FACULDADE DE VETERINÁRIA Departamento de Pará-Clínicas Licenciatura em Ciência e Tecnologia de Alimentos Gestão da Segurança alimentar & Saúde pública Docentes: Elaborado por: Prof. Dra. Custódia Macuamule Armando Mateus Dra. Charmila Mussagy Edson Mussalama Fernando Amade Dra. Maria Luís Maputo, Março de 2019 ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO ➢ Introdução ➢ Objetivos ➢ Agente etiológico ➢ Ciclo de transmissão ➢ Dados epidemiológicos ➢ Medidas de controlo ➢ Conclusão ➢ Referências Bibliográficas INTRODUÇÃO A Triquinelose é uma enfermidade parasitária, causada pelo nemátodo Trichinella spp e é de grande interesse para Saúde Pública. Portanto A T. spiralis é a única espécie da família Trichinellidae capaz de infectar o ser humano (Pegorin et al., 2005). O homem adquire a infeção por meio de ingestão de carne infectada e mal cozida geralmente de suíno e outros animais selvagens. Diante destes factos, este trabalho tem por objectivo fazer uma revisão bibliográfica sobre essa zoonose que é do nosso interesse para área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, onde iremos focalizar em alguns aspectos tais como: o agente etiológico, ciclo de transmissão, epidemiologia e as possíveis medidas de mitigação para essa zoonose. OBJECTIVOS Geral ➢ Estudar a Trichinelose como uma zoonose de interesse alimentar. Específicos ➢ Identificar o agente etiológico desta zoonose; ➢ Descrever o ciclo de transmissão da Trichinelose; ➢ Conhecer algumas regiões afectadas com esta zoonose através de dados epidemiológicos; ➢ Citar as possíveis medidas de controlo. AGENTE ETIOLÓGICO Classificação Cientifica Reino: Animália Filo: Nemátoda Classe: Adenopherea Ordem: Trichurida Família: Trichinellidae Género: Trichinella Espécie: T. spiralis Nome binomial: Trichinella spiralis (Owen, 1835) As fontes principais de infeção são: Restos de alimentos que contem fibra muscular encistada com larvas de Trichinella. O género Trichinella é um parasita autoxeno. O hospedeiro funciona ao mesmo tempo como hospedeiro definitivo (forma adulta do parasita presente no intestino do parasita) e hospedeiro intermediário (forma larval presente nos suínos). Para evolução completa do parasite são necessários 2 hospedeiros da mesma espécie ou diferentes. A infecção no homem inicia-se por meio da ingestão de carne mal-cozida ou decomposição e ingestão de Hospedeiros de transporte contendo cistos com larvas vivas. CICLO DE TRANSMISSÃO Figura 1: Ciclo de vida da Triquinelose. Fonte: Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unido (CDC, 2005). Trichinella spiralis DADOS EPIDEMIOLÓGICOS Tabela 2: Epidemiologia. Fonte: Gottstein et all, 2009 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS Tabela 3: Epidemilogia. Fonte: Gottstein, et all, 2009. Distribuição geográfica ocorrência da Triquinelose em várias regiões do mundo Distribuição geográfica da ocorrência da Triquinelose em algumas regiões do mundo MEDIDAS DE CONTROLO ➢ Elaboração de campanhas educativas da população para evitar o consumo de carne suína mal-cozida; ➢ Maneio correcto em toda cadeia produtiva de suínos; ➢ Pesquisa de triquinella muscular antes do consumo de carne; ➢ Aplicação de métodos adequados de conservação e processamento da carne suína, isso através da cozedura durante meia hora a uma temperatura de ebulição congelação para a conservação da carne. e o uso CONCLUSÃO O estudo da triquinelose é de extrema importância em Saúde Publica, visto que esta enfermidade é uma zoonose. Ela é causada por um nématodo do género Triquinella. Dentre as espécies existentes a spiralis é a única espécie da família Trichinellidae capaz de infectar o ser humano. O homem adquire esta doença devido a ingestão de carne suína e selvagens malcozida. Esta zoonose quanto ao número hospedeiro é um autoxeno. De acordo com alguns estudos realizados foi possível notar que até na década 80 esta zoonose era comum em todo mundo até que a CDC tomou algumas medidas de mitigação para reduzir a ocorrência desta zoonose. Salientar que a Triquinelose ocorre mais nas regiões temperadas em comparação com as regiões tropicais. Contudo como forma de controlo desta zoonose é necessário pôr em práctica o conhecimento do saneamento básico, maneio correcto no ciclo de produção de suínos e aplicação de melhores métodos de conservação e transformação de alimentos (congelação e tratamento térmico). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CDC. (2005) Trichinella. Disponível em http://www.cdc.gov/parasites/trichinellosis/epi.html. Acesso em 09 de Março de 2019. GOTTSTEIN, B., POZZIO, E., NOCKLER, K. (2009). Epidemiology, diagnosis, treatment, and control of trichinellosis. Clinical Microbiology Reviews. PEGORINI, P L., SOUZA, V.K de., PEREIRA, A.P. (2005) Trichinella spiralis. In Higiene Alimentar volume 19, número 135. POZZIO, E. (2007). World distributionof Trichinella spp. Infections in animals and humans. Veterinary parasitology.