UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CENTRO DE CIENCIAS AGRARIAS SEMIOLOGIA Carreira: Medicina Veterinária. Disciplina: Semiologia Código: VET 505 Semestre: 2016/1 Aula # 3: Sinais vitais. Sumário 1. 2. 3. Frequência respiratória. a. Conceito. Semiotécnica e Valores fisiológicos b. Variações fisiológicas. c. Alterações patológicas e significação diagnóstica. Frequência do pulso. a. Conceito. Semiotécnica e Valores fisiológicos b. Variações fisiológicas. c. Alterações patológicas e significação diagnóstica. Temperatura corporal. a. Generalidades, Semiotécnica e Valores fisiológicos b. Variações fisiológicas. c. Alterações patológicas. d. Hipertermia. i. Insolação e Golpe de calor. e. Síndrome febre. i. Conceito ii. Semiogénesis. iii. Classificação por sua duração por seu grau e por seu tipo. f. Hipotermia. 2016/1 1 Introdução No decursa das Ciências Medica os profissionais dessa ciência procuraram sempre parâmetros fisiológicos que permitam que permitam estabelecer com precisão o estado do paciente em um momento dado. Um dos exemplos mais conhecidos destes parâmetros é sem dúvida a temperatura corporal, a qual é ao mesmo tempo um dos, mais importantes para os animais homeotermos, os quais para poder manter suas homeostases precisam manter a temperatura dentro de filas bastante estreitas, já que dentro dessas filas é que se desenvolvem as principais funcione metabólicas do organismo e que em muitos casos se afastam muito da temperatura ambiental em que se desenvolve o animal. Uno dos exemplos mais extraordinários desta diferença o temos na perdiz ártica, a qual vive em regiões de congelamento perpétuo a -20 C e, entretanto, sua temperatura corporal se eleva normalmente a 40 C com o qual alcança uma diferença aproximada de 60 C entre a temperatura ambiental e a corporal. Precisamente pela importância que lhe concedeu o homem a estes parâmetros se foi preparando para medi-los criando instrumentos apropriados, tais como o termômetro clínico que foi criado por um fisiologista italiano famoso por seus estudos do metabolismo chamado Sanctorius Sanctorius (1561-1636) o qual lhe incorporou uma graduação numérica ao primeiro termômetro instrumento criado pelo Galilei Galilei em 1593. Outro dos parâmetros que o homem identificou é a frequência cardíaca, que se homologou com a frequência do pulso, embora como veremos não é exatamente o mesmo e por outro lado se inclui a frequência respiratória, todos os quais têm uma alta inter-relação entre eles, que de ser corretamente valorada podem contribuir com dados de grande valor para o diagnóstico e prognostico das enfermidades. Mais recentemente se incorporou como um parâmetro de grande importância a Pressão arterial que no homem constitui um dos de maior importância para o médico, mas que pelas dificuldades que apresenta sua determinação nos animais, não tem o mesmo nível de utilização, embora saibamos que também tem similar importância sobre tudo nos mamíferos. Todos estes parâmetros se agruparam sob a denominação de sinais vitais e no caso especifico da medicina veterinária, existem três que por sua inter-relação e por sua importância são os mais utilizados, que são: a frequência respiratória, a frequência do pulso e a temperatura e que lhes chamou usualmente como a triada e que têm uma grande importância para o diagnóstico de muitas das enfermidades às quais nos enfrentamos, por isso é um aspecto que nunca deve faltar na exploração clínica de um animal doente e portanto é um dos principais aspectos objeto de estudo da Propedêutica clínica e será o propósito central de nossa conferência de hoje. Objetivo Interpretar os signos vitais ou triada, tomando em consideração os fatores ambientais, e individuais, e as variações fisiológicas e patológicas estabelecendo as diferenças entre espécies, assim como, entre o animal são e o doente, através da exploração clínica e mediante o uso do instrumental clínico necessário para isso, de maneira os faça úteis para o diagnóstico. 2 Aula # 3: Sinais vitais Conceito Os signos vitais são parâmetros fisiológicos estáveis e precisos que oscilam dentro de intervalos relativamente estreitos e que dão uma ideia do estado do organismo em um momento dado, por isso, sempre deve formar parte do exame físico geral ou de rotina. A este conceito podem corresponder diversos parâmetros como é entre outros a pressão arterial, cuja aplicação é muito importante na Medicina Humana, mas na Medicina Veterinária por diversas razões, como a viabilidade de sua aplicação, a inter-relação que existe entre eles e a importância da informação que lhe brindam ao profissional, os signos vitais mais importantes e mais utilizados são três, que são a Frequência respiratória, a Frequência do Pulso e a Temperatura corporal. Isto motivou que a estes signos vitais se conheçam popularmente como a Triada. Frequência respiratória. Conceito: A frequência respiratória é o número de respirações que realiza o animal em 1 minuto, tomando como uma respiração a uma inspiração e sua consequente expiração. Semiotécnica A frequência respiratória se pode determinar fundamentalmente de três formas Com o dorso da mão por diante das fossas nasais do animal. Este método apresenta o inconveniente da alteração do parâmetro pela cercania do explorador. Reserva-se fundamental mente para animais em decúbito ou quando se dificulta por outras vias. Em caso que a respiração seja muito débil ou imperceptível se pode empregar um espelho ou uma superfície polida. Valorando os movimentos das arcadas das costas e o abobamento da fossa do flanco. Este método é um dos mais usados já que permite fazê-lo há distancia sem alterar ao animal pelo que seu resultado é mais real. Sua realização depende da espécie animal de que se trate, já que nos ruminantes se realiza preferentemente pelo lado direito (pela presença do rúmen do lado esquerdo), enquanto nos equinos se recomenda do lado esquerdo (presença da cabeça do cego do lado direito). Auscultando em nível do 2do terço da traqueia para escutar o sopro tubário ou bronquial, (ruído traqueobrônquico) sendo este o método mais exato utilizado. Pelo general a frequência se determina medindo as respirações em 15 segundos e multiplicando por quatro, mas pode realizar-se em 30 seg. e em 1 minuto se se deseja valorar as alterações do ritmo respiratório. Deve valorar-se em horas frescas da manhã ou à tarde, para minimizar a influência de fatores ambientais na tomada. Valores fisiológicos A frequência respiratória normal nas principais espécies domésticas é a seguinte: 3 Especie Jovens Adulto Equinos Até 7 dias 20 a 40 Até 6 meses 10 a 25 8 a 16 mpm Bovino 24 a 36 mpm 10 a 30 mpm Ovinos 36 a 48 mpm 20 a 30 mpm Caprinos 36 a 48 mpm 20 a 30 mpm Porco 8 a 18 mpm Cães e Gatos 20 a 30 mpm mpm: movimentos por minuto Feitosa e col. (2014) Variações fisiológicas da frequência respiratória: Existem estados fisiológicos nos quais os valores da frequência respiratória normalmente se separam dos intervalos expostos neste documento, pelo qual o clínico os deve considerar ao realizar a exploração. A idade é um deles já que nos animais jovens produto a que o metabolismo é mais elevado, o número de respirações é ligeiramente superior aos adultos e vai diminuindo gradualmente até as cifras expostas, chegando a ser nos animais velhos ligeiramente inferior às cifras médias. A gestação provoca também aumentos graduais da frequência respiratória chegando a ser a diferença de 6 a 8 rpm ou mais, em momentos próximos ao parto. Os ambientes calorosos, o estresse e os exercícios físicos (marchas, carreira, tiro, etc.) provocam incrementos da frequência respiratória assim como a obesidade em cujo caso o incremento pelos primeiros é maior. O tamanho do corpo atua de forma inversa já que pelo general os animais de major talha normalmente exibem menores cifra de frequência respiratória. As espécies menores têm movimentos respiratórios mais rápidos. As vacas de alta produção de leite manifestam um sensível incremento do número de respirações por causa de seu elevado metabolismo. Nesta mesma espécie e em outros ruminantes a rumina provoca discretos aumentos da frequência Por outro lado, o repouso e o sonho, e em alguns casos o temperamento linfático diminuem as cifras de respirações Alterações patológicas do número de respirações. Taquipneia: O aumento por cima dos limites normais da frequência respiratória se denomina Taquipneia. Frequentemente se utiliza como sinônimo deste término, o da Polipneia e embora em muitos casos a expressão clínica de ambos os términos se resume no aumento patológico do número de respirações que realiza o animal em um minuto, a Polipneia é em realidade o incremento da profundidade da respiração. Embora em muitos casos ambos os processos coexistam como um processo único chega um 4 momento no que necessariamente para aumentar a frequência tem que diminuir a profundidade e vice-versa pelo que em casos intensos a Polipneia coexiste com a Bradipneia e não com a Taquipneia, ou seja, que chega um momento em que o aumento da frequência se torna incompatível com o aumento da profundidade. Pelo contrário nos casos uma Taquipneia intensa coincide com uma respiração cada vez mais superficial pelo que é erróneo afirmar que ambos os términos são sinônimos. Significação diagnóstica A Taquipneia se apresenta frequentemente na febre, por causa da excitação do centro respiratório pelo aumento da temperatura do sangue; também por essa mesma causa de excitação do centro respiratório mais por toxinas bacterianas ou outros produtos tóxicos, apresenta-se em enfermidades que cursem com septicemia como carbunco erisipela porcina etc. Este processo é particularmente notável em enfermidades que diminuam a superfície respiratória do pulmão, porque os alvéolos se enchem de exsudados ou sangue (pneumonias ou hemorragias pulmonares) ou em caso de edema pulmonar. Também se produz Taquipneia quando existe uma diminuição "moderada" da luz das vias respiratórias (estenose moderadas dos brônquios), devido a que o organismo trata de resolver a anoxia que se cria mediante o aumento da frequência, mas, entretanto, quando estes processos são intensos se produzem outros efeitos tais como Bradipneia etc. Outro caso é quando diminui de forma moderada a elasticidade pulmonar (enfisema pulmonar) já que se diminui muito se produz um espasmo. Em enfermidades muito dolorosas se produz uma Polipneia reflete tão quando afetam aos órgãos respiratórios ou os que se encarregam de seu movimento (Ex: pleurite, peritonite, miositis intercostal ou fraturas das costelas) como quando são gerais (Ex: artrite, infosura etc.). Entretanto em muitos destes casos a respiração é rápida, mas muito superficial Em excitações intensas e na acidose hemática também se apresenta este sintoma Bradipneia A diminuição patológica da frequência respiratória se denomina Bradipneia. A expressão clínica deste término se resume na diminuição patológica do número de respirações que realiza o animal em um minuto, embora em muitos casos coexista com um incremento da profundidade (como foi explicado na epígrafe anterior). Significação diagnóstica Uma Bradipneia se pode apresentar em enfermidades agudas do encéfalo devido à ausência de estímulos psíquicos (embora estas são geralmente estranhas), sobre tudo quando existe perda da relação do animal com o meio. Também quando se produz uma diminuição da excitabilidade do centro respiratório, tal como ocorre na agonia. Em ocasiões se produz devido a grandes obstruções das vias respiratórias em cujo caso a respiração se faz lenta pelo penoso e difícil que resulta para o animal inspirar o ar 5 Frequência do pulso. Conceito: O pulso é uma onda determinada pela distensão das artérias, que se origina na Artéria Aorta durante a ejeção ventricular e que se expande a toda a rede arterial como uma onda graças a sua elasticidade, favorecendo a circulação do sangue por todo o organismo. Entende-se por frequência do pulso ao número de pulsações que se produzem no animal em 1 minuto e normalmente se corresponde com a sístole cardíaca e é sincrônico entre as diferentes artérias de um mesmo animal, já que a velocidade de propagação é muito rápida (8 a 10 m/s), embora existam casos em que não coincide, tal como ocorre em alguns processos de patológicos das artérias (endurecimento das artérias, aneurismas, etc.). É importante reiterar que quando se fala de frequência do pulso como signo vital nos referimos ao pulso arterial, já que existem parâmetros que não podem ser considerados como um signo vital porque não respondem ao conceito. Um exemplo disto é o pulso venoso (negativo e positivo) cuja origem é patológica. A exploração do pulso é muito importante porque dá uma ideia do estado da circulação em um momento dado e, além disso, facilita o diagnóstico de transtornos circulatórios e ao relacioná-lo com os outros parâmetros da triada, ajuda ao diagnóstico de outras enfermidades em que a circulação participa. Semiotécnica A frequência do pulso se pode determinar em várias das artérias superficiais do organismo embora em dependência da espécie troca a artéria de eleição. Para tomá-la adequadamente, as artérias mais utilizadas são: • Artéria Maxilar externa: é a artéria de eleição em equinos e bovinos (na cabeça também se usa a facial no bordo anterior do suporte de vasos) • Artéria Braquial: pode-se usar em bovinos equinos cães e gatos se localiza por diante e por debaixo da cara medial da articulação do cotovelo. • Artéria femoral: é a artéria de eleição em bovinos, ovino-caprinos, cães, gato e coelho, localiza-se na cara interior da coxa. • Artéria coccígea: pode-se utilizar em animais grandes e se localiza na cara inferior da cauda em regiões próximas à raiz Para a determinação do pulso se utilizam o dedo índice e maior aplicados sobre a artéria e contra uma superfície óssea; primeiro brandamente e aumentando a pressão paulatinamente até sentir o pulsar da artéria de maneira que permita sua contagem e valoração. O primeiro que se determina é a frequência do pulso medindo as pulsações por minuto já seja durante 15 segundos multiplicados por quatro, em 30 seg. multiplicado por dois ou em 1 minuto. Ao igual aos outros signos vitais a frequência do pulso deve valorar-se em horas frescas da manhã ou à tarde, para minimizar a influência de fatores ambientais na tomada, também se o animal está excitado pela presença do médico devemos esperar a tranquilizá-lo com a ajuda do proprietário ou cuidador para que os resultados sejam mais verídicos. O pulso tem muitas características que também é necessário valorar e que podem ajudar ao diagnóstico, mas para fazê-los requer de muita experiência prática e dedicação. Os 6 aspectos da natureza do pulso e outras características serão tratados no capítulo de Exploração do Sistema circulatório. Valores fisiológicos A frequência do pulso normal nas principais espécies domésticas (segundo Feitosa e col. 2014) é a seguinte: Especie Equina Caprina Bovina Ovina Faixa etária Frequência Neonato 80 a 120 Jovem 30 a 50 Adulto 28 a 44 Adulto 95 a 120 Neonato 90 a 120 Jovem 70 a 100 Adulto 60 a 80 Adulto 90 a 115 Variações fisiológicas. Ao igual a na frequência respiratória, na frequência do pulso existem estados fisiológicos nos quais os valores deste parâmetro diferem das faixas expostas neste documento, sem que existam causas patológicas que o motivem, por isso o médico os deve ter em conta ao explorar o animal. A idade já foi considerada dentro dos valores fisiológicos, mas nas espécies nas que não se plasmou literalmente também terá que considerá-la, já que como conhecemos, produto a que o metabolismo nos animais jovens é mais elevado, o número de pulsações é ligeiramente superior aos adultos e vai diminuindo gradualmente até as cifras expostas. Os exercícios físicos (marchas, carreira, tiro, etc.) provocam incrementos da frequência do pulso sobre tudo em equinos assim como, a excitação psíquica é um poderoso fator que duplica ou triplica o número de pulsações. O aumento da temperatura ambiental provoca incrementos da frequência do pulso. Por outro lado, durante o repouso e o sonho as cifras de pulsações descendem até os valores fisiológicos mínimos, mas incomumente descem daí. Alterações patológicas e significação diagnóstica. Entre as alterações patológicas que se apresentam na frequência do pulso o mais importante som a diminuição e o aumento patológicos da frequência do pulso que recebem o nome da Bradisfigmia (Bradicardia) e Taquisfigmia (Taquicardia) respectivamente. Bradisfigmia ou Bradicardia 7 É a diminuição patológica por debaixo dos limites normais da frequência do pulso e se produz por excitação do vago direta ou reflete, em aumentos da pressão sanguínea, no aumento da pressão intracranial (hidrocefalia, tumores e cenurosis). Em estranhas ocasiões por compressão do vago por tumores ou abscessos cervicais. A bradicardia se aprecia às vezes na convalescença de infecções agudas, na inanição, no bloqueio cardíaco e na intoxicação por medicamentos da digital. Taquisfigmia ou Taquicardia É o aumento patológico por cima dos limites normais da frequência do pulso. Isto apresenta regularmente em casos de febre, assim como quando há descida da pressão arterial tal como ocorre na debilidade cardíaca dependente de infecções agudas, de envenenamentos e em grandes perdas de sangue. Observa-se uma taquicardia reflete no começo da pericardite e endocardite agudas, é muito importante na pericardite traumática incipiente. Em alguns casos de dores vivos se produz taquicardia, por excitação reflete do simpático e raramente em paralisia do vago durante encefalopatias agudas e alterações da medula oblonga. Temperatura corporal. Generalidades. História do Termômetro Dos inícios da Medicina, a medição da temperatura corporal foi uma preocupação constante do homem porque prematuramente se precaveu da importância para os animais de sangue quente (Homeotermos). De acordo com isto se interessou criar um instrumento que a medisse. O inventor do termômetro se estima que foi Galileo Galilei em 1592 e este primitivo instrumento consistia basicamente em um tubo de vidro, que em sua parte inferior tinha uma esfera em que se introduzia um líquido que ao esquentar subia pelo tubo. Ao princípio o material utilizado foi água, mas notaram que chegado um ponto ela se congelava (ao 0 grau Celsius ou aos 32 graus Fahrenheit). De tal maneira que a água foi substituída pelo álcool, que não sofre essa reação, um dos problemas era que ao estar aberta a pressão atmosférica influía na ascensão da coluna. Em 1612, Santori Santorio lhe introduziu uma graduação numérica ao invento do Galileo e lhe deu um uso medicinal pelo qual foi o criador do termômetro clínico, mas o termômetro selado não apareceu até 1650. Logo no ano 1724, Gabriel Fahrenheit, construiu o primeiro termômetro a base de mercúrio, aperfeiçoando assim o “termômetro do Galileo”. Fahrenheit criou uma escala arbitrária que decidia que entre o ponto de congelamento da água e o de fervor deviam acontecer 180 graus. Entretanto em 1742. Anders Celsius criou outra escala (também denominada escala centígrada), também arbitrária, que punha essa distância em 100 graus, sendo esta escala a utilizada para os usos clínicos. Existe outra escala chamados Graus Kelvin que se emprega para usos industriais. Semiotécnica Tipos de termômetros Na atualidade existem diferentes tipos de termômetros para distintos usos os tem que cinta de aço, mercúrio, álcool com corante e sensor infravermelho, etc. Quando registram automaticamente as variações de temperatura os denominam termógrafos. Do ponto de vista da medição que realiza se conhecem três tipos de termômetros: 8 Termômetros de mínimo som os de álcool nos que há uma varinha pequena ou índice. Depois de produzida a temperatura mínima o peso do índice e sua posição em obrigada ascensão para o bulbo o detém marcando o valor mínimo entre observações. Estes termômetros se usam na valoração meteorológica em regiões muito frite onde existem temperaturas por debaixo de 0º centígrados Termômetros de máxima são de mercúrio que têm um estreitamento no capilar perto do bulbo. Quando o mercúrio se dilata passa pelo estreitamento até alcançar a temperatura máxima, mas ao descender a temperatura o mercúrio este se encontra impedido de retornar ao bulbo, ficando indicada a temperatura máxima entre os períodos de observação, sendo necessária a intervenção do homem para levá-lo a sua posição inicial. Este tipo de termômetro com uma graduação adequada à temperatura do homem ou os animais é o que se utiliza para a medicina denominando-se termômetro clínico Termômetros de máxima-mínima: São aqueles que não têm nenhum aditamento para impedir que a coluna sobe ou baixe com as diferenças de temperatura. Usam-se em usos industriais e meteorológicos. Muitas vezes o que se usam são dois termômetros que medem por separado o valor da temperatura mais alta e mais baixa de um determinado intervalo de tempo. Entretanto para medir a temperatura corporal se utilizam: Termômetro de mercúrio: São termômetros de máxima e som os mais comuns, constam essencialmente de um depósito de vidro de paredes muito magras, para que as variações de calor se transmitam com rapidez ao líquido (mercúrio) contido em seu interior. Dito depósito se prolonga em um tubo capilar magro, pelo que ascende o líquido, ao dilatar-se indicando a temperatura. É necessário cuidar a ruptura do vidro, com as quedas e a manipulação, posto que o mercúrio que contém resultará tóxico para o que o ingira. Existem termômetros especiais para uso veterinário, mas com o mesmo princípio Termômetro digital: apoiam-se em um sensor infravermelho e um medidor digital. Apresentam várias vantagens, por exemplo, não são tóxicos, são mais exatos, mais precisos e requerem menos tempo de medição (um minuto pelo general), mas são os mais caros. Alguns têm a forma igual aos de vidro e que se introduzem pelo reto, mas com uma tela digital que indica a temperatura e há outros que medem a temperatura cutânea em uma zona do corpo e têm a forma de uma pistola Existem termômetros clínicos que medem a temperatura pelo conduto auditivo em humanos que também são digitais e são os mais caros. Cada vez seu uso se generaliza mais em centros hospitalares de alto nível para meninos pequenos. Medição da temperatura Em Medicina Veterinária a via de eleição para a tira da temperatura corporal é a retal, usando o termômetro clínico de máxima ou o digital dos quais já falamos, este se introduz no reto previamente desinfetado e lubrificado, e com movimentos de rotação, inclinando-o logo para que contate com as paredes do reto, deve manter-se 3 minutos (se for digital com um minuto é suficiente). Nos casos em que a tira da temperatura no reto resulte impossível por alguma causa se pode tomar na vagina, mas devemos ter em conta que este órgão pode ter variações fisiológicas em alguns estados da fêmea como é em caso do zelo. Os casos nos que não se recomenda a tira da temperatura no reto são: • Inflamação do ânus e o reto (proctitis) • Diarreias muito frequentes ou muito abundantes • Tenesmo retal e impulsos 9 Quando se realiza a termometria em animais doentes é correto tomar a temperatura em dois momentos do dia sobre tudo nas primeiras horas da manhã e horas frescas da tarde, já que para a valoração dos estados febris é importante saber as oscilações diárias da temperatura e isso solo se obtém se se têm várias medições. Também é importante levar um registro das temperaturas na história clínica e inclusive é importante realizar gráficos da temperatura, pelo útil que resulta na interpretação dos quadros febris. Valores fisiológicos A temperatura corporal normal nas principais espécies domésticas (segundo MarekMoscy, salvo algumas adaptações de acordo às características de o país) é a seguinte: • • • • • • • • • • • • • • • Equinos de, mais de 5 anos 37,5º a 38,0º C Potros até os 5 anos 37,5º a 38,5º C Potros nos primeiros dias: até 39º C Asno: …………………..37,5º a 38,5º C Bovinos de mais de 1 ano: 38,5º a 39,0º C Bezerros de 1-12 meses:38,5º a 39,5º C Bezerros recém nacidos:38,5º a 40,0º C Ovino de mais de 1 ano: .......38,5º a 40,0º C Cordeiro até 1 ano: 38,5º a 39,0º C Cabras mais de 1 ano:….38,5º a 40,0º C Cabritos até 1 año:38,5º a 40,5º C Porco: …………………38,0º a 40,0º C Cão: ……….............…38,0º a 39,0º C Gato:………...............38,0º a 39,5º C Coelho:………………...38,5º a 39,5º C Variações fisiológicas. A temperatura corporal oscila dentro destas filas fisiológicas de acordo com a hora do dia e de acordo às atividades que realiza o animal, podemos dizer que durante o descanso e em horas da madrugada assume os valores fisiológicos, mas baixos, mas à medida que levanta o dia e começa a ingerir mantimentos, deslocar-se etc. aumenta o metabolismo, alcançando seus maiores níveis (dentro das filas fisiológicas) entre o meio-dia e as primeiras horas da tarde. A esta variação lhe denomina oscilação diária (variação que também está presente quando a temperatura alcança níveis anormais, sendo inclusive mais ampla). Além de destes fatores existem outros que provocam variações na temperatura corporal que devemos ter em conta A idade é um deles já que nos animais jovens produto a que o metabolismo é mais elevado, a temperatura é ligeiramente superior aos adultos e além disso a capacidade do organismo para regular dita temperatura é menor pelo que as oscilações podem ser mas evidentes 10 A ingestão de grandes quantidades de água pode provocar ligeiras diminuições da temperatura corporal em espécies como os equinos e ovinos caprinos. O sexo pode provocar muitas poucas diferenças de temperatura, mas alguns estados que se derivam delem, se o provocarem, mas claramente. Entre eles o cio pode elevar a temperatura da fêmea entre 0,7º e 1º C; em algumas espécies como os bovinos, a gestação provoca também aumentos da temperatura de modo manifesto na vaca, chegando em alguns casos a ultrapassar o limite máximo fisiológico durante os últimos 3 meses para descender 24 a 48 h antes do parto, algo similar ocorre na cadela Os exercícios físicos sobre tudo aqueles a que o animal não está acostumado, provocam incrementos da temperatura corporal. O aumento da temperatura exterior de forma súbita pode provocar incrementos da temperatura corporal sobre tudo quando há dificuldades para dissipar o calor e quão animais padeceram enfermidades agudas em geral e enfermidades infecciosas crônicas (embora estejam recuperados) podem ter diminuída sua capacidade de adaptação da termoregulação corporal às condições meio-ambientais. Alterações patológicas. As alterações patológicas da temperatura corporal se podem classificar da seguinte maneira: Ativa Síndrome febre Hipertermia Insolação Alterações patológicas da temperatura corporal Passiva Golpe do calor Hipotermia Hipertermia. A Hipertermia é o incremento patológico da temperatura corporal por cima dos limites fisiológicos a qual a sua vez pode ser passiva ou ativa. Uma Hipertermia Passiva é aquela que se produz quando falham os mecanismos do organismo para a dissipação do calor corporal, por isso se apresenta um aumento gradual da temperatura corporal pela acumulação progressiva do calor gerado pelo animal detectaram-se aumentos de temperatura muito grandes até de 43º C, os quais já são muito graves. Quando alcançam os 45º C é incompatível com a vida já que se produz paralisia dos centros vasomotores e respiratórios e até paralises de toda a regulação térmica Existem dois tipos de hipertermia passiva: A Insolação; que é quando a falha dos mecanismos de dissipação se produz pela ação direta dos raios revestir sobre o animal principalmente sobre a abóbada craneana. Produz-se quando o animal permanece muito tempo sob a ação direta do sol, nos dias calorosos e ensolarados do verão. É mais frequente nos equinos, devido ao menor grossura dos ossos do crânio com relação aos bovinos 11 O Golpe de Calor ou Aquecimento que se produz quando o aumento se produz simplesmente pela excessiva temperatura circundante sem intervenção dos raios revestir. Este fenômeno se apresenta em dias calorosos, mas nublados com uma alta umidade relativa que contribui a que o animal não possa dissipar calor, observou-se no gado (bovino e ovino) que foram transladados em vagões de ferrovia fechadas, com aglomeração e logo depois de parte prolongadas e fatigantes. Também é frequente nas aves transladadas em jaulas ou carros fechados. Uma Hiperemia Ativa é quando o incremento patológico da temperatura corporal por cima dos limites é produzido pelos próprios mecanismos de produção de calor do organismo animal devido a uma alteração do centro termorregulador. Este processo recebe o nome de Síndrome Febre Síndrome Febre. Conceito: Denomina-se de febre à elevação da temperatura do corpo acompanhada de certos transtornos gerais, produzida por um transtorno particular da regulação térmica e do metabolismo. Semiogénesis. A febre é considerada um Síndrome, já que embora seu sintoma, mais importante é a Hipertermia, ela é em realidade um conjunto de sintomas no que além disso do incremento da temperatura, geralmente se apresentam associados outros como o aumento da frequência do pulso, a sensação subjetiva de frio, a eriçamento do cabelo etc., e que suas causas podem ser muito diversas Em essência a febre se produz por uma modificação funcional do centro termorregulador se localizado no hipotálamo provocada já seja por microrganismos ou por produtos da desintegração de algum albuminoide próprio ou alheio ao organismo animal, o que traz como consequência, o incremento da soleira da temperatura corporal ao que está ajustado o termostato hipotalâmico, o que implica, que a resposta corporal seja pôr todos os mecanismos do corpo em função da produção de calor (tremores musculares, aumento da circulação sanguínea, vasoconstrição periférica, eriçamento do cabelo, etc.), incrementando a temperatura do corpo até o novo valor do termostato hipotalâmico e mantendo-a ali enquanto dure a irritação de dito termostato. As causas da febre são muito diversas entre elas as, mais comuns sons as enfermidades infecciosas provocadas por microrganismos, mas além disso a febre se produz quando há substâncias derivadas da destruição das malhas como ocorre em necrose, gangrena, enfarte, ou quando existem substâncias que lhe são estranhas ao organismo como é na enfermidade do soro e alguns estados alérgicos. Em todos esses casos se liberam substâncias que são capazes de alterar o termostato hipotalâmico e que se denominam pirógenos. Classificação da Febre Apesar de que a hipertermia sabemos que solo é um sintoma da Febre (inclusive há autores que referem febre sem aumento da temperatura em casos de pericardite e enterite em bovinos a qual se infere pelos outros sintomas descritos), este é o sintoma, mais constante e importante medindo-a febre por este sintoma fundamentalmente. Entretanto a descida da temperatura em um momento dado não quer dizer que o processo tenha terminado já que existem muitos casos onde a hipertermia descende 12 momentaneamente e logo volta a subir formando ciclos febris que é necessário estudar e que ajudam ao diagnóstico da patologia que está causando a febre. A este comportamento característico chamamos quadro febril e isso deu lugar a que se possa classificar a febre desde vários pontos de vista, que são: • • • Por sua duração Por seu grau. Por seu tipo. Por sua duração: se dividem em aguda quando a febre dura até 7 dias, subaguda quando dura entre 7 dias e um mês e crônica quando dura mais de um mês. Isto não significa que o animal presente febre todo o tempo durante esse tempo, mas sim o quadro febril se mantém regularmente durante esse período Por seu grau: esta classificação é de acordo ao grau de temperatura que alcança a febre no animal e existem quatro níveis Febre ligeira (febrícola), Febre medianamente alta, Febre Alta e Febre Muito alta ou Hiperpirética, mas como cada espécie tem uma temperatura normal que a caracteriza a classificação depende da espécie que se trate, como se aprecia na tabela que lhe damos para as principais espécies com as que trabalhamos Febre ligeira Febre medianamente alta Febre Alta Febre muito alta Equinos 38,0º a 39,0º 39,1º a 40,0º 40,1º a 41,0º mais de 41,0º Bovinos 39,0º a 40,0º 40,1º a 41,0º 41,1º a 42,0º mais de 42º Cães 39,0º a 40,0º 40,1º a 41,0º 41,1º a 41,5º mais de 41,5º Febre por seu grau segundo Marek-Moscy Em sentido general o grau de febre é sinônimo da gravidade do processo que a provoca, por isso uma infecção deve supor-se mais intensa de acordo com o incremento da febre que produz. Por seu tipo. A classificação por seu tipo é uma das mais importantes e se refere a que existem quadros febris que seguem um curso clínico muito típico, geralmente cíclico ou redundante e que em dependência da patogenia caracterizam a determinadas enfermidades. De acordo com isto temos 5 tipos de febre, que são: • Febre Contínua • Febre Remetente • Febre Intermitente • Febre Recorrente • Febre Efêmera Febre Contínua: É um tipo de febre geralmente alta cujas variações ou oscilações diárias não ultrapassam um grau Celsius. Pode apresentar algumas enfermidades agudas de caráter severo como na pneumonia crupal Exemplo. Uma ovelha com um processo respiratório grave, apresentou durante 6 dias o seguinte quadro febril depois do qual morreu. 13 Dias Sessão Temp. 1 M T 41.3 41.3 2 M T 41.0 41.5 3 4 M T M T 41.2 41.6 41.5 41.3 5 M 41.4 6 T M T 41.2 41.7 35.0 Temperatura 42,5 42,0 41,5 41,0 40,5 40,0 39,5 39,0 38,5 38,0 37,5 37,0 Limites fisiológicos Descenso em cresse (hipotermia) M T 1 M T 2 M T 3 14 M T 4 M T 5 M T 6 Dias Febre Remetente: É aquela febre cujas oscilações diárias são majores de um grau Celsius, mas que nunca alcança o limite fisiológico (ou seja, nunca deixa de ter febre durante o quadro febril). É o tipo de febre mais frequente, ou seja, se apresenta em muitas das enfermidades infecciosas que cursam com febre, enfermidades purulentas, septicemias, etc. Exemplo ·# 1: Um equino adulto (7 anos de idade) com o seguinte quadro febril. Dia Sessão Temp. 1. M 39,2 2. T 40,8 M 39,6 3. T 41,3 M 39,8 4. T 41,0 M 39,7 5. T 41,1 M 39,6 T M 6. T 41,0 M 39,5 T 40,9 temperatura 42,5 42,0 41,5 41,0 40,5 40,0 39,5 39,0 38,5 Limites fisiológicos 38,0 37,5 37,0 M T 1 M T 2 M T 3 15 M 4 T 5 M T 6 Dias Febre Intermitente: É aquela onde alternam períodos piréticos (de febre), com períodos apiréticos (sem febre) no curso do mesmo dia. Neste caso o animal tem febre a uma hora do dia e a outra não tem, às vezes se caracteriza porque a febre se apresenta a uma hora determinada do dia e logo desaparece. Esta é uma febre menos frequente e é característica de alguns tipos de enfermidades, pode-se apresentar na brucelose, no homem se apresenta no paludismo ou na malária Quando neste tipo de febre as oscilações são muito amplas e além disso duram muito tempo lhe chamou febre consuntiva (porque é muito lhe espoliem para o animal), também héctica ou em pico de agulha (devido ao gráfico febril que adota) muitos autores a consideram um tipo de febre à parte e se apresenta em focos tuberculosos purulentos e em piemias Exemplo: Um touro do centro de inseminação provincial contraiu uma enfermidade que se caracterizou pelo seguinte quadro febril nos 5 primeiros dias, mas que se manteve com poucas variações por espaço de dois meses até que o animal foi enviado ao sacrifício. Dias Sessão Temp. 1 M 38.5 2 T 41.3 M 38.7 3 T 41.2 M 38.8 4 T 41.0 M 38.6 5 T 41.0 M 38.9 T M 6 T 41.3 M 38,7 T 41,5 Temperatura 42,5 42,0 41,5 41,0 40,5 40,0 39,5 39,0 38,5 38,0 37,5 37,0 Limites fisiológicos M T 1 M T 2 M T 3 16 M 4 T 5 M T 6 Dias Febre Recorrente: É aquela onde alternam de modo regular períodos de vários dias com febre e vários sem febre, portanto é um quadro febril cíclico que depende, mais da temperatura em vários dias sucessivos, que da temperatura em 24 horas. É característica de processos crônicos causados por agentes que se escondem no organismo para fugir das defesas corporais e saem em momentos de crise ou stress para o animal provocando os acessos febris enquanto estão no período de viremia, observa-se na tripanossomíase crônicas nas formas subaguda e crônica da anemia contagiosa do cavalo, no mormo assim como em alguns casos de tuberculoses crônica. Exemplo: Uma vaca doente com anemia severa apresentou o seguinte quadro febril, este quadro se manteve numericamente igual durante 15 dias, logo depois dos quais o animal morreu. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Días T M T M T M T M T M T M T M T M T M T Sessão M Temp 40.8 41.5 41.2 41.4 41.0 38.6 38.5 38.7 38.8 38.7 38.7 39.0 41.1 41.5 41.3 41.5 41.5 40.7 38.9 38.7 temperatura 42,5 42,0 41,5 41,0 40,5 40,0 39,5 39,0 38,5 38,0 37,5 37,0 Limites fisiológicos M T 1 M T 2 Limites fisiológicos M T 3 M T 4 M T M 5 T 6 17 M T 7 M T 8 M T 9 M T 10 Dias Febre Efêmera: É a chamada febre de um dia, é uma febre muito fugaz, que no máximo dura dois ou três dias logo depois do qual desaparece e quase nunca se pode determinar sua causa. Frequentemente se considera como o único sintoma de algumas enfermidades infecciosas agudas de curso abreviado; em outros casos é o primeiro sintoma ou sintoma prodromal de uma enfermidade infecciosa que não se caracteriza por febre dentro de suas manifestações plenas, esse é o caso da Linfadenitis caseosa ovina; a maioria das vezes é por uma infecção ligeira de natureza desconhecida. Exemplo: Durante uma reprodução experimental da Linfadenitis caseosa com fins investigativos em um dos carneiros de 6 meses de idade, apresentou-se na primeira semana do experimento o seguinte quadro febril que foi similar ao apresentado pelos distintos animais utilizados e que logo não se voltou a apresentar nos 5 meses que durou o experimento. Dia 1. 2. Sessão M T M T Temp. 38,7 40, 2 40,5 40,6 3. M 38,7 4. T M T 39,0 38,8 38,9 5. M T 38,5 38,6 6. M T 38,6 38,7 temperatura 42,5 42,0 41,5 41,0 40,5 40,0 39,5 39,0 Limites fisiológicos en corderos 38,5 38,0 37,5 37,0 M T 1 M T 2 M T 3 M T 4 M T 5 M T 6 Dias Hipotermia É a diminuição patológica da temperatura corporal por debaixo dos limites fisiológicos produto da depressão ou paralisia dos centros termorreguladores, assim como por fazerse mais lenta a circulação sanguínea nos órgãos produtores de calor, causas que às vezes atuam simultaneamente. A hipotermia se pode produzir em várias enfermidades tais como o colapso circulatório, colapso cardíaco, em hemorragias muito copiosas, na inanição, quando diminui muito a atividade muscular em mielites extensa, narcose prolongada, estados de shock e perda da relação com o meio. 18 Conclusões Os signos vitais constituem sem dúvida uma ferramenta de insubstituível valor para o diagnóstico clínico em sentido general, mas no caso do médico veterinário a triada tem uma conotação até major devido a que estes são parâmetros que não requerem de instrumentais sofisticados para tomá-los, por isso temos muitas possibilidades de usálos nas condições de campo e se sabemos interpretar corretamente seus resultados podemos contar com uma arma muita capitalista para o diagnóstico e o prognostico das enfermidades que afligem nossos animais domésticos. É importante além de ter em conta que estes signos vitais que conhecemos como triada têm uma grande inter-relação entre se, o que lhe contribui um valor agregado quando sabemos interpretar suas inter-relações, um exemplo disto é que os clínicos determinaram que quando se produz um aumento muito intenso da frequência do pulso (taquicardia paroxística) unido a uma diminuição da frequência respiratória (Bradipneia) e descida da temperatura (hipotermia) é um signo pré-agônico ou seja revela um fracasso dos mecanismos corporais em sua luta para manter a existência, por isso os clínicos a conhecem como a cruz da morte já que nos gráficos da triada as linhas sendo um signo que se toma em conta para dar um prognóstico muito desfavorável ou fatal. Por tudo isto é necessário que aprofundem em todo o relacionado com a interpretação dos signos vitais e na possível significação diagnóstica de suas alterações. No caso da temperatura é importante que sejam capazes de interpretar um quadro clínico de temperatura corporal assim como classificar adequadamente o tipo de febre por seu tipo grau e duração, para o qual contam com um grupo de exercícios que se encontram na guia de estudo que para esta disciplina confeccionamos. Isto será a ejercitación que requerem para enfrentar o 1er Seminário da disciplina que aborda precisamente este aspecto no qual precisarão integrar os conhecimentos jogo de dados nesta conferência. Elaborado por: Dr. Jerónimo Rafael Ruiz Leão Doutor em Ciências Veterinárias Professor Titular da Propedêutica e Semiologia 19