”
para o próximo ano ou dois
(excepcionalmente perigoso se sua
empresa estiver enfrentando um
realinhamento estrutural)
@vabo23
Muitos
gestores
confundem
esses
elementos com planejamento estratégico...
Sabe aquele ditado “quem muito quer,
nada tem”?
O que é “estratégia”, de fato?
Ele é a grande lição aqui. É importante
ter clareza nos seus objetivos e saber
priorizá-los.
Qual é sua proposta de valor? Como você
se diferencia do mercado? Como você vai
comunicar isso ao mercado? E aos clientes?
Como vai assegurar que seus colaboradores
estejam alinhados à sua proposta de
valor? O que você vai fazer para preservar
sua proposta de valor sob diferentes
circunstâncias do mercado?
Se uma empresa tem 30 objetivos
prioritários, nenhum deles é prioridade.
Estratégia é também saber o que você
não vai fazer.
Em outras palavras, a estratégia é composta
por:
•
•
•
•
•
Missão
Visão
Valores
Objetivos
Metas
OBS: Metas devem ser atribuídas com base
na propensão para o sucesso, não no job
description ou cargo
E, sobretudo: qual caminho será adotado
para chegar lá?
É preciso saber para onde você quer ir
Um case apresentado pela Harvard Business
School mostrava que os top 10 managers
de 125 organizações foram perguntados
individualmente: “quais são os principais
objetivos da sua empresa para este ano?”
O mínimo de respostas possíveis era 5, o
máximo era 50. A média foi 34.
As empresas mais lucrativas responderam
6-12. As menos, 26-43.
16
@vabo23
3º aprendizado: a inovação, muitas
vezes, é simplesmente atender às
expectativas
Quando falamos em inovação, logo
pensamos em “fazer algo que ninguém
espera” ou “fazer algo que ninguém nunca
imaginou”.
Mas inovar, muitas vezes, é simplesmente
fazer exatamente o que estão esperando.
Convenhamos, o Brasil não é exatamente
conhecido pelo seu ótimo atendimento
ao cliente e por sua entrega de altíssima
qualidade, certo?
Mas isso não é um problema só nosso.
Muitas empresas se perdem por quererem
fazer algo complexo em vez de se
comprometerem a fazer algo bem feito.
Sobre isso, saiba que uma excelente
execução e uma estratégia medíocre
vão superar uma execução medíocre de
uma estratégia excelente.
Vale muito mais você entregar algo simples,
mas que exceda as expectativas, do que você
tentar reinventar a roda e não entregar nem
meia roda. E um dos focos do curso OPM de
Harvard é justamente esse: desmistificar a
inovação.
A ideia, basicamente, é que sua prioridade
deve ser fazer a empresa funcionar. Afinal,
17
se esse é seu compromisso, naturalmente a
inovação estará atrelada ao seu propósito,
uma vez que “fazer funcionar” muitas vezes
engloba resolver problemas de forma
disruptiva.
Mas o que realmente funciona
nas empresas?
Quanto falo “funciona”, estou me referindo
a sucesso a longo prazo. Isso envolve
competitividade no mercado, satisfação
dos colaboradores, lucro, planos de
desenvolvimento - enfim, todos os fatores
que contribuem para o crescimento e
estabilidade de uma empresa.
A Harvard Business School elenca uma série
de pontos considerados fundamentais para
o bom funcionamento de uma organização:
1. Ser a maior empresa do seu setor
2. Uma estratégia bem definida e
claramente comunicada a todos
3. Ser a empresa com o menor
custo-benefício do seu setor
4. Abraçar e implementar inovações
tecnológicas, especialmente na
área de informação
@vabo23
5. Práticas de boa governança entre
C-levels e executivos
No entanto, é impossível focar nesses 20
pontos.
6. Execução operacional que
constantemente vá ao
encontro das expectativas dos
consumidores
Logo, para se construir uma organização
de sucesso é necessário priorizar os 4
itens mais relevantes (itens 2, 6, 10 e 12)
e escolher 2 entre outros 4 (13, 15, 16, 18),
para desenvolver.
7. Experiência com engenharia de
finanças
8. Qualidade do balanço de
despesas
9. Alcance dos maiores níveis de
qualidade reconhecidos, de
acordo com seu setor
10. Criação de uma cultura de alta
performance e alto valor
11. Encantamento dos clientes,
superando suas expectativas
12. Uma estrutura que simplifique o
trabalho junto à organização
13. Talento A+, em todos os níveis
14. Adoção do Balanced Scorecard
(BSC)*
15. Um líder que inspira
16. Desenvolvimento da inovação no
seu setor
17. Uma marca que encanta
18. Desenvolvimento de
possibilidades de fusão e
parcerias
19. Supply Chain Management*
20. Ser uma empresa
verdadeiramente global
18
@vabo23
Teve dúvida?
*O que é BSC
O Balanced Scorecard (BSC) é uma metodologia de
medição e gestão de desempenho desenvolvida em 1992
pelos professores da Harvard Business School (HBS)
Robert Kaplan e David Norton.
Geralmente, o BSC é caracterizado por um fluxograma
semelhante a este:
19
@vabo23
Os passos dessa metodologia incluem: definição da
estratégia empresarial, gestão do negócio, gestão de
serviços e gestão da qualidade, que são implementados
através de indicadores de desempenho.
*O que é Supply Chain Management
O Supply Chain Management (SCM), ou gestão de cadeia
de suprimentos, ou, ainda, gerenciamento do fluxo de
bens e serviços, abrange a gestão da movimentação
e armazenamento de matérias-primas, do estoque de
material em processo de produção e de produtos prontos
para o consumo, bem como do atendimento de ponta
a ponta de pedidos do ponto de origem ao ponto de
consumo.
Nas organizações mais desenvolvidas, boa parte desse
processo é automatizado e interconectado, de modo a
dar uma visão mais ampla ao gestor a respeito de todo o
fluxo dessa cadeia, para que ele identifique os principais
gargalos e implemente melhorias constantes no processo.
Vale destacar que os pontos mencionados não são fórmulas, ou um
mero checklist. Eles são pontos em comum entre empresas de sucesso
e você não necessariamente precisa atender a todos os requisitos, mas
é bom que procure cumprir com boa parte deles.
Isso tudo posto, também é importante tomar o cuidado para não
desandar para outro extremo, que é ser completamente avesso a
mudanças.
“Mudar” também é inovação
Inovação também pode ser entendida como “fazer a mudança certa na
hora certa”.
20
@vabo23
Se você precisa resolver um problema, agir do jeito que age sempre, na maioria gritante das
vezes, não é a melhor estratégia.
Pelo contrário, se recusar a mudar é impedir a melhoria da sua empresa.
Porém, sendo justo, muitas vezes atravancamos a inovação sem nem perceber. Dá uma
olhada na lista a seguir, que elenca 44 crenças limitantes que tendem a passar despercebidas
nas organizações:
44 formas de não fazer nada acontecer
1. Nós já tentamos isso antes
16. Está acima de nós
2. Esse lugar é diferente
17. A gente não tem autoridade no
tema
3. É muito caro
4. Isso está além da minha
responsabilidade
18. Isso é muita piração
5. Estamos muito ocupados
20. Isso não é nosso problema
6. Isso não é meu trabalho
21. Por que mudar se funciona?
7. É uma mudança muito radical
22. Você tem razão, mas…
8. A gente não tem tempo
23. Você está dois anos à frente
9. Falta braço
24. A gente não tem equipe
capacitada para isso
10. A gente é pequeno demais para
isso
25. Não cabe no orçamento
11. Não é prático para o pessoal da
operação
26. Boa ideia, mas não rola
12. A equipe não vai comprar essa
ideia
28. Vamos pensar melhor
13. A gente nunca fez isso antes
14. A Diretoria vai surtar
15. É contra as regras
21
19. Vamos voltar para a realidade
27. Os C-Level nunca vão topar isso
29. Vamos documentar isso aqui
para revisitar depois
30. A gente vai perder muito
dinheiro no curto prazo
@vabo23
31. Ninguém fez isso antes
39. Vamos pensar melhor…
32. Depois a gente faz isso
40. Isso não se paga sozinho
33. Vamos formar um comitê
41. Eu conheço alguém que tentou
e…
34. Alguém já testou isso antes?
35. O que você realmente quer dizer
é…
42. A gente sempre fez desse jeito
36. Talvez isso funcione com vocês,
mas não comigo
44. O que o CEO vai dizer?
37. O comitê executivo nunca vai…
38. Você não acha que a gente
deveria pensar um pouco mais
antes de agir?
43. É complexo demais
E aí, você está aberto
a mudanças?
4º aprendizado: o papel do líder
é inspirar
O líder é um agente de mudanças.
E, como todo agente de mudanças, seu
grande papel é inspirar.
Mudança = Desejo x Direção x Processo
Os líderes trabalham com:
• Desejo - Identificando o senso de
urgência e oportunidade
• Direção - Implementando e alinhando
os padrões de competitividade e
22
resultados; construindo um propósito
comum que perpassa toda a
organização; fornecendo uma visão de
longo prazo
• Processo - Obtendo os recursos
necessários para a execução; motivando
e engajando as pessoas e parceiros
relevantes de negócios, gerindo a
performance de forma cíclica e contínua
Vale ressaltar que gestão é checklist, mas
liderança não.
@vabo23
Em outras palavras, 85% do que é feito em
uma organização é feito em times; ser
líder, portanto, não é “mandar nos times”,
mas sim prover os recursos e capacidades
necessárias para que eles se desenvolvem
e toquem seu trabalho de forma autônoma.
Não deveria existir maior realização para um
líder do que ao se afastar de sua empresa,
por exemplo, quando voltar, perceber que
nada parou.
Muitos, infelizmente, ainda têm uma
mentalidade pequena e retêm informações
porque acreditam que isso lhes dá “mais
poder”.
Só que isso não é liderar. Não se trata de
ter mais ou menos poder. Ser líder é abrir
caminhos e remover impedimentos.
H1, H2 e H3 da liderança
Ainda nesse sentido, a hierarquia de uma
organização deve ser favorável ao bom
andamento da empresa.
Não se trata de distribuir títulos e cargos,
e sim de construir uma logística onde um
possa auxiliar o outro, puxar o outro e
ajudar o outro a performar melhor.
23
A estrutura da empresa, portanto, deve
permitir a fluidez dos processos, a troca
de conhecimento e o desenvolvimento dos
colaboradores, dando espaço para que se
destaquem.
Como estruturar a liderança?
•
Quantas pessoas devem reportar
para o CEO? 6 a 8 pessoas
•
Quantas pessoas devem reportar
para o gestor (middle management)?
Até 10 pessoas
•
Quantos layers deve ter entre o CEO
e o primeiro nível? Não mais do
que 5
O foco do líder deve ser desenvolver as
pessoas do seu time. É o seu time que vai
levar a empresa para a frente.
Capacite-se para capacitá-los,
aprenda para ensinar. Passe
adiante seus conhecimentos!
Inspirar é compartilhar!
@vabo23
Aprendizados bônus
Para finalizar, deixo com você alguns
aprendizados tirados diretamente das
minhas anotações daquela época!
Fique à vontade para copiar, transformar
e implementar à vontade no seu dia a dia
pessoal e profissional.
Anota aí!
24
•
Sua reputação e rede de contatos é
um dos ativos mais valiosos que você
tem e eles servem para a vida toda!
•
O sucesso acontece em time. O
fracasso é individual
•
Não tenha medo de errar. Faz parte
da jornada para o sucesso
•
Se você não está se divertindo, você
não entendeu o propósito ou está no
lugar errado. Ambos são facilmente
resolvidos
•
Se você não puder medir, não gaste
•
Divida as coisas em passos simples.
Mesmo as coisas mais complexas
•
Reuniões não são para compartilhar
informações. É para isso que os
e-mails existem
•
Ao lidar com pessoas, assuma o
melhor até ser apresentado ao pior
•
Quem tem a experiência ou
informação que você precisa? Vá até
ela e faça muitas perguntas
E a mais importante: faça o que for preciso.
Não existem apenas trabalhos glamourosos
no caminho para o sucesso. Ninguém está
acima de varrer o chão ou tirar o lixo!
Todo mundo quer ser bem-sucedido. Cada
um tem um caminho único para chegar
lá. Todos os caminhos envolvem trabalhar
mais árdua e de forma mais inteligente do
que a média!
@vabo23
Conclusão
A Harvard Business School não só mudou
a forma como eu empreendo. Mudou a
minha vida.
Espero que este Ebook te inspire a
aplicar alguns dos conceitos trabalhados
pela maior escola de negócios do mundo
e que isso te ajude a empreender ou
intraempreender de forma mais positiva.
Ficou curioso e quer saber ainda mais
sobre o curso?
Lá no meu Instagram @vabo23, eu fiz
uma live especial sobre Harvard Business
School, contando alguns detalhes dessas
9 semanas de aprendizado intenso!
Clica aqui para conferir.
Muito obrigado pela leitura!
Sucesso!
25
@vabo23
Sobre mim
Vabo
@vabo23
Meu nome é Luis Vabo Jr, mas de vez em quando me
esqueço que meu primeiro nome é Luis, pois todos
me conhecem como Vabo mesmo =)
Sou CEO do Além da Facul, professor da Link School
of Business e do Insper, fundador da Vabo23
Educação e Empreendedor Endeavor.
Realizo a imersão Transformando a Liderança com
Bernardinho, Ricardo Basaglia, Álvaro Schocair
e Tiago Reis, além de cursos online como Oratória,
Build Your Business, Grow Your Business, Liderança
em Tempos de Crise, entre outros. Sou palestrante,
investidor-anjo e conselheiro de startups e scaleups.
Co-fundei uma startup de tecnologia (Sieve Group),
vendida para uma grande corporação (B2W Digital)
e fui diretor e sócio também de uma scale-up em
hyper-growth, tendo participado do IPO (Stone
Pagamentos).
Sou Owner President Management (OPM) pela
Harvard Business School, Mestre em Administração
de Empresas pelo COPPEAD/UFRJ e extensão na
EM Lyon Business School, na França. Graduado em
Engenharia de Produção pela PUC-Rio.
Sou apaixonado por Empreendedorismo, Liderança,
People Skills, Educação, Tecnologia, Digital,
Viagens, Xadrez e Leitura.
Meu propósito é ajudar as pessoas a se transformarem
nas melhores versões de si mesmas e eu acredito que
as principais forças capazes de gerar impacto positivo
na nossa vida são Educação e Empreendedorismo.
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@vabo23
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