A INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL DO MODELO AGROEXPORTADOR à SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES DURANTE O PERÍODO COLONIAL (1500-1822), ERA PRATICAMENTE PROIBIDA A INSTALAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E INDUSTRIAIS NA COLÔNIA PORQUE CONCORRERIAM COM A METRÓPOLE PORTUGUESA, O QUE REDUZIRIA SEUS LUCROS. POR ISSO, ENQUANTO ALGUNS PAÍSES DA EUROPA (SÉCULOS XVIII E XIX) CONVIVIAM COM A INDUSTRIALIZAÇÃO, O BRASIL PERMANECIA COMO EXPORTADOR DE GÊNEROS AGRÍCOLAS. ATÉ 1930, A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA FOI MARCADA POR INDÚSTRIAS TRADICIONAIS (ALIMENTÍCIAS E TÊXTEIS) E PELA IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. A CRISE MUNDIAL DE 1929, AFETOU A ECONOMIA BRASILEIRA, QUE ATÉ ENTÃO SE BASEAVA NA PRODUÇÃO E NA EXPORTAÇÃO DE CAFÉ. COM ESSA CRISE, UMA PARCELA RAZOÁVEL DO CAPITAL CAFEEIRO FOI REINVESTIDA EM ATIVIDADES URBANAS FABRIS, COMO A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS E TECIDOS, MODIFICANDO E DINAMIZANDO NOSSA ECONOMIA COM A LENTA TRANSIÇÃO DO PREDOMÍNIO DO CAPITAL AGRÍCOLA PARA O CAPITAL INDUSTRIAL. A SEGUNDA GUERRA (1939-1945) BENEFICIOU A PRODUÇÃO INTERNA NO BRASIL, QUE, ALÉM DE TER DIFICULDADE EM COMERCIALIZAR COM A EUROPA, PRECISAVA SUBSTITUIR OS PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS, ANTES IMPORTADOS, PARA ATENDER AO MERCADO INTERNO. A ERA VARGAS E A ERA KUBITSCHEK A SEGUNDA ETAPA DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL BRASILEIRO TEVE A PARTICIPAÇÃO DECISIVA DESSES DOIS GOVERNANTES. GETÚLIO VARGAS FOI O RESPONSÁVEL PELA INFRA-ESTRUTURA NECESSÁRIA PARA A INSTALAÇÃO DE INDÚSTRIAS NO PAÍS NO PERÍODO DE SEU PRIMEIRO GOVERNO (1930-1945). ENTRE SUAS REALIZAÇÕES ESTÃO: COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL – VOLTA REDONDA/RJ COMPANHIA VALE DO RIO DOCE – MINAS GERAIS FÁBRICA NACIONAL DE MOTORES COMPANHIA HIDRELÉTRICA DE SÃO FRANCISCO. CIA SIDERURGICA NACIONAL CIA VALE DO RIO DOCE JUSCELINO KUBITSCHEK (19561960), ATRAVÉS DE SEU PLANO DE METAS, PRIVILEGIOU AS OBRAS PARA A GERAÇÃO DE ENERGIA, OS TRANSPORTES E PRINCIPALMENTE A CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS, QUE FACILITOU A INSTALÇÃO DE MONTADORAS DE VEÍCULOS ESTRANSGEIRAS EM NOSSO PAÍS. SEU GOVERNO, AO CONTRÁRIO DO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS, QUE SE PREOCUPOU EM PROTEGER A PRODUÇÃO NACIONAL, MARCOU O INÍCIO DA INTERNACIONALIZAÇÃO DO PARQUE INDUSTRIAL BRASILEIRO. NESSA ÉPOCA, ALÉM DAS MONTADORAS, VIERAM INDÚSTRIAS DE APARELHOS ELETRÔNICOS E ALIMENTOS, QUE MAIS TARDE PASSARIAM A CONTROLAR O MERCADO INTERNO, APÓS A COMPRA DE EMPRESAS NACIONAIS INCAPAZES DE COMPETIR COM A TECNOLOGIA EMPREGADA POR ESSAS TRANSNACIONAIS. PORTANTO, ENTRE 1930-1960, OCORREU A SEGUNDA E PRINCIPAL ETAPA DA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA, CARACTERIZADA PELO MODELO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES VOLTADO PARA O ABASTECIMENTO INTERNO, BASEADA NA UNIÃO DE CAPITAIS ESTATAIS, NACIONAIS E CAPITAL PRIVADO ESTRANGEIRO. A INTERNACIONALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA NO COMEÇO DA DÉCADA DE 1960, O PAÍS PASSOU POR UM CONTURBADO PERÍODO POLÍTICO QUE CULMINOU COM O GOLPE MILITAR DE 1964. NO GOVERNO MILITAR, O PERÍODO ENTRE 1967 E 1973 FICOU CONHECIDO COMO “MILAGRE ECONÔMICO BRASILEIRO”. O SUPREMO COMANDO REVOLUCIONÁRIO, QUE ASSUMIU O PODER EM 1964, DECRETOU ATRAVÉS DO ATO INSTITUCIONAL Nº 1 A ESCOLHA DE UM NOVO PRESIDENTE PARA O CONGRESSO NACIONAL, QUE DEVERIA GOVERNAR ATÉ 31 DE JANEIRO DE 1966. O ESCOLHIDO, MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO, CHEFE DO ESTADOMAIOR DO EXÉRCITO, TEVE SEU MANDATO PRORROGADO ATÉ 15 DE MARÇO DE 1967. O ATO INSTITUCIONAL Nº 1 PERMITIA TAMBÉM A SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS DE QUALQUER CIDADÃO DURANTE DEZ ANOS E A CASSAÇÃO DE MANDATOS PARLAMENTARES. ATINGIMOS A OITAVA POSIÇÃO MUNDIAL EM PIB E O PRIMEIRO LUGAR ENTRE AS NAÇÕES SUBDESENVOLVIDAS INDUSTRIALIZADAS OU PERIFÉRICAS. O BRASIL RECEBEU VULTOSOS EMPRÉSTIMOS INTERNACIONAIS E SUA PRODUÇÃO INDUSTRIAL FOI MUITO GRANDE. NO ENTANTO, COMO CONSEQUÊNCIA, A DÍVIDA EXTERNA AUMENTOU MUITO NESSE PERÍODO, AGRAVANDO AS DESIGUALDADES SOCIAIS, POIS A RIQUEZA, QUE DEVERIA SER APLICADA EM MELHORES CONDIÇÕES DE SAÚDE E EDUCAÇÃO, FOI DESVIADA PARA PAGAMENTOS DE COMPROMISSOS ASSUMIDOS COM ORGANISMOS INTERNACIONAIS – FMI E BIRD. COM O PESO DA DÍVIDA EXTERNA E OS SUCESSIVOS AUMENTOS DO PREÇO DO PETRÓLEO NO MERCADO INTERNACIONAL, O PAÍS VIVEU NOS ANOS 1980 O PERÍODO CONHECIDO COMO “DÉCADA PERDIDA”, QUANDO SE VERIFICOU UMA FORTE RETRAÇÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL E UM MENOR CRESCIMENTO DA ECONOMIA EM GERAL. REGIME MILITAR DE 1964, O GOLPE MILITAR DE 64, GOVERNOS MILITARES , GOVERNO CASTELLO BRANCO, GOVERNO COSTA E SILVA, GOVERNO DA JUNTA MILITAR, GOVERNO MÉDICI, AI-5, GOVERNO GEISEL, GOVERNO FIGUEIREDO, REDEMOCRATIZAÇÃO, LEI DA ANISTIA, CAMPANHA DAS DIRETAS JÁ, CONSTITUIÇÃO DE 1988. A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA NA GLOBALIZAÇÃO. OS ANOS DE 1990 FORAM MARCADOS PELA GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA MUNDIAL, PELA POLÍTICA NEOLIBERAL E PELAS CRISES ECONÔMICAS EM PAÍSES EMERGENTES,COMO BRASIL. EM CONSEQUÊNCIA, O CAPITAL TRANSNACIONAL PASSOU A CONTROLAR CADA VEZ MAIS NÃO SÓ A INDUSTRIALIZAÇÃO, MAS TAMBÉM TODA A ECONOMIA BRASILEIRA, INCLUINDO OS SETORES AGROPECUÁRIOS E DE SERVIÇOS. A INDÚSTRIA BRASILEIRA NO SÉCULO XXI O TERCEIRO MILÊNIO COMEÇOU INCERTO NÃO SÓ PARA A ECONOMIA BRASILEIRA, COMO TAMBÉM PARA A ECONOMIA MUNDIAL. GRANDES POTÊNCIAS, COMO ESTADOS UNIDOS E JAPÃO, ESTÃO EM RECESSÃO. COMO O BRASIL TEM UMA ECONOMIA DEPENDENTE DE CAPITAIS EXTERNOS, APRESENTA FORTES REFLEXOS DESSA CRISE MUNDIAL. A DEPENDÊNCIA DA INDÚSTRIA BRASILEIRA É TAMBÉM DE TECNOLOGIA ESTRANGEIRA.