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Rios

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL
CAMPUS ARAPIRACA
UNIDADE EDUCACIONAL DE PENEDO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PESCA
Rios
Ano: 2019.1
Capítulo 13
Orientador: Prof . Petrônio Coelho
Integrantes
Douglas Felipe Nogueira Rocha
José Deildo Laurindo da Silva
Apresentação
 Os rios como ecossistemas aquáticos de fluxo
permanente, com interação também permanente – e
intensa – com as bacias hidrográficas nas quais se
inserem, e com a fauna dominada por invertebrados
bentônicos e peixes.
 Sistemas de Transporte de matéria Orgânica e
inorgânica.
 Características dos rios são a deriva.
 São submetidos aos impactos das atividades
humanas.
 Regeneração e recuperação de rios a partir de banco
de dados em séries temporais e espaciais.
Como Ecossistemas
 Duas características principais:
 O permanente movimento horizontal das
correntes.
 Interação com sua bacia hidrográfica, da qual
há uma permanente contribuição de material
alóctone.
 Fauna de invertebrados em rios.
 Velocidade das águas no canal de um rio.
Processos de transporte
 A geomorfologia fluvial determina as características
principais da rede hidrográfica, na qual se estabelecem
padrões variados de drenagem que dependem da
latitude, longitude, altitude, declividade e do tipo de
solo.
 As características físicas que interferem no transporte
de material e na carga.
 As características espaciais/temporais dos rios
dependem de sua interação com as bacias
hidrográficas e das flutuações na hidrologia regional,
que determina padrões diferenciados de fluxo.
Transporte de material orgânico e
inorgânico
Perfil Longitudinal e a Classificação
da Rede de Drenagem
 O perfil longitudinal dos rios e riachos começa com um declive mais acentuado e
com sinuosidade a jusante.
 A velocidade da corrente e a deposição de material variam de acordo com o
trecho do rio que se esta considerando.
 Rios e riachos nas bacias hidrográficas são classificados de
acordo com a sua ordem, logo:
 Os pequenos riachos e fontes das cabeceiras são de primeira ordem.
 Quando dois pequenos riachos de primeira ordem se juntam, tornam-se
um riacho de segunda ordem e assim sucessivamente.
 As calhas principais dos grandes rios podem chegar ate a décima ou
décima segunda ordem antes de atingir o oceano.
As Flutuações de Nível e os
Ciclos de Descarga
 Os padrões de descarga nos rios determinam as propriedades
principais desses sistemas lóticos.
 Descargas muito rápidas apos intensas chuvas aumentam o
transporte de material e organismos a jusante.
 Variações dependem dos ciclos climatológicos e hidrológicos
controlam os processos físicos, químicos e biológicos.
 A descarga depende da precipitação, da geologia e geomorfologia
da bacia hidrográfica, da declividade dos rios, da presença de restos da
vegetação ou de barragens e das características do sedimento do
fundo.
Padrão Dendrítico de organização
espacial de pequenos rios do cerrado no
Estado de São Paulo
Áreas de máxima velocidade de
deposição e erosão em meandros de rio.
Composição da água e os Ciclos
Biogeoquímicos
 Matéria inorgânica em suspensão: alumínio, ferro,
silício, cálcio, potassio, magnésio, sódio, fósforo.
 Íons principais dissolvidos: Ca++, Na+, Mg++, K+, HCO3–,
SO4– –, Cl–.
 Nutrientes dissolvidos: nitrogênio, fósforo, silício.
 Matéria orgânica dissolvida e particulada.
 Gases (N2, CO2, O2).
 Metais traço sob forma particulada e dissolvida
 Outros componentes a serem considerados
 Os rios transportam nitrogênio sob a forma de nitrato,
nitrito ou amônia, e silicato sob a forma solúvel.
 As variações anuais dos componentes químicos, como
fosforo, nitrogênio, sílica e outros íons,
são
dependentes e controladas pelas bacias hidrográficas
 Concentração de oxigênio dissolvido, pH e
condutividade no Ribeirão do Lobo (cerrado)
 As concentrações reais incluem informações da atividade antropogênica. Os valores naturais foram
corrigidos com o objetivo de excluir a poluição
 Taxa de escoamento – escoamento médio por unidade de área/média de chuvas
As variações anuais dos componentes químicos, como
fosforo, nitrogênio, sílica e outros íons, são
dependentes e controladas pelas bacias hidrográficas,
pelas descargas durante o ciclo hidrológico e por
outros fatores, como fixação de nitrogênio por plantas
aquáticas, erosão, decomposição da vegetação e
retenção pela camada de húmus no sedimento. Em
razão esses fatores, as variações estacionais nos ciclos
biogeoquímicos dos rios são muito mais pronunciadas
do que em lagos, e o conceito de nutriente limitante,
como aplicado a lagos, não e muito bem aplicado a
rios.
Valores médios mensais da condutividade
eletrica (μS.cm-1), oxigênio dissolvido (mg.ℓ-1)
e pH no Ribeirão do Lobo (Itirapina, SP)
 Nos rios, ha regiões de acumulo de nutrientes.
 A Composição química determina diferentes tipos de fauna e flora
lóticas.
 A distribuição de moluscos.
Ciclos Biogeoquímicos e os
componentes orgânicos particulados
e dissolvidos
 Ponto de vista qualitativo e quantitativo.
 Matéria orgânica dissolvida em rios.
 Observação de pequenos riachos na Bacia do
Amazônia.
 Espirais de nutrientes
Descrição do ciclo do nitrogênio em
um rio
O ciclo do nitrogênio em um rio. Nitrogênio disponível é representado por NO3 e NH3 , que são imediatamente fixados e
assimilados diretamente. Decomposição, excreção e exudatos são vias de reciclagem dos alimentos.
–
PRINCIPAIS FATORES FÍSICOS EM
RIOS QUE SÃO IMPORTANTES
PARA A BIOTA AQUÁTICA
 Velocidade da corrente e forças físicas associadas
 Fluxo na água e próximo aos sedimentos
 Substratos
 Temperatura da água
 Oxigênio dissolvido
 O papel dos eventos
 As substâncias húmicas de origem natural
Classificação e a Zonação
 Na Europa
 Na América do Norte
 A distribuição Longitudinal:
 Corrente e tipo de substrato
 Velocidade da corrente e fluxo laminar ou turbulento
 Temperatura
 Concentração de oxigênio dissolvido
 Nutrientes dissolvidos
 Interações com ouros organismos
Velocidade e classificação da Zonação
 Rhithron – definida como zona de alta velocidade de corrente;
volume de poucos metros cúbicos; regiões onde a media anual de
temperatura da agua não excede 20oC; substrato com rochas,
pedras, seixos e areia fina.
 Potamon – definida como zona de baixa velocidade de corrente,
predominantemente laminar; media anual de temperatura maior
que 20oC, ou, em latitudes tropicais, temperatura máxima acima de
25oC; substrato com sedimento orgânico; pequenas poças e
tanques naturais com baixa concentração de oxigênio.
Influência das atividades humanas na zonação
 A utilização das bacias
hidrográficas pelo homem
produz alterações na zonação
de rios, especialmente em
relação ao desmatamento,
aos usos do solo e a erosão.
 A introdução de espécies
exóticas.
 A construção de barragens
afeta a zonação de rios e
altera a composição das
biocenoses
O conceito do continuum do rio
As relações tróficas entre fragmentadores e raspadores de perifíton e
macrófitas em um riacho com contribuição de matéria orgânica
fragmentada alóctone. O tapete microbiano perifíton - bactéria
matéria orgânica em superfícies do substrato é fragmentado ou
particionado. Na figura, apresentou-se uma ameba comum a riachos
amazônicos que tem papel relevante no processamento de material
Rios e Riachos Intermitentes
 Em regiões áridas e semiáridas
 Intensidade e o fluxo de inundação
 Fauna e flora aquáticas de rios e riachos efêmeros e
temporários do Brasil
Produção Primária
 Relações entre a concentração de oxigênio dissolvido na agua, perda
ou acréscimo de oxigênio para a atmosfera e acréscimo de oxigênio a
partir de drenagem resultam na seguinte formula, que representa a
mudança de oxigênio dissolvido por unidade de área:
ΔC = P – R ± D + A
ΔC – Taxa de alteração da concentração de oxigênio dissolvido na água
P – Produção primaria bruta
R – Respiração da comunidade
D – Perda ou acréscimo de oxigênio para a atmosfera
A – Acréscimo de oxigênio devido a corrente e turbulência
Fluxo de Energia e Fluxo alimentar
Grandes Rios
STD – Sólido Total Dissolvido; STS – Sólido Total
Suspenso; TTM – Taxa de Transporte de Massa
Importância econômica dos grandes
rios





Irrigação
Consumo pelo setor industrial
Energia
Piscicultura
Transporte hidroviário
A Comunidade de Peixes dos
Sistemas Lóticos
Classificação sistemática das famílias de
peixes teleósteos em riachos brasileiros
 Riachos de águas pretas.
 Riachos com agua salobra de aguas
pretas (com influência de mares).
 Correntes montanhosas de aguas
claras.
 Rios de aguas claras.
 Estuários de aguas claras e gradientes
de salinidade
A Deriva
 1Estudos de comunidades; 2Estudos de taxocenoses; 3Estudos autoecológicos
Volume e velocidade de corrente
A deriva de invertebrados em rios. Número de organismos em duas estações do
ano e deriva durante o período noturno. a) Logan River Utah (Estados Unidos);
b) Wilfin Back (Inglaterra)
Recuperação de Rios
 Reabilitação das margens do rio e da mata ciliar
 Reabilitação dos corredores de vegetação ao longo de um
rio;
 Reabilitação dos habitats e recuperação da biodiversidade;
 Recuperação e reabilitação do substrato dos rios
 Reoxigenação dos rios, no caso de depleção de oxigênio;
 Recuperação das várzeas, lagoas marginais e estruturas
ecológicas ao longo dos rios.
Corredores de Matas Ciliares
Importância em relação a sua restauração, pelas
seguintes razões:
 Tem alta diversidade biológica;
 Tem alta produtividade biológica;
 São áreas de refúgio;
 São fontes de dispersão de espécies;
 Incluem refúgios da era pré-industrial
Referências
TUNDESI, José Galizia. MATSUMURA, Takako.
Limnologia. São Paulo : Oficina de Textos, 2008.
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