Giovanna Carvalho Silva Lucas Palhares Baeta Duarte O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Coordena a regulação e integração das funções corporais juntamente com o sistema endócrino. Exerce sua influencia pela rápida transmissão de impulsos elétricos nas fibras nervosas e termina nas células efetoras, que respondem liberando neurotransmissores. OBS: fármacos autonômicos produzem seu efeito terapêutico primário mimetizando ou alterando as funções do SNA, atuam estimulando o SNA ou bloqueando as ações dos nervos autonômicos. Divisão do SN: SNP (neurônios fora do SNC) SNC (cerebro + medula espinhal) Divisão aferente (vias que carregam informações da periferia do corpo) Divisão eferente (vias efetoras, conduzem estimulo) Sistema somático (voluntário —> locomoção) Sistema autônomo (involuntário —> digestão, DC, fluxo sangüíneo e secreção glandular) • Simpático • Parassimpático • Entérico Eferentes: Compostos de neurônios pré (corpo celular no SNC e envia fibras até gânglios, não encontra obstáculos na medula) e pós (corpo celular no gânglio, não mienilizado e envia fibras para os órgãos efetores ) ganglionares que enviam informarções do SNC para os órgãos efetores. Parassimpático: fibras de origem craniossacral e fazem sinapses em gânglios próximos aos órgãos efetores. Seu neurônio pré-ganglionar é maior. Uso exclusivo de acetilcolina. Revisão anatômica (SNA): Aferentes: Importantes nos atos reflexos, levam informações a partir dos receptores, que ajudam nos ajustes do SNC. Simpático: fibras de origem toracolombar (T1 a L2) e seus gânglios estão em cadeias paralelas à medula, e seu neurônio pré-ganglionar é menor. Há acetilcolina e epinefrina como transmissores. Entérico: inerva o TGI, pâncreas e vesícula biliar. Sistema de controle de motilidade, secreções e microcirculação do TGI de forma independente ao SNC. Função do sistema simpático: Adequa resposta a situações estressantes como aumento de FC, PA, mobiliza reservas de energias do organismo e aumenta o fluxo de sangue para Mm e coração. Gera midríase e broncodilatação. Afeta motilidade gastrointestinal e função da bexiga e órgãos sexuais. Coordenação de luta ou fuga com descarga maciça e generalizada. Função do sistema parassimpático: Mantem funções corporais básicas, atuando de forma oposta ao simpático e costuma ser dominante. Coordena situações de repouso e dirija. Sua descarga é localizada e discreta. OBS: a maioria dos órgãos possui dupla inervação com predomínio de uma delas. OBS: a resposta imediata ao estresse é mediada por adrenalina e noradrenalina. Situações de perigo fazem ocorrer um estimulo para a suprarrenal, é uma resposta neuronal. Já a resposta crônica ao estresse é controlado pelo cortisol e é uma resposta humoral. O ACTH age no córtex da suprarrenal e promove a síntese e liberação de mineralocorticoides e glicocorticoides (cortisol). Papel do SNC no controle das funções autônomas: O sistema nervoso autônomo depende, para sua função, de informações sobre o estado do corpo. Tais informações são captadas por receptores nos órgãos e levadas até os centros integradores do SNC que por sua vez criam uma resposta autônoma. Os arcos reflexos são resposta sem envolvimento da consciência. Mecanismo de Feedback. Ex.: redução da PA —> menos impulsos dos barorreceptores aos centros CV do cérebro —> aumento do sistema simpático —> taquicardia e aumento de PA. As emoções exageradas podem modificar as atividades do SNA. Inervação pelo SNA: A maioria possuem inervação onde há predomínio de um dos sistemas de acordo com a necessidade. Já alguns órgãos só possuem inervação simpática, como medula da suprarrenal, rins, Mm. Piloeretores e gls. Sudoriparas. Sistema nervoso somático: Formado por um único neurônio motor mielinizado (mais rápido) com origem no SNC e que vai até o músculo esquelético, sem presença de gânglios. Consciente. Sinalização química entre as células: 1. Mediadores locais: a maioria das células secretam substancias químicas que agem localmente e que são rapidamente destruídas ou removidas, não entram na circulação e nem são distribuídas. Ex.: histaminas e prostaglandinas. 2. Hormônios: Produzidos por células endócrinas e lançados no sangue para agirem em células alvos. 3. Neurotransmissores: fazem a comunicação entre neurônios e órgãos efetores. • Receptores de membrana: todos os neurotransmissores e a maioria dos mediadores e hormônios são muito hidrofílicos. Por isso, não penetram a célula, dessa forma sua ligação é feita com receptores na superfície celular (proteínas). • Tipos de neurotransmissores: Norepinefrina, epinefrina, acetilcolonina, dopamina, serotonina, histamina e GABA são os alvos mais comuns dos fármacos. NE e Acetilcolina são os principais sinalizadores do SNA. • Acetilcolina: neurônio colinérgico. Neurotransmissor na suprarrenal. Presente no neurônio préganglionar do SNA e no sistema somático. • NE e E: os neurônios adrenérgicos estão presentes nas fibras pós-ganglionares do SNA simpático. Sistema de segundos mensageiros na resposta intracelular: O complexo sinalizador- receptor inicia processos enzimáticos no interior da célula, que provoca uma resposta. 1. Receptores que influem na permeabilidade iônica: os receptores de neurotransmissores são proteínas de membrana que estão relacionadas a canais iônicos, logo ha uma rápida ligação que altera a permeabilidade iônica. 2. Segundos mensageiros: são os receptores que, ao invés de se acoplarem a canais iônicos, se acoplam a proteínas que sinalizam e transduzem o sinal do neurotransmissor. Um exemplo disso são as proteínas G que ativam vias do AMPc (Gs) e do IP3 e DAG (Gq).