Enviado por Débora Maria Nunes

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CAÇA-PALAVRAS COM FUNÇÃO AVALIATIVA EM UMA
SEQUÊNCIA DIDÁTICA DISCUTINDO APARATOS E VIDRARIAS DE
LABORATÓRIO
Ana Claudia Rocha Cabral – [email protected]
Maria Bruna de Souza Mulinari– [email protected]
Antonio Rogério Fiorucci – [email protected]
Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), Dourados – MS
Keila Batista Dias – [email protected]
Escola Estadual Floriano Viegas Machado, Dourados – MS
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma discussão sobre o uso de
jogos no ensino de Química e sua função como um instrumento de avaliação da
aprendizagem, sendo a etapa final de uma sequência didática desenvolvida com 153 alunos
de turmas do 1° ano do Ensino Médio na Escola Estadual Floriano Viegas Machado,
localizada na cidade de Dourados, estado de Mato Grosso do Sul. A proposta consistiu da
apresentação de alguns aparatos e vidrarias comumente utilizados em laboratórios de
Química, discussão de suas aplicações e avaliação da aprendizagem com uso de caçapalavras. Cada turma foi dividida em cinco grupos e levadas ao laboratório de Química da
escola, sendo assim feita a apresentação sobre aparatos e vidrarias aos estudantes utilizando
slides elaborados com o software Power Point. Os diagramas dos caça-palavras foram
criados com auxílio do programa Crossword Forge v. 7.3. As imagens de aparatos e
vidrarias foram obtidas do software Chemdraw Ultra 2004 v.8.0. Posteriormente, versões de
caça-palavras usando o mesmo banco de palavras, mas com diagramas diferentes foram
elaboradas por meio do editor de texto Word, e aplicadas em sala de aula com o intuito de
avaliar a aprendizagem dos alunos na sequência didática. Foi analisada a eficiência do
caça-palavra como metodologia de revisão e instrumento de avaliação do ensino.
Palavras-chave: Lúdico, Caça-palavras, Pluralismo metodológico.
1
INTRODUÇÃO
A Química tem contribuído para a melhoria de vida das pessoas e há evidências todos os
dias de situações em que ela está envolvida, mesmo assim verifica-se a dificuldade que os
alunos têm em compreender vários conceitos e relacioná-los com o cotidiano. Há muito
tempo que se tem buscado respostas para o problema da dificuldade de aprendizagem dos
alunos no ensino de Química, procurando ensinar de uma maneira que eles aprendam de
maneira significativa e prazerosa.
Dessa forma, é necessário utilizar-se de atividades lúdicas para que possa atrair e
estimular os alunos no processo de construção do conhecimento. Compreende-se que, “a
atividade lúdica é definida como uma ação divertida independente do contexto linguístico”.
(SOARES, 2004, p.28)
Segundo Cunha (2004), os jogos são indicados como um tipo de recurso didático
educativo que podem ser utilizados em momentos distintos, como na apresentação de um
conteúdo, ilustração de aspectos relevantes ao conteúdo, como revisão ou síntese de conceitos
importantes e até para a avaliação de conteúdos já desenvolvidos.
Ainda segundo Cunha (2011), o jogo sempre foi uma atividade muito utilizada pelo ser
humano em diferentes épocas. Como exemplo, tem se os egípcios e maias que utilizavam os
jogos como forma de ensinar aos jovens os valores e padrões de vida social. Dessa forma, o
jogo é um constituinte da história da humanidade, e por meio dele pode-se perceber a
importância no contexto em que a educação atual se encontra, no qual é necessário buscar
outras maneiras de sua utilização em sala de aula.
2
JOGO COMO FERRAMENTA DE ENSINO
Para que a utilização de jogos no ensino de química alcance resultados significativos é
necessário que eles sejam educativos e que mantenham um equilíbrio de duas vertentes ou
funções que segundo Kishimoto (1994) seriam: a lúdica e a educativa. A função lúdica se
relaciona à diversão e ao prazer que um jogo proporciona. A educativa se refere à aquisição
de conhecimentos.
Quando as situações lúdicas são intencionalmente elaboradas pelo professor para
estimular a aprendizagem, é a função educativa que está presente. E enquanto esta função está
associada à ação do aluno de brincar ou divertir-se com a atividade lúdica, pode-se dizer que o
professor está potencializando o processo de ensino-aprendizagem. (KISHIMOTO, 1994)
Segundo Grando (2000), a inserção de um jogo didático no processo de ensinoaprendizagem do aluno pode implicar também em algumas desvantagens, sendo algumas
delas as falsas concepções de que se devem ensinar todos os conceitos através de jogos, o
tempo gasto com a atividade pode ser maior se o professor não estiver preparado e a
dificuldade de acesso e disponibilidade de materiais e recursos para o uso de jogos no ensino.
2.1
Caça-palavras
Segundo Shimoda (2011), os caça-palavras têm menos de 50 anos de criação, sendo
confeccionados depois de vários outros jogos de passatempo, como as palavras cruzadas e
quebra-cabeças. O homem que recebeu crédito pela criação do primeiro caça-palavras é
Normam Gibat, que publicou o caça-palavras em um pequeno jornal local em Norman,
Oklahoma, Estados Unidos, na página de anúncios, onde logo chamou a atenção de
professores que pediram cópias para utilizarem como atividades para seus alunos.
Posteriormente, os caça-palavras foram publicados em jornais de todo o mundo.
As abordagens lúdicas usando jogos de passatempo têm sido relatadas nas pesquisas de
ensino de Química em âmbito internacional e nacional. Dois trabalhos pioneiros no uso de
jogos de passatempo para o ensino de Química na literatura internacional foram propostos por
Most (1993) e Helsser (1999). Most (1993) propôs o uso de palavras cruzadas no ensino de
Química Geral e um caça-palavras foi descrito por Helsser (1999), no qual dezessete frases
dispostas em um diagrama de 10 x 14 letras são relacionadas com a temática segurança em
laboratório.
Várias abordagens lúdicas têm sido relatadas nas pesquisas de ensino de Química usando
jogos de passatempo em âmbito nacional como de Benedetti-Filho et al. (2009), que utilizam
palavras cruzadas como recurso didático para o ensino de teoria atômica; de Luz et al. (2013),
que trabalham o conteúdo de Tabela Periódica através de um jogo de caça-palavras; de
Nascimento et al. (2014), que enfocaram a utilização do caça-palavras para fixar o conceito
de substâncias químicas.
Outro trabalho mais recente, publicado por Benedetti-Filho et al. (2013), relata o uso de
palavras cruzadas como método de avaliação no Ensino de Química após o término de um
conteúdo previamente trabalhado pelo professor.
A conclusão das pesquisas citadas é que por meio do caráter motivador das palavras
cruzadas e caça-palavras, os alunos participam mais ativamente das atividades
proporcionando uma aprendizagem mais significativa, nas quais eles atuaram como
protagonistas da própria aprendizagem. Outra conclusão foi que a utilização de atividades
lúdicas como um instrumento de avaliação mostrou-se mais eficaz que a avaliação tradicional.
O caça-palavras é um jogo que se pode jogar de inúmeras maneiras, e pode se constituir
como um instrumento motivador e mediador do processo de ensino e de aprendizagem. Por
essas características, neste trabalho, fizeram-se adaptações dos caça-palavras para revisar os
nomes de vidrarias e aparatos de laboratório relacionando com suas imagens. Alguns fatores
que influenciaram a escolha do jogo foram: baixo custo, facilidade de confecção, o que
possibilitou ganho de tempo na etapa de planejamento para a realização da atividade lúdica.
Foi possível a elaboração de um caça-palavras através do uso em conjunto de diferentes
programas e softwares, sendo eles Microsoft Office Word 2007, Crossword Forge v. 7.3 e
Chemdraw Ultra 2004 v. 8.0.
3
3.1
METODOLOGIA
Desenvolvimento da sequência didática e elaboração dos caça palavras
Considerando que as atividades lúdicas são importantes instrumentos de motivação, por
meio do uso em conjunto de diferentes programas e softwares, sendo eles Microsoft Office
Word 2007, Crossword Forge v. 7.3 e Chemdraw Ultra 2004 v. 8.0, foi possível elaborar e
aplicar um jogo “Caça-Palavras”.
A atividade foi desenvolvida pelo subprojeto de Química do PIBID–UEMS, na EE
Floriano Viegas Machado, em Dourados – MS, sendo realizada em duas horas/aulas com
cinco turmas de 1° ano de Ensino Médio do período matutino no ano de 2015. Foi
desenvolvida uma sequência didática com apresentação de slides e exibição de materiais mais
utilizados nos laboratórios de Química e, posteriormente, foi aplicado o jogo didático de caçapalavras.
As imagens dos diagramas de várias versões de caça–palavras foram criadas usando
software Crossword Forge v. 7.3 como está representado na Figura 1.
Figura 1 – Imagem do programa Crossword Forge v. 7.3.
Fonte: Print screen da tela do programa Crossword Forge v. 7.3
As imagens de aparatos e vidrarias foram obtidas do software Chemdraw Ultra 2004 v.
8.0. Usando as imagens obtidas pelos programas citados, versões de caça-palavras foram
elaboradas no editor de texto Word. Uma versão de caça-palavras é ilustrada na Figura 2.
Figura 2- Modelo de caça-palavras utilizado na atividade.
Fonte: Elaborado pelos autores.
Os alunos teriam que encontrar a palavra no caça-palavras e relacionar a mesma com sua
imagem. A escolha das vidrarias de laboratório baseou-se no fato de serem materiais mais
comumente utilizados, sendo estes, funil de decantação, béquer, espátula, almofariz e pistilo,
bastão de vidro, balão de destilação, proveta, pipeta graduada, pipeta volumétrica e tubo de
ensaio.
3.2
Método de coleta e análise de dados
As análises foram feitas por meio da interpretação dos autores sobre os dados. A partir
destes, analisaram-se alguns dados de forma qualitativa e outros de forma quantitativa. Os
dados quantitativos (número de acertos para uma palavra do caça-palavras) foram
correlacionados com a análise qualitativa de todas as etapas da sequência didática.
Para se identificar as contribuições que a sequência didática proporcionou a
aprendizagem dos estudantes, foi utilizado o próprio caça-palavras que teve como principal
objetivo o de verificar o conhecimento do aluno após o conteúdo ter sido trabalhado.
Assim, acreditamos que os caça-palavras foram meios de coletas de dados que nos
auxiliaram a evidenciar a possibilidade de utilização do mesmo como instrumento de
avaliação da aprendizagem dos alunos.
A análise qualitativa foi uma narração e interpretação pessoal por parte dos pesquisadores
com relação à percepção que tiveram dos dados. Afinal, não seria possível uma leitura neutra
da sequência aplicada. Toda leitura se constitui numa interpretação. Assim, de acordo com
que afirma Chizzotti (2000, p. 79) apud Soffa e Alcântara (2008, p. 4926):
A abordagem qualitativa parte do fundamento de que há uma relação dinâmica entre
o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e o objeto, um
vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito. O
conhecimento não se reduz a um rol de dados isolados, conectados por uma teoria
explicativa; o sujeito-observador é parte integrante do processo de conhecimento e
interpreta os fenômenos, atribuindo-lhes um significado. O objeto não é um dado
inerte e neutro; está possuído de significados e relações que sujeitos concretos criam
em suas ações. (Chizzotti, 2000, p. 79)
Segundo Aragão (2002), a investigação narrativa é muito utilizada em estudos e
pesquisas sobre a experiência humana, e é feita a partir de relatos ou histórias, sendo
utilizados como força de expressão na investigação da educação, sendo um meio de abordar
as experiências vividas, levando em consideração não somente aspectos metodológicos, mas
também epistemológicos utilizados nas ações por meio de processo educativos.
Dessa forma, afirma este autor que: “A narrativa ocupa um lugar importante nas mais
variadas disciplinas ou campos de saber, talvez porque ‘narrar’ seja inerente ao ser humano,
isto é, seja uma estrutura fundamental da experiência humana vivida”. (ARAGÃO, 2002, p.2).
Portanto adotou-se um percurso investigativo, onde narrar fatos ajuda a estruturar os docentes,
tornando possível expressar interpretações feitas na realidade escolar.
4
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os alunos de cada sala (1°A, 1°B, 1°C, 1°D e 1°E) foram divididos em cinco grupos,
contendo em média seis alunos. Foram encaminhados ao laboratório de Química da escola e
orientados a anotar sobre as vidrarias para que pudessem fazer a atividade de caça palavras
que seria aplicada posteriormente em sala de aula.
Essa parte da sequência didática pode ser visualizada na Figura 3:
Figura 3- Alunos desenhando e anotando sobre vidrarias e aparatos de laboratório.
Fonte: Autores
Quando os alunos eram questionados pelos bolsistas de iniciação à docência, sempre
tentavam responder e, por várias vezes, as respostas mostravam algum conhecimento por
parte dos mesmos, como por exemplo, quando perguntado a um grupo de alunos “O que é
condensação?”, a resposta foi “É a passagem do estado gasoso para o líquido”.
Surgiram ainda, por parte dos alunos, questionamentos a respeito de outras vidrarias e
procedimentos de laboratório como: “Quanto tempo demora a decantação?” e “Qual a
diferença entra as pipetas graduadas e volumétricas?”.
Enquanto estavam no laboratório, os alunos tinham contato com os equipamentos e
visualizavam a sua utilização. Alguns instrumentos e vidrarias eram manuseados pelos alunos
como a pêra e também as pipetas graduada e volumétrica, conforme mostra a Figura 4.
Figura 4- Alunos manuseando algumas vidrarias.
Fonte: Autores.
Quando se fala em Química, imaginam-se experimentos em laboratórios, mas na verdade
o que se depara no ensino normalmente é uma dificuldade no ato da experimentação, o que
faz com que o aluno fique mais desmotivado e distante da disciplina. Bergamo (2012) diz que
existe uma aversão muito grande por disciplinas mais complexas como a Química. Essa ideia
está associada ao fato de que as aulas de Química ainda estão caracterizadas fortemente pelo
método tradicional: aulas expositivas com o uso do livro didático e da lousa.
Pela fala dos alunos, pode-se constatar a grande importância e necessidade de uma
introdução sobre conceitos e práticas de laboratório para as turmas de primeiro ano do ensino
médio na disciplina de Química sendo perceptível o interesse dos mesmos por este conteúdo.
A Figura 5 ilustra um sistema de destilação e a interação entre os alunos e bolsistas visando
demonstrar e explicar cada parte do processo de destilação.
Figura 5- Sistema de destilação.
Fonte: Autores.
A atividade lúdica com função avaliativa consistiu em encontrar a palavra no caçapalavras e identificar sua imagem corretamente. As vidrarias utilizadas, conforme mostra a
Figura 6 foram: 1: béquer, 2: kitassato, 3: erlenmeyer, 4: funil de decantação, 5: balão, 6:
almofariz e pistilo, 7: condensador, 8: proveta, 9: tubo de ensaio, 10: bastão de vidro, 11:
bureta, 12: pipeta volumétrica e 13: pipeta graduada.
Figura 6- Imagens de vidrarias selecionadas para o caça-palavras.
Fonte: Software Chemdraw Ultra 2004 v.8.0
Os índices dos acertos podem ser observados na Figura 7 para todos os alunos que
participaram da atividade avaliativa.
Figura 7- Gráfico com total de acertos geral dos alunos.
Fonte: Gráfico do Excel com dados analisados pelos autores.
Foi constatado que algumas imagens obtiveram quantidades significativas de acertos,
conforme se identifica na Tabela 1. O número de acertos de cada palavra na Tabela 1 é
descrito para cada uma das cinco turmas de alunos de primeiro ano do ensino médio.
Tabela 1- Quantidade de acertos em cada turma.
Fonte: Dados elaborados pelos autores.
O bom número de acertos resultou da boa explicação dos bolsistas em relação às vidrarias
durante a sequência didática realizada em laboratório e pelo interesse dos alunos pela
atividade. Os alunos mostraram interesse pelo condensador que é utilizado no processo de
destilação, sendo o mesmo montado no laboratório e explicado todo o seu uso no processo de
destilação. Quanto à proveta, explicou-se que ela é utilizada para fazer testes do teor de álcool
na gasolina em postos de combustíveis. Foi perguntado se os alunos já tinham visto um tubo
de ensaio e eles responderam que tinham visto em alguns filmes que descreviam
experimentos.
Em relação às turmas que obtiveram baixo índice de acertos nesta atividade, essas
também possuem rendimento mais baixo nas avaliações bimestrais aplicadas pela escola. Isso
não quer dizer que a atividade não foi significativa para essas turmas.
Evidenciamos que a sequência didática contribuiu para que os alunos envolvidos na
pesquisa pudessem revisar conceitos químicos no nível fenomenológico da Química, tais
como métodos de separação e mudanças de estado físico. Esses estudantes puderam rever
conceitos discutidos em aulas anteriores, para sanar as dificuldades que ainda apresentavam,
ampliando o seu conhecimento.
Libâneo (1998, p.29) afirma que o professor medeia à relação ativa do aluno com a
matéria, inclusive com os conteúdos próprios de sua disciplina, mas considerando o
conhecimento, a experiência e o significado que o aluno traz à sala de aula, seu potencial
cognitivo, sua capacidade e interesse, seu procedimento de pensar, seu modo de trabalhar.
Nesse sentido, o conhecimento de mundo ou o conhecimento prévio do aluno tem de ser
respeitado e ampliado. Assim considera-se indispensável uma adequação pedagógica às
características de um aluno que pensa, do meio em que ele vive, e do conhecimento que ele
traz consigo.
Segundo Jucá (2006), tanto softwares específicos quanto os vindos de outras áreas são
úteis e muito utilizados no processo de ensino-aprendizagem sendo ambos denominados
softwares educacionais. Ressalta-se que o software Crossword Forge não foi desenvolvido
para auxiliar no ensino de Química, mas neste trabalho foi bastante útil em tornar muito mais
rápida a elaboração dos diagramas do caça-palavras.
Segundo Laburú, Arruda & Nardi (2013), o pluralismo metodológico propõe a utilização
de diferentes métodos ou estratégias de ensino no ensino de ciências. Considera-se que todo o
processo de ensino-aprendizagem é complexo, muda com o tempo e envolve vários tipos de
saberes. Uma razão para a utilização desse método se sustenta na ideia de que a evolução da
humanidade se encontra diretamente ligada à evolução das ideias educacionais. Essa
estratégia educacional vem com a ideia de que existem vários perfis de alunos, com diferentes
preferências em relação ao modo de aprender, nível de motivação ou, até mesmo, o interesse
por determinadas disciplinas e o grupo social ao qual pertencem. Isso influencia na decisão da
estratégia metodológica que o professor irá utilizar.
Portanto, é duvidosa e questionável a utilização de um único estilo didático, pois só
atenderia as necessidades de um grupo de alunos. É possível afirmar que todos os diferentes
tipos de metodologias têm suas vantagens e restrições.
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se afirmar que o uso de programas facilitou a elaboração do caça-palavras,
principalmente, o Crossword Forge 7.3 (SOL Robots) que cria rapidamente diagramas de
caça-palavras.
Por meio dos resultados obtidos com o instrumento avaliativo lúdico (caça-palavras),
pode-se verificar que a sequência didática resultou em boa aprendizagem, o que indica que o
interesse dos alunos decorrente da atividade diferenciada, possibilitou uma mediação
pedagógica mais eficiente, ou seja, facilitou o papel de mediador do professor no processo de
ensino.
Uma vantagem da avaliação com caça-palavras foi a possibilidade de os alunos
encontrarem o nome dos objetos no diagrama sem a necessidade de memorização aleatória de
nomes, mas pela associação dos nomes com suas imagens. Outra grande vantagem do caçapalavras é a facilidade com que se pode adaptar os conceitos químicos que se quer trabalhar
com esse tipo de jogo de passatempo.
Agradecimentos
A Capes pelas bolsas de iniciação à docência concedidas.
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A WORD SEARCH PLAYING AN EVALUATIVE ROLE IN A
DIDATIC SEQUENCE RELATED TO DEVICES AND GLASSWARE IN
A LABORATORY
Abstract: This manuscript aimed to present a discussion about games as a practice in the
Chemistry teaching and their function as a tool of learning evaluation, in a final step of a
teaching sequence developed with 153 students from the 1st year of high school of the state
school FlorianoViegas Machado, sited in Dourados, Mato Grosso do Sul state. The proposal
consisted in the presentation to the students of some devices and glassware commonly used in
a Chemistry laboratory as well as a discussion turned to their applications and, finally, an
evaluation through a word search. The students were divided into groups of five. Every group
was taken to the lab in order to get acquainted with the devices and glasses through a Power
Point presentation. The diagrams of word search were made in a Crossword Forge v. 7.3
software. The pictures of the devices and glassware were obtained from the Chemdraw Ultra
2004 v.8.0 software. Posteriorly, the different word search diagrams based on the same word
bank were made in the Microsoft Word tool and applied to the students in order to evaluate
their learning skills in a didactic sequence. Finally, we analyzed the efficiency of the puzzle as
a tool of methodologic review and as an instrument of teaching evaluation.
Key-words: ludic, word search, methodological pluralism.
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