Aula: O Processo de Industrialização do Brasil 🌏 GEOGRAFIA Prof. Cláudio DIAGRAMA DE CONCEITOS Histórico e fases da Indústria Substituição de importações Nova DIT. Industrialização Tardia e Dependente Desconcentração Industrial OBJETIVOS 1º Compreender o processo de urbanização e analisar criticamente as suas consequências no cenário social e no espaço urbano brasileiro 2º Conceituar urbanização e espaço urbano; Mostrar a grande contribuição do emprego de equipamentos e tecnologia no processo de urbanização 3º Evidenciar os fatores e as características da formação do espaço urbano 4º Avaliar e verificar as consequências da urbanização, quanto a problemas sociais; Relacionar o crescimento da economia informal com o surgimento de novas territorialidades, como a dos camelôs, e espacialidades, como os shoppings populares 5º Interpretar os desdobramentos das práticas socioespaciais no processo de urbanização contemporâneo, tais como: o turismo, o lazer e a cultura Sugestões! Filmes: A Marvada Carne Fase da Proibição - 1ª fase • Muito artesanato e algumas indústrias isoladas; • Pacto colonial e velha DIT. • O Trabalho escravo, que era o sustentáculo da economia, impedia o desenvolvimento do mercado consumidor. 1500 Até 1808 Economia do século XIX 1808 Até 1930 Século XIX e início do século XX – 2ª fase • D. João VI – resoluções • Consequências • Dificuldades • Café • Indústrias • Abertura dos portos; eliminação de barreiras alfandegárias; isenção de impostos para matérias-primas industriais. • • • Importação de máquinas e equipamentos; dependência externa. Operariado urbano. • Crises e excedentes de capital estimularam novas atividades econômicas; aproveita-se: a infraestrutura montada para o escoamento do café; a mão-de-obra de imigrantes; mercado consumidor. • • • • • Indústrias de bens de consumo; Péssimas condições de trabalho; Rio de Janeiro e São Paulo; Êxodo rural; Operariado urbano. • 1860 As primeiras indústrias do brasileiras estavam ligadas ao setor têxtil, calçadista, bebidas e móveis. 1888 Fatores importantes para o desenvolvimento industrial • abolição da escravidão no país; expansão da relação assalariada. • excedentes de capitais do café; • infraestrutura instalada para o escoamento do café; • imigrantes europeus – mercado consumidor e mão de obra relativamente especializada. • Crise do café em 1929 que possibilitou o investimento em outros setores da economia brasileira; 1930 1955 • Crise de 1929 • Getúlio Vargas • 2ª Guerra Mundial Século XIX e início do século XX – 3ª fase • Condições para o desenvolvimento industrial brasileiro; Mão de obra - êxodo rural; mercado consumidor; • Intervenção estatal: energia, siderurgia, transportes; • Indústrias de base; • Bens de consumo não-duráveis menor investimento; • Mercado consumidor – imigrantes. • Substituição de importações. A Intervenção do Estado •O Estado Interventor garantiu: • fornecimento de energia (usinas hidrelétricas); • insumo para a indústria (siderúrgicas); • criação de infraestrutura de transporte, com modernização de portos e aeroportos e a construção de rodovias; •Combustíveis e refinarias (Petrobras), •proteção - impostos altos de importação e fixação de cotas. Getúlio Vargas 1953, Getúlio Vargas – Rio de Janeiro , RJ. 1942, Getúlio Vargas – Itabira, MG. 1942, Getúlio Vargas – Brasília, DF. • 1963, João Goulart – Cubatão, SP F N M • 1952, Getúlio Vargas - Duque de Caxias, RJ. https://www.vagalume.co m.br/camisa-devenus/simcachambord.html • 1941, Getúlio Vargas - Volta Redonda e Barra Mansa, RJ 1942, Getúlio Vargas – Santos, SP. 1942, Getúlio Vargas – Brasília, DF. • 1955 1990 Século XIX e início do século XX – 4ª fase 2ª revolução industrial brasileira; Juscelino Kubitscheck • • Tripé industrial • internacionalização da economia; incentivos fiscais; • abertura ao capital estrangeiro; • indústrias de bens de consumo e de base. • indústria de base – capital estatal; • indústria de bens não-duráveis – capital privado nacional; • indústria de bens duráveis – capital internacional. Juscelino Kubitschek • Rodovia Belém-Brasília, Régis Bittencourt, Fernão Dias, BR-364, etc. • 1957, Juscelino Kubitschek – Brasília, DF. • 1957, Juscelino Kubitschek – Rio de janeiro, RJ GEOGRAFIA, 3º Ano do Ensino Médio A Estrutura Industrial e Agrária do Brasil MODELO ECONÔMICO BRASILEIRO (TRIPÉ) CAPITAL ESTATAL DE BASE indústrias de bens de produção. Empresas de serviços públicos CAPITAL PRIVADO NACIONAL indústrias de bens de consumo não duráveis CAPITAL PRIVADO ESTRANGEIRO indústrias de bens de produção e de bens de consumo duráveis 1972, Emílio Garrastazu Médici – Brasília, DF. 1972, Emílio Garrastazu Médici – São Paulo, SP. 1955 1990 •Milagre Econômico • 1980, A década perdida Emílio G Médici • Século XIX e início do século XX – 4ª fase • baixos preços do petróleo e crédito externo fácil; • expansão da infraestrutura de transportes e energia; • expansão do mercado interno e do emprego – 1968 – 1973; • 1973 – crise do petróleo – recessão mundial •1979 – crise do petróleo – revolução no Irã; endividamento externo brasileiro •1980 – Setor industrial 27% do PIB, elevação das taxas de juros – dívida cresce em ritmo superior à economia; grande endividamento; desemprego. Década de 1980 – a década perdida: • Recessão, inflação e desemprego, • crises do petróleo (1979) – impossibilidade de pagamento de juros • queda de investimentos sociais; • queda do PIB; • urbanização descontrolada; • falta de investimento em indústrias; • consequências: modelo dependente, associado e excludente – concentração de renda e fundiária Sarney - 1985-1990 • Herança da ditadura: inflação e estado falido; • meta combater a inflação: plano cruzado congelamento preços e salários. • Parque industrial brasileiro passa por um sucateamento e inúmeras falências.. Produtos para milionários Constituição de 1988 a Constituição cidadã •Em relação às Constituições anteriores, a Constituição de 1988 representa um avanço. As modificações mais significativas foram: + Direito de voto para os analfabetos; + Voto facultativo para jovens entre 16 e 18 anos; + Redução do mandato do presidente de 5 para 4 anos; + Eleições em dois turnos (para os cargos de presidente, governadores e prefeitos de cidades com mais de 200 mil habitantes); + Os direitos trabalhistas passaram a ser aplicados, além de aos trabalhadores urbanos e rurais, também aos domésticos; + Direito a greve; + Liberdade sindical; + Diminuição da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais; + Licença maternidade de 120 dias (sendo atualmente discutida a ampliação). + Licença paternidade de 5 dias; + Abono de férias; + Décimo terceiro salário para os aposentados; + Seguro desemprego; + Férias remuneradas com acréscimo de 1/3 do salário Governo Collor – 1990/1992 • Acabar com a inflação e com os “marajás” • Plano Collor 1 e 2, resultado: inflação, demissões em massa e desemprego geral. • Neoliberalismo, extinguiu cerca de 24 órgãos estatais (IBC, IAA, Siderbras, Portobras entre outras) • Liberação da entrada de produtos importados no Brasil – Falências de muitos setores • As denúncias de corrupção e a CPI – impeachment Brinquedos Estrela Itamar Franco – 1992/1994 • • • • • • • • Vice de Collor Plano Real - Fernando Henrique Cardoso Transição do cruzeiro para o real Contenção de gastos públicos Equiparação do real ao dólar Forte elevação dos juros para atrair investidores. Estabilização econômica com baixa inflação. Entrada de novas multinacionais e de produtos estrangeiros e desestimulo a produção. • Baixa exportação • Redução dos investimentos em infraestrutura com crise energética em 2001. Governo FHC – 1995/2002 • Estabilização da economia e da inflação; • Declínio da exportações e aumento das importações; • Juros altíssimos; • Desestímulo aos investimentos e à produção; • Redução dos investimentos estatais em infraestrutura com crise energética em 2001. • Crescimento da pobreza. • Modernização produtiva com dependência do capital estrangeiro e vulnerabilidade; Indústrias competitivas • O modelo neoliberal – desestatização com privatização das empresas estatais e concessões de serviços. • abertura do mercado brasileiro - reduções na alíquota de Importação. • inovações tecnológicas adotadas, necessários para aumentar a competitividade e resistir à concorrência internacional - desemprego estrutural; • Aumento e melhoria dos serviços públicos e privados; • Aumento do consumo de bens básicos GEOGRAFIA, 3º Ano do Ensino Médio A Estrutura Industrial e Agrária do Brasil Distribuição regional do valor da transformação industrial 1970 a 2000 Participação (%) Sudeste Sul Nordeste Norte e Centro-Oeste 1970 80,7 12,0 5,7 1,6 1980 72,6 15,8 8,0 3,6 Fonte: Dados disponíveis no Anuário Estatístico do Brasil 2001. Rio de Janeiro. IBGE, 2003. 1993 69,0 18,0 8,0 5,0 2000 66,1 18,3 8,9 6,7 desindustrialização precoce • Promissora na década de 1980 (27,4%,) (, a indústria brasileira entrou em declínio e hoje representa apenas pouco mais de 10% do PIB, essa tendência foi observado em toda a América Latina. • A dívida externa, a desorganização fiscal e a hiperinflação consumiram a capacidade do governo de promover políticas ativas, levando à negligência da RELATIVA DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL Final da década de 70: dispersão dos investimentos para o interior de São Paulo e outras regiões. Até a década de 1990, o Estado colaborava com a desconcentração industrial por meio das Superintendências Nos grandes centros urbanos industriais há uma grande concentração de problemas como: demora nos congestionamentos no trânsito. falta de água mão de obra cara Fuga dos fortes sindicatos estimulada pela “guerra fiscal” que é travada entre os Estados da federação e os municípios. (SUDAM, SUDENE, SUDESUL e SUDECO). Anos 90: índices de crescimento econômico maior do interior paulista, do Nordeste e do Sul, em relação à São Paulo. MOTIVOS QUE LEVARAM A DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL NO BRASIL a guerra fiscal entre os estados. isto é com objetivos de atrair indústrias para seus territórios, os estados oferecem vantagens para que as indústrias se instalem no seu território. redução de impostos. doação de terrenos infraestrutura para a instalação da indústrias (rodovias asfaltadas, redes elétricas, água, esgoto). Segundo João Manoel, o prefeito Barjas Negri contou com o total apoio do Legislativo para discutir a instalação da empresa no município... Entre os benefícios oferecidos para a instalação da montadora em Piracicaba, estão a doação do terreno e isenções de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISS (Imposto sobre Serviços). Folha de São Paulo, 19 DE SETEMBRO DE 2008 POR ESSA RAZÃO MUITAS INDÚSTRIAS SE DESLOCAM DA CAPITAL SÃO PAULO PARA O INTERIOR DO ESTADO, BUSCANDO FUGIR DESSES PROBLEMAS QUE ATRASAM A PRODUÇÃO INDUSTRIAL E A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS. MOTIVOS QUE LEVARAM A DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL NO BRASIL Tecnopólos – os Pólos de alta tecnologia. Núcleo que concentra atividades de alta tecnologia, empresas, universidades e centros de pesquisa que facilitam o contato entre esses meios, de modo a possibilitar o surgimento de inovações técnicas e novas ideias que caracterizam a revolução técnicocientífico-informacional. Concentram grande quantidade de mão-de-obra altamente qualificada. São José dos Campos (ITA, Inpe), Brasília. São José dos Campos (Brasil), localizado no Vale do Paraíba é um importante tecnopólo de material bélico, metalúrgico e sede do maior complexo aeroespacial da América Latina. Aqui estão instaladas importantes multinacionais como Philips, Panasonic, Johnson & Johnson, General Motors (GM), Petrobras, Ericsson, Monsanto, a sede da Embraer entre outras. No setor aeroespacial destaca-se o CTA, o INPE, o IEAV, o IAE e o ITA. O 1° está localizado em São José dos Campos - SP especializado em material bélico e aeroespacial; O 2°está localizado em Nova Friburgo - RJ especializado em moda têxtil e roupas íntimas; O 3° está localizado em Campinas - SP especializado em informática e tecnologia da informação; O 4° está localizado em São Carlos - SP especializado em mecânica de precisão; O 5° está localizado em Santa Rita do Sapucai - MG especializado em eletrotécnica; O 6° está localizado em Porto Alegre - RS especializado em tecnologia de construção. Tecnopolos no Brasil Vale do silício brasileiro São José dos Campos , localizado no Vale do Paraíba que é um importante tecnopolo de material bélico, metalúrgico e sede do maior complexo aeroespacial da América Latina. Aqui estão instaladas importantes multinacionais como Philips, Panasonic, Johnson & Johnson, General Motors (GM), Petrobras, Ericsson, Monsanto, a sede da Embraer entre outras. No setor aeroespacial destaca-se o CTA, o INPE, o IEAV, o IAE e o ITA. São Carlos (UFSCAR), - abriga 60 empresas de base tecnológica, algumas ainda em fase de incubação. Trata-se de empresas tecnologicamente intensivas, que atuam em áreas consideradas de "tecnologia de ponta", tais como microeletrônica, informática, robótica, mecânica de precisão, química fina entre outras. Grande parte dessas empresas nasceram da relação com as universidades e/ou dentro dessas instituições. Tecnopolos no Brasil Vale do silício brasileiro Campinas (UNICAMP e PUCCamp) - concentra enorme quantidade de empresas e institutos de pesquisa vinculados à produção de alta tecnologia. Londrina e Maringá - despontando com uma intensa atividade tecnológica, ou seja, como polos tecnológicos em formação. LondrinaPR, já em processo de consolidação, como um polo tecnológico e Maringá-PR, em fase de estruturação consolidativa. São cidades que contam com Institutos de Pesquisa agropecuária, universidades com cursos de pós-graduação e empresas do setor de informática, de grande porte técnico e científico. São Paulo (USP) – cursos de engenharia de materiais. Pesquisas com cerâmicas e polímeros, com grande número de patentes e linhas de pesquisa promissoras, como a de nanotecnologia. Petrópolis (UCP) - Ciência da Computação. Campina Grande (Paraíba) – Polo de informática; produção de software para exportação. BRASIL – INDÚSTRIAS ATUAIS (2015) Diversificação industrial Automação Presença de multinacionais e grandes grupos coorporativos Abertura de novos mercados consumidores Escassez de matéria prima SITUAÇÃO ATUAL DA INDÚSTRIA BRASILEIRA Características: Brasil - Ind. tardia - Tec. clássica - Ind. incompleta - Multinacional - Mercado interno Transferência de Tecnologia do 1º Mundo para 3º Mundo, da Tec. de Ponta para Tec. clássica Vinda das multinacionais: - Dependência tecnológica (pouco desenvolvimento econômico) - Descapitalização ( o dinheiro vai para fora) - Adaptação (tec. de uma realidade é implantada em outra totalmente diferente, causando desemprego) - Compra - Migração de Cérebro - do 3º Mundo para 1º Mundo Terceira Rev. Industrial – pós 2ª GM – Guerra Fria – grandes avanços (científicos/tecnológicos); Brasil - fatores impeditivos: dívidas; desvio de capitais; concorrência tecnológica; mau uso de capitais – desenv. científico em segundo plano; atrasos das décadas de 1980 e 90; falta de cultura voltada para pesquisa – herança econômica; falta de integração entre os setores público e privado. inovações tecnológicas: barateamento da produção + ganho de competitividade + melhoria de qualidade; cuidado: dispensa de mão-de-obra + pobreza; concentrações industriais: Sudeste – aproveitamento de fatores positivos São Paulo; centro da economia capitalista brasileira; propagação concêntrica; aprofundamento de desigualdades regionais. PROBLEMAS ENFRENTADOS PELA PELO SETOR INDUSTRIAL BRASILEIRO EM SUA TENTATIVA DE RECUPERAÇÃO: - elevada carga tributária; - elevadas taxas de juros (investimento produtivo – investimento especulativo); - falta de infraestrutura; - concorrência externa; REAÇÃO AOS PROBLEMAS: - busca pela participação no mercado externo (empresas que buscam outros países); - tentativa de aumento nas exportações; - tentativa de aumento do valor agregado dos produtos. As características da industrialização brasileira ❖ Industrialização tardia ou retardatária; ❖ Substituição de importações; ❖ Dependência do mercado externo Século XX, (tecnologia). principalmente a partir de 1930. Após a Segunda Guerra Mundial: • desconcentração industrial internamente e entre países. • transnacionais se espalham pelo mundo, sendo responsáveis pela globalização da economia e pela revolução técnico-científica. • evolução da capacidade dos transportes e dos meios de comunicação – mobilidade de setores que precisavam estar próximos da matéria-prima. • evolução do transporte de energia. • indústrias de bens de consumo se desconcentram para áreas menos saturadas e que apresentam custos de infraestrutura e mão-de-obra mais baratos. • o descolamento é restrito às áreas de produção. Marketing, centros de pesquisa e administração continuam nos centros. • formação de clusters fora dos grandes aglomerados. São áreas que agrupam empresas do mesmo ramo de atividades que utilizam mão-de-obra específica e mesmo tipo de matéria-prima. São beneficiadas pela infraestrutura: centros de pesquisa, rede de escoamento de produtos, sistemas de telecomunicação e informação. Garantem às empresas elevada capacidade de inovação, redução de custos e poder competitivo. • tecnopolos – concentram o desenvolvimento de produtos que incorporam alta tecnologia. Situam-se próximo das universidades e institutos de pesquisas, com o apoio de empresas e verbas governamentais. 5. INDÚSTRIA E DEPENDÊNCIA EXTERNA Dependência Externa Limitação determinante Momento histórico Capital estrangeiro Comercio exportador Comercio Importador Fim do século XIX e começo do século XX Capitalismo Monopolista Empresas britanicas compravam produtos brasileiros e revendiam no mercado externo Controle da venda de produtos estrangeiros 6. CAPITALISMO MONOPOLISTA Trustes Carteis Concentração de Capital Mudanças no Capitalismo no século XX Industria Eliminação da concorrência Serviços Holdings Capitalismo Financeiro Formas de Organização do Trabalho Atividade econômica Taylorismo Industria Bancos Análise critica do Fordismo-Taylorismo Vantagens era extremamente mais fácil treinar operários em tarefas muito simples do que em tarefas complexas. Um trabalhador especializado numa pequena operação podia adquirir habilidade suficiente para faze-la muito rapidamente a própria idéia de que a atividade produtiva deve ser objeto de estudo metódico e racional Análise critica do Fordismo-Taylorismo Vantagens Dois elementos externos à fabrica contribuíram muito para o sucesso das medidas propostas por Taylor e Ford: 1. o atrelamento do movimento sindical aos interesses capitalistas. Apesar dos conflitos, os sindicatos foram se burocratizando e se transformaram em imensas estruturas administrativas, fazendo concessões aos capitalistas e ao Estado; 2. a presença significativa do Estado criando mecanismos financeiros e legais para que o consumismo se tornasse uma pratica cotidiana, bem como cooptando os sindicatos para que controlassem politicamente a força de trabalho. Análise critica do Fordismo-Taylorismo Desvantagens Aos operários cabia somente usar as mãos, nunca os cérebros. esse método tratava o trabalhador como se fosse máquina. Na verdade ele tinha até menos status que as próprias máquinas já que tinha que adaptar o seu ritmo de trabalho ao dos equipamentos. Análise critica do Fordismo-Taylorismo Desvantagens o trabalhador não se identifica com o produto do seu esforço. Um homem que simplesmente fixava páralamas não via o automóvel pronto como obra sua.. Alheamento Ele não era nem ao menos capaz de entender o funcionamento do carro. A única coisa que ele sabia era fixar pára-lamas Como resultado o operário não sentia orgulho nem entusiasmo pelo seu trabalho.. Pessoas que não se orgulham do que fazem, que não vêem importância na sua atividade, dificilmente produzem com qualidade Análise critica do Fordismo-Taylorismo Desvantagens Um enorme potencial estava sendo desperdiçado ao se impedir que os operários opinassem sobre o modo como o trabalho era feito. Mesmo pessoas com pouca cultura escolar tem bom senso suficiente para enxergar problemas simples - que muitas vezes passam desapercebidos aos olhos dos engenheiros - e propor soluções para eles. Análise critica do Fordismo-Taylorismo Não se trata, portanto, de uma técnica “neutra” de organizar o trabalho de forma metódica, como o taylorismo é encarado nos cursos de Administração de Empresas. Na verdade, estamos diante de uma forma encontrada pela burguesia para ampliar seu domínio sobre a classe trabalhadora, apropriando-se de seu saber e de seu tempo. A idéia taylorista de um rendimento maximo no menor espaço de tempo possível e a separação entre o mando(ou o planejamento) e a execução instalou-se nos mais diferentes setores da vida social, como por exemplo, na organização do trabalho nos escritórios e no sistema de ensino. A racionalização da vida social no capitalismo monopolista Max Weber Racionalização do processo de expansão de formas metódicas, racionais e de conduta Eficácia dos meios em detrimento dos fins A importância dos quadros administrativos Gaiola de Ferro Burocracia CAPITALISMO MONOPOLISTA E INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA Inglaterra :artesanato A expansão da industria no Brasil não seguiu as etapas da industrialização inglesa A industrialização brasileirta manufatura grande industria Coexistência da manufatura com a grande industria Capital cafeeiro origem Precoce tendência à monopolização Capital financeiro internacional Insumos industriais Bens duraveis de consumo Bens de capital CAPITALISMO MONOPOLISTA E INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA A peculiaridade da industrialização brasileira consiste, então, na expansão e no predomínio de uma grande industria que não surgiu da produção doméstica ou manufatureira local, mas que transportou para o país tecnologia e formas de organização do trabalho próprias do capitalismo monopolista Esse processo de industrialização tem importantes repercussões no desenvolvimento político e social da sociedade brasileira TRANSF0RMAÇÃO Nos períodos mais recentes, o capitalismo vem passando por nova transformação Década de 70: nova fase no processo produtivo capitalista : pós-fordismo ou processo da acumulação flexível Crise do petróleo (1973) : recessão, busca de novas formas de elevar a produtividade do trabalho e expansão dos lucros Toyotismo nova fase de expropriação da mão-de-obra, a chamada acumulação flexível - a partir do modelo de produção criado pelos japoneses, toyotismo degradação das condições de trabalho, dos direitos trabalhistas e, conseqüentemente, dos trabalhadores. Os princípios ideológicos e organizacionais do toyotismo passaram a sustentar as práticas empresariais como modelo de administração e produção O pós- fordismo flexibilização dos processos de trabalho, incluindo a automação Características flexibilização e mobilidade mercados de trabalho dos flexibilização dos produtos e também dos padrões de consumo Flexibilizaçao do processo de trabalho A U eliminação do controle manual por parte do trabalhador, o trabalhador só intervem para fazer o controle e a supervisão T O M A as atividades mecânicas são desenvolvidas por maquinas automatizadas, programadas para agir sem intervenção de um operador Ç Ã O o engenheiro que entende de programação eletrônica e de analise de sistemas passa a ter uma importância estratégica Flexibilizaçao do processo de trabalho A U T O M A Ç Ã O A robótica tecnologia é um componente novo nas industrias de bem de consumo duráveis e altera profundamente as relações de trabalho Robôs não fazem greve, trabalham incansavelmente, não exigem maiores salários e melhores condições de trabalho e de vida Novas formas de produção: o licenciamento de marcas que articulam varias empresas pequenas e medias em torno do marketing e do apoio financeiro de um grande grupo. Flexibilização dos mercados de trabalho. Tendência de se usar diferentes formas de trabalho: trabalho domestico e familiar, trabalho autônomo, trabalho temporário, por hora ou curto prazo subcontratação Alta rotatividade da mão de obra, Terceirização baixo nível de sindicalização, enfraquecimento sindicatos na defesa dos direitos trabalhistas. dos Flexibilização dos produtos e do consumo. A vida útil dos produtos vai diminuindo, tornando-se descartáveis, a propaganda nos estimula a trocá-los por novos O pós- fordismo Alta rotatividade da mão de obra baixo nível de sindicalização enfraquecimento dos sindicatos na defesa dos direitos trabalhistas, Conseqüências instabilidade para os trabalhadores, desemprego crescente tendência a elevar o numero de trabalhadores através da diminuição das horas de trabalho semanais: trabalhar menos horas para que todos possam ter emprego e renda. Modelos de Produção - Da Segunda revolução industrial à revolução Técnico-científica TAYLORISMO- FORDISMO- PÓS-FORDISMO- Separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos.Racionalização da produção.- Controle do tempo.Estabelecimento de níveis mínimos de produtividade. Produção e consumo em massa.- Extrema especialização do trabalho.- Rígida padronização da produção.- Linha de montagem. Estratégias de produção e consumo em escala planetária.Valorização da pesquisa científica.Desenvolvimento de novas tecnologias.Flexibilização dos contratos de trabalho. Brasil Colônia • Com a decadência da Cana de açúcar, qual foi bem de consumo que passou a ser produzido no Brasil para exportação? Onde passou a ser produzido? ”...a empresa Ford decide em 1919 trazer a empresa ao Brasil. O próprio Henry Ford sentencia: “O automóvel está destinado a fazer do Brasil uma grande nação”... General Motors – Em 1925 – montadora no bairro Ipiranga / SP – dois anos depois, a companhia inicia a construção da fábrica de São Caetano do Sul, • Mas, sobrevivemos sem beber café? • Com isto, por que a crise da bolsa de Nova York, interferiu na industrialização brasileira? • E se não tivesse acontecido a crise? Crise da bolsa de Nova York 1929 Crise do café - principal produto exportado do Brasil - São Paulo - 2/3 das exportações de café no mundo. - a saca caiu na bolsa de Nova York, em torno de 60%, de 4,70 libras para 1,80. Redução das exportações... "socializar” os prejuízos: comprando e queimando ou jogando em alto-mar - café • Se você fosse um “Barão do café”, investiria em uma nova plantação de café, ou não? Infraestrutura deixada pelo café • Sistemas ferroviário e hidroviários; • Capital: deixaram de investir no café; • Mercado consumidor; a década de 1930 • Até Mão de obra: imigrantes, setor agrário-exportador. Fábrica da GM São Caetano do Sul • Em 1930 - inaugura oficialmente sua primeira fábrica. • Hoje produzem nesta mesma fábrica as linhas Astra, Vectra, Classic e Corsa. Cenário!!! Segunda Guerra- dificuldades de comércio internacional Mundial - as fábricas só montavam seus automóveis aqui e não produziam suas peças Reação do governo Getúlio Vargas “ é preciso desenvolver o parque automotivo brasileiro” - proíbe a importação de veículos montados e cria obstáculos à importação de peças. - o governo investindo na indústria de base: – a C.S.N. em 1946 - a Petrobrás em 1953 - a FNM Qual é a diferença para a industrialização chinesa atual??? Nacionalismo - Vargas Desenvolvimentismo - JK • atraindo o capital estrangeiro • estimulou o capital nacional • implantou a indústria de bens de consumo duráreis • ampliou os serviços de infraestruturas, como transporte e fornecimento de energia elétrica • diversificação da economia nacional • criou o G.E.I.A - Grupo Executivo da Indústria Automobilística - para coordenar os planos de produção da indústria automobilística, de Governo JK • Ênfase na necessidade de promover o desenvolvimento econômico sem criar o risco de perturbar a ordem social, • Por que este receio??? • lema “cinquenta anos em cinco”. • A política econômica voltada para os: • transportes, a educação, a produção de alimentos, o desenvolvimento da indústria de base e • a construção de Brasília, • Plano de Metas: • documento que sintetizava 31 objetivos. Críticas!!! Um paradoxo!!! O PIB subia a taxas em torno de 10% ao ano, Mas, aumentou da concentração de renda e da pobreza. Década de 60 até 90 Quatro fábricas de automóveis Três no ABCD Uma em Betim/MG GM; Ford e Volkswagen Fiat - 1973 Três fábricas de caminhões • Duas no ABC, Uma em Curitiba Scania Vabis do Brasil e a Mercedes-Benz Volvo Isto sem contar os caminhões da brasileiríssima FNM, os carros da Vemag e a Romi-Isetta, o 1º carro brasileiro Candango • (Ufla) Leia as seguintes proposições e analise o mapa a seguir: • I. Devido ao seu rico subsolo em minérios, instalaram na região empresas de extração mineral e siderúrgicas. II. Nessa região formou-se uma importante zona siderúrgica e metalúrgica no alto Vale do Rio Doce. III. Essa região é também um poliindustrial, pois abriga indústrias têxteis, de confecções, de produtos alimentícios e sedia a Refinaria Gabriel Passos, da Petrobrás. • Adaptado de Panorama Geográfico do Brasil. Melhem Adas. Ed Moderna, 2004. págs 87 a 89. • As proposições indicam a região assinalada no mapa pela letra a) A b) B c) C d) D • Guerra fiscal entre os estados e inúmeras empresas são atraídas para outras regiões do país. Quais são os atrativos??? • Não diminuiu as diferenças regionais!!! A INDUSTRIALIZAÇÃO FOI RESPONSÁVEL EM ATRAIR MUITAS PESSOAS DO CAMPO PARA AS CIDADES, AUMENTANDO A URBANIZAÇÃO. A MESMA INDÚSTRIA FEZ DO CAMPO O SEU SUBORDINADO, OU SEJA, A PRODUÇÃO DO CAMPO DEPENDE DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL. CAMPO INDÚSTRIA CIDADE • A INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL, ASSIM COMO EM TODOS OS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS FOI TARDIA, ELA TEVE INÍCIO NO FINAL DO SÉCULO XIX, EMBORA A ATIVIDADE AGROPECUÁRIA TENHA PREDOMINADO ATÉ O MEADOS DO SÉCULO XX. •NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS COMO, REINO UNIDO, FRANÇA, ALEMANHA, A INDUSTRIALIZAÇÃO COMEÇOU NO Revolução Industrial, na SÉCULO XVIII. Inglaterra. Indústria têxtil. FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA A INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL. • ACÚMULO DE CAPITAIS PROPORCIONADA PELA EXPORTAÇÃO DE CAFÉ. • A SUBSTITUIÇÃO DA MÃO- DE- OBRA ESCRAVA PARA A MÃO-DEOBRA ASSALARIADA PERMITIU O CRESCIMENTO DO MERCADO CONSUMIDOR INTERNO, EMBORA OS SALÁRIOS FOSSEM BAIXOS. = A REGIÃO CENTRO-SUL DO BRASIL, ESPECIALMENTE SÃO PAULO, FOI A REGIÃO QUE MAIS SE DESENVOLVEU, GRAÇAS A LAVOURA CAFEEIRA . COMO O CAFÉ ERA A PRINCIPAL RENDA ECONÔMICA DO BRASIL ATÉ 1930, E O ESTADO DE SÃO PAULO FOI O QUE MAIS INVESTIU NESSA LAVOURA, FOI NELE ONDE SURGIRAM OS BENEFÍCIOS COMO, SURGIMENTO DE RODOVIAS, FERROVIAS, BANCOS, USINAS GERADORAS DE ELETRICIDADE, ENTRE OUTROS ASPECTOS. ESTAÇÃO DA LUZ, NA CIDADE DE SÃO PAULO. ARQUITEURA CONSTRUÍDA GRAÇAS AOS CAPITAIS DOS BARÕES DO CAFÉ. SÃO PAULO SE DESENVOLVEU PORQUE ERA PASSAGEM OBRIGATÓRIA DAS LAVOURAS DE CAFÉ DO INTERIOR DO ESTADO PARA O PORTO DE SANTOS. ERA O PONTO DE ENCONTRO ENTRE OS BARÕES DE CAFÉ E DE GRANDE CIRCULAÇÃO DE CAPITAL. • POR VOLTA DISSO SÃO PAULO ACUMULOU MUITO CAPITAL OBTIDO PELA LAVOURA DE CAFÉ, ASSIM COMO UM GRANDE MERCADO CONSUMIDOR. • ESSES FATORES CONTRIBUÍRAM PARA O INÍCIO DA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA, BASEADA EM BENS DE CONSUMO NÃO DURÁVEIS, OU SEJA, ALIMENTOS, CALÇADOS, TECIDOS. INDÚSTRIAS QUE NÃO NECESSITAM DE MUITOS INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIA, MAS QUE GERAM BONS LUCROS. • Por volta de 1930, o Brasil sente a necessidade de ampliar sua produção industrial, afinal os bens de consumo não duráveis já apresentavam bom crescimento, por isso começaram a importar máquinas para aumentar a produção e criar novos produtos. • Em 1946, o Brasil passou a produzir aço em quantidade relevante, com a primeira grande Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no município de Volta Redonda – RJ. • Por que Volta Redonda foi escolhida para sediar a CSN? - Fica entre as cidades de Rio de Janeiro e São Paulo, grandes consumidores de aço e ferro do país. - Localizam-se próximo a portos e estradas de ferro. - Rio Paraíba do Sul, fornece água necessária para a produção de ferro e aço. Município de Volta Redonda • A produção de ferro e aço em quantidade expressiva, a industrialização do Brasil se consolidou e expandiu-se. Aos poucos foram instaladas indústrias de bens de consumo duráveis como, eletrodomésticos, automóveis... Em 1953 Lúcio Meira e Getúlio Vargas foram apresentados aos modelos VW que seriam produzidos no Brasil seis anos mais tarde. • Com o passar do tempo a concentração de indústrias na cidade de São Paulo foi atingindo os municípios vizinhos, como Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema (o chamado ABCD paulista) e a Baixada Santista. Fatores importantes para o desenvolvimento industrial • trabalho assalariado; • excedentes de capitais do café; • infraestrutura instalada para o escoamento do café; • imigrantes europeus – mercado consumidor e mãode obra relativamente especializada. Século XIX e início do século XX 1808 - 1914 • D. João VI – resoluções • • Consequências • • Importação de máquinas e equipamentos; dependência externa. • Dificuldades • • Pequeno mercado interno; interesse das elites pela agricultura. • Café • Crises e excedentes de capital estimularam novas atividades econômicas; aproveita-se: a infraestrutura montada para o escoamento do café; a mão-de-obra de imigrantes ; mercado consumidor. Indústrias de bens de consumo; Péssimas condições de trabalho; Rio de Janeiro e São Paulo; Êxodo rural; Operariado urbano. • • Indústrias • • • • • Abertura dos portos; eliminação de barreiras alfandegárias; isenção de impostos para matérias-primas industriais. OBS. Em 1846 a indústria têxtil obteve incentivos fiscais e, no ano seguinte, as matérias-primas necessárias à indústria do país receberam isenção das taxas alfandegárias. Arquipélago econômico 2ª fase do processo industrial brasileiro 1914 - 1955 • Crise de 1929 • Condições para o desenvolvimento industrial brasileiro; Mão de obra - êxodo rural; mercado consumidor; • Getúlio Vargas • • • • • 2ª Guerra Mundial • Substituição de importações. Intervenção estatal: energia, siderurgia, transportes; Indústrias de base; Bens de consumo não-duráveis - menor investimento; Mercado consumidor – imigrantes. Década de 1950 até 1990 1956 - 1990 • 2ª revolução industrial brasileira; Juscelino Kubitschec • internacionalização da economia; incentivos fiscais; • abertura ao capital estrangeiro; • indústrias de bens de consumo e de base. • Tripé industrial • indústria de base – capital estatal; • indústria de bens não-duráveis – capital privado nacional; • indústria de bens duráveis – capital internacional. • Milagre brasileiro • • • • • Década perdida – 1980 • elevação das taxas de juros – dívida cresce em ritmo superior à economia; • grande endividamento; • desemprego. baixos preços do petróleo e crédito externo fácil; expansão da infraestrutura de transportes e energia; expansão do mercado interno e do emprego – 1968 – 1973; 1973 – crise do petróleo – recessão mundial – aumento do preço do produto. • 1979 – crise do petróleo – revolução no Irã; endividamento externo brasileiro Década de 1990 Década de 1990 • Saturação dos mercados desenvolvidos • conquista de novos mercados; • Terceira revolução Industrial nos países desenvolvidos • máquinas obsoletas são importadas pelos países subdesenvolvidos; • Ascensão das economias do Japão e Europa Ocidental • concorrência por novos mercados dos países pobres; • Recursos abundantes nos subdesenvolvidos • matéria-prima e energia baratas; • Neoliberalismo • queda das barreiras comerciais; • privatização das estatais; • desemprego estrutural. O mundo entra na 4ª revolução industrial • A nanotecnologia está associada a diversas áreas (como a medicina, eletrônica, ciência da computação, física, química, biologia e engenharia dos de pesquisa e produção na escala nano (escala atômica). • O princípio básico da nanotecnologia é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos (os tijolos básicos da natureza). • Um nanômetro (nm) é 1 bilionésimo de metro; • É uma área promissora, mas que dá apenas seus primeiros passos, mostrando, contudo, resultados surpreendentes (na produção de semicondutores, Nanocompósitos, Biomateriais, Chips, entre outros). • Um dos instrumentos utilizados para exploração de materiais nessa escala é o Microscópio Eletrônico de Varredura, o MEV. • O objetivo principal não é chegar a um controle preciso e individual dos átomos, mas elaborar estruturas estáveis com eles. • Pesquisas no Brasil – UNICAMP e Universidade de São Carlos; Petrobrás; Embrapa. Uso da nanotecnologia Um levantamento sumário nas publicações que circulam sobre nanotecnologia aponta para os seguintes produtos e serviços que já estariam no mercado: • • • • • • • • • • • • • • Tecidos resistentes a manchas e que não amassam; Raquetes e bolas de tênis; Capeamento de vidros e aplicações antierosão a metais; Filtros de proteção solar; Material para proteção (“screening”) contra raios ultravioleta; Tratamento tópico de herpes e fungos; Nano-cola, capaz de unir qualquer material a outro; Pó antibactéria; Diversas aplicações na medicina como cateteres, válvulas cardíacas, marca-passo, implantes ortopédicos; Produtos para limpar materiais tóxicos; Produtos cosméticos; Sistemas de filtração do ar e da água. Microprocessadores e equipamentos eletrônicos em geral; Polimento de faces e superfícies com nanotecnologia sem micro-riscos. Alguns produtores no Brasil - O Boticário, Suzano Petroquímica e Santista Têxtil. Indústrias extrativas – são as que extraem matéria-prima da natureza (vegetal, animal ou mineral) sem que ocorra alteração significativa nas suas propriedades elementares. Exemplos: indústria madeireira, produção mineral, extração de petróleo e carvão mineral. Indústria de transformação – são as que produzem bens a partir da transformação da matériaprima. Podem ser divididas, de acordo com a finalidade dos bens produzidos: Indústrias de base a) indústrias de bens de produção – produzem matéria-prima: alumínio (metalurgia), aço (siderurgia), b) Indústrias de bens de capital – produzem máquinas, peças, equipamentos para outras indústrias. cimento, derivados de petróleo (petroquímica), que serão utilizadas por outras indústrias na fabricação de produtos. Indústrias de bens de consumo - sua produção está direcionada diretamente para o mercado consumidor. Conforme sua atuação no mercado, elas são ramificadas em indústrias de bens duráveis e de bens não duráveis. a) indústrias de bens duráveis – são as que fabricam mercadorias não perecíveis. São exemplos desse tipo de indústria: automobilística, móveis comerciais, material elétrico, eletroeletrônicos, etc. b) Indústrias de bens não duráveis – produzem mercadorias de primeira necessidade e de consumo generalizado, ou seja, produtos perecíveis. Exemplos: indústria alimentícia, têxtil, de vestuário, remédios, cosméticos, etc. A concentração das indústrias em determinados lugares depende de certos fatores. Até a Segunda Guerra Mundial os fatores que influenciavam na localização das indústrias foram: proximidade de matérias-primas – é mais importante no caso de setores industriais que lidam com grandes volumes de matéria-prima, como o setor pesado. A siderurgia, por exemplo, necessita de grandes quantidades de ferro e manganês. Essa proximidade reduz o custo com o transporte e garante maior eficiência na continuidade das atividades desenvolvidas pela empresa. oferta de energia – um dos insumos mais importantes para o setor industrial é a energia. Determinados setores consomem muita energia, como a indústria de base. A siderurgia requer o uso do carvão mineral, a indústria que produz alumínio requer muita energia elétrica. A não interrupção do fornecimento da energia é um fator essencial para a sobrevivência dessas empresas e, em alguns casos, o custo final de seus produtos é fortemente influenciado pelo custo da energia. mão-de-obra disponível – isso explica o porque das indústrias concentrarem-se em áreas urbanas onde podem contar com essa oferta de mão-de-obra. Evidentemente, alguns setores requerem mão-de-obra mais qualificada e procuram cidades onde existam centros universitários e de pesquisa. mercado consumidor – no caso das indústrias de bens de consumo, a proximidade do mercado consumidor reduz o custo final do produto no varejo pelo menor custo do transporte até os pontos de venda. Grandes concentrações urbanas atraem mais indústrias que, assim, podem ficar próximas de um grande mercado consumidor. boa rede de transportes – essencial para garantir a circulação das matérias-primas, da energia e do produto acabado. A saturação dos transportes em algumas áreas urbanas tem afugentado algumas empresas desses locais. políticas de fomento ao desenvolvimento industrial - isenções de impostos e facilidades para exportação. dificuldades - o elevado custo da mão-de-obra, movimento sindical forte e problemas como enchentes, espaço físico disponível (para uma eventual expansão) e falta de segurança motivam indústrias a procurarem novos locais para sua instalação. Após a Segunda Guerra Mundial: • desconcentração industrial internamente e entre países. • transnacionais se espalham pelo mundo, sendo responsáveis pela globalização da economia e pela revolução técnico-científica. • evolução da capacidade dos transportes e dos meios de comunicação – mobilidade de setores que precisavam estar próximos da matéria-prima. • evolução do transporte de energia. • indústrias de bens de consumo se desconcentram para áreas menos saturadas e que apresentam custos de infraestrutura e mão-de-obra mais baratos. • o descolamento é restrito às áreas de produção. Marketing, centros de pesquisa e administração continuam nos centros. • formação de clusters fora dos grandes aglomerados. São áreas que agrupam empresas do mesmo ramo de atividades que utilizam mão-de-obra específica e mesmo tipo de matéria-prima. São beneficiadas pela infraestrutura: centros de pesquisa, rede de escoamento de produtos, sistemas de telecomunicação e informação. Garantem às empresas elevada capacidade de inovação, redução de custos e poder competitivo. • tecnopolos – concentram o desenvolvimento de produtos que incorporam alta tecnologia. Situam-se próximo das universidades e institutos de pesquisas, com o apoio de empresas e verbas governamentais. • • • • Concentração no entorno das RM em direção ao interior do estado Destaca-se a área ocupada no estado de Goiás Apenas 5 municípios da região Norte, enquanto que no Sudeste, 234 Os estados com a presença de firmas inovadores têm grande diferencial de renda per capita, educação e infraestrutura • A industrialização do Sul, tem muita vinculação com a produção agrária e dentro da divisão regional do trabalho visa o abastecimento do mercado interno e as exportações. • O imigrante foi um elemento muito importante no início da industrialização como mercado consumidor e no processo industrial de produtos agrícolas, muitas vezes em estrutura familiar e artesanal. • A industrialização de São Paulo implicou na incorporação do espaço do Sul como fonte de matériaprima. Implicou também na incapacidade de concorrência das indústrias do sul, que passaram a exportar seus produtos tradicionais como calçados e produtos alimentares, para o exterior. • Com as transformações espaciais ocasionadas pela expansão da soja, o Sul passou a ter investimentos estrangeiros em indústrias de implementos agrícolas. • A indústria passou a se diversificar para produzir bens intermediários para as indústrias de São Paulo. Nesse sentido, o Sul passou a complementar a produção do Sudeste. O Sul pode ser considerado como sub-região do Centro-Sul. • Objetivando a integração brasileira com os países do Mercosul, a indústria do Sul conta com empresas no setor petroquímico, carboquímico, siderúrgico e em indústrias de ponta (informática e química fina). • A reorganização e modernização da indústria do Sul necessitam também de uma política nacional que possibilite o aproveitamento das possibilidades de integração da agropecuária e da indústria, à implantação e crescimento da produção de bens de capital (máquinas, equipamentos), de indústrias de ponta em condições de concorrência com as indústrias de São Paulo. A região é um centro polindustrial, marcado pela variedade e volume de produção. • Não atingiu toda a região Sudeste, o que produziu espaços geográficos diferenciados e grandes desigualdades dentro da própria região. • Empresas governamentais atuam principalmente nos setores de siderurgia, petróleo e metalurgia. • A mão-de-obra mais barata, o forte mercado consumidor e a exportação dos produtos industriais a preços mais baratos atrai as multinacionais. • Rio de Janeiro - indústrias de refino de petróleo, estaleiros, indústria de material de transporte, tecelagem, metalurgia, papel, têxtil, vestuário, alimentos. Volta Redonda, Ipatinga, Timóteo, João Monlevade e Ouro Branco, entre outras, são ligadas à siderurgia. Campos e Macaé (extração do petróleo, açúcar e álcool), Três Corações, Araxá e Itaperuna (leite e derivados). • Minas Gerais – tem importância no setor metalúrgico, principalmente aço, ferro-gusa e cimento para as principais fábricas do Sudeste. Belo Horizonte tornou-se um centro industrial diversificado, com indústrias que vão desde o extrativismo ao setor automobilístico; Araguari e Uberlândia (cereais). • Espírito Santo – é o menos industrializado do Sudeste: Aracruz , Ibiraçu, Cachoeiro de Itapemirim. Vitória, a capital do Estado, tem atividades relacionadas à sua situação portuária e às indústrias ligadas à usina siderúrgica de Tubarão. • É a maior concentração industrial da região por motivos históricos. • Superconcentração industrial - cidade de São Paulo, o ABCD (Santo André,São Bernardo do Campo, São Caetano e Diadema) e Campinas, Jundiaí e São José dos Campos. • Franca e Nova Serrana (calçados) • Jundiaí, Campinas e São José dos Campos têm seu espaço geográfico integrado à região metropolitana de São Paulo. • Expansão nas seguintes direções: para Baixada Santista, para a região de Sorocaba, para o Vale do Paraíba – Rio de Janeiro e interior, alcançando Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. •A industrialização dessa região vem se modificando, modernizando, mas sofre a concorrência com as indústrias do Centro-Sul, principalmente de São Paulo, que utilizam um maquinário tecnologicamente mais sofisticado. • A agroindústria açucareira é uma das mais importantes, visando sobretudo a exportação do açúcar e do álcool. • As indústrias continuam a tendência de intensificar a produção ligada à agricultura (alimentos, têxteis, bebidas) e as novas indústrias metalúrgicas, químicas, mecânicas e outras. • A exploração petrolífera no Recôncavo Baiano trouxe para a região indústrias ligadas à produção, refino e utilização de derivados do petróleo. Essa nova indústria, de alta tecnologia e capital intenso, não absorve a mão-de-obra, que passa a subempregar-se na área de serviços ou fica desempregada. • As indústrias estão concentradas nas mãos de poucos empresários e os salários pagos são muito baixos, acarretando o empobrecimento da população operária. • O sistema industrial do Nordeste, concentrado na Zona da Mata, tem pouca integração interna. Concentra-se sobretudo nas regiões metropolitanas: Recife, Salvador e Fortaleza . • O reaparelhamento dos portos de Recife e Maceió (década de 70) aumentaram a exportação de produtos da região, principalmente o açúcar. • A rede rodoviária mais integrada a outras regiões do que dentro do próprio Nordeste. A construção da rodovia, ligando o Nordeste (Zona da Mata) ao Sudeste e ao Sul, possibilitou o abastecimento do Nordeste com produtos industrializados no Sudeste e o deslocamento da população nordestina em direção a este. • Década de 60 - a industrialização a nível nacional adquire novos padrões. As indústrias de máquinas e insumos agrícolas, instaladas no Sudeste, tiveram mercado consumidor certo no Centro-Oeste, ao incentivarem-se os cultivos dos produtos de exportação em grandes áreas mecanizadas. • Década de 70, o Governo Federal implantou uma nova política econômica visando a exportação. Para atender às necessidades econômicas brasileiras e a sua participação dentro da divisão internacional do trabalho, caberia ao Centro-Oeste a função de produtor de grãos e carnes para exportação. • O Centro-Oeste tornou-se a segunda região em criação de bovinos do país, sendo esta a atividade econômica mais importante da região. Sua produção de carne visa o mercado interno e externo. • Existem grandes matadouros e frigoríficos que industrializam os produtos de exportação. • Sua industrialização se baseia no beneficiamento de matérias-primas e cereais, além do abate de reses o que contribui para o maior valor de sua produção industrial . •A indústria de alimentos, a partir de 1990, passou a se instalar nos polos produtores de matérias-primas, provocando um avanço na agroindústria do Centro-Oeste. • O estado de Goiás já tem vários centros industriais, graças ao seu mercado consumidor. • Os produtos alimentares representam o maior valor da produção industrial. • Até a década de 1970, a indústria da Região Norte era pouco expressiva e estava ligada ao beneficiamento dos produtos extrativos vegetais (borracha, castanha-dopará, madeira) e aos ramos tradicionais de bens de consumo (alimentos, bebidas, vestuário). • A instalação de indústrias é um processo recente e deve-se principalmente a uma política praticada pelo Governo Federal para integrar a Amazônia ao restante do território brasileiro. Um dos objetivos da criação da Sudam foi exatamente instalar indústrias na Região. • Os investimentos aplicados, principalmente nas últimas décadas, na área dos transportes, comunicações e energia possibilitaram à algumas áreas o crescimento no setor industrial , visando à exportação. • Grande parte das indústrias está localizada próxima à fonte de matérias-primas como a extração de minerais e madeiras, com pequeno beneficiamento dos produtos. • A agroindústria regional dedica-se basicamente ao beneficiamento de matérias-primas diversas, destacando-se a produção de laticínios; o processamento de carne, ossos e couro; a preservação do pescado, por congelamento, defumação, salga, enlatamento; a extração de suco de frutas; o esmagamento de sementes para fabricação de óleos; a destilação de essências florestais; prensagem de juta. Amazônia Oriental e Sul da Amazônia • No final do século passado essa região começou a desenvolver, na Amazônia oriental atividades como mineração e metalurgia. • Na parte oriental as mudanças ocorreram em decorrência da extração mineral na Serra dos Carajás e de Oriximiná, além da proximidade com a usina hidrelétrica de Tucuruí e a instalação do complexo metalúrgico do alumínio nas proximidades de Belém. • Para que a indústria pudesse desenvolver-se, foram feitos grandes investimentos. Era necessário melhorar o abastecimento de energia, o sistema de transportes e de comunicações, os portos e os aeroportos, etc. Além disso, o governo dispensou empresas de pagarem impostos, doou terrenos e criou várias formas de estímulo para atrair indústrias de outras partes do país, sobretudo do Sudeste. • No fim da década de 1980, estimulou-se a transferência de usinas de ferro-gusa do Sudeste, especialmente mineiras, para a área em torno da estrada de ferro Carajás-Itaqui. Também foi incentivada a instalação de indústrias de madeira. Apesar disso, não ocorreu um desenvolvimento industrial significativo na região de Carajás, que ainda se baseia numa economia essencialmente extrativa. • Indústrias em Belém – Outro centro industrial do Norte Oriental está em Belém, que tem uma grande concentração de indústrias produtoras de bens de consumo não só para a população do Pará, mas também para São Paulo e Rio de Janeiro. Destacam-se as indústrias de alimentos, de fumo, de bebidas, de produtos farmacêuticos, de couro, de perfumaria, etc. Amazônia Oriental e Sul da Amazônia • A floresta amazônica brasileira permaneceu completamente intacta até o início da era “moderna” do desmatamento, com a inauguração da rodovia Transamazônica, em 1970. • Os índices de desmatamento na Amazônia vêm aumentando desde 1991 com o processo de desmatamento num ritmo variável, mas rápido. • Embora a floresta amazônica seja desmatada por inúmeras razões (mineração,garimpagem, indústria madeireira, hidreléticas, abertura de estradas) a criação de gado ainda é a causa predominante. As fazendas de médio e grande porte são responsáveis por cerca de 80% das atividades de desmatamento. • O comércio da carne bovina é apenas uma das fontes de renda que faz com que o desmatamento seja lucrativo. • Os impactos do desmatamento incluem a perda de biodiversidade, a redução da ciclagem da água (e da precipitação) e contribuições para o aquecimento global. Amazônia Oriental e Sul da Amazônia •A velocidade da degradação da floresta na Amazônia e os protagonistas da destruição têm variado, mas é cada vez mais importante o papel das madeireiras nesta degradação. •Nos anos 70, os madeireiros geralmente aproveitavam a madeira oriunda das fazendas que transformavam florestas em pastagens. Naquela época, a exploração ocorria próxima à estradas abertas pelo governo, principalmente no Mato Grosso e Pará. •A partir da década de 80, os madeireiros passaram a ter um papel mais ativo na degradação e destruição de florestas na Amazônia. O desmatamento e a exploração predatória eliminaram os estoques de madeira próximos às estradas abertas pelo governo nas décadas de 60 e 70. • Os madeireiros passaram a abrir estradas para extrair madeira de áreas mais distantes. A abertura destas estradas tem estimulado a ocupação de novas fronteiras por agricultores e fazendeiros em várias regiões da Amazônia. Portanto, a exploração de madeira estimula o desmatamento. Amazônia Ocidental • Zona Franca de Manaus – A primeira experiência de industrialização da Região ocorreu por meio da criação da Zona Franca de Manaus em 1967. Trata-se de uma área de livre comércio em que não são cobrados impostos de importação sobre os produtos comprados do exterior. Estão instaladas aí mais de quinhentas indústrias, sendo trezentas de grande porte. Em sua maioria, são apenas montadoras de produtos obtidos com tecnologia estrangeira como relógios, material elétrico e de comunicações e outros bens de tecnologia avançada, com destaque para automóveis e computadores. • As empresas estrangeiras foram incentivadas por uma série de benefícios de ordem tributária, além de isenção de taxa de importação para componentes. • Foi uma iniciativa do governo federal com o objetivo de desenvolver economicamente e socialmente a região. No entanto, o resultado não foi o esperado, pois as indústrias não atribuíram nenhum beneficio à população local. O QUE É INDÚSTRIA? O QUE É FÁBRICA? INDÚSTRIA é toda atividade (ECONÔMICA) humana que, através do trabalho, transforma matérias-primas em bens de consumo ou produção que, em seguida, comercializados e que possuem, normalmente, maior valor agregado. VALOR AGREGADO MÁQUINAS ENERGIA QUALIFICAÇÃO MÃO-DE-OBRA SALÁRIO OBS: Fábrica é o termo utilizado para identificar o conjunto de instalações, equipamentos e trabalhadores voltados para a transformação de matériasprimas. são O QUE É INDUSTRIALIZAÇÃ O? Industrialização representa o processo pelo qual a indústria aparece como o setor MAIS dinâmico de uma economia, aquele que agrega mais valores ao produto total e/ou cria maior número de empregos. De outro lado, o processo que provoca a reversão do crescimento e da participação da indústria na produção e na geração de empregos é conhecido por “desindustrialização” Estágios da Produção Industrial • A evolução da matéria prima em produto transformado ocorreu em 4 estágios. São eles: 1- Artesanato Hoje é típica de países subdesenvolvidos 2- Manufatura 3- Indústria (Maquinofatura) 4- Revolução Técnico-científica (Maquinofatura) INDÚSTRIA MAQUINOFATUREIRA Na maquinofatura, o trabalhador estava subordinado ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. A produtividade multiplicou com a mecanização da mão-de-obra, o produto final barateou e o desemprego cresceu. Estágios de Produção Industrial MANUFATURA ARTESANATO Trabalho Assalariado MECANIZAÇÃO ROBOTIZAÇÃO DIVISÃO DO TRABALHO FERRAMENTAS MANUAIS TRABALHO MANUAL FAMILIAR Trabalho Primitivo/Servil MAQUINOFATURA ORIGENS: ❖ Clássica : É aquela que surgiu na Inglaterra no séc. XVIII, e na Europa, EUA e Japão no séc. XIX. VAPOR (carvão mineral) ❖ Planificada : É aquela que surgiu no séc. XX nos países socialistas. ❖ Tardia : É aquela que surgiu nos países subdesenvolvidos pós 2º Guerra Mundial. COMMODITIES, significam mercadorias que tem uma enorme importância na economia mundial, alto consumo, pouca industrialização, produzidos e negociados por várias empresas, com qualidade quase uniforme. A INDUSTRIALIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL Fases da Revolução Industrial: Primeira Revolução Industrial : (1760 – 1850) ❖ Surge na Inglaterra do séc. XVIII com a máquina á vapor (carvão mineral) e depois França. ❖ Implicou a mudança de uma economia de base agrícola e artesanal para uma economia de base industrial e mecanizada. ❖ A indústria têxtil e a siderurgia (ferro) foram as impulsionadoras da 1ª Revolução Industrial. ❖ O jornal e depois o telegrafo foram os meios de comunicação da época p/ longas distâncias 1832 – telégrafo eléctrico - Morse Segunda Revolução Industrial : (1850 – 1980) ❖ Surge no séc. XIX com a descoberta de novas fontes de energia (eletricidade e petroquímica) ❖ Nascem as empresas automobilísticas (Ford e GM) com a criação dos motores ❖ EUA, Japão, Alemanha, Canadá e Rússia se industrializam ❖ Taylorismo (trabalho no menor tempo possível com recompensa) ❖ Fordismo ( linha de montagem de produção em série com divisão do trabalho) ❖ Foi a época do rádio e da televisão como meios de comunicação de massa. Terceira Revolução Industrial : (1980 – hoje) ❖ Surge no séc. XX com a passagem de tecnologia militar para o meio civil. ❖ Nasce a informática, internet, SIGs, robótica, nanotecnologia, biotecnologia, telecomunicações. ❖ Toyotismo (produção flexível com estoques mínimos) – Japão pós Bombas Atômicas ❖ Privatização e Descentralização Industrial TIPOS DE INDÚSTRIAS INDÚSTRIAS DE BASE OU BENS DE PRODUÇÃO Transformam matériasprimas ou energia em produtos que vão ser usados pelas indústrias de bens de capital ou de consumo. Se localizam perto das fontes fornecedoras ou dos postos e ferrovias, onde fica fácil a recepção das matérias e a saída da produção. Ex: siderúrgicas, as metalúrgicas e as petroquímicas. INDÚSTRIAS DE BENS DE CAPITAL OU INTERMEDIÁRIA Esse tipo de indústria produz máquinas e equipamentos que serão utilizados pelas indústrias leves ou pesadas. Essas indústrias se localizam principalmente perto de seus consumidores, nos centros industriais. INDÚSTRIAS DE BENS DE CONSUMO (OU DE BENS FINAIS) Produzem produtos duráveis (móveis, eletrodomésticos, automóveis, etc) ou não-duráveis (alimentos, bebidas, etc). Essas indústrias abrigam a maior parte dos trabalhadores e atingem um amplo mercado consumidor. Por isso, encontram-se nas cidades médias ou em centros urbanos. A produção destina-se à população em geral. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE INDÚSTRIAS Segundo a função : Indústrias germinativas : elas geram o aparecimento de outras indústrias, como a petroquímica. Indústrias de ponta : são as indústrias dinâmicas que comandam a produção industrial. Ex. automobilística. Segundo a tecnologia : Indústrias tradicionais : são empresas que ainda estão ligadas com a Primeira Revolução Industrial. Geralmente são empresas familiares, e existem algumas dessas ainda no Brasil. Indústrias dinâmicas : usam muita tecnologia e capital e pouca força de trabalho. Está ligada com o desenvolvimento mais recente da química e eletrônica. Operam em economia de escala. Tipos de indústria Indústria Pesada ou de Base • Siderurgia • Metalurgia • Produção de energia elétrica • Extração mineral • Petrolífera • Cimento Tipos de indústria Indústria intermediária ou de Bens de Capital ❖ ❖ ❖ ❖ ❖ ❖ Máquinas Ferramentas Automobilística Naval Têxtil Ferroviária Tipos de indústria Bens Finais ou de Consumo Duráveis Não-duráveis (automóveis, eletrodomésticos) (produtos alimentícios, têxteis) Tipos de indústria Indústria Dinâmica • • • • • Informática Robótica Comunicações Aeroespacial Biogenética ONDE SE LOCALIZAM AS INDÚSTRIAS? POR QUE ALGUNS LUGARES POSSUEM MAIS INDÚSTRIAS QUE OUTROS? FATORES DETERMINANTES NA LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL Como mencionamos, as indústrias estão distribuídas desigualmente no mundo. Isto se deve às condições ou fatores favoráveis que nem todos os lugares apresentam. Alguns fatores favoráveis são: ❖ ❖ ❖ ❖ ❖ ❖ ❖ ❖ ❖ Fontes de energia; Mão-de-obra barata e qualificada; Matéria-prima; Mercado consumidor; Infraestrutura de transporte; Rede de comunicação; Incentivos fiscais; Disponibilidade de água. Leis ambientais não rígidas LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA: QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA. Qual a melhor localização, no triângulo, para as três indústrias abaixo? JUSTIFIQUE sua resposta. INDÚSTRIA SIDERÚRGICA INDÚSTRIA AUTOMOBILISTICA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA HISTÓRIA DA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA PRELÚDIO: Antes da industrialização, a organização do espaço geográfico no Brasil era do tipo “arquipélago”, Ciclo extrativo do Pau-Brasil ( litoral-Mata Atlântica ) Ciclo da Cana-de-Açúcar ( litoral do nordeste – zona da mata ) Economia de Arquipélago Ciclo da Mineração ( interior – Minas Gerais ) Ciclo da Borracha ( Amazônia ) e do Café ( Rio de Janeiro e São Paulo ) Ciclo da Industrialização ( início do séc. XIX ) A industrialização promove a integração do espaço nacional, colocando fim ao “arquipélago econômico”. A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA A industrialização no Brasil pode ser dividida em quatro períodos principais: o primeiro período, de 1500 a 1808, chamado de "Proibição"; o segundo período, de 1808 a 1930, chamado de "Implantação"; o terceiro período, de 1930 a 1956, conhecido como fase da Revolução Industrial Brasileira, o quarto período, após 1956, chamado de fase da internacionalização da economia brasileira. Bases para crescimento industrial – fins do séc. XIX – economia cafeeira (não proposital): Crise de 1929 - capitais – rede bancária e comercial – rede ferroviária – mão-deobra qualificada e não qualificada – energia elétrica – mercado consumidor; Acompanhou o ritmo de crescimento da população urbana. Adotou o modelo de substituição das importações. Dependência de tecnologia externa. Fases: Concentração E Desconcentração nacional - Presença das multinacionais CAUSAS DO FRACO/ATRASADO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL BRASILEIRO: permanência da escravidão – fraco mercado de consumo interno; domínio político da aristocracia agroexportadora; elevada concorrência externa – Inglaterra e EUA; No século XIX, a industrialização do país era fraca, em razão de vários fatores, como o domínio econômico da aristocracia rural agroexportadora e das relações escravagistas de trabalho. O escravo era um empecilho à industrialização, pois não participava do mercado consumidor, já que não recebia rendimentos, além do que não poderia ser demitido numa crise ou contratado numa fase de expansão. Observe, pela tabela a seguir, a “tímida” industrialização. 1930 – Nossa 1ª Revolução Industrial: Getúlio Vargas (Criação da CSN , Petrobrás e Vale do Rio Doce) – Inicia a Substituição de Importação predomínio da indústria leve; dependência tecnológica (importações) – Ing/EUA; concentração industrial (Sudeste) – reunião de fatores atrativos; nova polarização social: burguesia industrial X operariado; ligas operárias – sindicatos trabalhistas (influência externa); ausência de legislação trabalhista – desrespeito – contenção policial; controle social – bairros operários – segregação – guetos – cortiços. 1930 a 1955 (início da 2ª RI brasileira): •crise cafeeira – êxodo rural – disponibilidade de mão-de-obra – exército industrial de reserva; •redução das importações •política nacionalista – desenvolvimento autônomo; •intervencionismo estatal – abandono do liberalismo; •indústria de base e diversificação da agricultura; •2ª Guerra Mundial; •período Dutra (1946/50) – favorecimento ao capital externo. •alta da balança comercial/reestruturação. PERÍODO JK (1956 A 1961): • maior enfrentamento aos obstáculos à industrialização; •Plano de Metas (2/3 do orçamento para energia e transporte); •forte participação do capital estrangeiro – internacionalização da economia /Multinacionais; •panorama externo: fim da 2ª GM, descolonização, sobra de capitais; •transplante de tecnologias; •marketing agressivo – sociedade de consumo; •papel do governo brasileiro: criação de infraestrutura; •consolidação da dependência norte-americana; •aumento de encargos exteriores (royalties, juros, serviços); •reforço da indústria de base; •carro chefe: ibcd (automobilística e eletroeletrônicos); •desenvolvimento associado ao capital estrangeiro (não integrado, mas participante); 1964 a década de 1980: (Ditadura – Anos de Chumbo) •Governo Médici •Copa do Mundo de 1970 (primeira á cores)- Pra Frente Brasil • modelo associado e dependente do capitalismo mundial; •penetração do capital estrangeiro (indústria, agricultura e mineração); Termina Substituição de Importação •controle estatal: industrialização e modernização conservadora; •1967/74 – “milagre econômico” – cresc. PIB supera os 10%; •sustentação do milagre: incentivo às exportações de manufaturados e primários; desvio de subsídios (agric. subsist. - agric. comercial); financiamento do consumo das classes alta/média; endividamento externo (petrodólares); Crise do Petróleo de 1974 • supressão de liberdades/controle; •política recessiva imposta pelo FMI – diminuição de invest. sociais; • elevada inflação e concentração de renda •Obras Faraônicas de Logística (Itaipu – Ponte Rio-Niterói) •1967 – Zona Franca de Manaus (Suframa); Desconcentração Industrial Década de 1990 – abertura comercial: •Modernização produtiva: dependência do capital estrangeiro – vulnerabilidade; •Plano Real: combate à inflação – aumento do consumo; •desestatização; (Privatização) •desemprego estrutural; •tecnologia + mão-de-obra especializada – educação. Terceira Rev. Industrial – pós 2ª GM – Guerra Fria – grandes avanços (científicos/tecnológicos); Brasil - fatores impeditivos: dívidas; desvio de capitais; concorrência tecnológica; mau uso de capitais – desenv. científico em segundo plano; atrasos das décadas de 1980 e 90; falta de cultura voltada para pesquisa – herança econômica; falta de integração entre os setores público e privado. Tecnopólos – grandes centros de produção de tecnologias (instituições de ensino + empresas) São José dos Campos (ITA, Inpe), São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Campina Grande, São Carlos, Campinas, Brasília. inovações tecnológicas: barateamento da produção + ganho de competitividade + melhoria de qualidade; cuidado: dispensa de mão-de-obra + pobreza; concentrações industriais: Sudeste – aproveitamento de fatores positivos São Paulo; centro da economia capitalista brasileira; propagação concêntrica; aprofundamento de desigualdades regionais. TRABALHO EM Exercício: A Produção GRUPO Escolha um produto de uma empresa da região e descreva os recursos necessários a sua produção, as etapas do processo de transformação e a forma de medição da produtividade INPUTS Recursos Humanos, Instalações e Processos, Materiais, Terra, Energia e Informação OUTPUTS Bens Processo de transformação Serviços Medida de Performance (Qualidade, Custo, Produtividade, etc.) INPUT = medida quantitativa dos insumos : ou seja quantidade ou valor das matérias-primas, mão-de-obra, energia elétrica, capital, instalações prediais, etc. OUTPUT = medida quantitativa do que foi produzido, ou seja, quantidade de produtos ou serviços ou valor das receitas provenientes das vendas dos produtos / serviços finais. O processo de industrialização brasileira teve início de fato na segunda metade do Século XIX. 1808 O setor industrial recebeu impulso a partir dos anos de 1930 e adquiriu importância na segunda metade do Século XX. Recebeu impulso a partir dos anos de 1930 e adquiriu importância na segunda metade do Século XX. Parque Industrial (SP e RJ) Indústrias Multinacionais Indústrias Nacionais Vídeo Não se sabia o que fazer com tanto café: com demanda insuficiente, produtores brasileiros começam a queimar estoques ❖Desenvolvimento de infraestrutura, como ferrovias, rodovias e hidrelétricas; Facilitou a instalação das fábricas. Utilidade era o escoamento de mercadorias.