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CULTIVO DO CACAUEIRO
Botânica e Origem
• Antes: Família Esterculiaceae.
• Hoje: Malvaceae - Theobroma cacao L.
(“manjar dos Deuses”).
• Mais de 20 espécies: Theobroma glaucum, T.
angustifolium, T. bicolor, T. grandiflorum…
• América tropical e equatorial: bacias dos rios
Amazonas e Orinoco.
• Condições naturais: sob dossel de grandes
árvores da floresta tropical em diferentes níveis
de luminosidade e até a pleno sol.
Origem
• Cabeceiras do rio Amazonas com 2 grupos:
• Criollo: direção ao norte, rio Orinoco, América
Central e Sul do México (frutos grandes,
superfície enrugada, sementes grandes, interior
branco ou violeta pálido. Cultivado pelos
Astecas e Maia).
• Forastero: bacia amazônica abaixo em direção
às Guianas. Verdadeiro cacau brasileiro, com
frutos ovóides, superfície lisa, sulcada ou
enrugada. Interior das sementes é violeta
escuro ou quase preto.
Países produtores
Produção Brasileira
• Principal: Bahia, responsável por 95%;
• Produção: sub bosque na Mata Atlântica;
• 20º LN até 22º LS (temperatura média
anual - 22º a 30º C e mínima de 16º C);
• Planta sensível: temperatura e falta de
água (pode ser evitado pela presença de
pulvino – base dilatada do pecíolo);
• Regiões aptas: precipitação varia entre
1.300 a 2.000 mm anuais.
Produção no Brasil e mundo
• 70% ocorre na Bahia e
restante Pará,
Rondônia, Espírito
Santo, Amazonas e
Mato Grosso.
• Maiores produtores
mundiais: Costa do
Marfim com 1,4
milhões t em 1,7
milhões ha, seguida
por Gana 690 mil t para
mesma área.
Mercado
Brasil:
Produção (t) =
233.308
Produtividade
(kg ha-1) = 357
Características da planta
• Pode atingir: 5 a 8 m de altura e 4 a 6 m
de diâmetro da copa (proveniente de
semente).
• Cultivo a pleno sol: altura pode ser
reduzida, entretanto pode alcançar até
20 m em condição de floresta (competição
por luz com outras espécies).
• Vento: muito prejudicial em razão do
tamanho da folha (muda e planta adulta
devem ser protegidas).
Sistema radicular
• Raiz pivotante: comprimento e forma
variando com estrutura, textura e
consistência do solo.
• Solos profundos com boa aeração:
crescimento de até 2 m.
• Raízes secundárias: maior nº na parte
superior da pivotante e raio de 5 a 6 m
(nutrição da planta e concentrando-se de
70 a 90% nos primeiros 30 cm do solo).
Sistema radicular
Fonte: 309botanica.blogspot.com
Fonte:cerebro.net.br
Caule
• Ereto: em torno de 2 anos, o crescimento da
gema terminal é detido a uma altura entre 1,0 e
1,5 m, surgindo a primeira ramificação ou
coroa, com 3 a 5 ramos principais,
multiplicando-se
em
outros
laterais
e
secundários.
• Primeiros anos: casca do tronco lisa.
Posteriormente em decorrência do permanente
desenvolvimento das almofadas florais,
torna-se áspera e rugosa.
Caule
Fonte: todafruta.com.br
Folhas
• Novas: dependendo de cultivar ou clone, do
verde pálido ao mais ou menos rosado ao
violeta (quantidade de pigmentos de antocianina
presente).
• Maduras: perdem pigmentação, de cor verdepálidas a verde-escuras, adquirindo rigidez.
• Oblongas (mais comprida do que larga),
acuminadas (terminada em ponta) e glabas
(não tem pêlo, lisa) : nervura central
proeminente.
Folhas
Fonte: agron.com.br, terrastock.com.br e umpedeque.com.br
Flores
• Caracteres estruturais: limitam polinização
quase que exclusivamente a insetos, apesar de
hermafroditas e homógamas.
• Devido: estigma (feminino) encontrar-se
envolvido por um círculo de estaminóides
(masculino) e de suas anteras apresentarem
envolvidas por formação recurvadas das
pétalas, denominadas de cógula.
Estrutura de uma flor
(Aranzazu et al. 2008)
Flores
• Principais insetos polinizadores: família
Ceratopogonidae, Gêneros Forcipomyia,
Atrichopogon e Dasyhelea.
• Sincronização de períodos de floração
intensa e de maior população de
adultos Forcipomya: maior ou menor
sucesso no processo reprodutivo.
• Não recomendável: uso de agrotóxicos,
principalmente de inseticidas (prejudica
polinização).
• O cacaueiro é uma planta alógama, com 95%
de fecundação cruzada, feita
• por insetos, apesar da falta de atrativo da flor
- aroma
• As flores são visitadas por insetos do gênero
Forcypomia em busca de
• outros insetos para se alimentar da cariolinfa
• As larvas da Forcypomia vivem sob a
serrapilheira, enquanto os adultos
• visitam as flores até às 9:00 h e a tarde
depois das 15:00 h – controle insetos
Forcipomyia spp e Atrichopogon spp
Diptera
Foto: cedarcreek.umn.edu
Foto: pbase.com
Polinização (Aranzazu et al. 2008).
Quantidade de grãos de pólen observados
em microscópio (flores com e sem proteção)
Fonte: Aranzazu et al., 2008.
Flores
• Planta caulifloria: almofadas florais no tronco
ou nos ramos lenhosos, em uma gema
desenvolvida no lugar da axila de uma antiga
folha.
• Hermafroditas: 5 sépalas, 5 pétalas, 5
estaminóides, 5 estames e um pistilo com ovário
de 5 lojas.
• Anualmente: até mais de 100.000 flores
(menos de 5% são fertilizadas e cerca de 0,1%
se transformam em frutos. As não polinizadas
caem no período de 48 horas).
Flores
Fonte: flickr.com e chocolateplanalto.com.br
Flores
• Início da abertura: à tarde com
separação das extremidades das sépalas,
completando-se na manhã seguinte, nas
primeiras horas.
• Após polinização: ocorrendo fertilização,
permanecem fixadas no pedúnculo,
desenvolvendo o ovário em futuro fruto.
Flores
Fonte: arvoresvivas.wordpress.com
Fruto
• Pericarpo carnoso composto de 3 partes
distintas: epicarpo (carnoso e espesso, cujo
extrato epidérmico exterior pode estar
pigmentado), mesocarpo (delgado e duro, mais
ou menos lignificado) e endocarpo (carnoso,
mais ou menos espesso).
• Sustentado
por
pedúnculo
lenhoso:
proveniente do engrossamento do pedicelo da
flor.
• Fase reprodutiva há flores e frutos em
diferentes estádios: comum peco fisiológico,
ou seja, a (queda de 60% de frutos com 10 a 12
cm).
• fruto é do tipo baga (10 x 32 cm); pode
ser liso ou enrugado; amelonado
• ou fusiforme; verde/violeta (imaturo) e
amarelo/alaranjado (maduro)
Fruto
• 40 sementes e pesa aproximadamente 450 g.
• Após colheita: a polpa e as sementes são
removidas e fermentadas durante cerca de uma
semana.
• Sucessão microbiológica: pelo menos 12
espécies de leveduras e 30 de bactérias.
• Microorganismos: alterações bioquímicas no
cotilédone e produção de muitas substâncias
voláteis (álcoois, taninos e ácidos oxálico,
succínico, málico e butanóico) que contribuem
para o aroma do chocolate.
Fruto
Fontes: portalsaofrancisco.com.br, marinaheise.wordpress.com e clickideia.com.br
Fruto
• Coloração
verde
(jovens)
e
amarela
(maduros).
• Outros: cor roxa (vermelho-vinho) na fase de
desenvolvimento e alaranjado no período de
maturação.
• Período entre polinização e amadurecimento:
de 140 a 205 dias (média de 167 dias).
• Índice de frutos (nº de frutos necessários
para obter 1 kg de cacau comercial): em
geral, de 15 a 31.
Fruto
Fonte: falcaodejade.blogspot.com
Fonte: www-man.blogspot.com
Semente
• Forma: elipsóide a ovóide, com 2 a 3 cm
de comprimento, recoberta por uma polpa
mucilaginosa de coloração branca, de
sabor açucarado e ácido.
• Embrião: formado por 2 cotilédones
(branco ao violeta).
• Muito
sensíveis:
mudanças
de
temperatura e morrendo em pouco tempo,
quando sofrem desidratação.
Semente
• Principal produto comercializado: após
fermentação e secagem, para fabricação
de chocolate, nas diversas formas.
• Extrai-se também: manteiga, muito
utilizada na indústria farmacológica e na
fabricação de cosméticos.
• Polpa que envolve as sementes: rica em
açúcares, sendo utilizada na fabricação de
geléia, vinho, liquor, vinagre e suco.
Semente
Fonte: dignow.org
Fonte: tecalim.vilabol.uol.com.br
Ciclo
• Características de perenidade: pode
ultrapassar a 100 anos, apresentando
desenvolvimento vegetativo com boa
produtividade.
• Região Amazônica, em condições
naturais,
na
floresta:
áreas,
principalmente de várzea (agricultores já
estão na 3ª geração da família).
Clima
• Precipitação: total anual acima de 1.250 mm,
bem distribuídos em todos os meses, mínimas
mensais de 100 mm (1.800 a 2.500 mm ao ano).
• Ausência: estação seca bem definida e intensa,
que apresente meses com menos de 60 mm de
chuva (mais de três meses são prejudiciais).
• Velocidade superior a 2,5 m/s: instalação de
quebra ventos, reduzindo evapotranspiração,
queima e queda das folhas (principalmente mais
novas, mais sensíveis ao movimento do ar).
• Ventos
fortes:
copas
envassouradas
(dificilmente atingem desenvolvimento normal).
Solo
• Profundidade mínima de 1,2 m: ideal em torno
de 1,5 m.
• Desenvolvimento
normal
do
sistema
radicular: sem concreções lateríticas em sua
parte superior, camadas pedregosas e
compactas no seu perfil.
• Impedimentos
físicos
dessa
natureza
dificultam: desenvolvimento normal do sistema
radicular,
provocando
principalmente
atrofiamento da raiz principal (pivotante).
Solo
A – Sistema radicular
prejudicado por
impedimento físico
(camada pedregosa
e/ou piçarra).
B – Sistema radicular
com desenvolvimento
normal quando em
solos profundos e sem
impedimento físico.
Fonte: SILVA NETO, P. J. da et al. Sistema de produção de cacau para a Amazónia brasileira. Belém, CEPLAC, 2001. 125p.
Solo
• Bem
drenado:
sinais
de
gleização,
mosqueamento ou possuir lençol freático
próximo a superfície (abertura de canais de
drenagem).
• Textura: permitir boa capacidade de retenção
de água.
• Argilosos e siltosos: apropriados para regiões
com períodos definidos de estiagem ( podendo
ocorrer problemas de encharcamento em
períodos intensos de chuva.
Solo
• Textura areno-argilosa: apropriada para
regiões de altas precipitações pluviométricas,
mas bem distribuídas durante o ano.
• Leves (pouca argila não são recomendados):
baixa retenção de umidade e lixiviação intensa
de nutrientes.
• Desenvolve-se: mais diferentes níveis de
fertilidade, sendo ideal aqueles que apresentam
níveis de média a alta fertilidade natural, com
pH 6,0 – 6,5.
Balizamento
• Após: preparo de área (marcam lugares onde
serão abertas covas para plantio das mudas).
• Espaçamento: 3,0 m x 3,0 m (1.111 plantas
ha-1).
• 3,5 m x 3,5 m (816 plantas ha-1); 4,0 m x 4,0 m
(625 plantas ha-1) e 2,0 m x 2,0 m x 4,0 m (1666
plantas ha-1).
• Vantagem: melhor aproveitamento da área,
crescimento e distribuição uniforme da copa,
maior facilidade na execução das práticas
culturais como limpeza de área, combate às
pragas e doenças, adubação e colheita.
Viveiro
• Tamanho: função do nº de mudas que se
pretende formar.
• Método prático: dividir nº de mudas por
30.
• 15.000 mudas: 15.000/30 = 500.
• 500 m2 (podendo ser de 20 m x 25 m).
Viveiro
• Distância: não deve ficar distante da área do
plantio definitivo (época do transplantio custo
com transporte será menor) e de fonte de água
(verão regar mudas).
• Topografia: plano ou levemente inclinado para
facilitar arrumação dos saquinhos.
• Drenagem: solos bem drenados (evitar excesso
de umidade que favorece aparecimento de
doenças).
• Penetração de luz: permite maior aeração ao
ambiente (diminui riscos de doenças) e
desenvolvimento mais rápido das plântulas.
Viveiro
Fonte: todafruta.com.br
Fonte: ceplac.gov.br
Escolha e preparo do terriço
• Retirado: manta superficial (até 20 centímetros
de profundidade) de solos ocupados com mata
primária ou secundária.
• Maior profundidade: misturado na seguinte
proporção - 700 l de terra de subsolo (abaixo de
50 cm) + 300 l de esterco de galinha + 5,0 kg de
Yoorin Master (P, Ca, Mg, B, Cu, Fe, Mn, Zn e
Si) + 2,0 kg de calcário dolomítico + 0,5 kg de
cloreto de potássio.
• Subsolo: diminui sementeiras de ervas
daninhas, nematóides, fungos e pragas do solo.
Tamanho dos sacos
• Função: período de permanência das mudas no
viveiro
(depende
das
condições
do
sombreamento provisório, disponibilidade de
sementes e precipitação pluviométrica na época
do plantio e meses subsequentes.
• Período no viveiro (5 a 6 meses): sacos
padrão (28 cm de comprimento x 38 cm de
circunferência).
• Período (2 a 4 meses): sacos menores (28 cm
de comprimento x 32 cm de circunferência).
Enchimento dos sacos
• Cheios até uns 3 cm da boca: batê-los no chão
algumas vezes (terriço não ficar muito fofo).
• Antes de encher: abrir um orifício no fundo para facilitar
a drenagem e evitar que a raiz principal (pivotante)
dobre no seu interior.
• Terriço: deve estar livre de torrões e pedras. Depois de
cheios, os sacos devem ser arrumados em faixas de 1
m de largura deixando-se ruas também de 1 m.
• Após quebra dos frutos: retirar polpa ou mucilagem
que envolve sementes (misturar sementes com pó de
serra seco, esfregando-se em seguida com as mãos).
Semeio
• Sementes provenientes de material genético
melhorado: semente a 1 centímetro da superfície do
terriço, com a parte larga voltada para baixo (dúvida
sobre parte mais larga, pode-se colocá-la deitada).
• Restante dos 3 centímetros do saco: preencher com
pó de serra bem curtido.
• Antes do semeio: rega para ambiente propício ao início
do processo de germinação.
• Época: condições para muda ir ao campo com 2 a 6
meses de idade.
• Transplantio: função da disponibilidade das sementes,
sombreamento e condições de pluviosidade.
Tratos culturais no viveiro
• a) Plantas daninhas: mesmo com
proteção do pó de serra, periodicamente
ocorre plantas daninhas que competem
com plântulas (eliminar manualmente, não
abalando sistema radicular da muda).
• b) Irrigação: não em dias chuvosos
(alguns dias de estiagem irrigar em dias
alternados).
Tratos culturais no viveiro
•
c) adubação: quando mudas apresentarem deficiência de
nitrogênio (coloração verde pálido das folhas velhas) ou de outros
nutrientes. Pulverizar quinzenalmente uréia 0,5% (50 g + 10 L de
água até que mostrem aspecto normal).
•
d) manejo de sombra: permitir melhor arejamento e penetração de
luz no viveiro (início do período chuvoso, retirar algumas palhas da
cobertura. Mesmo procedimento nos dias que antecedem ao
transplante, para as mudas se adaptarem às futuras condições
ambientais).
•
e) combate às pragas e controle de enfermidades: controle de
pragas e doenças usar máquinas manuais para não causar danos
às plantas jovens.
Pragas no viveiro
• 1) Ácaro Mexicano (Tetranychus mexicanus).
Aparecimento de manchas cloróticas no limbo
foliar.
• 2) Vaquinhas (Percolaphis ornata) (Colaspis
spp)
(Taimbezinha
theobroma).
Rendilhamento das folhas novas, nas épocas de
lançamento.
• 3) Lagarta enrola-folha (Sylepta prorogata).
Danos no limbo das folhas novas que ficam
rendilhadas de forma irregular e enroladas.
Doenças no viveiro
• 1)
Antracnose
(Colletotrichum
gloeosporioides). Folhas novas (lesões
circulares isoladas no ápice e margens do
limbo). 15 a 20 dias após germinação das
sementes pulverizar a cada 15 dias
(pulverizador manual).
• 2) Queima-das-folhas (Phytophthora spp.).
Grandes manchas irregulares nas folhas. Folhas
com aspecto de queima. Coleto das plantas
pode ser lesionado (morte da planta). Pulverizar
mensalmente (intercaladas com tratamentos
para Antracnose).
Sombreamento
• Representa, ao
natural, um sistema
agroflorestal. Espécie
que requer associação
com outras espécies,
promovendo
sombreamento na fase
de implantação
(sombra provisória) e
na fase produtiva
(sombra definitiva).
Fonte: todafruta.com.br
Sombreamento
• Ameniza: fatores ambientais adversos.
• Excesso: não desejável (maior umidade ao
ambiente, favorável à proliferação de doenças.
• Escassez: incidência direta dos raios solares
sobre copas (plantas em intenso metabolismo,
exigindo maior suprimento de água e nutrientes
do solo).
• Com disponibilidade desses elementos:
intensa emissão de folhas (condiciona à planta
um maior crescimento e produção).
• Favorece: surtos de pragas (condições normais
não atinge níveis tão elevados).
Sombreamento
• Escassez de água e nutrientes, nas
quantidades
exigidas
pelas
plantas:
desencadeia transtornos fisiológicos graves,
provocando
efeitos
depressivos
sobre
rendimento das mesmas.
• Primeiros estádios de desenvolvimento:
entrada de luz em torno de 25 a 50%.
• Com desenvolvimento das plantas: aumentar
quantidade de luz para 70% (desbaste das
espécies
utilizadas
no
sombreamento
provisório).
Sombreamento provisório
• Proteger plantas: fase de crescimento juvenil contra
efeitos indesejáveis do excesso de sol e ventos.
• Usar: prata, roxa, terra, caipira, FHIA-01, FHIA-02,
FHIA-03, FHIA-20, FHIA-21, PV03-44 (mais resistentes
às doenças e insetos).
• Espaçamento: 3,0 m x 3,0 m (cova no centro do
quadrado formado por 4 balizas do cacaueiro). Adicionar
30 g de Terracur como tratamento preventivo contra
moleque da bananeira (Cosmopolites sordidus Germar).
• Relevo permita máquinas agrícolas: plantar na
mesma linha do cacaueiro.
Sombreamento provisório: banana e mamão
Fonte: todafruta.com.br
Plantio com sombreamento provisório
e a pleno sol
Fonte: todafruta.com.br
Plantio com 3 anos sem sombra
Fonte: todafruta.com.br
Quebra vento
Fonte: todafruta.com.br
Capina manual e roçagem e
uso de plástico dupla face
Fonte: todafruta.com.br
Poda de formação com arquitetura desejada
Fonte: todafruta.com.br
Poda de manutenção e para altura da planta
Fonte: todafruta.com.br
Irrigação por gotejamento e microaspersão
Fonte: todafruta.com.br
Lavoura
Fonte: ctabahia.com.br
Sombreamento provisório
• Outras espécies: mandioca, macaxeira, feijão
guandu e mamona. Espaçamentos: 1,0 m x 1,0
m ou 1,5 m x 1,5 m.
• Mamona: retira da das flores (maior
longevidade vegetativa).
• Mamão: 2,5 m x 2,5 m ou 3,0 m x 3,0 m (estado
vegetativo capaz de permanecer na área por 2
anos ou mais, é dispensável plantio de outras
espécies para sombreamento provisório.
• Plantar: 4 a 6 meses antes do plantio do
cacaueiro (independentemente da existência de
pimentais ou maracujazeiros remanescentes).
Sombreamento definitivo
• Proporciona: condições ambientais mais
estáveis (sem oscilações bruscas de
temperatura e umidade).
• Consórcio: 2 ou mais espécies arbóreas,
inclusive plantas nativas (desde que
apresentem
bom
desenvolvimento
vegetativo e boa distribuição de copa).
Sombreamento definitivo
• Mogno (Swietenia macrophylla King), freijó
(Cordia alliodora), bandarra (Schyzolobium
amazonicum) e Eritryna spp.
• Espaçamento: 18 m x 18 m, 21 m x 21 m e 24
m x 24 m (função do diâmetro da copa).
• Podem ser plantadas na mesma linha do
cacaueiro: permite roçagem mecanizada na
fase inicial da plantação (essências florestais de
menor competitividade com cacaueiro).
• Realizar: mesma época do sombreamento
provisório (exceto mogno, que poderá ser
efetuado de 2 a 3 anos após plantio das mudas
de cacau no campo).
Plantio das mudas de cacau em local
definitivo
• Observar: sombreamento e distribuição das
chuvas.
• Com sombreamento provisório formado:
plantio das mudas deve ser feito no início do
período chuvoso (mudas de 2 a 6 meses de
idade).
• Excepcionalmente: mudas podem ainda ser
transplantadas com uma antecedência de 2
meses do início do período seco do ano (optar
por plantas de maior idade de 4 a 6 meses).
Plantio das mudas de cacau em local
definitivo
• Após seleção das plantas vigorosas e
sadias: plantio em covas de 40 cm x 40 cm x 40
cm (remover saco plástico sem que seja
destruído torrão).
• Colocar na cova: nível superior do torrão fique
no mesmo plano da superfície do solo (colocar
terra no fundo da cova até obter altura ideal e
depois se completa com o enchimento dos
lados, com ligeira pressão no solo).
• Deixar: montículo ao redor do caule e nunca
uma depressão
Muda no campo
Fonte: supasoap.wordpress.com
Fonte: SILVA NETO, P. J. da et al. Sistema de produção de cacau para a Amazónia brasileira. Belém, CEPLAC, 2001. 125p.
Poda de formação
• Plantas jovens: deve ser evitada (efeitos
danosos na planta e consequente aumento de
lançamentos de brotos e brotos ladrões).
• 96% dos frutos: cacaueiros safreiros estão de
3,5 m para baixo.
• Controlar altura da planta desde a sua
formação: eliminar ramas com crescimento
vertical (ramas ladronas que são vigorosas,
semelhantes aos brotos ladrões, de coloração
marrom brilhante, que quando desenvolvidas,
possuir uma forma achatada, atrofiando ramas
vizinhas e deformando arquitetura inicial das
plantas).
Poda de formação
• Redução dos custos: controle cultural da
vassoura-de-bruxa (Crinipellis perniciosa).
• Cacaueiros safreiros: desejável realizar poda
fitossanitária (retirada de ramos enfermos,
sombreados, mal formados, de frutos secos e
doentes).
• Desbrota ou retirada dos brotos e ramas
ladrões: deve ser realizada sempre que
necessário, durante todo ano.
Manejo do sombreamento
• Touceiras de bananeiras: devem ser evitadas
(máximo 3 plantas por cova e folhas secas
devem ser retiradas).
• Início do período chuvoso: 10 a 12 meses
após plantio (eliminar filas alternadas de
bananeiras na orientação norte-sul no
espaçamento de 3,0 m x 6,0 m).
• Final do 2º ano, início do período chuvoso:
eliminar outra fila de bananeiras deixando
espaçamento em 6,0 m x 6,0 m.
Broto ladrão
Fonte: www.ceplac.gov.br/album/menu3.htm
Manejo do sombreamento
• Final do 3º ano: espaçamento de 12,0 m
x 12,0 m (retirar filas alternadas do
espaçamento de 6,0 x 6,0 m).
• Sombreamento provisório: totalmente
retirado durante 4º ano.
• Até que sombreamento provisório do
cacaueiro deva ser substituído pelo
definitivo.
Secagem
• Feitas em barcaças
(média de 10 dias) e
em
secadores
(processo
mais
rápido)
• Massa de amêndoas
deve
secar
em
temperatura máxima
de 50º C (reduzir
excesso água, de
50% para 8% de
umidade).
Fonte: Prof. Dr. José Laércio Favarin - Departamento de Produção Vegetal –
Grãos secos
Fonte: Prof. Dr. José Laércio Favarin - Departamento de Produção Vegetal –
Piracicaba/SP.
Chocolate
• Ao Leite: manteiga de cacau, massa de cacau,
açúcar e leite em pó (568 Kcal/100g). Gordura
60%.
• Amargo: massa de cacau e manteiga de cacau.
Cor escura e sabor amargo, devido ao pouco
refinamento do chocolate e ao reduzido açúcar.
Gordura 51,4%.
• Branco: cor branca, manteiga de cacau, açúcar
e leite (549 Kcal/100g). Gordura 59,4%.
Clones
Características gerais dos clones
Fonte: www.ceplacpa.gov.br/site/wp.../sistema%20producao%20cacau.pdf
Manteiga
Fonte: www.ceplac.gov.br/album/menu3.htm
Geléia
Fonte: www.ceplac.gov.br/album/menu3.htm
Polpa
Fonte: www.ceplac.gov.br/album/menu3.htm
Chocolate
Fonte: www.ceplac.gov.br/album/menu3.htm
Reciclagem da casca
Fonte: www.ceplac.gov.br/album/menu3.htm
Produtos
Fonte: www.ceplac.gov.br/album/menu3.htm
Amêndoas de cacau bem fermentada (a),
pouco fermentada(b), mal fermentada(c).
Fonte: www.ceplacpa.gov.br/site/wp.../sistema%20producao%20cacau.pdf
Môfo interno: consequência de cacau com
excesso de umidade. Ardósia: falta fermentação.
Fonte: www.ceplacpa.gov.br/site/wp.../sistema%20producao%20cacau.pdf
• Época de plantio
• Sementes em viveiro - setembro a abril.
Mudas no campo - praticamente o ano
todo, na região litorânea e vale do Ribeira.
No planalto paulista, de outubro a março.
• Época de plantio:
sementes em viveiros : setembro - maio;
mudas no campo : o ano todo.
• Inicia-se a partir do 2º ano. Do 2º ao 4º
ano, os frutos podem ser colhidos
praticamente durante o ano todo. A partir
do 5º ano, as colheitas são feitas em dois
períodos: safra (novembro a fevereiro) e
temporão (abril a agosto).
• Produtividade normal
• A partir do 7º ano, 1.200 a 1.500 Kg/ha
• O preparo da muda ‚ feito limpando-se as sementes por
meio da fricção com pó de serra ou da lavagem, que
elimina a mucilagem. Plantam-se, em seguida, as
sementes limpas em saquinhos de polietileno cheios de
terra de boa qualidade. A parte mais larga da semente
‚ voltada para baixo. Sobre a semente, coloca-se uma
camada de 1 cm de pó de serra bem curtido ou terriço.
Depois de cinco ou seis dias, em viveiro ripado, e
regadas de acordo com as necessidades, as sementes
germinam. Em cinco ou sete meses as mudas estão
prontas para a plantação no local definitivo.
•
•
•
Fenômeno da incompatibilidade sexual – há plantas frutíferas, como o cacaueiro,
que apresentam o fenômeno da incompatibilidade sexual, isto é, plantas da mesma
espécie se cruzam mas não dão frutos. São plantas incompatíveis, que podem ser:
a) Auto-incompatíveis – quando não há fecundação no cruzamento entre as flores da
mesma planta. b) Inter-incompatíveis – quando não há fecundação no cruzamento
entre flores de uma planta com outra. Do mesmo modo, se propagarmos por
sementes uma dessas plantas, de reconhecido valor pelas excelentes qualidades de
seus frutos, boa produtividade e elevado grau de tolerância à vasoura-de-bruxa,
dificilmente iremos conseguir descendentes com essas mesmas qualidades.
Todavia, através da propagação vegetativa, conseguiremos transferir integralmente
para os descententes (plantas filhas), os mesmos caracteres genéticos da planta
mãe. Existem entre os cacaueiros plantas compatíveis: a) Auto-compatíveis – há
fecundação no cruzamento entre flores da mesma planta. b) Inter-compatíveis – há
fecundação no cruzamento entre flores de uma e outra planta. Neste caso, se
propagarmos uma dsessas plantas, pelos dois métodos, reprodução ou
multiplicação, os descendentes serão idênticos à planta que lhes deu origem. No
caso específico do cacaueiro, a propagação vegetativa com a utilização dos ramos
plagiotrópiccos (palmas) é vantajosa pela redução do porte da planta favorecendo a
colheita e o fácil manejo.
Valor nutritivo
Valor Nutritivo do Cacau
Substâncias
Cacau (Pasta)
Cacau (Pó)
Cacau (Pó) Desengordurado
Calorias
612,0
365,1
407,0
Glicídios (g)
9,5
18,0
43,0
Proteínas (g)
30,0
21,0
25,0
Lipídeos (g)
45,0
23,24
15,0
O Cacau em pó apresenta ainda
Cálcio 92,0 mg
Ferro 2,70 mg
Fósforo 455,0 mg
Vitamina C 1,0 mg
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Autor: Prof. Luiz Henrique Batista Souza
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