Enviado por evandroorlandini

5Tecnicas indispensaveis para um lider

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5 Técnicas indispensáveis
para um líder
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ÍNDICE
CUSTOMER DEVELOPMENT
Nada é verdade até que seja testado e validado............... 2
PROTOTIPAGEM
Em vez de falar, mostre................................................ 6
SERVICE DESIGN
A atenção aos detalhes faz diferença.............................. 9
PROATIVIDADE
O que toda empresa quer em um funcionário................. 13
PENSAMENTO SISTÊMICO
Enxergue as conexões invisíveis.................................. 16
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D
escubra novas ferramentas
que vão te ajudar a
pensar como um líder
e atingir resultados cada
vez melhores
vamos apresentar cinco delas, e
que podem te ajudar muito nos
desafios da sua vida profissional e pessoal também!
Com o customer development, você
Se engana quem pensa que só
aprenderá que nada é verdade até
coordenadores, gerentes e diretores
ser testado e validado, e assim terá
são os líderes de uma organização, ou informações mais embasadas para
pior ainda - que só eles precisam ter
usar em seus projetos; por meio
as habilidades de um líder. Seja no dia da prototipagem, descobrirá como
a dia profissional, na nossa relação
comunicar melhor o que se passa
pessoal com familiares e amigos ou
na sua cabeça e demonstrar mais
durante os trabalhos da faculdade,
protagonismo; o service design vai
frequentemente precisamos
te lembrar da atenção aos detalhes,
desempenhar as funções de um
a melhor forma de se diferenciar em
líder: tomar decisões complicadas,
cenários de muita concorrência; ao
comunicar-se com clareza com
entender as raízes da proatividade,
pessoas diferentes de nós e entender
você poderá desenvolver cada
o que elas querem e, em última
vez mais essa característica e
instância, fazer as coisas acontecerem. conquistar seus objetivos; e, por
Tarefas que nem sempre são fáceis...
fim, o pensamento sistêmico
ajudará a desenvolver uma
Certas técnicas nos permitem
compreensão mais completa e
evitar os obstáculos comuns na
complexa da sua realidade.
hora de agir como um verdadeiro
líder: testam nossas crenças e
Ao final de cada conceito, propomos
suposições, corrigem as distorções
perguntas e questionamentos que
em nossos processos de pensamento vão ajudá-lo a refletir o quanto você
e nos ajudam a enxergar mais
vem aplicando o modo de pensar de
longe. Dominando essas técnicas,
um líder no seu dia a dia. Assim, esse
ganhamos confiança para resolver
material também pode ser usado de
nossos problemas, antecipar riscos e forma coletiva, com a sua equipe do
atingir resultados cada vez melhores. trabalho, empresa junior, sua turma
de faculdade ou mesmo os amigos
Existem, claro, infinitas técnicas para mais próximos. Aproveite ao máximo
ser um líder melhor… Neste Ebook,
e nos conte o que achou!
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CUSTOMER DEVELOPMENT
Nada é verdade até que
seja testado e validado
“Todo mundo tem um plano até levar um soco na cara”. A frase
do ex-boxeador Mike Tyson pode nos ajudar a entender como
é importante validar nossas ideias na prática. Caso contrário,
iremos a nocaute com elas na cabeça, sem ganhar e sem realizar
transformações no mundo real.
O
conceito de Customer
Development (ou Custdev,
e que poderia ser traduzido
como ‘desenvolvimento focado no
cliente’) é importante nesse sentido,
já que prega que o empreendedor de
uma startup (ou mesmo o dono de
um projeto) precisa sair do escritório
e ir para a rua testar sua hipótese
de produto ou serviço diretamente
com o público. A realidade de grande
parte das startups, que fecham
depois de alguns meses, pode nos
ensinar muito...
2
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CUSTOMER DEVELOPMENT
Nada é verdade até que
seja testado e validado
Muitas vezes, essas startups nascem
a partir de ideias que seus fundadores
consideram brilhante. Daí, baseados
apenas em suposições sobre como é
o mercado e o que os consumidores
querem, esses empreendedores
propõem uma solução e definem
seu modelo de negócios. Mas, nem
sempre essas suposições são as mais
adequadas e eles somente descobrem
isso quando o produto é lançado.
Resultado? Prejuízo e desperdício de
tempo e energia.
Como surgiu?
Viu como podemos levar esses
ensinamentos para outros cenários
na nossa vida?
Blank aproveitou sua experiência
de sucesso em startups do Vale
do Silício, nos EUA, e desenvolveu
essa metodologia, considerada
um dos pilares do movimento
‘LeanStartup’ de Eric Ries, que foi seu
aluno. Possui quatro livros publicados
e The Four Steps to the Epiphany
(ou Do Sonho à Realização em Quatro
Passos) é sua principal obra sobre o
Customer Development.
O empreendedor e acadêmico
Steve Blank é considerado o “pai”
desse conceito, que surgiu em meados
da década de 1990. Atualmente ele se
dedica à carreira acadêmica, sempre
com o empreendedorismo em foco.
É professor consultor associado em
Stanford e leciona na Haas School
of Business, na Universidade da
Califórnia, em Berkeley, na Columbia
University e no California Institute
of Technology (Caltech).
O Custdev considera que tudo definido
inicialmente ainda não pode ser
tratado como verdade; é apenas uma
hipótese que precisa ser testada,
validada e renovada. Dessa forma,
pressupõe que toda teoria, estratégia
ou visão de negócios deve ser validada
em situações reais, para só depois
poder ser considera da verdadeira.
É um método útil que pode acabar
de vez com aquela sensação de
estar insistindo, insistindo... e nada
de resultados.
Para o autor, o principal erro que
causa a falência de muitas startups
é esse que mencionamos ali em
cima: o empreendedor acha que
sabe o que o cliente quer.
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CUSTOMER DEVELOPMENT
Nada é verdade até que
seja testado e validado
Mas isso vale para todo tipo de
cliente. Imagine que você trabalha na
área de marketing de um grande banco,
e tem uma brilhante ideia sobre um
novo produto financeiro... Antes de
investir tempo e dinheiro nessa ideia,
converse com alguns clientes para
ver o que eles acham dela. Da mesma
forma, se você é um jornalista em
busca de mais acessos e engajamento
nos seus textos, por que não conversar
com seus leitores e entender suas reais
necessidades de conteúdo?
Essa é a sigla para minimum viable
product, ou, em português, produto
minimamente viável. Trata-se de uma
versão simplificada do seu projeto, que
reúne suas características principais
porém precisa
Para que serve?
Inicialmente pensado para o universo
das startups, o Customer Development
pode ser útil para que você valide suas
diferentes ideias no mundo real, fora
de sua cabeça. Por mais que um líder
possa ter uma mente em que as ideias
surgem em velocidade fora do comum,
elas precisam se adaptar à prática do
seu projeto.
Depois de uma conversa (a tal da
‘validação’) com pessoas de fora, é
possível que sua ideia inicial seja
completamente modificada. Aplicando
esse método, você vai obter diversos
insights sobre como melhorar o seu
projeto, o que está dando errado nas
suas estratégias e quais são os pontos
cegos na sua visão. Trata-se de um
processo iterativo e que pode ser
repetido em diversos estágios do projeto,
aumentando suas chances de sucesso.
Ao internalizar as diretrizes do
Customer Development você ganhará
um senso de concretude maior, sem
abandonar os sonhos e ideias que
marcam a mente de alguém que
lidera. Esse conceito também nos
traz flexibilidade e humildade para
entender que, muitas vezes, aquilo
que pensamos inicialmente não
é viável ou aplicável e temos que
repensar nossos projetos. A seguir,
confira alguns exemplos de como
aplicar a metodologia no dia a dia
de qualquer profissional:
Mas como validar um projeto ou
produto no mundo real sem antes
dedicar tempo e energia para
desenvolvê-lo? A resposta está em outra
ferramenta do mundo lean, o MVP.
4
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CUSTOMER DEVELOPMENT
Nada é verdade até que
seja testado e validado
1. Em um debate, considerar os
argumentos de outra pessoa que não
vão de encontro às suas suposições
3. Quando você tem uma ideia e a
considera genial, já a coloca em
prática ou procura entender se ela
realmente será executável?
2. Pesquisar se as pessoas estão
dispostas a pagar o que você vai
cobrar por certo serviço ou produto
4. Você busca entender a real
necessidade das pessoas ao
seu redor?
3. Realizar pesquisas de opinião sobre
projetos em desenvolvimento
5. V
ocê “dá o braço a torcer”
quando uma ideia “brilhante”
não funciona bem?
4. Escutar pessoas mais experientes
que obtiveram sucesso na mesma
área (e que não necessariamente
pensam como você!)
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Da mesma fora, existem alguns
questionamentos que podem te ajudar a
refletir se você está aplicando realmente
a metodologia na sua vida:
1. V
ocê possui inúmeras ideias e poucas
acabam se concretizando?
2. Ao perceber que sua ideia não é viável
na prática, você insiste naquilo que
havia pensado ou procura se adequar
à realidade?
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PROTOTIPAGEM
Em vez de falar, mostre
Você já deve ter ouvido a máxima “Entendeu ou quer que eu
desenhe?”, que é quase sempre usada de forma pejorativa. No
entanto, a verdade por trás dessa brincadeira é que o simples
esboço de uma ideia pode ajudar (e muito) a transmiti-la para
outras pessoas. Quando temos uma ideia na cabeça - seja ela
simples ou complexa - é sempre mais fácil explicá-la quando
podemos utilizar recursos materiais, que vão do simples
‘papel e caneta’ até peças de Lego, apresentações PowerPoint e
engenhocas. Só com palavras, é muito mais difícil que outras
pessoas visualizem o que estamos imaginando.
E
ssa é a lógica por trás do
conceito de ‘prototipagem’,
uma poderosa ferramentas
para quem quer pensar e agir como
um líder.
O que significa?
Um protótipo é uma amostra inicial,
um modelo construído para testar
um conceito, produto ou processo.
É um termo usado em uma
variedade de contextos, incluindo
a semântica, design, eletrônica e
programação de software.
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PROTOTIPAGEM
Em vez de falar, mostre
A palavra protótipo é derivada do
grego, onde Protós significa primeiro e
Typos significa tipo. Mas uma tradução
mais acertada poderia ser: primeiro
modelo, que está em fase de testes,
estudo, ou planejamento.
seus veículos no mercado. Atualmente,
a indústria da eletrônica e tecnologia
usa e abusa dos protótipos para
assegurar que os produtos finais
possuam menos falhas.
No cenário das startups, onde as ideias
são muitas e os recursos iniciais baixos,
a prototipagem é muito comum. No
método Lean Startup, o protótipo é
chamado de MVP (Minimum Viable
Product), que pode ser traduzido como
‘produto mínimo viável’. Trata-se de
uma versão simplificada do produto
que você tem em mente, e serve para
testar se a ideia realmente tem apelo
com os consumidores antes de fazer
investimentos nela - de tempo, energia
e dinheiro.
A utilização dos protótipos não é uma
novidade na história da humanidade.
O uso de modelos e maquetes é antigo
na arquitetura, por exemplo. Com a
revolução industrial e sua produção
massificada, os protótipos ganharam
fôlego. No início, o protótipo era o
produto feito pelo mestre, que depois
deveria ser produzido em série. Ao
longo do tempo ganhou status de
“teste” e a indústria automobilística
adotou os protótipos antes de lançar
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PROTOTIPAGEM
Em vez de falar, mostre
O conceito de prototipagem, porém, não
é útil somente para os empreendedores.
Uma forma rápida de expor seus
projetos para as demais pessoas dentro
de uma empresa, da sala de aula ou
até mesmo para amigos é montando e
apresentando um protótipo do que você
tem em mente.
protagonismo, execução, e aumentando
as chances de suas propostas serem
aprovadas. E você, será que utiliza a
prototipagem no seu dia a dia? Veja
algumas perguntas que vão te ajudar
a refletir sobre o assunto:
1. V
ocê procura esboçar suas ideias
no papel ou no computador antes
de colocá-las em prática?
Por exemplo: Imagine que você quer
propor uma reformulação completa
do site da sua empresa. Na hora de
apresentar a ideia para seus gestores,
leve também um protótipo do que você
tem em mente, como uma imagem
editada no Photoshop com as mudanças
que você está propondo. Quer propor
uma nova embalagem para o principal
produto da empresa? Melhor do que
levar um desenho para a reunião,
seria conseguir montar uma versão
simplificada dessa embalagem. Ter um
protótipo do produto em mãos falará
mais alto do que qualquer argumento
verbal sobre suas vantagens.
2. Você possui dificuldades em
materializar em um esquema
tudo aquilo que está passando
na sua cabeça?
3. As outras pessoas conseguem
compreender os rascunhos que
você elabora de suas ideias?
4. Você demora para colocar suas
ideias em prática ou prefere
aperfeiçoá-las já em andamento?
5. Você costuma “errar rápido” ou
demora para agir?
Ao prototipar suas propostas, o líder
está sempre um passo a frente dos
demais; consegue transmitir suas ideias
com muito mais clareza, demonstrando
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SERVICE DESIGN
A atenção aos detalhes
faz diferença
Sabe quando você chega ao quarto do hotel e encontra a ponta do
papel higiênico dobrada em formato de triângulo? E quando você
está na fila de espera de um restaurante e pode degustar algum
aperitivo enquanto ouve um pianista que acalma o ambiente?
Esses são exemplos de alguns simples cuidados (que agradam
bastante) tomados por empresas que já compreenderam a
importância do chamado Service Design - ou design de serviço,
em português.
C
omo o próprio nome
sugere, o Service Design
é muito usado para o
desenvolvimento de serviços, e tem
por objetivo dar ao consumidor a
melhor experiência possível. Sua
característica elementar é colocar
- sempre - as pessoas em primeiro
lugar. Assim, para colocar em
prática essa ferramenta, entender as
necessidades e desejos das pessoas
é fundamental. No final, a ideia é
garantir que todos os serviços e
produtos oferecidos estejam em
consonância com o que as pessoas
que o consumirão precisam e
gostariam de receber.
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SERVICE DESIGN
A atenção aos detalhes
faz diferença
Essa lógica pode parecer óbvia, mas
muitas empresas/pessoas acabam se
fechando demais em seus processos
internos e se esquecem que existem
outras pessoas na ponta final dessa
relação. Quem se atenta ao que os
outros precisam (sem somente tentar
empurrar um produto ou uma ideia)
larga na frente na lista de preferência
dos consumidores. Em cenários de
concorrência acirrada, são esses
pequenos detalhes que podem
trazer credibilidade e aceitação para
o seu projeto.
Em 1991, o Service Design se tornou
oficialmente uma disciplina, por meio
de um projeto de Michael Erlhoff,
professor da KISD (Köln International
School of Design), na Alemanha. Em
2001, foi criada, em Londres, a Livework,
primeira consultoria de inovação e
design de serviço que, desde 2010, opera
também no Brasil.
Para que serve?
Para atender as reais necessidades das
pessoas é preciso ter um olhar atento
e minucioso para todo o processo de
entrega do seu produto. E isso envolve
perceber e melhorar cada detalhe que
possa trazer prazer, alento e satisfação
ao consumidor - ou a quem quer que vá
receber o seu projeto. Ao compreender
isso, você passará a observar
cuidadosamente todo o caminho que
deve percorrer até o seu objetivo, quais
os atores envolvidos e poderá identificar
empiricamente as falhas que estão
deixando as pessoas insatisfeitas com o
seu produto final.
Como surgiu?
Um dos primeiros trabalhos
relacionados ao Service Design foi
de autoria de G. Lynn Shostack, uma
alta executiva americana do setor
bancário e filantropa. Em 1984 ela
escreveu o texto “Designing Services
That Deliver”, publicado na Harvard
Business Review, em que explicava
sobre service blueprint (ferramenta
gráfica de visualização que mapeia
os processos e especifica toda a
funcionalidade de um serviço).
Nessa época, Design de Serviço era
considerado parte das disciplinas de
gestão e marketing.
Veja algumas práticas do dia a
dia de empresas que se importam
com o service design: investir no
aperfeiçoamento do pós-venda
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SERVICE DESIGN
A atenção aos detalhes
faz diferença
e em diversas outras situações do dia a
dia profissional.
(SACs, ferramentas para receber
feedback, etc.); interagir com públicoalvo (realização de eventos festivos,
distribuição de amostras gratuitas do
produto, brindes de final de ano, etc.);
deixar claro para o seu público que você
(ou seu produto) se aperfeiçoou diante
de um feedback (Ex: “Essa nova opção de
pagamento foi uma sugestão da Fulana,
que não conseguia arcar com os custos
no início do mês”); melhorar os serviços
oferecidos no call center contratado por
sua empresa; etc.
Lembre-se: a ideia central é oferecer
- sempre - a melhor experiência,
não deixando os detalhes passarem
despercebidos. Por exemplo: se vai
apresentar um projeto importante
em uma reunião, preocupe-se em
chegar no horário, garanta que o
projetor está funcionando corretamente,
que os slides estão bem editados,
e que o ar-condicionado não parou
de funcionar. Se vai receber um
cliente importante, certifique-se de
que terá café para oferecer a eles,
busque-os e leve-os até a porta... E
assim por diante.
Dessas práticas, surgem insights e ações
que, quando adotados, fazem toda a
diferença. Pense, por exemplo, no acesso
wifi gratuito, nas poltronas e nos sofás
macios que você encontra em uma
loja Starbucks. Diante de uma outra
cafeteria, ao lado, que vendesse o mesmo
café pelo mesmo preço, esses detalhes é
que determinariam sua decisão, certo?
A seguir, veja algumas perguntas que vão
te ajudar a refletir se você tem aplicado o
Service Design no seu dia a dia:
1. V
ocê está preocupado com o que as
pessoas realmente precisam?
Na carreira! Por mais que, a princípio, a
ferramenta pareça fazer sentido apenas
no contexto empresarial de criação ou
aperfeiçoamento de um serviço, ela
também pode ser muito útil na carreira
2. Você conhece cada detalhe e
pessoa envolvida no projeto que
está liderando?
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SERVICE DESIGN
A atenção aos detalhes
faz diferença
3. Você procura conversar com as
pessoas para receber um feedbacks
ou já fica satisfeito por elas terem
comprado sua ideia/produto?
4. Q
uando recebe críticas, você procura
trabalhar para aperfeiçoá-las com sua
equipe ou julga que as outras pessoas
reclamam demais?
5. V
ocê se mostra disponível aos
membros de sua equipe para
esclarecer dúvidas sobre o que
estão fazendo?
6. O
bem-estar dos outros é uma
preocupação em cada uma das etapas
dos seus processos internos?
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PROATIVIDADE
O que toda empresa quer
em um funcionário
Você certamente conhece alguém que só “rema de acordo com
a maré”. Essas pessoas não devem conhecer o conceito de
proatividade, importantíssimo para que não fiquemos reféns
das circunstâncias externas e do que nos é imposto. Você quer
ser o piloto de sua carreira ou um mero passageiro que é levado
de um lado para outro?
S
egundo o dicionário Aurélio,
proatividade significa:
“Capacidade que alguém
ou algo tem de fazer com que
determinadas coisas aconteçam ou
se desenvolvam”. Da mesma forma,
proativo aparece como alguém “1.
Que não se baseia na reação a algo,
mas toma iniciativa de ação; 2. Que
age antecipadamente”. Outra forma
de definir ‘proativo’ é como o oposto
de ‘reativo’, ou seja, alguém que
toma o controle da situação e age
para fazer as coisas acontecerem,
ao invés de esperar que elas
simplesmente aconteçam.
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PROATIVIDADE
O que toda empresa
quer em um funcionário
Como surgiu?
próprias vidas. Nosso comportamento
resulta de decisões tomadas e pensadas,
e não das condições externas.
Os estudos sobre proatividade, da forma
que a entendemos hoje, começaram
com o trabalho do psiquiatra Viktor
Frankl. Judeu, ele foi confinado em
um campo de concentração nazista e
lá testemunhou atrocidades e abusos
que, como todos sabem, foram além do
No ambiente de trabalho
Com o passar do tempo, o termo
ganhou um sentido mais pragmático
no mundo corporativo, e hoje é
recorrente nas descrições de vagas
das mais diversas indústrias.
limite que pessoas normais poderiam
suportar. Apesar de tudo isso, Viktor
resistiu à influência do ambiente
opressivo e manteve sua identidade e
sanidade intactas.
No livro Os 7 hábitos de pessoas
altamente eficazes, a proatividade é
o primeiro hábito listado pelo autor
Stephen Covey. Nessa obra, o autor
traz sete hábitos para quem quer ser
mais produtivo e, claro, a proatividade
é fundamental nesse sentido. Foram
vendidas mais de 15 milhões de
cópias em trinta e oito idiomas desde
a primeira publicação, em 1989. A
obra foi eleita pelos leitores da revista
Chief Executive como o livro mais
influenciador do século XX.
No livro Man’s Search for Meaning,
ele explora o sentido existencial
do indivíduo e coloca o conceito de
proatividade dentro dessa reflexão. Na
obra, ele chama de proativa a pessoa
que toma responsabilidade pela
própria vida, ao invés de buscar causas
e justificativas nas circunstâncias ou
em outras pessoas. Ele argumenta
que existem escolhas, sempre,
independente da situação ou contexto.
A verdade é que qualquer empresa
sonha em contratar alguém proativo.
Segundo Júlia Fávere, que trabalha
com recrutamento na Votorantim,
“proatividade e autonomia” são as
características que mais destacam
um estagiário na empresa. Para Susan
O conceito de proatividade implica
muito mais do que tomar a iniciativa,
como muitos podem pensar. Esse
conceito nos lembra que nós, como
seres humanos dotados de inteligência,
somos responsáveis por nossas
14
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PROATIVIDADE
O que toda empresa
quer em um funcionário
Da mesma forma, ser proativo não
envolve apenas tomar novas tarefas
para si, mas também buscar sempre
novos conhecimentos. Estudar, fazer
cursos extracurriculares e ler artigos
são hábitos também da pessoa proativa.
A seguir, veja algumas perguntas que
vão te ajudar a refletir se você é uma
pessoa proativa:
Hawkins, especialista em mercado
financeiro, a habilidade também é
essencial para quem quer trabalhar na
área. Na Ambev, a mesma história... Deu
para entender aonde queremos chegar?
Funcionários proativos não precisam
receber pedidos ou ordens, e nem
necessitam de instruções detalhadas
- eles são capazes de enxergar os
problemas das empresas e se mexer
para resolvê-los, mesmo que essas
questões não estejam diretamente
ligadas ao escopo de seu trabalho.
1. V
ocê prefere que outras pessoas
tomem decisões para você ou gosta
de participar das escolhas que
influenciam sua vida?
Como fazer?
2. V
ocê fica choramingando quando algo
errado acontece ou procura dar uma
resposta embasada?
O problema é que nossa maneira ‘padrão’
de pensar é, por natureza, reativa.
Assim, o comportamento proativo não
é algo natural, e sim o produto de sua
escolha consciente, baseada em valores
e princípios que você constrói ao longo
do tempo. Algo que, quando mais você
coloca em prática, mais internalizado fica.
Para começar, existem alguma frases que
devem fazer parte do vocabulário diário
de todo proativo e refletem as atitudes
que esse profissional deve ter: “Vamos
procurar alternativas”, “Eu assumo essa
responsabilidade”, “Eu vou fazer”...
3. Você conhece os seus valores e
princípios (aquilo que faz sentido
em sua vida)?
4. Você prefere deixar as coisas
acontecerem no seu tempo natural ou
procura acelerar alguns processos?
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PENSAMENTO SISTÊMICO
Enxergue as conexões invisíveis
Você já reparou que, muitas vezes, ao buscarmos soluções para
um problema acabamos “sem querer” resolvendo outros? A
explicação é que esses problemas podem estar relacionados,
embora nem sempre a gente consiga fazer essas conexões.
O
chamado “pensamento
sistêmico”, grosso modo,
propõe uma visão que
encara o mundo como um sistema,
composto por sua vez por diversos
sistemas menores, onde tudo
está interligado. Perceber que as
coisas estão interconectadas em
um sistema não é uma ideia nova.
Muito antes desse conceito começar
a aparecer no século XX, religiões
e filosofias já adotavam a visão
sistêmica das coisas, como é o caso
do budismo.
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PENSAMENTO SISTÊMICO
Enxergue as conexões invisíveis
Em sua versão mais atualizada, o
pensamento sistêmico começou a
tomar forma na década de 1920, com
pensamento holístico de Jam Smuts,
que propunha abrir mão da visão das
coisas como algo singular, mas sempre
como partes de algo maior. Estudos
de viés mais prático começaram a
ser realizados na década de 1950, no
Massachusetts Institute of Technology
(MIT). Lá essa ideia começou a ganhar
força e ser aplicada a várias áreas do
conhecimento, da sustentabilidade
à administração de empresas. Os
estudos culminaram na publicação
do livro A Quinta Disciplina, de Peter
Senge, e da obra The limits to growth,
que usa o pensamento sistêmico para
alertar sobre os efeitos do crescimento
populacional na Terra.
diversas formas que nem imaginamos,
e cabe a nós buscar cada vez mais
enxergar essas conexões para ter uma
compreensão melhor da realidade.
Uma percepção mais sistêmica da
realidade, por sua vez, permite que um
líder tome decisões mais acertadas e
obtenha melhores resultados. Quando
o líder tem uma visão sistêmica do
contexto em que está inserido, também
consegue evitar efeitos colaterais
indesejáveis de suas atitudes que a
princípio não são óbvios.
Nos ecossistemas complexos e
globalizados em que as organizações
de hoje atuam, tomar decisões é algo
cada vez mais incerto.
O problema é que, por natureza, não
enxergamos o mundo de forma sistêmica.
Nossa tendência é ser reducionista e
simplista, visualizando somente visões
fracionadas da situação toda - fotos
instantâneas, e não o filme completo.
Durante muito tempo, nós fomos
ensinados a pensar os problemas de
maneira fragmentada para entendê-los
melhor. Essa estratégia tem suas vantagens
porém, sozinha, não dará conta de resolver
os desafios de uma grande organização.
Como funciona?
O pensamento sistêmico nos torna
conscientes do fato de que todas as
coisas fazem parte de um sistema,
e, portanto, estão relacionadas e
influenciam umas às outras. Isso vale
tanto para o corpo humano como
para uma cidade ou a empresa em
que você trabalha. Grandes problemas
que enfrentamos atualmente são
interligados e interdependentes de
17
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PENSAMENTO SISTÊMICO
Enxergue as conexões invisíveis
forma cíclica em vez de linear;
evitar pensar apenas em resultados
imediatos, a qualquer custo, mas
buscar ter uma visão sustentável e
de longo prazo; conversar
constantemente com outras áreas da
empresa, para entender o que elas
fazem e ter uma visão total do negócio.
Para o empreendedor, vale também
pesquisar mais a fundo todo o seu
mercado e os mercados relacionados.
O pensamento sistêmico rompe com
esse paradigma e nos ajuda a analisar
o sistema complexo como um todo.
Não adianta uma parte funcionar
excepcionalmente bem no seu
projeto enquanto a outra atrapalha o
rendimento global.
Sobre esse assunto, o prestigiado filósofo
Edgard Morin (que criou o conceito
de pensamento complexo, bastante
próximo ao que prega o pensamento
sistêmico) ministra o curso O futuro
da decisão: como conhecer e agir na
complexidade na plataforma Coursera,
oferecido gratuitamente pela ESSEC
Business School - o material, no
entanto, ainda está disponível somente
em francês.
O mais interessante disso tudo é que
algo que é considerado um problema
aqui, pode ser a solução ali (o lixo
produzido em uma empresa pode ser
separado e se tornar matéria-prima
para a reciclagem, por exemplo). Vale
insistir que, para isso acontecer em
nível empresarial, é importante manter
um bom nível de comunicação com
todas as áreas que fazem parte do
mesmo sistema.
Existem muitos métodos e práticas que
podem te ajudar a pensar de forma
mais complexa. Por exemplo: evitar agir
sobre um problema de forma isolada,
mas lidar com ele dentro do contexto
de outros problemas relacionados;
estabelecer relações de causa e efeito de
A seguir, veja algumas perguntas que
vão te ajudar a refletir se você pensa
de maneira sistêmica:
18
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PENSAMENTO SISTÊMICO
Enxergue as conexões invisíveis
1. A
o analisar os seus problemas, você
o faz dentro de um contexto ou
isoladamente?
2. Você busca solucionar vários
problemas de uma vez só?
3. Suas atitudes muitas vezes acabam
atrapalhando mais do que ajudando,
apesar das boas intenções?
4. V
ocê presta atenção nos problemas de
outras pessoas ou só se preocupa com
os seus?
5. Q
uando está com um problema, você
o compartilha com alguém ou guarda
para si mesmo?
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19
TEXTO
Frederico Machado
Rafael Carvalho
DESIGN
Danilo de Paulo
Marcos Torres
Renata Monteiro
FOTOS
Reprodução
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