Bruno Nobrega de Paiva Alves – Finanças Corporativas Resenha crítica do texto “Introdução às finanças corporativas” Inicialmente, vale salientar que essa resenha crítica não será baseada em toda a obra Administração Financeira dos autores Stephen A. Ross, Randolph W. Westerfield, Jeffrey Jaffe, Roberto Lamb, mas sim, apenas de seu capitulo primeiro intitulado “Introdução às Finanças Corporativas”. O capítulo se inicia já apresentando uma problemática existente nos Estados Unidos nas quais as remunerações dos executivos das empresas não são reveladas, apontando que essa falta de transparência é motivo de preocupação, em grande parte, por seus investidores. Dessa maneira, os autores propõem estudar e entender como uma empresa estabelece a remuneração dos executivos e qual o papel dos acionistas no processo nos remete a questões envolvendo a organização, o objetivo e o controle de uma empresa de capital aberto. Este capitulo tem a proposta de conceituar as finanças corporativas, bem como apresentar suas três grandes áreas de interesse, são elas: primeira grande área trata-se do orçamento de capital (quais investimentos de longo prazo a empresa deve fazer?); a segunda área trata da estrutura de capital atual, ou seja, onde a empresa conseguirá o financiamento de longo prazo para pagar seus investimentos (qual seria combinação entre passivo e patrimônio líquido que deverá ser utilizada para financiar as operações) e por último, a questão da administração do capital de giro, isto é, como a empresa deveria administrar suas atividades financeiras diárias. Em um outro momento o capitulo vem revelar o objetivo da administração financeira que, de acordo com os autores, seria tomar decisões que visem aumentar o valor das ações ou, de maneira geral, que elevem o valor de mercado do patrimônio dos acionistas investido na entidade (neste caso eles se referem as empresas com fins lucrativos); também aponta que a organização das sociedades por ações tem muita superioridade no que concerne a arregimentar recursos pecuniários, bem como transferir diretos de participação em relação as outras; esclareceu a questão do denominado conflito de agência (conflitos entre acionistas e administradores ou entre acionistas controladores e não controladores) e como estes conflitos podem ser controlados e minimizados; por fim tratou também das vantagens de uma empresa de capital aberto em relação as outras como são ampliadas pela existência dos mercados financeiros. Diante do que foi trazido pelo capítulo, alguns pontos nos chamaram a atenção seja pela novidade do assunto, seja pela complexidade e necessidade de estudos mais aprofundados. Assim elencaremos estes pontos que, nosso entendimento, merecem destaques: 1. O objetivo da administração financeira: aqui o autor define basicamente que é ganhar dinheiro ou agregar valor de negócio. Depois aprofunda um pouco acrescentando: sobreviver; evitar problemas financeiros e falência; superar a concorrência; maximizar as vendas ou a participação de mercado; minimizar os custos; maximizar os ganhos; manter o crescimento constante dos lucros. 2. As questões acerca dos problemas de agência e os conflitos de interesses entre controladores e controlados. 3. Remuneração dos executivos, a falta de transparência na área. Sempre acreditamos que essa questão fosse transparente para os sócios. 4. O fato de que o controle da empresa, em última instância, pertence aos acionistas. Eles elegem o conselho de administração, que, por sua vez, escolhe e demite os administradores. Toda organização empresarial precisa controlar muito bem suas despesas. Elaborar um orçamento de capital é fundamental para que a avaliação e as tomadas de decisões tenham resultados efetivos. Como um administrador financeiro, devemos ser capazes de identificar as oportunidades de investimentos. Esse capitulo nos ajuda a entender melhor as nuances em torno do assunto. Claro que apresenta apenas um conteúdo introdutório e que se faz necessário a leitura completa da obra para aprofundamentos.