O ABSOLUTISMO Sistema político e administrativos onde o rei concentrava grande parte do poder em suas mãos. Esse sistema vigorou na Europa entre dos séculos XVI ao XVIII (Antigo Regime). Esse período se refere a transição da Idade Média para Idade Moderna. Absolutismo é regime político que defende que o monarca deve obter um poder absoluto, isto é, independente de outro órgão, seja ele judicial, legislativo, religioso ou eleitoral. CONTEXTO HISTÓRICO Os Estados Nacionais (PAÍSES) surgiram do fortalecimento da autoridade do rei, apoiado pela burguesia e parte da nobreza. Os burgueses apoiaram material e politicamente os monarcas porque estavam interessados em ampliar suas atividades comerciais. Uma parcela da nobreza apoiou o fortalecimento dos reis porque tinha empobrecido com a crise econômica que atingiu a Europa nos séculos XIV e XV e passou a depender dos favores reais. Contrários à centralização do poder real estavam principalmente a Igreja Católica e a maior parte dos senhores feudais. No início da Idade Moderna, os reis trataram de consolidar o seu poder e criar mecanismos que possibilitassem exercê-lo sobre vastas extensões. Para isso, criaram impostos e moedas de circulação nacional e constituíram uma burocracia de funcionários administrativos encarregados de fazer valer as decisões do soberano em todo reino. Além disso, os reis formaram exércitos permanentes e profissionais subordinados à autoridade da Coroa. O crescente fortalecimento do poder real atingiu o ponto culminante no século XVI, com o regime absolutista. Luís XIV na França foi o mais importante símbolo do absolutismo monárquico. Luís XIV (1643-1715) Foi o exemplo máximo do absolutismo francês, denominado o “Rei Sol". No seu governo reorganizou o exército dando ao país o maior poderio militar da Europa. Organizou a administração do reino para melhor controle de todos os assuntos. Governava através de decretos e submeteu a nobreza feudal e a burguesia mercantil. Levou ao extremo a ideia da Teoria do Poder Divino do Rei. A partir de seu reinado a França iniciou uma crise financeira, em razão das sucessivas guerras empreendidas por Luís XIV. A crise do absolutismo prosseguiu no reinado de Luís XV e atingiu o a ápice com Luís XVI e o processo da Revolução Francesa. Seu reinado, um dos momentos culminantes da história da França, durou mais de 50 anos. Elizabeth I foi a maior representante do absolutismo inglês, juntamente com seu pais Henrique VIII. Ver link: http://www.elizabethi.org/uk/ Henrique VIII. Henrique VIII (c. 1540). Henrique VIII e suas mulheres Elisabeth I (1558-1603) Desenvolveu o comércio e a indústria, propiciando um renascimento das artes e um relaxamento dos costumes. Restaurou oficialmente o anglicanismo e liberou definitivamente o protestantismo na Inglaterra. Levou a Inglaterra ao auge econômico e tornou-se o país a maior potência política, comercial e cultural da Europa. No seu reinado surgiram muitos poetas e dramaturgos, como William Shakespeare. EM RESUMO O ABSOLUTISMO SIGNIFICOU GRANDE CONCENTRAÇÃO DE PODER NAS MÃOS DOS REIS, numa época em que as atividades comerciais se expandiam e a burguesia acumulava riqueza. Teóricos Absolutistas O absolutismo tinha que ser justificado pela fé para que as pessoas considerassem legítimo, daí surgiram teorias para justificar as atitudes reais. Era necessário uma teoria que justifica que o poder absoluto dos reis. A base teórica de apoio ao absolutismo monárquico foi desenvolvida por importantes escritores, entre eles citam-se: Jacques Bossuet Thomas Hobbes Nicolau Maquiavel Thomas Hobbes Thomas Hobbes (1588 -1679) foi um filósofo inglês que defendia a idéia de que a natureza humana era, desde sempre, má e egoísta. “HOMEM É O LOBO DO HOMEM”, dizia ele. Só um estado forte seria capaz de limitar a liberdade individual, impedindo a “GUERRA DE TODOS CONTRA TODOS”, como afirmou na sua célebre obra LEVIATÃ. Este pensador inglês, autor do livro "LEVIATÃ ", defendia a ideia de que o rei salvou a civilização da barbárie e, portanto, através de um CONTRATO SOCIAL, a população deveria ceder ao Estado todos os poderes. Capa da edição original do Leviatã (1651). Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. Henrique VIII de Inglaterra Nicolau Maquiavel Nicolau Maquiavel, foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de haver escrito sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. . O “Príncipe” é provavelmente o livro mais conhecido de Maquiavel e foi completamente escrito em 1513, apesar de publicado postumamente, em 1532. O livro está dividido em 26 capítulos. No livro Maquiavel defende o poder dos reis. De acordo com suas ideias o governante poderia fazer qualquer coisa em seu território para conseguir a ordem. De acordo com o pensador, o rei poderia usar até mesmo a violência para atingir seus objetivos. É deste teórico a famosa frase : “Os fins justificam os meios” . Folha de rosto da edição de 1550 de O Príncipe e de Nicolau Maquiavel. Jacques Bousset Para este filósofo francês o rei era o representante de Deus na Terra. Portanto, todos deveriam obedecê-lo sem contestar suas atitudes. Sua obra principal é “A Política tirada da Sagrada Escritura”. Segundo Jacques Bousset: O rei emprega seu poder para o bem público. O rei não deve prestar conta a ninguém do que ordena e tem um poder inquestionável, além de uma autoridade ilimitada. Quando o rei julga não há outro julgamento possível. REI Deus mortal que está abaixo do Deus imortal. O Estado sou eu! Luís XIV de Bourbon, conhecido como "Rei-Sol", foi o maior monarca absolutista da França, e reinou de 1643 a 1715. MERCANTILISMO Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas desenvolvido na Europa entre o século XV e o final do século XVIII. Caracterizou-se por uma forte INTERFERÊNCIA DO ESTADO NA ECONOMIA. O mercantilismo originou um conjunto de medidas econômicas que tenderam a unificar o mercado interno e contribuiu para formação dos Estados Nacionais, assim o fortalecimento do poder real juntamente com o desenvolvimento da burguesia. Principais Práticas Mercantilistas: Acúmulo de metais preciosos (METALISMO) Busca de ouro e prata em continentes conquistados (AMÉRICA, África e Ásia) no século XV e XVI. Século XVIII BALANÇA COMERCIAL FAVORÁVEL MONOPÓLIO COMERCIAL Significa a exclusividade comercial sobre a compra e a venda de um produto. PROTECIONISMO Proteção das indústrias nacionais, através do aumento das taxas para produtos importados e redução das taxas para o produtos exportados. DESENVOLVIMENTO DA MARINHA Para busca de novos mercados, assim inicia-se o movimento da Grandes Navegações. Esquema I sobre o Mercantilismo