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ECLÂMPSIA E SÍNDROME HELLP

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Jhenifer Barbosa
ECLÂMPSIA E SÍNDROME HELLP
Doença vascular
materna
Placentação anormal
Trofoblasto em excesso
Fatores genéticos
imunológicos
inflamatórios
Agentes vasoativos:
prostaglandinas
óxido nítrico
endotelina
baixa perfusão uteroplacentária
Vasoespasmo
disfunção endotelial
ativação de
coagulação
HA
eclampsia
DPP
oligúria
disfunção hepática
permeabilidade capilar
trombocitopenia
Citocinas nocivas
edema
hemoconcentração
proteinúria
Placentação anormal que pode ser concomitante com doença vascular materna e trofoblasto
em excesso. Esses fatores associados a agentes vasoativos, vão gerar a baixa perfusão
uteroplacentária, causando a produção de substâncias que lesam o endotélio e ativam a
coagulação, causando a produção de citocinas nocivas e trombocitopenia por consumo de
plaquetas. Ocorre também alteração de permeabilidade vascular, que gera uma paciente
edemaciada, com proteinúria e com hemoconcentração (por isso não pode dar diurético). Do
ponto de vista vascular, a paciente apresenta HA, pode apresentar DPP, oligúria, eclampsia e
disfunção hepática (característica de síndrome HELLP).
Eclâmpsia = hipertensão arterial + convulsão
Pré-eclâmpsia grave = hipertensão + proteinúria + alteração de função hepática e renal + sinais
preditivos de convulsão (escotomas, alteração na visão, cefaleia, dor epigástrica em barra –
hematoma hepático). A paciente com sinais preditivos de convulsão pode convulsionar a
qualquer momento.
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Emergência hipertensiva: PA ≥ 160/110mmHg
o Obrigatoriamente: internação e investigação de lesão de órgão alvo (rotina de
DHEG)
Eclâmpsia: convulsão
Síndrome HELLP: distúrbio de coagulação
o H-hemólise, EL-enzimas hepáticas, LP-plaquetopenia
o Paciente com endotélio lesado e hemoconcentração. A paciente apresentará
anemia, e plaquetopenia. A hemólise causa aumento de BI, que vai para o
fígado para ser conjugada e virar BD. A BI numa situação de hemólise tem seus
níveis mais altos e a BD, inicialmente, tem níveis um pouco mais baixos.
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o
Enquanto houver BI>BD há uma disfunção hepática controlável, a partir do
momento que BD>BI, é indicativo de falência hepática (apenas resolvida por
transplante), com ruptura hepática.
O fígado sobrecarregado por hemólise e pelo consumo de plaquetas começa a
apresentar depósito de fibrina, produção aumentada de plaquetas e aumento
de transaminases (aumento TGO e TGP). Assim, o distúrbio de coagulação está
“nas costas” do fígado, que fica sobrecarregado.
Quando há plaquetopenia, e cada vez mais baixa, ocorre elevação cada vez maior de
fibrinogênio para compensar o distúrbio de coagulação, nessa situação a paciente apresenta
HELLP. Depois que o fibrinogênio sobe, ele começa a cair, quando ocorre plaquetopenia e
queda de fibrinogênio, a paciente apresenta CID. A paciente com CID deve ficar na UTI.
O fibrinogênio deve ser dosado quando a plaqueta baixar de 100.000 (ou 150.000). Pode-se
fazer dosagem de plaquetas de 6/6h.
- Emergência hipertensiva:
Conduta inicial:
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Decúbito dorsal (DLE – Zugaib)
o Essa paciente precisa ficar em situação que se tem acesso a via aérea em casos
de convulsão.
Cabeceira elevada
Acesso venoso (com veia de bom calibre)
Sonda vesical – para avaliação da diurese, pois, a principal medicação que tem que
fazer na paciente exige diurese mínima de 30ml/h. É observada também a cor da
urina, que quanto mais escura indica maior hematúria, a paciente pode estar entrando
em IRA.
Controle pressórico
Exames laboratoriais (órgãos alvo)
Vitalidade e maturidade fetal
o Se o feto estiver maduro deve-se interromper a gestação
o Se estiver prematuro deve-se avaliar a vitalidade
 Vivo – corticoide para maturação pulmonar
 Morto – indução do parto
- Controle pressórico:
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MgSO47H2O – sulfato de magnésio – OBRIGATÓRIO EM TODAS AS PACIENTES COM
PAD≥110mmHg NO MOMENTO DA INTERNAÇÃO.
o Função: proteger o SNC da convulsão.
o Também tem um efeito de redução pressórica.
o Efeito colateral: depressão respiratória e perda de reflexo patelar
Hidralazina venosa – feita quando não foi possível reduzir a PAD, apenas com o sulfato
de magnésio, para <110mmHg. 1 ampola diluída para 20ml (1ml hidralazina (20mg
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hidralazina) + 19ml água destilada). Administrar de 3 a 5ml venoso, lento, a cada 20 a
30 minutos. Geralmente se faz 3ml a cada 20 minutos ou 5ml a cada 30 minutos.
o Efeito colateral: hipotensão severa
Nitroprussiato – usado quando a paciente não responde à hidralazina. Só pode ser
usado por 4h com segurança fetal. O metabolismo do nitroprussiato tem produção de
cianeto.
o Dose inicial: 0,25mcg/kg/min
Não pode utilizar BCC em emergência hipertensiva.
A nifedipina é utilizada em pacientes hipertensas crônicas, depois de investigação e
confirmação de que a paciente não tem DHEG.
A entrada de cálcio e saída de magnésio da arteríola causa o vasoespasmo. A nifedipina (BCC)
impede a entrada de cálcio e a saída de magnésio do vaso. O sulfato de magnésio insere
magnésio no interior da arteríola e retira o cálcio da arteríola. As duas drogas possuem o
mesmo efeito, porém, com mecanismos diferentes. Assim, essas duas drogas quando
utilizadas juntas potencializam o efeito da outra, podendo causar hipotensão severa. Portanto,
É PROIBIDO O USO CONCOMITANTE DE NIFEDIPINA E SULFATO DE MAGNÉSIO.
Quando chega paciente em uso de nifedipina que em emergência hipertensiva, deve-se
administrar sulfato de magnésio após 6h da ultima dose de nifedipina. Caso a ultima dose não
tenha esse tempo, deve-se administrar dose reduzida de sulfato (geralmente metade da dose).
- Sulfato de magnésio:
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Pritchard: 4gIV + 10g IM – dose de ataque. Manutenção: 5g IM a cada 4-6 horas.
o Pode causar necrose de glúteo.
Zuspan: 4g IV – dose de ataque (a infusão leva aproximadamente 20 minutos).
Manutenção: 1-2g IV/h
o Se a infusão for rápida, a paciente pode apresentar depressão respiratória e
perda de reflexo patelar. O primeiro sinal de que a paciente pode apresentar
depressão respiratória é o calor da paciente.
Como administrar? 480ml SG 5% + MgSO4 (50%): 20ml. 1ª hora: 200ml/IV; manutenção:
100ml/h em bomba de infusão. Interromper 24h após a última convulsão/sintomas
neurológicos.
- Funções de órgãos alvo:
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Neurológica – dor, alteração visual, alteração de consciência
Cardiorrespiratória – FC, FR, nível pressórico, arritmias
Hepática/coagulação – dor torácica ou dor epigástrica em barra – distensão da cápsula
de Glisson.
Renal – diurese, aspecto da urina.
Laboratório:
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Hemólise:
Jhenifer Barbosa
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o Htc/Hb
o Bilirrubinas >1,2mg%
Hepática:
o Plaquetas <100.000/mm3
o Bilirrubinas >1,2mg%
o Transaminases ≥70UI
o DHL≥ 600UI
Renal:
o Ureia >40mg%
o Creatinina >1mg%
o Acido úrico >6mg%
o Proteinúria >300mg/24h
o Albumina <4g%
o Diurese <30ml/h
Coagulação:
o Plaquetas <100.000/mm3
o Fibrinogênio <100mg/dl
Deve-se tomar cuidado com diurético e nifedipina. O diurético só pode ser usado em casos de
edema agudo de pulmão (ICC descompensada). A nifedipina causa queda intensa e brusca da
pressão.
A paciente com síndrome HELLP (plaquetas <50.000) recebe corticoide:
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Dexametasona: 10mg IV 12/12h, 3 doses. Auxilia a recuperar o nível de plaquetas em
casos de plaquetopenia severa.
Obs: para amadurecimento fetal, a dose de dexametasona deve ser 24mg no total, feita em
fetos entre 24 e 34 semanas.
- Eclâmpsia – suporte:
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Decúbito dorsal (DLE – Zugaib)
Cabeceira elevada (melhora a perfusão uteroplacentária) e contenção
Proteção da língua (fixação de cânula de Guedel)
Acesso venoso e sonda vesical
O2 sob máscara
Sulfato de magnésio
Controle pressórico
Maturidade e vitalidade fetal
o Ultrassonografia e cardiotocografia
o Caso o feto seja viável, se interrompe a gestação.
o Caso não seja viável, deve-se administrar corticoide e aguardar a maturação
fetal.
Laboratório (rotina DHEG)
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Para esta paciente ser operada, é necessário ter o resultado dos exames laboratoriais. Essa
paciente com plaqueta <50.000 não pode receber anestesia de bloqueio, devendo receber
anestesia geral.
A paciente deve ser estabilizada, para depois passar pelo procedimento cirúrgico.
- Síndrome HELLP:
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Hemólise:
o Hematócrito e hemoglobina baixos
o Bilirrubinas > 1,2mg%
o DHL >600 UI/L
Elevação de enzimas hepáticas: AST e ALT > 70U/L
Plaquetopenia <100.000/mm3
Fibrinogênio <100mg/dl = Falência hepática – CID
Clínica: cefaleia, dor epigástrica e/ou hipocôndrio D, perda de apetite, náuseas e vômitos,
escotomas, níveis pressóricos elevados.
A rotina de DHEG deve ser pedida a cada 6-12 horas, para avaliar evolução da doença e dar o
diagnóstico de HELLP.
- Cuidados para resolução do parto:
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Nunca realizar cesariana intempestiva.
Verificar diurese
Realizar hidratação: cuidado com a hidratação, pois a paciente pode fazer EAP.
Sulfato de magnésio
Hipotensor
Puerpério
A baixa perfusão renal aumenta a produção de renina que aumenta a pressão arterial. Por isso,
é hidratada a paciente que tem baixo volume intravascular. Enquanto se realiza a hidratação e
a PA está estável, pode se continuar a hidratação. Se estiver hidratando e a PA aumentar e não
houver diurese, deve se parar a hidratação, pois a paciente está em insuficiência renal. Se com
a hidratação houver inicio da diurese e queda da PA, se atingiu o resultado necessário.
Obs: se a plaqueta estiver menor que 30.000 deve-se transfundir. Se estiver <50.000 deve-se
dar anestesia geral.
- Conduta obstétrica na Síndrome HELLP (Zugaib):
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Feto vivo
Viável com
vitalidade alterada
Inviável
IG entre 28 e 34 semanas
Vitalidade normal
Parto
Inadequado
Controle materno e fetal
Adequado
34 semanas
- Conduta obstétrica na Eclâmpsia (Zugaib):
Eclâmpsia
Oxigenação
Sulfato de magnésio
Avaliação global
Conduta Obstétrica
Feto Vivo
Feto morto
Estabilização
materna
Inviável
Viável
Parto
Eclâmpsia Complicada
Eclâmpsia não complicada
Parto
Parto
Evolução materna
desfavorável
Parto
Evolução materna favorável
Resolução da gestação
dependendo do quadro
maternou e/ou da
vitalidade fetal
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