Introdução Psicologia Social
Surgimento da psicologia social
 O conceito “psicologia social”surge formalmente
no século XX, com dois americanos: o sociólogo
Ross e o psicólogo Mc Dougall.
O que trata a psicologia social?

 Os indíviduos enquanto membros da sociedade são motivados a agir de determinada
forma de acordo com objectivos . Por outras palavras as condutas humanas são
interdependentes.
 Neste processo de interacção recíproca tal como diz Gordon Allport:
“ A psicologia social tenta compreender e explicar como os pensamentos, sentimentos e
comportamentos humanos são influenciados por um outrem real, imaginário ou
implícito”
Tenta compreender e prever comportamentos.
Psicologia + sociologia = explicação dos comportamentos humanos na
interacção social.
O que é a Psicologia Social?
 Psicologia Social :
 preocupada com a influência das pessoas no
pensamento, sentimento e comportamento
individual
 dimensões sociais no comportamento individual
 ‘pequenos grupos’
Principais paradigmas
 Behaviorista
 Cognição social
 Teoria dos papéis
 Construtivista/ construcionismo Social
Caracterização da Psicologia Social: a
influência do positivismo
 Individualismo
 Experimentalismo
 Micro-teorização
 Etnocentrismo
 Utilitarismo (ou pragmatismo)
 Cognitivismo
 A-historicismo
(Kruger,
1986 p. 6)
Caracterização da Psicologia Social: a
influência do positivismo
 Individualismo: designa a orientação adotada pelos psicólogos
sociais na escolha de determinados objeto de pesquisa;
Comportamento social
Processos cognitivos
 Experimentalismo:
e afetivos
Situações experimentais
controladas artificialmente
Presença real ou
imaginada de pessoas
?
Situações naturais
Caracterização da Psicologia Social: a
influência do positivismo
 Etnocentrismo: os conceitos e temas de uma determinada tradição
cultural são utilizados para entender sociedades diferentes;
 Dois problemas decorrem desse caráter etnocêntrico:
1) a validade externa de hipóteses e teorias psicológicas para outras
sociedades fora dos EUA;
2) do pto de vista teórico e prático há a necessidade de esclarecimento
para a solução de problemas relacionados com processos psicossociais
locais;
 Uma estratégia para suplantar a 1ª dificuldade é a replicabilidade dos
experimentos (?);
 2ª investir na pesquisa de temas de interesse social local
Caracterização da Psicologia Social: a
influência do positivismo
 Micro-teorização: não há o desenvolvimentos de concepções
teóricas abrangentes e sim o uso de conceitos:
 falta de consenso entre os especialistas em relação à imagem básica do
homem; acentuada dispersão temática
 Utilitarismo (ou pragmatismo): direcionamento de
pesquisas para responder a demandas “pouco nobres”: interesse
militar (II Guerra Mundial) e propagandas políticas e comerciais
Caracterização da Psicologia Social: a
influência do positivismo
 Cognitivismo – suplantou vertentes teóricas como a psicanálise e o
behaviorismo:
 Enfatiza excessivamente que a pessoa é ativa na busca do
conhecimento, orientada e capaz de controlar sua conduta de modo
racional
 Conceitos: dissonância cognitiva, da equidade, da atribuição, da
comparação social, reatância psicológica e da autopercepção;
 A-historicismo: tendência a excluir a dimensão histórica e concreta da
análise da conduta humana;
 Enfatiza a influência de estímulos e situações estimuladoras mais
imediatas, situacionais, diretamente relacionada com manifestações do
comportamento.
 O construcionismo social considera o
discurso sobre o mundo não como um
reflexo ou mapa do mundo, mas como
um artefato de intercâmbio social
Propósito
 Ocupa-se principalmente de explicar os
processos pelos quais as pessoas
descrevem, explicam, ou, de alguma
forma, dão conta do mundo em que
vivem (incluindo-se a si mesmas)
Objectivos
 Busca articular formas compartilhadas
de entenedimento tal como existem
atualmente, como existiram em
períodos históricos anteriores, e como
poderão vir a existir se a atenção
criativa se dirigir nesse sentido.
Premissas
 1) Aquilo que consideramos como
experiência do mundo não determina
por si só os termos em que o mundo é
compreendido
 2) os temos com os quais entendemos o
mundo são artefactos socais, produtos
históricamente situados de
intercâmbios entre as pessoas
Premissas
 3) O grau com que uma dada forma de
entendimento prevalece ou se sustenta
através do tempo não depende
fundamentalmente da validade empírica da
perspetiva em questão, mas das vicissitudes
dos processos sociais (comunicação,
negociação, conflito, retórica, etc)
Premissas
 4) As formas de compreensão negociada
são de uma importância crítica na vida
social, na medida em que estão
integralmente conceptualizadas com
muitas outras atividades das quais
participam as pessoas.
Conhecimento
 Geralmente tomamos por conhecimento aquilo
que é representado em proposições linguísticas –
arquivado em livros, revistas, etc. Estas
interpretações, são constituintes de práticas
sociais. Sob esta perspectiva, o conhecimento não
é algo que as pessoas possuem em algum lugar
dentro da cabeça, mas sim algo que as pessoas
fazem juntas. As linguagens são essencialmente
atividades compartilhadas.
Métodos
 Tornar inteligível a conduta de organismos;
 Desmistificar as formas existentes de
entendimento,
 Produzir “objetificações” ou ilustrações capazes
de proporcionarem consequências pragmáticas
nos sujeitos;
KURT LEWIN
 Influenciou a experimentação em
psicologia social
 O seu estudo ofereceu pontos de
partida para a análise do mundo social e
das relações interpessoais
KURT LEWIN
 A sua analise está mais voltada para processos activos de
mudança: mundo psíquico e mundo social
 As investigações sobre os grupos permitiram estruturar
o problema da mudança: elaboração de uma
metodologia action-research (investigação –
acção)
 Lewin deu importância às percepções, motivações,
avaliações e maneiras de nos relacionarmos no mundo
social
A emergência do paradigma
americano
 Na primeira metade do século XX, nos EUA a
psicologia social torna-se uma disciplina
científica autónoma.
 Curta existência
 Longa História
Psicologia Social Americana (PSA)
 ;
 Contudo, os impulsionadores da psicologia social foram
europeus….na América:
 Bartlett (inglês);
 Sherif (turco);
 K. Lewin (alemão);
 Heider (austríaco)
 Asch (polaco)
Contribuiram para
a Psicologia
Social
Ter um
Objecto
específico.
Contribuição para um objecto específico da
Psicologia Social
“Ao demonstrarem que a interdependência do comportamento podia ser
estudada [...] podia fornecer explicações práticas, novas e relevantes”
Psicologia Social Americana (PSA)
 Nos primeiros anos centrou-se nos estudos sobre a pessoa e a sua
situação social.
 Construção de métodos fiáveis para avaliar as atitudes.
 Rápida aplicação ao diagnóstico e intervenção sobre a realidade
social
PSE
PSA
• Preocupação com
-
os problemas do conflito
- Adopta a
e do papel – Mudança Social
perspectiva da
• Adopção de uma orientação
universalidade
menos individualista, mais
filosófica e consciente
Forte nas relações intergrupo – ciências sociais
Paradigmas
Antagónicos
- O velho paradigma
psicologia social
=
ciência natural
• orientação hipotético-dedutiva
• crença nos mecanismos internos
- O novo paradigma
Rejeitam o modelo do velho paradigma
e a ideia da exclusividade de uma
investigação empírica rigorosa
 Comportamento social – disposições comportamentais adquiridas.
 Sociocognitivismo: o que se sabe da sociedade guia a nossa actuação nela.
 Psicologia Social
Interaccionismo simbólico
Teoria do papel social
A estrutura social é essencial para o
desenvolvimento da pessoa social e na
manifestação do comportamento social.
Psicologia Social Americana
resolver problemas sociais
 Nova Iorque – estudos
Kurt Lewin
• Integração de caixeiros
negros nas lojas.
• Lealdade de grupo.
• Integração de judeus e
negros nos bairros novos
CRISES:-
estudantil
 Preocupação:
• Questões éticas.
• Integração social.
Anos 60
Objetivos do estudo científico do
Comportamento
1. Descrição
2. Explicação
3. Previsão
objectivos da Investigação
“compreender” o comportamento humano
 Descrever
 Identificar e classificar regularmente sequências de eventos
 Explicar
 Sugerir o porquê de certos eventos occorrerem.
 Prever
 Encontrar regularidades e relações previsiveis que existem entre
variáveis
OBJETIVOS DA PSICOLOGIA
DESCRIÇÃO
Recolha de dados
• Conduta
• Funcionamento mental
Medição
• Directa
• Indirecta
EXPLICAÇÃO
Hipótese
Establecimento de uma rede de relações causa-efeito
São submetidas a prova mediante experimentação controlada
PREVISÃO
Se uma H é acertada  descubrirá o que vai
suceder em situações relacionadas.
PREVISÃO
Aplicação de conhecimentos para resolver
problemas.
 a Psicologia procura explicar as condutas e
os processos mentais.
 Explicar é identificar causas:
¿o que causa que façamos o que fazemos,
sintamos o que sentimos ou pensemos o
que pensamos?
Níveis de Análise em Psicologia
• Explicações neuronais
• Explicações genéticas
Biológicas
• Explicações evolutivas
• Explicações de aprendizagem
• Explicações cognitivas
• Explicações sociais
• Explicações culturais
• Explicações do desenvolvimento
Experimentais
Psicologia Social Métodos
 Métodos de testar hipóteses
 Método Observacional
 Descrição – O que é a natureza do fenómeno?
 Método correlacional
 Previsão – conhecendo X, podemos esperar Y?
 Método experimental
 causalidade – é a variável Y causada pela variável X?
Métodos descritivos/ correlacional

objectivos:
1.
2.

descreve sistematicamente o comportamento social
descreve sistematicamente relações entre variáveis.
Alguns tipos de Métodos descritivos/ correlacionais
incluem:
1.
2.
3.
Estudos de Observação
Estudos de arquivos
Estudos de inquéritos
Método Observacional (I)
 Observar comportamento de certas pessoas
e/ou condição e registá-lo
 Etnografia
 Observação dentro de um grupo ou
cultura
 Observação Participante
 Observador interage com as pessoas
Observadas
Método Observacional (II)
 Limiatções do Método Observacional :
 Alguns comportamentos são mais frequentes
do que outros
 Limitado a grupos, contextos,
comportamento
 Não generalizável
Investigação descritiva
 Questões críticas
 Amostragem aleatória
 Informativa, mas não teste de hipóteses
Método correlacional (i)
 Medição de (duas) variáveis analisando se
elas estão relacionadas (i.e. até que ponto é
que uma permite prever a outra)
Correlação
 Coeficiente de Correlação
A Medição do grau em que duas
variáveis estão relacionadas. Varia de
–1.00 a +1.00.
Investigação correlacional
7
6
5
4
3
2
1
0
0
1
2
3
4
5
6
7
Método correlacional
 Questões com o Método correlacional :
 Correlação não é causalidade
 Não
nos diz o porquê das variáveis
estarem relacionadas
oexplicações alternativas
oOutras varáveis Intervenientes)
causalidade
 Covariação
 A presumida causa (X) e efeito (Y) estão
relacionadas uma com a outra.
 Precedência Temporal
 X ocorreu antes do efeitoY
 Terceira variável
 a relação entre X e Y não é explicável pela
presença de outros agentes causais plausíveis.
Investigação correlacional
 Investiga se as mudanças numa variável estão
relacionadas com mudanças noutras variáveis
Investigação correlacional
7
6
5
4
3
2
1
0
0
1
2
3
4
5
6
7
Investigação correlacional
 pontos fortes desta abordagem
 Possibilidade de Amostra aleatória
 Comportamento actual
 Boa generalizabilidade (i.e. Validade
Externa)
 potencial para numerosas variáveis
Investigação correlacional
 pontos fracos
 Não pode estabelecer conclusões
causais
 direcção da causalidade
 problema da 3ª variável
Método experimental
 variável independente
 variável dependente
O factor que é
sistematicamente
manipulado para que
a Investigação possa
examinar o seu efeito
na variável
dependente.
a variável (usualmente o
comportamento ) que
é afectado pela
variável
independente.
Método experimental,
 Amostragem aleatória
 distribuição aleatória por condição
Método experimental,
Uma definição operacional é
uma especificação de como as
variáveis são medidas, ou
manipuladas.
Estatísticas Inferenciais
 Significância estatística
 a probabilidade que as relação Observadas ou a
diferença entre duas variáveis não é devida a factores
do acaso.
 Nível de Probabilidade (p-value): indicador numérico
de quão provável de que os resultados das experiências
ocorreram pelo acaso e não por causa da variável
dependente (p < .05 significa que existe menos
probabilidade do que 5 em 100 que os resultados
possam ser devidos ao acaso.)
Design experimental
 características
manipulação de uma variável
resolve o problema da direcção
causalidade
Aleatóriamente distribuida pelas
condições
resolve o problema 3ª variável
Design experimental
 ~conceitos das experiências
 variável independente
 variável dependente
 distribuição aleatória
Design experimental
 testar teoria
 Será que avariável independente causa
mudanças na variável dependente?
Design experimental
 pontos fortes
 permite conclusões causais -- melhor
teste da teoria
 pontos fracos
 nem todos as questões são possíveis de
realizar experiências
 Preocupações de generalizabilidade
Desafios
efeitos expectativa
Desejabilidade social
dilemas éticos
Questões Investigação na
Psicologia Social
Questões Investigação Social
 Reactividade
 comportamento Social é particularlmente
afectado pelos observadores
 contexto Social
 contextos Naturais são particularlmente
difíceis de recriar para o comportamento
social
 engano
tipos de Enviezamentos
 Enviezamento Amostra
 Enviezamento Medição
 Enviezamento Observador
 Enviezamento Sujeitos
Amostra e Medição Enviezamentos
 Medição
 Enviezamentos
Enviezamentos
Amostrais

Validade
distribuição

Fidelidade
aleatória
ética
 Consentimento informado
 riscos and Beneficios
 engano
 Privacidade, Confidencialidade
Privacidade e Confidencialidade
 Direito à privacidade
 Sempre que possível, a Investigação deve
tomar cuidados para assegurar o anonimato
dos sujeitos.