ESCOLA BRASILEIRA DE MEDICINA CHINESA - EBRAMEC INTERPRETAÇÃO E TRATAMENTO DO CLIMATÉRIO SOB DUAS PERSPECTIVAS: A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA E A MEDICINA OCIDENTAL São Paulo 2011 ILHAMAR PICKSIUS ZARDO INTERPRETAÇÃO E TRATAMENTO DO CLIMATÉRIO SOB DUAS PERSPECTIVAS: A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA E A MEDICINA OCIDENTAL Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola Brasileira de Medicina Chinesa, como pré-requisito para obtenção do título de Pós Graduação em Acupuntura. Orientador: Profº Eduardo Jofre Co-orientador: Profº. Dr. Reginaldo Filho r São Paulo 2011 AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, pela paciência e por ter me estimulado e gasto seu tempo durante diversas vezes durante a elaboração, realização e conclusão deste trabalho. Agradeço a todos os professores da Escola Brasileira de Medicina Chinesa – EBRAMEC, que permeou a aquisição da titulação alcançada através do curso ofertado. Ao fazer agradecimentos sempre ficam lacunas, por isto agradeço a todos os que colaboraram para a realização deste projeto, seria imperdoável não agradecer aos autores e pesquisadores que forneceram a matéria prima para este trabalho. “Que os nossos esforços desafiem as impossibilidades. Lembrai-vos que as grandes proezas da história foram conquistas daquilo que parecia impossível”. Charles Chaplin LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS FPS – Filtro de Proteção Solar GAN - Fígado IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas IMK - Índice Menopausal de Kupperman JING - Essência MTC - Medicina Tradicional Chinesa MS - Ministério da Saúde OMS - Organização Mundial da Saúde QI - Energia SHEN - Rim SOBRAC – Sociedade Brasileira do Climatério TH – Terapia Hormonal TRH – Terapia de Reposição Hormonal WHI - Women’s Health Initiative XUE - Sangue RESUMO O climatério é definido como uma fase biológica da vida e não um processo patológico, que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo. Aproximadamente 60 a 80% das mulheres referem alguma sintomatologia desagradável durante o climatério, sendo comuns os sintomas vasomotores e genitais. Até 2030, mais de um bilhão de mulheres estarão na menopausa. A menopausa pela medicina Ocidental ocorre pela com a falência ovariana e pela Medicina Tradicional Chinesa é decorrente de um declínio natural e fisiológico da Essência do Rim (Shen) e não é uma doença ginecológica. O presente trabalho tem como objetivo investigar a forma de interpretação do climatério na Medicina Ocidental e na Medicina Tradicional Chinesa e suas formas de tratamentos que venham contribuir para a saúde de mulheres neste período. Descritores: Saúde da Mulher, Menopausa, Climatério, Acupuntura. ABSTRACT The climacteric period is defined as a biological phase of life and not a pathological process, which comprehends the transition between the reproductive and nonreproductive periods. Around 60 to 80% of the women refer to an unpleasant symptomatology during the climacteric, during which veiny and genital symptoms are common. Menopause, as per the Western medicine, happens with the ovarian failure and as per the Traditional Chinese Medicine, it is due to a natural and physiological decay of the Kidney Essence (Shen) and it is not a gynecological disease. The present paper aims to investigate the Western Medicine’s and Traditional Chinese Medicine’s form of interpretation of climacteric as well as its forms of treatment that may contribute to the health of women who are found in such period. Descriptors: Women’s Health, Menopause, Climacteric, Acupuncture. SUMÁRIO 01 – INTRODUÇÃO 01 02 - REVISÃO DE LITERATURA 03 03 - INTERPRETAÇÃO DO CLIMATÉRIO NA MEDICINA OCIDENTAL 03 04 - MANIFESTAÇÔES E SINTOMAS DO CLIMATÉRIO NA MEDICINA OCIDENTAL 07 05 - TRATAMENTOS DO CLIMATÉRIO NA MEDICINA OCIDENTAL 11 06 - INTERPRETAÇÃO DO CLIMATÉRIO NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA 18 07 - MANIFESTAÇÕES E SINTOMAS DO CLIMATÉRIO MA MEDICINA CHINESA 23 08 - TRATAMENTOS DO CLIMATÉRIO NA MEDICINA CHINESA 24 09 – MATERIAIS E MÉTODOS 33 10 – DISCUSSÃO 34 11 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 39 12 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40 INTRODUÇÃO Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2030, mais de 1 bilhão de mulheres estarão na menopausa. No Brasil, estima-se segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mais de 13,5 milhões de mulheres passam pelo climatério (BAYER HEALTH CARE, 2010). As mulheres são a maioria da população brasileira e as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2008). A expectativa de vida para as mulheres brasileiras considerando todas as cores e raças, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2000), está em torno dos 72,4 anos. No caso das mulheres negras esta expectativa é reduzida em 4 anos. Após a menopausa – que ocorre em torno dos 50 anos – as mulheres dispõem de cerca de 1/3 de suas vidas, que podem e devem ser vividos de forma saudável, lúcida, com prazer, atividade e produtividade (BRASIL, 2008). A menstruação e a menopausa são fenômenos naturais da fisiologia feminina e por longo tempo foram tratados como incômodos e vistos como doença. Ainda nos dias de hoje há uma idéia presente que associa feminilidade aos aspectos da fertilidade e da juventude. A discriminação de gênero, que interfere nas relações sociais e culturais, pode fazer com que as mulheres no climatério e especialmente após a menopausa venham a se sentir incompetentes e incapazes de desempenhar normalmente suas atividades ou empreenderem-se em novos projetos de vida. Podem também vir a desenvolver alguma insegurança quando atingem a menopausa, seja pelo medo de adoecer ou pela maior consciência do processo de envelhecimento (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). O climatério é definido pela Organização Mundial da Saúde como uma fase biológica da vida e não um processo patológico, que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher. A menopausa é um marco dessa fase, correspondendo ao último ciclo menstrual, somente reconhecida depois de passados 12 meses da sua ocorrência e acontece geralmente em torno dos 48 aos 50 anos de idade (BRASIL, 2008). Aproximadamente 60 a 80% das mulheres referem alguma sintomatologia desagradável durante o climatério, sendo comuns os sintomas vasomotores e genitais (FREEMAN, et al, 2007). Os homens pouco conhecem acerca do climatério e as suas implicações para a saúde da mulher (DE LORENZI, 2009). 1 A ciência médica ocidental, fragmentada e especializada, é baseada nos estudos experimentais da bacteriologia, fisiologia, farmacologia e pesquisa clínica. A identificação do nome da doença é desejável antes do tratamento e as drogas usadas são compostas principalmente de químico sintéticos. Além das suas diversas drogas potentes, a medicina ocidental usa efetivamente a cirurgia para corrigir os danos devidos a trauma, desordens genéticas ou distúrbios orgânicos (HONG JIN PAI, et al, 2010). A medicina ocidental enfoca exclusivamente sobre o local e o mecanismo de uma enfermidade. A medicina chinesa, por outro lado, centraliza no ajuste do organismo inteiro, ela é uma filosofia, assim como uma terapia do corpo, e, portanto mais de abordagem orgânica do que mecanicista orgânico (HONG JIN PAI, et al, 2010). A questão da qualidade de vida no climatério, a despeito da sua importância na atualidade, infelizmente é pouco explorada no Brasil. A maioria dos estudos disponíveis tem sido realizada em outros países, não sendo sempre possível a transposição dos seus resultados para a realidade brasileira, em razão de diferenças culturais e socioeconômicas. Além disso, as poucas pesquisas realizadas no país incluem populações restritas a serviços de saúde isolados, o que dificulta a extrapolação de seus resultados para a população em geral (DE LORENZI, 2006). Para superar as perdas e ameaças dessa fase da vida da mulher climatérica é preciso criar e praticar políticas públicas responsáveis e humanizadoras no que tange à saúde da mulher, concebendo-a de forma integral em todas as fases do seu viver (PEREIRA, et al, 2008). Surge então a necessidade de realizar este estudo sobre a interpretação e o tratamento do climatério na visão da Medicina Tradicional Chinesa e da Medicina Ocidental. O objetivo final é juntar o melhor da medicina chinesa com o melhor da medicina ocidental para beneficiar mulheres que estão na fase do climatério, isto irá prover o mundo com um melhor sistema de saúde mais completo e mais satisfatório. 2 REVISÃO DE LITERATURA INTERPRETAÇÃO DO CLIMATÉRIO SEGUNDO A MEDICINA OCIDENTAL Ao longo da vida, a mulher vivencia mudanças de diversas naturezas, como o evento da menarca, da iniciação sexual, da gravidez e da menopausa. As alterações hormonais que levam ao fim do período reprodutivo, marcado pela menopausa, exigem adaptações físicas, psicológicas e emocionais. Antigos conflitos podem emergir e são revividos nesta fase. O metabolismo como um todo sofre algumas alterações, especialmente relacionadas às funções do sistema endócrino e diminuição da atividade ovariana. Os órgãos genitais assim como o restante do organismo mostram, gradualmente, sinais de envelhecimento. Assim, o evento da menopausa pode ser vivenciado, por algumas mulheres, como a paralisação do próprio fluxo vital. Se insatisfeitas e desmotivadas, pode colocar em dúvida tudo o que têm feito, com a sensação de que tudo está errado, sem saber bem o quê. É uma sensação de que tudo se “desorganizou”, que a vida é um caos. Muitas se referem a uma “sensação de tragédia eminente” (MANUAL DO CLIMATÉRIO, 2008). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2030, mais de 1 milhão de mulheres estarão na menopausa. No Brasil, estima-se, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mais de 13,5 milhões de mulheres passam pelo climatério (BAYER HEALTH CARE, 2010). Os primeiros indícios do climatério são bíblicos e, foram relatados por Sara, quando sua menstruação cessou assim como alguns conflitos sócio-econômicos e psicológicos passaram a ter maior relevância, determinados “ao findar suas regras” (BÍBLIA, Gênesis, cap. 18. V. 11, p. 30). O climatério é definido pela Organização Mundial da Saúde como uma fase biológica da vida e não um processo patológico, que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher. A menopausa é um marco dessa fase, correspondendo ao último ciclo menstrual, somente reconhecida depois de passados 12 meses da sua ocorrência e acontece geralmente em torno dos 48 aos 50 anos de idade (BRASIL, 2008). O Climatério, termo derivado da palavra Klimater (ponto crítico), envolve a fase da meia idade que vai desde os 35 aos 60 anos da mulher. (LORENZI, 2005). 3 No século XVI, 28% das mulheres viviam o suficiente para alcançar a menopausa e somente 5% sobreviviam mais de 75 anos. Atualmente em muitos países desenvolvidos, 95% das mulheres atingem a menopausa e 50% delas ultrapassam os 75 anos de idade. Nos dias atuais, 10% da população mundial têm mais de 50 anos. No Brasil, a população de mulheres com 50 anos ou mais, no ano de 2002, foi de 14.508.639, com algumas diferenças de acordo com a região (SOBRAC, 2003). A ciência médica ocidental, fragmentada e especializada, é baseada nos estudos experimentais da bacteriologia, fisiologia, farmacologia e pesquisa clínica. A identificação do nome da doença é desejável antes do tratamento e as drogas usadas são compostas principalmente de químico sintéticos. Além das suas diversas drogas potentes, a medicina ocidental usa efetivamente a cirurgia para corrigir os danos devidos a trauma, desordens genéticas ou distúrbios orgânicos (HONG JIN PAI, et al, 2010). O estudo do climatério, período de transição para o envelhecimento feminino, passou a ocupar um lugar de destaque à medida que Fries exaltou a possibilidade de senescência linear, isto é, um viver relativamente saudável até bem próximo da morte, postergando a doença e reduzindo a morbidade. Seria a manutenção adequada do vigor e das funções, pelo maior tempo possível (ALMEIDA, 2003). O climatério é um período que antecede a menopausa propriamente dita, é um processo em que os hormônios femininos progridem para uma fase de diminuição gradual e desequilíbrio nos seus níveis de produção e de atividade desencadeado por manifestações neurogênicas, psicogênicas e metabólicas e, tardiamente, caso não sejam tratados, às manifestações urogenitais (DE LORENZI, et al, 2005). Não há estudos epidemiológicos de base populacional realizado em mulheres brasileiras, sendo que os estudos nacionais a respeito da idade à menopausa foram calculados apenas em mulheres que freqüentam serviços médicos e, portanto, considerados não representativos da população geral. Existem poucos dados sobre essas questões em populações latino-americanas, que diferem em estilo de vida e hábitos reprodutivos de populações de países desenvolvidos (PEDRO, et al, 2002). Evidentemente, grande parte das mulheres inicia um período de transição que, equivale em dimensão e abrangência, às transformações da adolescência e gravidez, porém, enquanto estas fases são geralmente bem vindas e comemoradas com alegria, o climatério e a menopausa são fases carregadas de conotações negativas, segredos e desinformações, ou seja, a ausência definitiva da menstruação que é “visível” a qual pode esconder questões “invisíveis” (TRENCH; SANTOS, 2005). 4 O esgotamento folicular inicia-se ainda na vida intra-uterina, na 22ª semana de gestação, o ovário possui entre seis e oito milhões de oócitos primários que, por meio de um processo contínuo de atresia, reduzem-se a dois milhões no nascimento e a 300.000 ou 400.000 na menarca. O processo de atresia continua-se a cada ciclo menstrual até o total esgotamento folicular, levando a uma queda progressiva de secreção de estradiol, com manifestações sistêmicas. A suspensão definitiva dos ciclos menstruais ou menopausa reflete a ausência de níveis de estradiol suficientes para proliferar o endométrio (ALDRIGHI, et al. 2002). É importante ressaltar que a cultura ocidental é caracterizada por ocultar a jovialidade e todos sentem que devem permanecer jovens. Esta é uma forma de enganar-se a si próprio, pois cada um envelhecerá gradualmente, o que fazer parte do ciclo vital (DEECKEN, 1998). Algumas pessoas conseguem vero seu processo de envelhecimento de forma salutar, outras não, deixando ser levadas por um vazio existencial, ou seja, não encontram os seus espaços, levando a crises existenciais que repercutem no seu envelhecimento (FRANKL, 1999, apud, PELZER, 2002). MORI e COELHO (2004) fixam que a menopausa não é a única questão que preocupa a mulher na meia-idade. A compreensão do fenômeno da meia-idade feminina nos exige, ainda, considerar aspectos socioculturais, tais como: a descrição de alguns sintomas e como estes afetam a força de trabalho; a questão das atividades e das emoções; a questão da vivência de diferentes papéis como mãe, esposa, mulher e trabalhadora. A base nutricional e o estado metabólico do sistema neuroendócrino, o biótipo, a personalidade, assim como o próprio genótipo e fenótipo, constituem mediadores relevantes na expressão da síndrome climatérica (VISBAL, et al, 1998). Em geral, para algumas, com o passar da idade, envelhecer se torna preocupante e isso as torna pessoas mais vulneráveis a transtornos físicos e psíquicos. A fase da vida que as mulheres têm para descansar, viver intensamente e com qualidade é transformada em medo, angústia, isolamento social e sofrimento – não para todas idosas, mas para uma boa parcela (LIMA, 2009). O climatério pode ser dividido em: pré, peri e pós menopausa, segundo a Sociedade Internacional de Menopausa (FERNANDES; BARACAT; LIMA. 2004). A prémenopausa inicia-se, em geral, após os 40 anos, em mulheres com ciclos menstruais regulares ou com padrão menstrual similar ao que tiveram durante sua vida 5 reprodutiva. Há também diminuição da fertilidade. A perimenopausa, ou transição menopausal, começa dois anos antes da última menstruação e estende-se até um ano após. As mulheres apresentam ciclos menstruais irregulares e alterações endócrinas (hormonais). A pós-menopausa começa um ano após o período menstrual. É subdividida por sua vez, em precoce (até e anos da ultima menstruação) ou tardia (mais de 05 anos) (FERNANDES; BARACAT; LIMA. 2004). Apesar de ser reconhecida há séculos, é a menopausa considerada um fenômeno essencialmente moderno. O envelhecimento relativamente recente na história da humanidade e este crescimento da população “construtiva” (maior número de pessoas com mais idade) são definidos como retangularização da sociedade moderna. Este processo de transição demográfica ou epidemiológica trouxe um conceito novo: “a expectativa de envelhecer” (SOBRAC, 2003). Segundo FERNANDEZ, GIR e HAYASHIDA (2004), a mulher climatérica, ao vivenciar essa fase, busca um reajuste, influenciado por aspectos sociais, psicológicos, físicos e sexuais, reelaborando sua sexualidade, evoluindo de simples instinto reprodutivo para formas de prazer e valorização priorizadas por toda espécie humana. A importância do escutar a mulher nesta fase é fundamental para um diagnóstico e acompanhamento adequado (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). 6 MANIFESTAÇÕES E SINTOMAS DO CLIMATÉRIO NA MEDICINA OCIDENTAL As manifestações do climatério e da menopausa variam bastante. O primeiro sintoma que surge nessa fase é a irregularidade menstrual, com atrasos menstruais, excessos ou encurtamento dos ciclos. (SAÚDE ATIVA, Ed. 26, 2011). Aproximadamente 60 a 80% das mulheres referem alguma sintomatologia desagradável durante o climatério, sendo comuns os sintomas vasomotores e genitais (FREEMAN, et al, 2007). Os homens pouco conhecem acerca do climatério e as suas implicações para a saúde da mulher (DE LORENZI, 2009). Os sinais e sintomas típicos do climatério são pouco conhecidos pelas mulheres nesta faixa etária. E quando elas relacionam algum sinal, geralmente não traduzem isso como uma necessidade de busca por assistência. E também os próprios serviços de saúde parecem não estar preparados para receber e assistir mulheres com tais manifestações (PEDRO, et al, 2002). Em 85 a 90% das mulheres os sintomas se resolvem em 4 a 5 anos (GRADY, 2006). Sabe-se, no entanto, que quando vivenciados podem levar a distúrbios do sono e até mesmo contribuir para sintomas mais graves, como a depressão (SILVA FILHO e COSTA, 2008). A maioria das mulheres apresenta algum tipo de sinal ou sintoma no climatério, que varia de leve a muito intenso na dependência de diversos fatores. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). A mulher no climatério apresenta com freqüência sintomatologia sugestiva de depressão. Além das questões biológicas que podem interferir nesses fenômenos, a rede de relações e atividades psicossociais pode alterar a presença de sintomas depressivos (NIEVAS, 2006). Estima-se que um terço das mulheres sofrerá pelo menos um episódio de depressão durante a vida, com prevalência de 9% no climatério. Alguns fatores favorecem o surgimento da condição, como o medo de envelhecer, sentimento de inutilidade e de ausência de afetividade (SUAU, et al, 2005). As complicações de um episódio depressivo maior, além do risco de suicídio são as dificuldades sociais, matrimoniais, profissionais, tendo como conseqüência, à redução da qualidade de vida (STOPPE JUNIOR, 2006). 7 O climatério é uma fase de profunda vulnerabilidade para as mulheres, onde crises depressivo-ansiosas podem ocorrer sob influência de diversos fatores desencadeantes e o profissional de saúde, que trabalha com mulheres nesta fase de vida, deve estar preparado para reconhecer e agir com presteza de forma a melhorar a qualidade de vida da mulher climatérica (POLISSENI, et al, 2008). O padrão da sexualidade se altera, pela insuficiência ovariana, que gera perda da libido. A queda dos níveis hormonais acarreta diminuição da circulação sanguínea vaginal associada à redução da secreção vaginal e aumento do PH (FERNANDES; GIR; HAYASHIDA, 2005). O Climatério é normalmente acompanhado pela diminuição do tônus da musculatura do períneo. Devido ao hipoestrogenismo ocorrem distopias e disfunções da uretra e da bexiga É também nesta fase de climatério que mais freqüente, ocorrem patologias clínicas como hipertensão arterial, cardiopatias, diabetes, que comprometem o bem estar geral e podem ocasionar disfunções sexuais (CHEDID, 2001, pg. 75). A hipertensão arterial acomete a mulher geralmente a partir da instalação do climatério (entre 45 e 55 anos) (SANTOS, et al, 2004). Outros autores valorizam a presença de sintomas como os fogachos, os quais, ao interferir no sono da mulher, determinariam o aparecimento dos quadros depressivos em longo prazo (Teoria Dominó) (SOARES, 2008). Estudos epidemiológicos indicam que menos de 25% das japonesas e 18% das chinesas referem fogachos, em comparação a 85% das americanas e 70-80% das européias. (SOBRAC, 2010). As queixas psíquicas mais freqüentes são a insônia, irritabilidade, ansiedade, depressão e disfunções sexuais, devendo-se incluir as alterações do desejo, da excitação, do orgasmo e mais dolorosas. A síndrome climatérica é mais exacerbada em mulheres que perderam seu papel social e não encontraram novos, ou seja, não redefiniram seus objetivos existenciais. As doenças crônicas e sistêmicas afetam física e emocionalmente, enquanto que as doenças vulvares e pélvicas acarretam desconforto e determinam problemas na área sexual, podendo, assim, intensificar a sintomatologia climatérica (PINOTTI, et al, 1995). Estudos epidemiológicos mostram que 20% das mulheres que vivenciam o período climatérico apresentam perda involuntária de urina, 26% na fase reprodutiva têm esta manifestação e os percentuais elevam-se para 30% a 40% após a menopausa (BASTOS, 2001). 8 Além desses sintomas, várias patologias, sejam degenerativas (como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e doença Alzheimer) ou relacionadas à deficiência hormonal (como osteoporose e atrofia genital) vem ganhando importância no grupo de mulheres no climatério, sendo um importante alvo para medidas de prevenção e diagnóstico precoce, podendo muitas vezes reduzir a morbidade e mortalidade pós-menopausa (GRADY, 2006). Após a menopausa, com a redução total na secreção dos estrogênios, pode-se observar por meio de marcadores químicos, que a formação óssea esta aumentada nas mulheres em 40%, contra um aumento aproximado de 90% na reabsorção. Caracteriza-se, assim, uma perda constante de massa óssea, mais acelerada durante uns três ou quatro anos após a menopausa, com atenuação na velocidade de redução nos anos seguintes, mas que pode desgastar de 1% a 3% de osso cortical e 5% de osso trabecular a cada ano (BORELLI, 2000). As mulheres pós-menopausadas se queixam freqüentemente de perda de cabelo, porque têm maior quantidade de pêlos na fase telógena ou de repouso (CHOTNOPPARATPATTARA, 2001, apud, CARDOSO, 2011). Após a menopausa, a perda de colágeno é de 2,1% ao ano, independentemente da idade cronológica da mulher. De fato, cerca de 30% do colágeno da pele são perdidos nos primeiros cinco anos depois da menopausa (VARILA, et al, 1995). Na 4ª e 5ª décadas da vida, muitas mulheres começam a observar alterações na sua pele, grande parte delas associadas à menopausa. De fato, os estudos mostram um declino agudo na espessura da pele nas mulheres depois dos 50 anos (SHULMAN, 2004). A grande maioria das mulheres se preocupa com o aspecto estético. O hipoestrogenismo do climatério interfere na manutenção do colágeno da pele. O excesso de exposição ao sol, o uso do tabaco, a baixa ingestão de líquidos também podem atuar sobre a pele, de modo a acentuar os processos degenerativos, além do que, pelo hábito de externar, na expressão corporal, e especialmente, na expressão facial, as tensões e os sentimentos, surgem marcas e rugas (LOPES, et al, 2008). O diagnóstico da menopausa é essencialmente clínico e retrospectivo: uma mulher entre os 45 e os 52 anos de idade, com amenorréia de pelo menos um ano, sem que se identifiquem outras causas para a amenorréia, ou com irregularidades menstruais e perturbações vasomotoras, está, seguramente, na fase da menopausa (ANTUNES, et al, 2003). 9 As perturbações vasomotoras, que incluem os «afrontamentos» e os suores, constituem a sintomatologia mais freqüentes, da mulher menopáusica, atingindo cerca de 60-80% das mulheres (ANTUNES, 2003), os relatos de incidência dos sintomas vasomotores (ou fogachos), atinge 10% das mulheres em Hong Kong, a 62% na Austrália, 68% no Canadá e até 83% na Inglaterra (SOBRAC, 2006), são mais intensos nos dois primeiros anos da menopausa. Em geral, cessam espontaneamente aos cinco anos de menopausa (ANTUNES, 2003). Além desses sintomas, várias patologias, sejam degenerativas (como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e doença Alzheimer) ou relacionadas à deficiência hormonal (como osteoporose e atrofia genital) vem ganhando importância no grupo de mulheres no climatério, sendo um importante alvo para medidas de prevenção e diagnóstico precoce, podendo muitas vezes reduzir a morbidade e mortalidade pós-menopausa (GRADY, 2006). Segundo COUTINHO (1996), as alterações metabólicas mais marcantes na menopausa, pode apresentar-se na forma de algumas doenças como osteoporose, arteriosclerose, hipertensão e diabetes. 10 TRATAMENTO DO CLIMATÈRIO NA MEDICINA OCIDENTAL O consenso atual é que a qualidade de vida seja o norteador de qualquer intervenção no climatério (DE LORENZI, et al, 2005). Em parte, a preocupação atual com os aspectos relacionados à qualidade de vida ao longo do ciclo humano originouse do reconhecimento pelos profissionais de saúde da importância dos sentimentos e percepções dos indivíduos, bem como da monitorização do seu bem estar frente a medidas terapêuticas tomadas com vistas a prolongar a vida, aliviar a dor, restaurar funções ou prevenir incapacidades (TESTA, et al, 1996). A assistência ao climatério está se expandindo para além dos aspectos biológicos relacionados ao hipoestrogenismo, passando a considerar também a influência de fatores culturais e psicossociais, na busca de um cuidado mais integral e efetivo. Para tanto, é necessário que os profissionais de saúde, médicos ou não, procurem perceber a mulher climatérica na sua integridade, individualizando as suas necessidades e disponibilizando tanto medidas de promoção à saúde, como terapêuticas e de reabilitação com vistas a proporcionar-lhe uma melhor qualidade de vida (GONÇALVES, et al, 2003). Infelizmente, no Brasil, a mulher climatérica nem sempre encontra o acolhimento necessário ao atendimento de suas necessidades. A assistência médica é geralmente fragmentada, propondo intervenções meramente curativas, ainda que o climatério não seja um estado mórbido, mas uma etapa normal do envelhecimento feminino (BERNI, et al, 2007). É preciso que os profissionais de saúde busquem o que está oculto por trás da queixa referida, quais os seus anseios e necessidades (GONÇALVES, et al, 2005). Os fogachos são os sintomas mais comuns relacionados ao período do climatério, e a principal razão da procura por tratamento médico. Ocorrem em mais de 50% das mulheres no período de transição menopausal e podem persistir por alguns anos após a menopausa; para algumas, podem interferir nas atividades rotineiras ou no sono, de forma que algum tipo de tratamento se torna necessário (NELSON, 2006). Terapia hormonal com estrogênios isolado à progesterona é o tratamento disponível mais efetivo para aliviar os sintomas climatéricos experimentados por muitas mulheres, incluindo fogachos, secura vaginal, sintomas urinários e labilidade emocional (NELSON, 2006). 11 Desde a publicação do Women’s Health Initiative (WHI), em 2002, as prescrições anuais de terapia estrogênica nos Estados Unidos reduziram de 91 milhões de usuárias, em 2001, para 57 milhões de usuárias, em 2003 (HERSH, 2004). Ainda assim, o estrogênio permanece como medicação de primeira linha para os sintomas vasomotores, desde que sejam respeitadas suas contra indicações (JENKINS, 2008). Contudo, para mulheres que experimentaram efeitos adversos significativos, que não desejam o tratamento hormonal ou para as quais esta conduta é contra indicada, há alternativas, como medicamentos não hormonais e outras formas de terapia não medicamentosa, como a acupuntura e a medicina antroposófica (MANUAL DO CLIMATÈRIO, 2008). A segurança da TRH para as mulheres ficou abalada após a publicação parcial e interrupção do estudo americano multicêntrico, duplo-cego, controlado com placebo e randomizado, realizado por pesquisadores do Women’s Health Initiative (WHI). Os riscos globais excediam os benefícios, houve um aumento significativo do risco de doença arterial coronariana, de acidente vascular cerebral, de tromboembolismo venoso; um decréscimo significativo do risco de câncer de cólon e do risco total de fraturas e, quanto ao câncer de mama, apresentou uma relação de risco em razão do tempo de duração da terapia (JAMA, 2004, apud, VIGETA, et al, 2004). O WHI (Women’s Health Initiative) demonstrou que na terapia hormonal o uso combinado de estrógenos e progestógenos podem trazer aumento do risco de câncer de mama, doenças coronárias, tromboembolismo, acidente vascular cerebral e demência (BRETT e KEENAM, 2007). Análises posteriores revelaram que a TH aumenta o risco de demência e incontinência (FUGH-BERMAN, 2010). Em 2009, outro estudo reduziu o período de segurança para dois anos. Desde então, há médicos indicando a terapia mais cedo, até antes do início da menopausa. Publicado no "The Journal of National Cancer Institute", o novo estudo inglês mostrou que entre as mulheres que nunca fizeram a terapia hormonal, a taxa de risco para o câncer foi de 0,3%. O índice passou para 0,46% em mulheres que começaram a tomar os hormônios cinco ou mais anos após a menopausa começar. Já entre aquelas que adotaram a terapia antes ou até cinco anos após a menopausa, a taxa foi para 0,61%.Segundo a autora principal do estudo, Valerie Beral Dame, professora de Oxford, o risco continuou aumentado em mulheres que tomaram a droga por menos de cinco anos (FOLHA DE SÃO PAULO, 2011, apud, LIGA CONTRA O CÂNCER, 2011). Resultados de um novo relatório da Iniciativa da Saúde da Mulher (WHI), nos Estados Unidos, mostraram que a terapia hormonal está associada com um maior risco 12 de morte por câncer de mama, bem como um maior risco de desenvolver doença invasiva em mulheres na pós-menopausa (JEAN WACTAWSKI-WENDE, 2010). Uso da TRH para problemas da menopausa deve ser cauteloso, já que estudos apontam que os riscos tendem a exceder os benefícios. Foi revelado um aumento significativo do risco de doença arterial coronariana, de acidente vascular cerebral, de tromboembolismo venoso; e um decréscimo significativo do risco de câncer de cólon e do risco total de fraturas e quanto ao câncer de mama, apresentou uma relação de risco em razão do tempo de duração da terapia (VIGETA; BRETAS, 2004). Segundo BARNABEI (2002), a Terapia de Reposição hormonal reduz os fogachos, os distúrbios do sono e o ressecamento vaginal, mas nas dosagens usuais está associada com alterações vaginais, irritação genital, sangramento uterino e alterações mamárias. Transformar os signos da menopausa em sintomas torna as mulheres mais vulneráveis à medicalização e habilita a pensar a menopausa como uma enfermidade e não um fato natural (MEDONÇA, 2004). Este tipo de abordagem tem sido feita por muitos profissionais da saúde, fortemente influenciados pelas propagandas da indústria farmacológica (MORI; COELHO, 2004). Somado a isso, é preciso assinalar a imensa pressão dos fabricantes para preservar seus ganhos (ROZENFELD, 2004). Sabe-se que a TRH trata-se de um método terapêutico polêmico. Há tempos existem entre os profissionais médicos opiniões favoráveis e posições contrárias ao uso de hormônios, por isso o emprego desta terapêutica deve ser muito criterioso (MORI; COELHO, 2004). O tratamento medicamentoso será dependente da necessidade de cada pessoa. No caso de haver indicação dele, cabe ao médico esclarecer os porquês, as vantagens e inclusive os riscos. Portanto, deve ser coerente com a opinião e a compreensão de cada uma, para que, uma vez prescrito, seja efetivamente seguido. E é importante alertar que deva ser seguido por um tempo prolongado, que exigirá controle periódico e reavaliações (LOPES, et al, 2008). O tratamento hormonal (TH), embora abranja riscos, pode trazer benefícios inegáveis e sua indicação pretende corrigir os danos causados pelo hipoestrogenismo, que é a tônica após a menopausa. O esquema de administração hormonal deve ser individualizado, em especial no tangente à associação de estrogênios e progestagênios, avaliando eventuais (e geralmente indesejáveis) sangramentos 13 genitais. A melhora dos sintomas vasomotores e urogenitais, assim como a melhora da osteoporose são alguns de seus benefícios (LOPES, et al, 2008). Fonte: Nilton Busso, ginecologista (Editoria de Arte/Folhapress). 14 Segundo o MINISTÉRIO DA SAÚDE (2008), na Perimenopausa, que pode ser definida como o período de tempo próximo da menopausa, as alterações hormonais tornam-se mais intensas, gerando um encurtamento ou alongamento dos ciclos, além daqueles considerados normais. A maior parte dos ciclos são anovulatórios, podendo gerar sangramentos irregulares. Essa irregularidade também está relacionada com o hiper estímulo estrogênico sem contraposição da progesterona, resultando em alterações endometriais. Nesta fase, uma vez que já não há produção da progesterona suficiente pelo corpo lúteo, pode ser necessária a complementação de progesterona cíclica, para evitar hemorragias, indesejáveis em qualquer período da vida das mulheres e indicativas de investigação endometrial. A freqüência das neoplasias malignas é maior no período após a menopausa. Desta forma, ações de detecção e diagnóstico precoces devem ser disponíveis, pois contribuem para a prevenção, tratamento em fases iniciais e aumento da sobrevida das mulheres (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). Reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina em 1980, a homeopatia tem evoluído muito tanto na abordagem da paciente como no diagnóstico e tratamento de distúrbios do gênero feminino. Estudos indicam que um tratamento homeopático da síndrome de climatério apresenta relevante redução dos sintomas psíquicos, dos desequilíbrios emocionais e das queixas de ondas de calor, entre outros (CAMPOS, 2008). A Fitoterapia na atualidade, tem se mostrado como importante opção terapêutica no climatério, especialmente no tratamento da sintomatologia associada (MANUAL DO CLIMATÉRIO, 2008). Após a publicação dos resultados do The Women¨s Health Initiative – WHI em 2002, sendo um marco significativo, houve aumento da procura das terapias alternativas e complementares pelas mulheres de meia idade (ROSSOUW, et al, 2002). Nos Estados Unidos da América, referem que 45% das mulheres na menopausa fazem uso de terapias alternativas ou complementares nos últimos doze meses, pelas mais variadas razões, sendo apenas 3% específico para menopausa (BRETT e KEENAM, 2007). O Ministério de Saúde apresentou a Política Nacional da Medicina Natural e Práticas Complementares no Sistema Único de Saúde em fevereiro de 2005, com a intenção de implementar experiências que já vêm sendo desenvolvidas na rede pública de muitos municípios e estados, destacando-se a MTC/Acupuntura (BRASIL, 2005). 15 De acordo com LOPES e colaboradores (2008), cada vez mais têm sido solicitados ao médico os produtos fitoterápicos com ação fitormonal. Sua ação é eficaz quanto aos sintomas e mesmo sobre a lipidemia e, talvez, sobre ossos, mas menos evidente que com hormônios. Têm a grande vantagem de não atuarem perniciosamente no tecido endometrial e mamário. No entanto, muitas sociedades médicas põem em dúvida sua ação, porque alegam que os estudos com eles são poucos e de curta duração. Apesar disso, os medicamentos produzidos com eles são licenciados pelas agências reguladoras (no Brasil, a ANVISA). Entre eles, os mais utilizados para o climatério são o Glycine Max, Trifolium pratense e a Cimicifuga racemosa, apesar de existirem outros fitoterápicos com esta finalidade (MANUAL DO CLIMATÉRIO, 2008). O sedentarismo, por sua vez, favorece a perda da massa muscular, a redução da taxa de repouso e da capacidade aeróbica, bem como uma maior resistência insulínica e o acúmulo de adiposidade. Estudos demonstraram que mulheres climatéricas com atividade regular tendem a manifestar menos sintomas somáticos e uma melhora do humor, bem como um alívio nas ondas de calor (UEDA, et al, 2000). A Atividade física regular contribui também para a preservação da mobilidade articular e o fortalecimento muscular, melhorando a coordenação motora. Além disso, aumenta a densidade mineral óssea, melhora a capacidade respiratória e o perfil lipídico, diminui a freqüência cardíaca de repouso e a gordura corporal, além de normalizar a pressão arterial, contribuindo assim, para uma menor incidência de comorbidade, ósseas e cardiovasculares (NADAI, et al, 1999). A deficiência de estrógenos, como alterações do perfil lipídico, o ganho de peso e o sedentarismo são considerados os principais fatores para a maior prevalência de hipertensão arterial em mulheres no climatério. Na tentativa de reduzir a incidência da hipertensão arterial nessa população, diversas abordagens têm sido empregadas porém a maioria dos trabalhos mostra que, nesse momento, uma mudança de estilo de vida parece ser a melhor estratégia para o controle da hipertensão arterial e de seus fatores de risco nessa fase de vida da mulher – entre elas a prática de exercício físico regular (ZANESCO e ZAROS, 2009). A ingestão de cálcio (1,5 gramas ao dia) e a prática de exercícios físicos são consideradas medidas de grande importância para a prevenção de osteoporose. A reposição de vitamina D também é benéfica, especialmente em mulheres após 70 anos de idade ou incapacitadas de se expor a luz solar (MONTILLA, et al, 2004). 16 Os cuidados com a pele da mulher climatérica, segundo o MINISTÉRIO DA SAÚDE (2008), inicia-se desde a juventude, com cuidados na exposição ao sol em horários e durante períodos adequados (início da manhã e final da tarde), boa alimentação e não tabagismo. As conseqüências da falta de atenção com esses aspectos são visíveis precocemente nas mulheres em idades mais maduras, com perda da elasticidade, manchas e rugas em maior número e profundidade. É necessário estimular hábitos saudáveis e cuidados básicos de limpeza, hidratação e proteção à pele para que esta seja conservada com a melhor aparência possível durante o processo natural de envelhecimento. A limpeza (pele) deve ser feita regularmente, ao menos duas vezes ao dia (manhã e noite). A limpeza da face e do colo, na maioria das vezes, necessita somente água fresca em abundância, com auxílio de um sabonete neutro, nos casos de pele oleosa. O pescoço demonstra precocemente os efeitos do adelgaçamento da pele e o envelhecimento. Portanto, nunca deve ser esquecido durante os cuidados com a pele. Quando possível, o uso de um tônico (sem álcool) para fechar os poros após a limpeza é recomendado (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). O uso diário de um filtro solar com FPS 15 ou maior (preferentemente acima de 30), com base umectante no rosto, pescoço e mãos todas as manhãs após a limpeza, permite que a pele seja protegida dos efeitos nocivos do sol e conserve a umidade necessária às células cutâneas. Deve ser reaplicado periodicamente a cada três ou quatro horas, sempre que possível após nova limpeza com água. Uma máscara natural de tratamento pode ser feita com ingredientes como aveia, mel, iogurte sem açúcar e frutas como maçã, banana ou morango. Pode ser aplicada sobre a pele uma vez por semana, durante 15 minutos, devendo ser retirada completamente, com água em abundância. É recomendado não haver exposição ao sol durante ou após o uso de máscaras (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). A ingestão de água, chás e sucos contribui para a boa hidratação e beleza da pele, que se origina principalmente de dentro para fora, da saúde interna (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). 17 INTERPRETAÇÃO DO CLIMATÉRIO SEGUNDO A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA A Medicina Tradicional Chinesa surgiu ha milhares de anos na China e é constituída por um conjunto de modalidades de tratamento e de meios de diagnósticos que foram construídos a partir de uma concepção holística sobre a natureza do ser humano e suas relações com o mundo que o cerca e do qual faz parte. Está incluída entre as práticas médicas tradicionais ou de cunho popular. Dentro deste grupo é a Medicina que possui mais prestígio em nível mundial (SÂO PAULO, 2002). As modalidades de tratamento na MTC são: acupuntura, Fitoterapia, orientações alimentares, meditação, práticas corporais (Chi Gong, Tai-Chi-Chuan, TaiChi Pai Lin, Lian Gong, Lien- Chi, Tui-Na (SÃO PAULO, 2002). Outras duas teorias fundamentais da acupuntura são: a teoria dos cinco elementos e a teoria dos meridianos. A teoria dos cinco elementos (fogo, terra, metal, água e madeira) classifica todas as coisas que existem e, também, os fenômenos da natureza, que são regidos pelas forças de dominância (geração) e contra-dominância, facilitando o diagnóstico e descoberta da deficiência energética para definir o tratamento. Os vários aspectos que compõem a natureza geram e dominam uns aos outros, ou seja, podem sofrer influências benéficas ou maléficas destes (NAKANO e NAKAMURA, 2006). Os meridianos são canais energéticos por onde a energia circula com a função de nutrir todo o organismo (CORDEIRO, et al, 1992). O Ministério de Saúde apresentou a Política Nacional da Medicina Natural e Práticas Complementares no Sistema Único de Saúde em fevereiro de 2005, com a intenção de implementar experiências que já vêm sendo desenvolvidas na rede pública de muitos municípios e estados, destacando-se a MTC/Acupuntura (BRASIL, 2005). A filosofia chinesa baseia-se no conceito de harmonia e equilíbrio do Yin e Yang e dos Cinco Movimentos nos quais faz sua manifestação (SÃO PAULO, 2002). O Yang e o Yin são aspectos opostos ou, se vistos por outro prisma, representam uma coisa única. O Yang somente pode existir na presença do Yin e vice-versa (NAKANO e NAKAMURA, 2006). A medicina tradicional chinesa tem como fundamento a complementaridade de princípios que afetam o equilíbrio dinâmico da “energia da vida” (Qi): o feminino (Yin) e o masculino (Yang) (CARVALHO, et al, 2008). O homem se classifica como 18 yang, e o yang se associa com o externo; em compensação, a mulher se classifica como yin, e o yin se associa com o interno (BUENO e CZEPULA, 2010). A mulher é tida como Yin e o homem como Yang, e sua fisiologia deve ser vista através de seu ciclo menstrual, suas secreções, a gravidez, o parto e a lactação. A fisiologia feminina esta baseada no Sangue, e a masculina no Qi (ACUPUNTURA BRASIL, 2011). Segundo MACIOCIA (2.000): Para uma mulher, a energia dos rins se torna ativa quando ela faz sete anos; como os rins determinam a condição dos ossos, e os dentes, sendo excessos de osso, seus dentes de leite caem e os dentes permanentes emergem se a energia dos rins for próspera; como o cabelo é a extensão do sangue e o sangue é transformado a partir da essência dos rins, seus cabelos irão crescer quando os rins estiverem prósperos. Seu Tiangui (substância necessária à promoção do crescimento, desenvolvimento e função reprodutora do corpo humano) surge na idade de quatorze (2 x 7). Por esta época, seu canal Ren começa a ser posto a prova, e seu canal Chong se torna próspero e sua menstruação começa a aparecer. Já que todas as condições fisiológicas estão maduras, ela pode engravidar e gerar um bebê. O crescimento da energia dos rins atinge seu status normal de um adulto por volta da idade de vinte e um (3 x 7), seus dentes do juízo despontam por volta deste estágio e seus dentes se encontram completamente desenvolvidos. Por volta dos vinte e oito (4 x 7), sua energia e seu sangue se tornam substâncias, suas extremidades se tornam fortes, o desenvolvimento dos tecidos e dos pêlos de todo corpo é florescente. Neste estágio, seu corpo atravessa a condição mais forte. O físico duma mulher muda da prosperidade para o declínio, gradativamente após a idade de trinta e cinco (5 x 7). Assim, nessa época, seu canal Yangming começa a ficar debilitado, sua face enfraquece, e seus cabelos começam a cair. Por volta da idade de quarenta e dois (6 x 7), seus canais Yang (Taiyang, Yangming e Shaoyang) começam a declinar. Poe essa época, a compleição de sua face murcha, e seus cabelos começam a ficar brancos. 19 Após a idade de quarenta e nove (7 x 7), seus canais Ren e Chong declinam, sua menstruação some já que seu Tiangui está exausto. Seu físico fica velho e frágil, e por essa época, ela não pode mais conceber. É importante ressaltar que o Rim (Shen) é entendido como o provedor do Yin e Yang para todos os outros sistemas. Portanto, a deficiência de Yin e ou Yang do Rim (Shen) irá comprometer outros órgãos principalmente o Yin do Fígado (Gan), Coração (Xin) e Pulmão (Fei) e o Yang do Baço (Pi), Pulmão (Fei) e o Coração (Xin). O Yim do Rim (Shen) é fundamental para ao nascimento, crescimento e reprodução e o Yang do Rim (Shen) é o responsável pela força motriz de todos os processos fisiológicos. Na Medicina Tradicional Chinesa, o Rim (Shen) desempenha inúmeras funções, destacando-as as seguintes: armazenar a Essência (Jing), controlar o nascimento, puberdade, climatério e a morte; controlar a recepção de Qi; produzir a medula, abastecer o cérebro e controlar os ossos. O Rim (Shen) se conecta a outros órgãos através dos meridianos extraordinários Du Mai, Ren Mai e Chong Mai. Na Medicina Tradicional Chinesa, de acordo com MACIOCIA (2000): O Fígado (Gan), entre outras funções, é o responsável pelo armazenamento e a regulação do volume do Sangue pelo corpo, além de ser responsável pelo fluxo suave de Qi, portanto, este órgão é muito importante na fisiologia feminina, especialmente quanto ao fluxo menstrual, pois é o Útero quem armazena o Sangue oriundo do Fígado, e estando este deficiente irá provocar mudanças no padrão menstrual (amenorréia, oligomenorréia), como também, se estiver em excesso irá provocar menorragia ou metrorragia. Pelo fato de ser o Qi o responsável pelo fluxo de Xue, seu bloqueio pode provocar o surgimento de dismenorréia, alterações no ciclo menstrual e Tensão pré-menstrual. O Baço (Pi) é o responsável pela produção de Sangue (Xue) e Qi, a partir da transformação dos nutrientes e fluidos (Qi dos alimentos), vindos do Estômago (Wei), e de seu transporte. Esta associação (Pi/Wei), também é chamada de Raiz do Qi Pós Celestial, pois a partir dos alimentos e fluidos ingeridos, o Baço (Pi) extrai o Qi dos alimentos (Gu Qi - base para 20 a formação do Qi e Xue), e no Pulmão (Fei) se combina com o Ar formando o Qi Toráxico, que é a base para o Qi Verdadeiro (Zhen Qi). O Qi dos Alimentos (Gu Qi) também é a base para a formação do Sangue (Xue), que acontece no Coração (Xin), que o controla. O Útero é um órgão classificado como Extraordinário, pois apresenta forma de um órgão Yang e função de um órgão Yin, isto é, sua cavidade tem a função de drenagem (Yang) ao mesmo tempo, que armazena o Xue e nutre o feto (Yin). Está conectado aos Rins através de um meridiano chamado “Meridiano do Útero (Bao Luo) e ao Coração (Xin) pelo meridiano “Canal do Útero (Bao Mai), o que nos permite dizer que tanto o fluxo menstrual como a fertilidade dependem do estado da Essência do Rim e do Sangue do Coração, portanto, a deficiência do Rim como do Coração podem provocar infertilidade ou amenorréia. O Coração (Xin), entre suas inúmeras funções, governa o Sangue, através da transformação do Qi dos Alimentos em Sangue (Xue) como também por sua circulação, o que por si só tem enorme influência sobre a menstruação, além da conexão existente com o Útero pelo Canal do Útero (Bao Mai). Outra importante função do Coração (Xin) é a de abrigar o Shen, (Mente), entendido pela Medicina Chinesa como o conjunto das faculdades mentais, o que significa dizer que o estado do Coração (Xin) e do Sangue (Xue) influenciará as atividades mentais, inclusive o estado emocional, podendo então, se manifestar por alteração da atividade cerebral, consciência, memória, pensamento e sono. O Estômago (Wei) tem sua importância na fisiologia feminina devido a sua ligação com o Baço na origem do Qi e Xue, sendo também conhecido junto com o Baço como a “Raiz do Qi Pós Celestial”. O Estômago se conecta com o Útero através do meridiano Chong Mai (E30), o que explica o aparecimento de êmese gravídica. Outro aspecto que deve ser comentado é o trajeto do meridiano que passa pelas mamas influenciando assim a lactação, como também, o fato do leite materno ser, na concepção da MTC, uma transformação do sangue menstrual no canal Chong Mai, e este é suplementado pelo Qi Pós Natal extraído do alimento que por sua vez depende do Estômago (Wei). Segundo FU QUING ZHU (1999), o sangue menstrual não é sangue, mas sim Gui Celestial (Gui= Água, Celestial = descida do Qi verdadeiro). É através do Yang 21 do Rim que o Gui Celestial torna-se vermelho, isto é, converte-se em sangue, acontecendo a menstruação. Para a Medicina Chinesa, a síndrome climatérica ocorre quando o Qi dos Rins está gradualmente enfraquecido, Chong Mai e Ren Mai estão Vazios e o Tian Gui esgotado; então as menstruações param progressivamente (AUTEROCHE e NAVAILH, 1987). Dá-se na mulher entre os 45 a 55 anos de idade (CONGHUO, 2010). 22 MANIFESTAÇÕES E SINTOMAS DO CLIMATÉRIO NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA Na visão da Medicina Chinesa, os sintomas apresentados nesta fase se enquadram como uma deficiência da Essência do Rim em seu aspecto Yin ou Yang, se subentendendo que dentro desta classificação básica pode se encontrar todas as nuances possíveis desta deficiência. Também esta deficiência pode estar associada a alterações de outros órgãos, levando a síndromes mistas (MASTROROCCO, 2007). Esta afecção tem desenvolvimento lento. Geralmente se manifesta com ondas de calor e suor, mal estar geral, desequilíbrio emocional, irritabilidade fácil, insônia, sufocação, ansiedade, incômodos visuais, vertigem, zumbido, palpitação, podendo igualmente produzir melancolia, preocupação e desconfiança (CONGHUO, 2010); a gravidade dos sintomas está diretamente relacionada ao estilo de vida e alimentação da mulher no decorrer de toda a sua vida, portanto, a Síndrome Climatérica é uma Síndrome de Deficiência do Rim e, portanto, sua evolução clínica irá depender da higidez que se encontra a mulher no momento do seu aparecimento (MASTROROCCO, 2007). A sintomatologia climatérica será a resultante do entrelaçamento das repercussões do hipoestrogenismo com o contexto sociocultural. Em países orientais, onde as mulheres pós-menopausadas passam a ter regalias e aumenta o seu status, elas não apresentam sintomas climatéricos (Japão, casta Rajputs da Índia, Micronésia, Bali, Etiópia, e outros). O mesmo foi verificado entre as índias da cultura maia. Ao contrário, nas sociedades ocidentais, onde a beleza, a juventude e a força física são extremamente valorizadas, torna-se alta a prevalência de sintomas climatéricos (ALMEIDA, 2003). De acordo com ROSA FILHO (2009), as principais sintomatologias da menopausa podem ser classificadas de acordo com os órgãos e os tecidos envolvidos: Cérebro: rubores quentes, depressão, ansiedade, insônia, memória e pouca concentração. Coração: doença coronariana. Vasos Sanguíneos: arteriosclerose. Ossos: osteoporose. Pele: cicatrização lenta e prurido. Vagina: secura e atrofia. 23 TRATAMENTO DO CLIMATERIO SEGUNDO A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA A medicina ocidental enfoca exclusivamente sobre o local e o mecanismo de uma enfermidade. A medicina chinesa, por outro lado, centraliza no ajuste do organismo inteiro, ela é uma filosofia, assim como uma terapia do corpo ,e, portanto, mais de abordagem orgânica do que mecanicista orgânicos (HONG JIN PAI, et al, 2010). A Medicina Chinesa, diferentemente da médica ocidental, não isola os distúrbios emocionais ou nutricionais das desordens físicas no tratamento (HONG JIN PAI, et al, 2010), ignora a estrutura anatômica, a causalidade e a dictomia corpomente. Seus fundamentos encontram-se na função, na analogia e no continuum corpomente (AUTEROCHE, et al, 1987), ela atribui as causas internas das doenças aos desequilíbrios da dieta e as sete emoções. As drogas usadas na medicina chinesa podem ser individualmente moldadas para adequar aos sintomas do paciente em oposição às drogas ocidentais que são padronizadas e uniformes (HONG JIN PAI, et al, 2010). A medicina chinesa presta especial atenção para queixas subjetivas do paciente e prescreve combinação dos pontos de acupuntura e fórmulas herbáceas nutritivas baseadas na totalidade dos sintomas objetivos e subjetivos orgânicos (HONG JIN PAI, et al, 2010); a chave da medicina chinesa é a observação da função e o uso específico da combinação dos pontos de acupuntura das combinações herbáceas para os sintomas altamente diferenciados orgânicos (HONG JIN PAI, et al, 2010); busca-se restabelecer o equilíbrio do paciente através de seus próprios recursos, como massagem, exercícios, dietas e, se necessário, acupuntura, ervas ou outras técnicas que possam ajudar o organismo a se recuperar (SILVA, 2009). O tratamento na Medicina Chinesa segue duas grandes linhas de aplicabilidade ou vertentes, que são a fitoterapia, ou seja, a cura das doenças através do uso de plantas ou ervas medicinais, e a acupuntura (WEN, 2008). A acupuntura é o conjunto de conhecimentos teóricos-empíricos da Medicina Tradicional Chinesa que visa à terapia e a cura das doenças através de agulhas e moxas (Moxabustão): é um método que visa provocar estimulação, através do calor produzido pela queima da moxa – material com folha de Artemísia moída e preparada sob a forma de algodão no ponto de aplicação das agulhas), e de outras técnicas (MIN, et al, 2000). 24 A acupuntura é baseada na restauração do funcionamento neural do organismo. Ela é expert em fazer a neuromodulação de tudo que envolve o sistema nervoso central e periférico. Formado por células que se interconectam, o sistema nervoso detecta estímulos internos e externos, desencadeando respostas musculares e glandulares. Por isso, é considerado o integrador do organismo com o meio ambiente (CORREIO BRAZILIENSE, 2010). A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) inclui técnicas de massagens (TuiNa), exercícios respiratórios (Qi-Gong), orientações nutricionais (Shu-Shieh) e a farmacopéia chinesa (medicamentos de origem animal, vegetal e mineral) (ALTMAN, 1979), relacionadas à prevenção de agravos e de doenças, a promoção e à recuperação da saúde (BOTSARIS, 2002). Segundo o MINISTÉRIO DA SAÚDE (2006), a acupuntura é uma tecnologia de intervenção em saúde que aborda de modo integral e dinâmico o processo saúdedoença no ser humano, podendo ser usada isolada ou de forma integrada com outros recursos terapêuticos. Originaria da Medicina Chinesa, a acupuntura compreende um conjunto de procedimentos que permitem o estímulo preciso de locais anatômicos definidos por meio da inserção de agulhas filiformes metálicas para promoção, manutenção e recuperação da saúde, bem como para prevenção de agravos e doenças. A aplicação da acupuntura pelo corpo pode ser feita através de pontos por todo corpo (Acupuntura Sistêmica) ou através de pontos localizados em partes determinadas do corpo (Acupuntura Microssistêmica) onde, por exemplo, a orelha é considerada um microssistema juntamente com a face, mãos, pés, a cabeça na crânioacupuntura e outros (YAMAMURA, 1993). Nas pacientes climatéricas onde predominam os sintomas da esfera afetiva sobre os vegetativos e metabólicos, a medicina natural e tradicional e em especial a auriculoterapia se impõe como uma alternativa de tratamento (CALDERÓN, et al, 2003). O estimulo de pontos promove a liberação de determinados hormônios, como o cortisol e as endorfinas, promovendo analgesia. As agulhas de acupuntura agem, principalmente, sobre as fibras nervosas A-delta e C, desencadeando potenciais de ação na membrana destas fibras. Para que isto ocorra, será necessária a formação de um potencial elétrico que seja suficiente para a despolarização da membrana da célula nervosa (JONES, et al, 1991). Considerando os aspectos neurofisiológicos, as agulhas agem sobre as fibras nervosas A-Delta e C, desencadeando potenciais de ação na membrana destas 25 fibras, cujo estímulo segue para a medula espinhal, onde através de uma série de sinapses pode estabelecer arcos reflexos, estimular os neurônios pré-ganglionares e projetar-se através dos tratos espinorreticular e espinotalâmico para o encéfalo (SMITH, 1992). A agulha age como antena receptora, em forma de espiral, captando as ondas eletromagnéticas que se propagam ao longo da espiral de seu cabo, sendo que esta captação depende do formato do cabo e do cumprimento da agulha, além do meio ambiente, incluindo a presença de objetos, estações do ano, fios elétricos, lâmpadas elétricas acesas e aparelhos eletrônicos presentes no meio (ROMODANOV, et al, 1985). O diagnóstico e tratamento de uma doença pela Medicina Chinesa levam em consideração a observação do corpo como um todo com seus sinais e sintomas (MACIOCIA, 2003). A medicina chinesa, por outro lado, oferece uma maneira suave e eficaz para lidar com a menopausa e doenças relacionadas. As ervas chinesas têm demonstrado através de inúmeras in vivo e in vitro para ter um efeito marcante sobre o sistema endócrino para avaliar as ondas de calor, instabilidade vasomotora, perda de massa óssea, e outras condições associadas com a menopausa. Mais importante, eles são mais suave e mais seguro no corpo (CHEN, 2002). Segundo CONGHUO (2010), a Medicina Chinesa considera que esta enfermidade corresponde principalmente a sintomas que incluem entre outros, a deficiência do Yin do Fígado e do Rim, assim como a desarmonia entre Rim e Coração. Esta afecção tem desenvolvimento lento. Geralmente se manifesta com ondas de calor e suor, mal estar geral, desequilíbrio emocional, irritabilidade fácil, insônia, sufocação, ansiedade, incômodos visuais, vertigem, zumbido, palpitação, podendo igualmente produzir melancolia, preocupação e desconfiança (CONGHUO, 2010). O tratamento do climatério pela MTC não se resume a acupuntura, e sim ao uso concomitante de substâncias de origem vegetal, mineral e animal. Na verdade o uso destas substâncias tem por objetivo suprir a deficiência observada (primeiramente do Rim e secundariamente de outros órgãos), à semelhança da terapia de reposição hormonal praticada pela medicina ocidental tanto na forma alopata como fitoterápica (MASTROROCCO, 2007). 26 Segundo SHEN (2005), a terapia com acupuntura se mostrou superior à terapia medicamentosa e é considerada uma opção de tratamento efetiva para a síndrome climatérica. Diz-se na Medicina Chinesa que Rim (Shen) e o Fígado (Gan) apresentam uma origem comum. O Rim (Shen) armazena a Essência (Jing), e o Fígado (Gan) estoca o Sangue (Xue). O Rim (Shen) é a mãe do Fígado de acordo com os Cinco Elementos, então a Essência (Jing) e o Sangue (Xue) influenciam-se mutuamente. A Essência (Jing) pode ser transformada em Sangue (Xue), por outro lado, Sangue (Xue) também nutre e abastece a Essência (Jing). A Essência (Jing) do Rim (Shen) controla a função reprodutiva e, uma vez que isto influencia o Sangue (Xue) este também influencia a função reprodutiva nas mulheres. A razão disto é mais relevante nas mulheres do que nos homens, porque a fisiologia das mulheres é mais dependente de Sangue (Xue). Por esta razão, diz que o Rim (Shen) e o Fígado (Gan) apresentam uma origem comum, e o estado do Sangue (Xue) do Fígado (Gan) é extremamente importante para a função menstrual das mulheres. Por exemplo: se o Sangue (Xue) do Fígado (Gan) é deficiente, pode resultar em amenorréia ou períodos escassos, o Sangue (Xue) do Fígado (Gan) estagnante pode ser causa de disminorréia (MACIOCIA, 1996). Na Medicina Chinesa, segundo MACIOCIA (1996), a função do Fígado (Gan) de armazenar o Sangue (Xue) é extremamente importante na fisiologia e patologia das mulheres. Se o Yin do Rim (Shen) for deficiente, o Yin Qi não será suficiente para atravessar o Coração (Xin) e o Yin do Coração (Xin) tornar-se-á deficiente e o calorvazio dentro do Coração (Xin) aumentará. Esta é uma situação muito comum na prática clínica, particularmente nas mulheres durante a menopausa (MACIOCIA, 1996). O Vaso Concepção é denominado de “Mar dos Canais Yin” já que exerce uma influência sobre todos os Canais Yin do corpo. Origina-se do Rim (Shen) e flui através do útero em descendência ao Hulyin (VC1), onde a via superficial se inicia. O Vaso Concepção é de importância primordial para o sistema reprodutivo tanto nos homens como nas mulheres, mas particularmente nessas, uma vez que regulariza a menstruação, fertilidade, concepção, gravidez e menopausa. Pode ser utilizado para nutrir o Yin Qi do organismo. Neste contexto é particularmente útil para nutrir o Yin nas mulheres após a menopausa já que o Canal Ren Mai controla o útero e determina o ciclo de sete anos de vida nas mulheres. Ele pode, portanto, ser utilizado para sintomas tais como: sudorese noturna, ondas de calor, sensação de calor, irritabilidade mental, ansiedade, boca seca à noite, tontura, zumbido ou insônia. Ele regulariza o útero e o 27 Sangue (Xue) nas mulheres, de maneira que é o responsável pela menstruação, fertilidade, concepção, gravidez, parto e menopausa (MACIOCIA, 1996). Na visão da Medicina Chinesa, os sintomas apresentados nesta fase se enquadram como uma deficiência da Essência do Rim em seu aspecto Yin ou Yang, se submentendo que dentro desta classificação básica podem-se encontrar todas as nuances possíveis desta deficiência. Também esta deficiência pode estar associada a alterações de outros órgãos, levando a síndromes mistas (MACIOCIA, 2000). Estas deficiências irão repercutir em outros órgãos, levando aos seguintes modelos (MACIOCIA, 1996): Na deficiência de Yin do Rim (Shen), não haverá nutrição do Yin do Coração, levando a uma hiperatividade do Fogo do Coração. Estas alterações configuram o quadro “Coração (Xin) e Rim (Shen) não se comunicam”, muito comum no Climatério que se manifesta clinicamente com os seguintes sintomas: palpitações, insônia, sudorese noturna, ansiedade, zumbido, agitação, fogachos, rubor malar, perda de memória, depressão, melancolia, boca e garganta seca, visão borrada, dor nas costas, lombalgia. Pulso: rápido e fino. Língua: vermelha, ponta mais vermelha, rachadura na linha média alcançando a ponta. O tratamento através da acupuntura deve ter por objetivo fazer encontrar o Rim (Shen) com o Coração (Xin), nutrindo o Yin do Rim (Shen) e do Coração (Xin), acalmar a Mente e eliminar o Fogo do Coração, podendo ser utilizado: VG20; C7; Yintang; VB13;. VG24; R9; PC6; B15; B14 = acalma a mente. C 7; C 6; C5; VC15; B15 = Dispersar Coração (Xin). BA6; R3; VC4; R13 = nutre o Rim (Shen). Deficiência do Yin do Rim (Shen) e do Fígado (Gan). A Essência deficiente do Rim (Shen) leva a deficiência do Sangue (Xue), que por sua vez, irá causar debilidade na Essência do Rim (Shen). O Yin deficiente do Rim (Shen) leva a deficiência do Yin do Fígado (Gan) provocando o aumento do Yang do Fígado (Gan). 28 As manifestações clínicas mais comuns desta associação são: irritabilidade, tonturas, zumbido, visão borrada, cefaléia, sudorese noturna, vermelhidão facial, Calor nas palmas das mãos, pés e região pré-cordial, depressão, melancolia, olhos secos, alteração menstrual (amenorréia, oligomenorréia, menorragia). Língua: vermelha, descamada e rachada. Pulso: rápido e fino. O tratamento através da acupuntura deve ter por objetivo nutrir o Fígado (Gan) e o Rim (Shen), dominar o Yang do Fígado, acalmar a Mente, podendo ser usado os seguintes pontos: VG20; C7; Yintang; VB13;. VG24; R9; PC 6; B 15; B 14 = acalma a mente. B 23; B 18 = harmonizar Qi do Rim e Fígado. BA10; F 2= regularizam o Baço (Pi) e o Fígado (Gan). BA 6 = regulariza e harmoniza os 3 Yins da perna: tonifica o Baço. avantaja o Sangue, alimenta o Yin do Fígado e dos Rins. R3 = Nutre o Rim (Shen). F 8 = tonifica o Xue e o Yin do Fígado (Gan). Deficiência do Yin do Rim (Shen). A deficiência do Yin do Rim (Shen) é também da Essência (Jing), e leva a manifestações clínicas relacionadas ao Cérebro (o Yin do Rim produz a Medula e controla o Cérebro), resultando em tontura leve, zumbido, vertigem e perda gradativa da memória. Além destas manifestações, esta deficiência provoca diminuição dos Fluidos Corpóreos levando um quadro de secura, podendo se manifestar por boca seca a noite, constipação intestinal e urina escura e escassa, pele, cabelos e mucosas secas. A deficiência do Yin provoca o surgimento do Calor-Vazio do Rim (Shen), que se manifesta clinicamente através do Calor dos cinco palmos e da sudorese noturna. Pelo fato da Essência do Rim controlar os ossos é comum observar o aparecimento de lombalgia e dor nos ossos. O tratamento pela Acupuntura se baseia no fortalecimento do Yin do Rim (Shen), dominar o Yang, acalmar a mente e remover o Calor do Coração, podendo ser utilizados os seguintes pontos: VG 20; C7; Yintang; VB13;. VG24; R9; PC 6; B 15; B 14 = acalma a mente. P 7; R6 = regulam Ren Mai, fortalece Útero, nutri o Yin. 29 R 3; BP 6; R10 = nutre o Rim (Shen). Deficiência do Yang do Rim (Shen). Quando o Yang do Rim (Shen) está deficiente o Rim (Shen) não apresenta Qi suficiente para fortalecer os ossos e as costas causando lombalgia e fraqueza nas pernas e joelhos. Além desta manifestação clínica, o Yang do Rim (Shen) não aquece a Essência, portanto a energia sexual é privada da nutrição da Essência e do aquecimento do Yang do Rim (Shen), resultando, por exemplo, em frigidez, infertilidade, etc. Os sintomas mais comuns desta deficiência são: lombalgia, joelhos frios, sensação de frio nas costas, calor nas mãos, sudorese pela manhã, calafrios, cefaléia, astenia, fraqueza nas pernas. O tratamento pela Acupuntura se baseia no fortalecimento do Yang do Rim (Shen), tonificar o Rim e fortalecer o Baço, podendo ser utilizados os seguintes pontos: B23; R3 = tonifica o Rim (Shen). VG 4 = tonifica o Yang do Rim. P7; R6 = regulam Ren Mai, fortalece Útero, nutre o Yin. R7 = tonifica o Yang do Rim. Deficiência do Yin e do Yang do Rim (Shen). Este padrão corresponde a associação das duas deficiências. O Rim (Shen) tem a peculiaridade de armazenar o Yin e Yang Primário, isto é, ele fornece o Yin e Yang para todos os outros sistemas, portanto, podemos considerar que o Yin do Rim (Shen) é o fundamento para todo o Qi do Yin do corpo, em especial o do Fígado (Gan), Coração (Xin) e Pulmão (Fei) e o Yang do Rim (Shen) é o fundamento para todo o Qi do Yang do organismo, em especial do Baço (Pi), Pulmão (Fei) e Coração (Xin). Tanto o Yin como o Yang do Rim (Shen) se originam da mesma raiz, sendo então interdependentes, isto é, o Yin do Rim (Shen) fornece o substrato material para o Yang do Rim (Shen), e o Yang do Rim (Shen) fornece o Calor necessário para todas as funções do Rim (Shen). Por esta razão, a deficiência de um deles implica na deficiência do outro, em maior ou menor grau, nunca em proporções iguais, isto é, a deficiência sempre será essencialmente do Yin ou do Yang, sendo fundamental para a 30 escolha do tratamento a identificação de qual a tendência, Yin ou Yang. Entre os sintomas mais comuns destacam-se: cefaléia, vertigem, tonturas, zumbido, fogachos, calor nas palmas das mãos e planta dos pés, rubor facial, pele e mucosas secas, sudorese noturna, alterações menstruais, hipertensão. O tratamento pela Acupuntura se baseia no fortalecimento do Yin e Yang do Rim (Shen), tonificar o Chong Mai e Ren Mai, acalmar a Mente, podendo ser utilizados os seguintes pontos: VG20; C6; Yintang; VB13; VG24; R9; PC 6; B 15; B 14 = acalma a mente. P 7; R6 = regulam Ren Mai, fortalece Útero, nutre o Yin. R 3; BA 6 = nutre o Rim (Shen). B 23 = tonifica o Yang do Rim (Shen). Pode também adicionar terapia como a auriculoterapia: utilizar os pontos do Nervo Simpático, Endócrino, Rim, Ovários, Coração, Occipital e o Shenmen. Sendo 1 sessão por dia ou em dias alternados, com estimulação fraca ou média, se toma 2 a 3 pontos em cada ocasião e se retêm as agulhas por 15 a 20 minutos. Também pode implantar agulhas nos pontos auriculares (CONGHUO, 2010). AUTEROCHE E NAVAILH (1987) sugerem também um tratamento de auriculoterapia para a síndrome climatérica nos seguintes pontos: Endócrinas, Subcórtex, Ovários, Coração e Shenmem. Com aplicação diária, uma vez por dia, iniciado uma semana antes da data provável e continuada uma semana após a menstruação. As agulhas devem ser deixadas no local por 20 minutos e em excitação média. O tratamento do Climatério pela MTC não se resume a acupuntura, e sim ao uso concomitante de substâncias de origem vegetal, mineral e animal. Na verdade o uso destas substâncias tem por objetivo suprir a deficiência observada (primariamente do Rim e secundariamente de outros órgãos), à semelhança da terapia de reposição hormonal praticada pela medicina ocidental tanto na forma alopata como fitoterápica (ACUPUNTURA BRASIL, 2011). A massagem Tui-Na é uma terapia de origem chinesa fundamentalmente no princípio do Tai-Chi. A pratica da massagem Tui-Na, que significa empurrar e beliscar representa duas manobras básicas de sedação e tonificação, definindo esta técnica que busca o equilíbrio energético do homem, recuperando sua saúde e vitalidade (SÃO PAULO, 2002). 31 A Massoterapia Chinesa (Tuiná) desenvolveu-se gradativamente entre os trabalhadores da China mediante longo processo de prática, vivência e luta contra a doença (HOSPITAL DA ESCOLA DE MEDICINA ANHUI DE PEQUIM, 2001, apud, CIEPH, 2010), o princípio da terapia por Tuiná é a regulação do Qi, a ativação da circulação sanguínea e o reequilíbrio do Yin e Yang (HONGZHU, 2002, apud, CIEPH, 2010), a massagem em adultos pode ter um bom resultado no tratamento de distúrbios do sono (OUMEISH, 2005, apud, CIEPH, 2010), relaxamento muscular (OUMEISH, 2005, apud, CIEPH, 2010)) e sintomas psicológicos (WILLIAMSON, et al, 2002), comumente presentes em quadros climatéricos. A pressão, massagem e cura pelo toque são feitas com o uso de mãos e dedos no lugar das agulhas, porém as técnicas estão baseadas nos mesmos princípios da acupuntura (OUMEISH, 2005, apud, CIEPH, 2010). Considera-se em geral que o tratamento pela massagem tem a capacidade de regular a função nervosa, de aumentar a resistência corporal à doença, de depurar os tecidos, melhorar a circulação sanguínea e tornar as articulações mais flexíveis (HOSPITAL DA ESCOLA DE MEDICINA ANHUI DE PEQUIM, 2001, apud, CIEPH, 2010). No protocolo de Atenção à Saúde da Mulher em Belo Horizonte (2008), entre os exercícios físicos na mulher climatérica recomendados consta, Ioga, Tai-Chi-Chuan e Lian Gong. LUCA (2008) avaliou em mulheres com sintomas menopáusicos, os efeitos da acupuntura ou da eletroacupuntura-placebo e constatou que o uso da acupuntura foi eficaz no alívio dos sintomas sem apresentar efeitos colaterais. 32 MATERIAIS E MÉTODOS A presente pesquisa é exploratória descritiva. Para obtenção dos dados, utilizou-se o levantamento bibliográfico realizado nas bases de dados MEDLINE, LILACS, BIREME, PUB MED, Bibliografias Brasileiras, Espanholas, Inglesas e Chinesas. Foram selecionadas as produções científicas sobre climatério, menopausa, acupuntura, medicina ocidental e medicina oriental no climatério a partir de 1980. E as literaturas sobre climatério, menopausa e medicina ocidental a partir do ano 2000, já as literaturas sobre Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa foram selecionadas sem controle de data por ter clássicos como o livro de Medicina Interna do Imperador Amarelo, usados nos dias de hoje como um pilar orientador dos médicos chineses, tendo sido encontrado há mais ou menos 2 (dois) mil anos atrás. Este clássico é parte importante e seu legado para humanidade quanto à compreensão da medicina chinesa, ele é considerado o marco separador mais evidente entre o que podemos considerar a medicina tradicional e a medicina mística na China. 33 DISCUSSÃO A TRH na menopausa não é terapia, nem de reposição, e nem sempre é hormonal. Não deve mais ser prescrita e sim, proscrita, qualquer que seja a via de absorção. A prescrição continuada dos medicamentos em questão não deve ser considerada ato médico legítimo, por lhe estar faltando o embasamento científico da segurança e da eficácia (ROSA, s/d). Os medicamentos atualmente utilizados em TRH deveriam ser obrigados a apresentar advertência em negrito, na bula e na caixa, quanto aos riscos cardiovasculares e de desenvolvimento de câncer de mama e demência, bem como quanto à duração da terapêutica de sintomas da Peri-menopausa (ROSA, s/d). Vários estudos epidemiológicos sugeriram que a estrogenioterapia de reposição hormonal fosse benéfica na prevenção de doença cardiovascular. Na corte de enfermeiras americanas (The Nurses Health Study) – observou-se redução de 31% na incidência de doença coronariana, após ajuste para idade. Durante esse período, houve aumento em uso de reposição hormonal e mudança de estilo de vida dessas mulheres (redução do tabagismo, adequação da dieta, atividade física regular). Apesar de seu delineamento observacional, esse estudo foi um dos que mais influenciou a decisão de empregar TRH na prevenção primária da doença coronariana. O aparente benefício diminuiu com uso prolongado (10 anos ou mais) e não foi tão evidente nas que tinham baixo risco para doença coronária (GRODSTEIN, et al, 1996, apud, WANNMACHER e LUBIANCA, 2004). Estudo caso-controle de base populacional avaliou 1327 mulheres entre 5081 anos, com fraturas de quadril prévia, (casos) e 3262 controles. Usuárias correntes de TRH, quando comparadas às não usuárias, tiveram diminuição de risco de cerca de 6% para cada ano de terapia. O benefício perdurou por cinco anos após a suspensão do uso continuado, além dos quais, grande parte do efeito protetor dói perdido. Dez anos após a suspensão, densidade óssea e risco de fratura mostraram-se similares entre usuárias e não usuárias de estrógenos (SCHINEIDER, et al, 1997, apud, WANNMACHER e LUBIANCA, 2004). Ensaio clínico randomizado e controlado por placebo avaliou o papel dos estrógenos em duas dosagens, por um ano, em 97 mulheres histerectomizadas com doença de Alzheimer de leve a moderada. Não houve diferença significativa na 34 progressão da demência entre os grupos experimentais e o controle (MULNARD, R. A. et al, 2000, apud, WANNMACHER e LUBIANCA, 2004). O estudo HERS encontrou risco praticamente três vezes maior de tromboembolismo venoso (RR=2,89; IC 95%: 1,50 – 5,58) em usuárias de THR combinada em comparação a não-usuárias, e tendência para maior risco de embolia pulmonar. Posteriormente, o ensaio WHI encontrou risco duas vezes maior (RR=2,13: 95%: 1,39 – 3,25) de embolia pulmonar em usuárias de THR combinada, representado oito casos a mais de embolia pulmonar em 10.000 pessoas/ano. Esse risco foi atribuído à combinação de estrogênio e progestógeno (WRITING GROUP FOR THE WOMEN’S HEALTH INITIATIVE INVESTIGATORS, 2002, apud, WANNMACHER e LUBIANCA, 2004). Em 2003, o The Million Women Study investigou os efeitos de tipos específicos de TRH na incidência de câncer de mama invasor e na mortalidade pela doença, em 1.084.110 mulheres inglesas entre 50 e 64 anos. Foram diagnosticados 9.364 casos de câncer de mama e 637 mortes por câncer de mama no período de seguimento (média 2,6 e 4,1 anos, respectivamente). Demonstrou-se que usuárias de TRH têm 66% de chance a mais de desenvolver câncer de mama (RR=1,66: IC 95%: 1,58-1,75: P<0,0001), e que o emprego de estrógenos associado a progestógenos dobra o risco para a neoplasia (RR=2,0: IC 95%: 1,58-1,75: P< 0,0001). O risco se modifica pouco quando se comparam estrógenos e progestógenos específicos, diferentes doses ou tipos de regime (seqüencial ou contínuo). Em relação à via de administração, implantes de estrógenos isolados determinam maior risco (65%), seguidos das vias orais (32%) e transdérmica (24%). O risco aumenta com a duração total de uso de qualquer TRH. O uso estrógeno mais progestógeno por dez anos resulta em 19 casos a mais de câncer de mama em 1000 mulheres/ano (MILLION WOMEN STUDY COLLABORATORS, 2003, apud, WANNMACHER e LUBIANCA, 2004). Uma corte avaliou morte por câncer de ovário em 211.581 mulheres pósmenopáusicas, encontrando 944 mortes por essa causa em 14 anos. Usuárias de TRH apresentaram risco 50% maior de morte por essa neoplasia quando comparadas a não-usuárias (RR= 1,51: IC 95% : 1,16-1,96). A taxa anual de mortes por câncer de ovário em 100.000 mulheres, ajustada para idade, foi de 64,4 para usuárias corrente por dez anos ou mais, 38,3 para usuárias no passado por dez anos ou mais e 26,4 para não-usuárias. Os autores concluíram que o uso de estrógeno por mais de dez anos na pós-menopausa aumenta significativamente o risco de morte por câncer de ovário, persistindo até 29 anos após suspensão do uso (POSTMENOPAUSAL, 1999, apud, WANNMACHER e LUBIANCA, 2004). 35 HAYS e colaboradores (2003) avaliaram o efeito da TRH combinada na qualidade de vida de mulheres pós-menopaúsicas que participaram do Women’s Health Initiative. Dados sobre qualidade de vida foram coletados no início do estudo e ao final do primeiro ano em todas as mulheres (n=16.608) e ao final do terceiro ano de estudo em 1.511 pacientes. Após um ano de uso de TRH combinada, observou-se pequeno benefício em termos de padrão de sono, funcionamento físico e dor corporal, apesar de não ser clinicamente significativo. Apenas mulheres com média de idade de 54 anos e sintomas vasomotores de moderados a graves apresentaram benefício clinicamente significativo na qualidade do sono, secundário à redução daqueles sintomas. Ao final de três anos, não houve melhora em nenhum dos critérios de qualidade de vida avaliados no grupo que recebeu TRH combinada em comparação ao placebo ( HAYS et al, 2003, apud, WANNMACHER e LUBIANCA, 2004). Por questões de ordem cultural, nas sociedades orientais, onde a mulher é respeitada e a expectativa de envelhecer encarada de forma positiva, os sintomas tanto físicos quanto psíquicos da menopausa são menos intensos. Infelizmente, nas culturas ocidentais, a realidade é outra. Há um grande “pré-conceito” em relação às mulheres nesse período. Simbolicamente, existe o mito de que a mulher na pós-menopausa seria uma lua minguante, enquanto na fase reprodutiva seria uma lua cheia (RENNÓ JR, 2011). Após vinte e cinco anos de pesquisa em renomadas instituições do mundo, a OMS publicou o documento Acupuncture: Review and analysis of reports on controlled clinical trials, no qual expõe os resultados destas pesquisas. Neste documento, foi analisada a eficácia da acupuntura – assim como das técnicas de moxabustão, ventosa, sangria, eletro-acupuntura, laser-acupuntura, magnetoacupuntura, massagem shiatsu/tuina e acupressura (pressão digital nos pontos) em comparação com o tratamento convencional para 147 doenças, sintomas e condições de saúde. Nas afecções femininas, item: menopausa, a massagem + ventosa, teve eficácia em 77% dos casos (ACUPUNTURA PRO, 2004). LUCA (2008) avaliou mulheres com sintomas menopáusicos, os efeitos da acupuntura ou da eletroacupuntura-placebo no Índice Menopausal de Kupperman (IMK) e na intensidade de fogachos e secundariamente avaliar se a ordem de execução desses tratamentos interfere nos resultados dessas medidas e se há alteração nos parâmetros laboratoriais. Estudo prospectivo randomizado com 122 pacientes divididas em: Grupo 1 Acupuntura com 88 pacientes (período de um ano 10 sessões semanais e quinzenalmente até completar um ano, seguida de 6 meses de eletroacupuntura-placebo) e Grupo 2 Eletroacupuntura-placebo com 34 pacientes (6 36 meses 10 sessões semanais e quinzenalmente até completar 6 meses, seguida de um ano de acupuntura). As pacientes tratadas com acupuntura e eletroacupuntura-placebo tiveram alívio das ondas de calor em 86,8% e 90,4% respectivamente, entretanto quando realizado quinzenalmente houve aumento das ondas de calor no Grupo 2. As pacientes tratadas com acupuntura apresentaram redução acentuada do IMK de 93,7% em relação ao Grupo 2 de 15,1%. O grupo que inicia com eletroacupuntura-placebo possui redução média na glicemia de 8,8%. Os valores médios de hemoglobina, triglicérides e HDL das pacientes aumentaram durante o estudo independente do grupo em 2,4%, 13,2% e 4,2%, respectivamente, enquanto os níveis de colesterol não modificaram. Nas pacientes tratadas com acupuntura observou-se redução do LDL em 9,1%, aumento do VLDL em 10,5% e redução do número de plaquetas em 5,0%. Houve redução significante do conteúdo mineral ósseo da coluna e do colo do fêmur em ambos os grupos em 1,4%. O uso da acupuntura para o alívio dos sintomas das pacientes climatéricas foi eficaz, sem apresentar efeitos colaterais. Um estudo prospectivo, randomizado e cego em 103 mulheres com sintomas menopausais divididos em dois grupos: sham acupuntura e acupuntura. O tratamento foi realizado por treze semanas, sendo a primeira semana de coleta de dados, cinco semanas de tratamento (duas vezes por semana) e sete semanas de seguimentos após a acupuntura. Ambos os tratamentos diminuíram os fogachos, não havendo diferença estatística significante (VICENTE, et al, 2007, apud, LUCA, 2008). Em 2008, realizaram estudo com 56 mulheres na pós-menopausa, divididas em três grupos: cuidados gerais, sham acupuntura e acupuntura tradicional (duas vezes por semana). O tratamento foi realizado por oito semanas, na qual se observou diminuição significativa da freqüência dos fogachos entre a primeira e oitava semana em todos os grupos, entretanto os grupos de sham acupuntura e acupuntura tradicional obtiveram acentuada dos mesmos (AVIS, et al, 2008, apud, LUCA, 2008). Em 2007, realizaram um trabalho científico na qual avaliaram 102 mulheres na pós-menopausa, divididas em dois grupos: o primeiro estudo no total de 60 mulheres divididas em quatro grupos (relaxamento, acupuntura superficial, eletroacupuntura e estrógeno) e o segundo estudo no total de 42 mulheres dividido em dois grupos (estrógeno e placebo). As pacientes foram seguidas durante doze semanas sendo avaliadas as ondas de calor – fogachos e o Índice Menopausal de Kupperman (IMK). Os fogachos e o IMK decresceram significativamente após a quarta e décima semana, exceto no grupo placebo (ZABOROWSKA, et al, 2007, apud, LUCA, 2008). 37 Com o aumento da expectativa de vida, há um número crescente de mulheres vivendo no climatério e menopausa, expostas, portanto, à síndrome climatérica. Essas mulheres têm que ter em mente que a prevenção de desconfortos ou seu tratamento podem ser abordados de diferentes maneiras, não simplesmente por hormônio-terapia, uma tendência do tratamento Ocidental, mas existe também a possibilidade de se beneficiar com a Acupuntura, uma opção da Medicina Tradicional Chinesa. O objetivo final é juntar o melhor da medicina chinesa com o melhor da medicina ocidental para beneficiar mulheres que estão na fase do climatério, isto irá prover o mundo com um melhor sistema de saúde mais completo e mais satisfatório. 38 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho procurou apresentar de forma sucinta o Climatério e a Menopausa na ótica da Medicina Ocidental e da Medicina Chinesa. O Climatério e a Menopausa como conhecida na Medicina Ocidental, foi apresentado um paralelo com a Medicina Chinesa. Apresentou-se também, as formas de tratamento para o climatério e menopausa nas duas formas de medicina (Ocidental e Chinesa). Pode-se averiguar que a Medicina Chinesa está pouco estruturada referente às bibliografias no Climatério e Menopausa, porém percebeu-se que esta em constante expansão, tanto na área de pesquisa e diversificação de tratamentos, não só referente ao climatério e menopausa mais de muitas outras doenças. 39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 01 - ACUPUNTURA BRASIL. Conceituação do Climatério Sob a Visão das Medicinas Ocidental e Oriental. 2011. Disponível em: <http://acupunturabrasil.org/2011/arquivo/Biblioteca/Diagnostico/031.pdf> Acesso em: 29/05/2011 02 - ACUPUNTURA PRO. Doenças, sintomas e condições tratáveis com a acupuntura. 2004. Disponível em: <acupuntura.pro.be/OMS/doenças-trataveis/> Acesso em: 29/05/2011 03 - ALDRIGHI, José Mendes; ALDRIGHI, Ana Paula Santos. Alterações sistêmicas do climatério. Revista Brasileira de Medicina. 59(4):15-21. 2002. 04 - ALMEIDA, Áurea Beirão. Reavaliando o Climatério: Enfoque atual e multidisciplinar. Atheneu. São Paulo. 2003. 05 - ALTMAN, S. 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