Variação longitudinal e temporal da dieta de Hyphessobrycon heterorhabdus (Ulrey, 1894) (Characiformes: Characidae) em riachos da Amazônia Oriental Nome do Bolsista: Evelyn Martha De Barros Nunes Nome do Orientador: Luciano Fogaça de Assis Montag Nome da Co-orientadora: MSc. Naraiana Loureiro Benone Instituto/Núcleo: Instituto de Ciências Biológicas RESUMO As variações fluviométricas e o gradiente longitudinal ocasionam mudança na quantidade e na disponibilidade de itens alimentares para os peixes em pequenos riachos. Sabendo disso o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito das ordens dos riachos (1ª a 3ª) e os períodos fluviométricos (seca e cheia) na ecologia alimentar do peixe tetra Hyphessobrycon heterorhabdus em riachos afogados da região do baixo rio Anapu. Para responder esses objetivos foram analisados 160 estômagos de H. heterorhabdus coletados em riachos de 1ª a 3ª ordem nos períodos de seca e cheia, em riachos afogados do baixo Rio Anapu, em uma área de proteção ambiental. A espécie pode ser classificada como onívora com tendência à insetivoria. O gradiente longitudinal não apresentou influência na dieta da espécie, possivelmente devido à formação de grandes planícies de inundação, que podem minimizar os efeitos do gradiente longitudinal. O período fluviométrico afetou a dieta da espécie, com maior presença de itens alóctones na seca e maior presença de itens autóctones na cheia. Isso pode ser relacionado ao maior aporte de matéria orgânica nas planícies de inundação durante a cheia, que podem tornar o ambiente mais favorável para insetos autóctones que trituram folhas e participam da ciclagem da matéria orgânica. Desta maneira, esses insetos passam a ser uma fonte abundante de nutrientes para peixes durante o período de cheia. PALAVRAS-CHAVE: alimentação de peixes, pulso de inundação, teoria do rio continuo, planícies de inundação.