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Ambiência em Frangos de Corte

Introdução: Júlia, Matheus
Nas últimas décadas, a avicultura no Brasil teve um crescimento exponencial tanto
no consumo de carne quanto em tecnologias investidas, justamente a fim de
acompanhar a demanda emergente. Isso reflete diretamente em projetos de
pesquisas e modernização que visam aumentar, não apenas a produtividade, mas
também: rentabilidade, ganho de peso diário, diminuir estresse nas aves,
sustentabilidade, maior eficácia e principalmente o bem estar animal que, adjunto a
ele, direciona a maioria -se não todos- os fatores que impulsionam a avicultura
moderna.
Devido aos fatores climáticos e tipologia de aviários abertos, o Brasil destaca-se na
avicultura. Diante disso, a indústria avícola deve seguir padrões, como temperatura,
tipos de galpões, sistema de luz e cortinados adequados.
Em suma, todos os tópicos seguidos são aplicados para prover o bem- estar das
aves, garantido uma boa temperatura e ótima zona de conforto. O uso de tais
tecnologias garante uma maior produção e menores gastos, fatores buscados por
toda indústria avícola.
Desenvolvimento : Amanda, Karina, Adriana
Ambiência em Frangos de Corte:
A avicultura industrial dos dias atuais preza por produtos de qualidade provenientes
de uma criação que trabalha com bem-estar animal, e dentro de um aviário um dos
pontos mais importantes para tal é a ambiência dos galpões. Como principais
desafios dentro dos mesmos tem-se a temperatura, umidade relativa do ar e a
emissão de gases tóxicos no interior dos galpões. O desenvolvimento, reprodução,
alimentação e o crescimento das aves são afetados pelas condições internas e
externas do ambiente no qual se encontram alojados.
A maior preocupação reside no fato de que a avicultura brasileira sempre foi
diferenciada da avicultura de outros países produtores, justamente pelo seu
diferencial de clima e tipologia de aviários abertos, que sempre colocaram o Brasil
em uma situação vantajosa, comprovada pelos resultados de desempenho e
bem-estar das aves, qualidade do ar das instalações e estado sanitário dos lotes. É
neste momento que a tecnologia entra para fazer melhorias e colocar a avicultura
um passo à frente com benefícios de galpões com maior controle de variáveis.
Características a serem consideradas nas construções de aviários são
principalmente: Localização, orientações, dimensões, pé-direito, beirais, telhado,
lanternim, fechamentos, quebra ventos, sombreiros e materiais utilizados na
construção. Os principais instrumentos utilizados na ambientação são: Ventiladores,
Exaustores, Nebulizadores, Defletores, Fornos, Pad cooling, Cortinas, Forro de
Polietileno, Geradores de energia, Painéis evaporativos, Inlets e entre outros.
Temperatura
De acordo com Abreu (2011) cerca de 80% da energia ingerida pelos frangos é
utilizada para a manutenção da temperatura corporal e apenas 20% é investido em
produção. Esse mecanismo de homeostase é eficiente apenas dentro de certos
limites de temperatura.
(ABREU, 2011)
Se a ave não for capaz de regular sua temperatura após determinado limite, ocorre
a morte por prostração. Aves não se adaptam bem a extremos de temperatura.
(CURTIS, 1983) Manter os animais em sua zona de conforto é algo desejável ao
produtor, pois evita-se que a ave gaste sua energia proveniente da alimentação com
uma regulação térmica excessiva, além de possíveis perdas de animais devido a
uma falha para se dissipar calor do corpo.
A umidade relativa do ar possui grande importância na dissipação de calor latente.
As aves usam de um mecanismo de aumento da taxa de respiração e sua área
interna por onde o ar passa, (abrindo seus bicos) numa tentativa de dissipar este
tipo de calor.
Ao nascer, o sistema termorregulador das aves ainda não está completamente
desenvolvido. Precisando de adaptações para manter sua temperatura corporal
adequada, como por exemplo, aquecedores. Perdas de calor sensível neste
momento de vida dos animais se refletem em redução na energia de mantença,
comprometendo seu crescimento. Além de é claro, serem especialmente sensíveis
à morte por hipotermia.
Para sistemas efetivos de ambiência, é muito importante que o produtor, em
conjunto com os arquitetos, leve em consideração a realidade climática da região,
assim é possível adequar o sistema às necessidades dos animais para uma maior
produtividade e custo benefício. Isso inclui estudar as máximas e mínimas diurnas e
noturnas da região em diferentes estações do ano. Este estudo microclimático é de
suma importância para o conforto térmico e boa implantação do sistema.
Criações de alta densidade de animais geralmente são sistemas que sofrem mais
em decorrência do estresse térmico devido ao calor.
Tipos de galpões
A Embrapa Suínos e Aves realizou uma padronização de definição dos sistemas,
principalmente pela necessidade da montagem dos custos de produção da
avicultura para os estados brasileiros (Abreu & Abreu, 2010).
Sistema Convencional: Não possui sistema de controle artificial da temperatura. O
condicionamento térmico é natural. Cortina de ráfia amarela, azul ou branca. Sem
forro
Sistema Semi Climatizado: ventiladores em pressão positiva. Pode ou não ter forro.
Cortina de ráfia amarela, azul ou branca.
Sistema Climatizado: o controle das condições térmicas ambientais é maior que os
anteriores. ventiladores em pressão positiva ou exaustores em pressão negativa.
Sistema de resfriamento pode ser por nebulização ou “pad cooling”. Pode ter ou não
forro ou defletores e gerador de energia. Cortina de ráfia amarela, azul, branca ou
reflexiva.
Sistema Dark house: exaustores em pressão negativa. O sistema de resfriamento
pode ser por nebulização ou pad cooling. Possui forro de polietileno preto de um
lado e preto ou claro do outro lado. Alguns produtores utilizam defletores no forro. O
uso de geradores de energia é indispensável. A cortina tem que ser bem vedada
para não permitir entrada de ar, com vistas à maior eficiência do sistema de
exaustão, sendo em polietileno preto de um lado e reflexiva do outro. Objetiva-se
com esse sistema maior controle da iluminação e das condições térmicas
ambientais no interior do aviário.
Sistema Brown house: exaustores em pressão negativa. O sistema de resfriamento
pode ser por nebulização ou pad cooling. Possui forro de polietileno preto de um
lado e preto ou claro do outro lado. Alguns produtores utilizam defletores no forro. O
uso de geradores de energia é indispensável.
Blue House e Green house: cortina e o forro são azuis ou verdes de um lado e
reflexivos do outro, respectivamente. exaustores em pressão negativa. O sistema de
resfriamento pode ser por nebulização ou pad cooling. Alguns produtores utilizam
defletores no forro. O uso de geradores de energia é indispensável.
Sistemas de Luz:
A iluminação tem por finalidade estimular o consumo de alimento, melhorar
desempenho, reduzir problemas sanitários e adaptar as aves ao ambiente nos
primeiros dias de vida. O programa de luz, pode ser classificado como luz
constante, intermitente e crescente.
Luz constante: usa um foto-período de mesmo comprimento, durante todo o ciclo de
crescimento, possibilitando acesso uniforme aos comedouros durante todo o dia
Luz intermitente: apresenta ciclos repetidos de luz e escuro dentro de um período de
24 horas; acredita-se que a luz intermitente sincronize melhor o consumo de
alimento com a passagem do bolo alimentar pelo trato digestório dos frangos
Luz crescente: fornece uma série de foto-esquemas, nos quais o foto-período é
aumentado conforme o frango avança a idade.
Pode-se dizer então, que estabelecer um foto-período adequado em um curto
período, pode ser uma solução para melhorar o bem estar dos frangos sem
prejudicar seu desempenho.
Cortinado
As cortinas são usadas para proporcionar segurança e proteção para as aves, o
manejo é determinado de acordo com a temperatura ambiente e idade dos animais.
As cortinas devem permanecer fechadas no primeiro dia da chegada dos pintos.
Elas devem ser manejadas a fim de possibilitar maior ventilação com uma pequena
entrada de ar do meio externo. Ela é usualmente de plástico e deve ser aproveitada
contra ventos fortes, chuva, insolações excessivas e mudanças bruscas de
temperatura. É recomendado ainda, que sua abertura seja de cima para baixo,
visando controle de dentro do galpão.
Se possível, dispor de uma cobertura de grama ao redor do galpão pois reduz a
quantidade de calor refletido para o interior (FURLAN, 2006)
Imagens
Sistema de ambientação com pressão Negativa
(Fonte: ​https://avicultura.info/pt-br/dicas-ventilacao-tunel-instalacoes-avicolas/​)
Estresse calórico em aves jovens
(Fonte: ​https://avicultura.info/pt-br/dicas-ventilacao-tunel-instalacoes-avicolas/​)
Aves com “boca aberta”, compensando o calor latente.
(Fonte:
https://agroceresmultimix.com.br/blog/estresse-termico-em-poedeiras-definicao-do-e
stresse-e-consequencias-fisiologicas/)
Interior de galpão de frangos de corte com ventilação por pressão negativa e fechamento lateral
com cortinas azuis.
Fonte:​https://animalbusiness.com.br/producao-animal/infraestrutura-e-equipamentos
/caracteristicas-ambientais-dos-aviarios-adotados-atualmente-no-brasil-e-respostasno-desempenho-produtivo/
Vista externa de galpão de frangos de corte, com exaustores em uma das extremidades e
fechamento com cortinas nas laterais.
Fonte:​https://animalbusiness.com.br/producao-animal/infraestrutura-e-equipamentos
/caracteristicas-ambientais-dos-aviarios-adotados-atualmente-no-brasil-e-respostasno-desempenho-produtivo/
Aviário pressão negativa
Sistema de resfriamento evaporativo por nebulização interna no galpão.
Fonte:
https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/galpoes-climatizados-uma-ferrame
nta-eficiente-aliada-a-alta-produtividade/20170201-144126-c248
Fonte:​https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/galpoes-climatizados-uma-fe
rramenta-eficiente-aliada-a-alta-produtividade/20170201-144126-c248