Material de Apoio Anatomia Humana II – Prof. Rubens Silva

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Anatomia Humana II – Prof. Rubens Silva
SISTEMA DIGESTÓRIO
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Abdome
Faz parte do tronco, situando-se entre o tórax, superiormente, e a pelve, inferiormente. Porém,
nem externamente, nem internamente, estas divisões são nitidamente marcadas. A cavidade abdominal
está separada da torácica pelo diafragma, mas, inferiormente, ela tem continuidade com a cavidade
pélvica. Costuma-se, entretanto, estabelecer a abertura superior da pelve como limite entre as cavidades
abdominal e pélvica. Mas, ainda assim, vísceras abdominais situam-se na concavidade formada pelas
porções ilíacas do osso do quadril. Por outro lado, órgãos ditos abdominais podem localizar-se parcial ou
temporariamente na pelve e os órgãos pélvicos podem, às vezes, ocupar posição abdominal. Do mesmo
modo, como o diafragma se eleva em duas cúpulas, parte da cavidade abdominal fica coberta pela caixa
torácica óssea.
Com estas ressalvas, pode-se dizer que a cavidade abdominal contém a maior parte dos órgãos dos
sistema digestório (estômago, intestinos, fígado, pâncreas), parte do sistema urogenital (rins, ureteres), o
baço, as glândulas supra-renais e as partes dos plexos autônomos. Contém também a grande membrana
serosa do sistema digestório, o peritônio, saco de dupla parede que envolve muitas vísceras abdominais.
Ao contrário dos outros segmentos corpóreos, o abdome não tem proteção óssea. A única parte do
esqueleto situada nesta região está representada pelas cinco vértebras lombares e pelos discos interpostos
aos corpos destas vértebras. Suas paredes posteriores e ântero-laterais são eminentemente musculares e
adaptam-se bem à expansão imposta pela gravidez ou pela obesidade. Sabe-se que ela se expande
enormemente, devido a tumores abdominais ou pélvicos de crescimento lento, ou à contínua deposição de
gordura. Durante a gravidez, linhas avermelhadas, conhecidas como estrias gravídicas, são às vezes vistas
na pele do abdome. Após o parto, estas estrias tomam, gradativamente, a aparência de linhas
esbranquiçadas, finas, semelhantes a cicatrizes, denominadas linhas albicantes.
A maior parte da parede abdominal está disposta em camadas, que são as seguintes, da superfície
para a profundidade:
 Pele
 Tela subcutânea
 Músculos
 Fáscia endoabdominal
 Tecido extraperitoneal
 Peritônio
A câmara delimitada pela parede abdominal contém uma única grande cavidade peritoneal, a qual
se comunica livremente com a cavidade pélvica.
As vísceras abdominais estão suspensas na cavidade peritoneal pelo mesentério ou posicionadas entre a
cavidade e a parede musculoesquelética.
As vísceras abdominais incluem:
 Elementos principais do sistema gastrointestinal – a terminação caudal do esôfago, estômago,
intestinos grosso e delgado, fígado, pâncreas e vesícula biliar;
 Baço;
 Componentes do sistema urinário – rins e ureteres;
 Glândulas supra-renais;
 Estruturas neurovasculares principais.
Abdome
Divisão
Para mais fácil compreensão da anatomia do estômago e de outros órgãos abdominais.
A mais simples →traça-se uma cruz na parede anterior do abdome, tendo como ponto de
intersecção o umbigo. Com o traçado da cruz, são indicados os quadrantes superior direito e
superior esquerdo, inferior direito e esquerdo
Divisão do abdome em nove regiões →por meio de dois planos horizontais e dois verticais.
Plano superior → tangente ao ponto inferior da 10ª cartilagem costal (4 cm acima do umbigo
e da L2)
Plano inferior →passa pelas Espinha ilíaca ântero-superior (EIAS) (2,5 cm abaixo do
promontório pélvico).
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Dividem o abdome em três andares: epigástrico (superior), mesogástrico (médio) e
hipogástrico (inferior).
Planos verticais →passam pelo meio dos ligamentos inguinais e subdividem os três andares:
Regiões hipocôndricas direita e esquerda
Regiões abdominal lateral direita e esquerda
Regiões inguinais direita e esquerda
Região epigástrica
Região umbilical
Região púbica
Conjunto de órgãos que realiza a digestão dos alimentos.
Responsável pela ingestão de alimentos sólidos e líquidos, mastigação, transformação
química e absorção de substâncias nutritivas e eliminação dos resíduos.
Tubo que contém o meio ambiente dentro do corpo humano, para que este usufrua da
matéria necessária para sua vida e se desfaça dos resíduos que não lhe são úteis. (DI DIO,
2002)
Longo tubo muscular que se divide: cavidade da boca, fauces, faringe, esôfago,
Generalidades
estômago, intestinos delgado e grosso, reto e canal anal.
Glândulas anexas maiores: glândulas salivares, fígado e pâncreas.
Para que o Sistema Digestório realize sua plenitude é necessário que haja motilidade e
trânsito direcionado → peristalse.
Peristalse → “movimento de ondas de contração por várias distâncias, pelo qual o canal
alimentar e os demais tubos do sistema digestório propulsionam o seu conteúdo”. (DI
DIO, 2002)
Boca
Cavidade da boca
Início no orifício interlabial e termina, posteriormente, ao nível dos arcos palatoglossos, o limite
anterior das fauces. (Do Latim, plural de faux, significa garganta, goela, estreito)
Estrutura – comunica-se anteriormente com o exterior pela rima bucal, circundada pelos lábios e,
posteriormente, com a parte bucal da faringe ou orofaringe, através do istmo das fauces.
Limitada lateralmente pelas bochechas, superiormente pelo palato, e inferiormente pelo assoalho
da boca, onde encontramos os dentes, as gengivas, e a língua.
Adaptada para ingerir alimentos sólidos e líquidos, umedecer os sólidos para a mastigação, a
salivação, a degustação, o início da digestão, a respiração, a fala e a expressão fisionômica.
Ingestão → inclui alimentos nos três estados físicos, embora o ar, normalmente, passe pela
cavidade bucal em pequena quantidade.
Os alimentos sólidos são fragmentados pelos dentes, umedecidos pelas secreções da túnica
mucosa da boca e das glândulas salivares.
A digestão é iniciada com a hidrólise dos glicídios operada pela ptialina (enzima salivar, que será
completada no estômago)
Botões gustatórios, principalmente da língua, são responsáveis pelo sentido do gosto.
Vestíbulo Oral
É a cavidade externa, limitada externamente pelos lábios e bochechas, e internamente pelas
gengivas e dentes.
As paredes superior e inferior correspondem às áreas de reflexão da túnica mucosa das gengivas
para os lábios e bochechas.
Boca
É espaço virtual quando os dentes superiores e inferiores estão em contato e se transforma em
espaço real com o movimento dos lábios e bochechas.
Em comunicação com o exterior através da rima da boca (fissura bucal).
Lábios
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São pregas cutaneomiomucosas que limitam a rima da boca. Possuem uma superfície externa
revestida pela pele, e suas margens livres e rosadas representam uma transição entre a pele e a
membrana mucosa.
Unem-se de cada lado para formar a comissura dos lábios (limita o ângulo da boca).
Bochechas
São extensões laterais dos lábios, situadas nas paredes laterais da boca, contém vários músculos
acessórios da mastigação O sulco nasolabial separa o lábio superior das bochechas homolateral
Cavidade bucal propriamente dita
Localizada entre o vestíbulo e as fauces.
Tem soalho (a língua e o sulco gengivolingual), teto (o palato) e paredes (arcos dentais maxilar e
mandibular, formados pelos dentes e pelas gengivas, ou seja, gengivodentais).
Língua
Palato
Vulgarmente chamado de “céu da boca”
Septo buconasal transverso (quase horizontal), que forma o teto da cavidade bucal e o soalho da
Boca
fossa nasal. Está dividido em palato duro e palato mole.
Palato duro → ocupa os dois terços anteriores, sendo formado pelo processo palatino das maxilas
e lâmina horizontal dos ossos palatinos.
Palato mole ou véu palatino →prolongamento fibromuscular aboral (posterior) do palato duro
→caracteriza pela grande mobilidade (pode ser considerado o teto das fauces).
Úvula palatina (conhecida popularmente como “campainha”) → projeção mediana do palato mole.
Gengiva
Circundam o processo alveolar da maxila e da mandíbula e o colo dos dentes.
Boca
Boca
Língua
Órgão miomucoso que desempenha importante função na percepção da temperatura e no gosto
(botões gustativos →papilas linguais), na mastigação, na deglutição e na fala.
A língua possui extrema mobilidade, não somente na mastigação e na deglutição, pois também na
fala ela exerce controle sobre os mais delicados movimentos.
Serve para misturar a saliva com o alimento, manter o bolo alimentar pressionado entre os dentes
para a mastigação e empurrar este bolo alimentar para ser deglutido.
 Estrutura
Revestida por mucosa e localizada no assoalho da boca, é composta por músculos extrínsecos e
intrínsecos.
 Frênulo da língua – fixa a língua ao assoalho da boca
 Dorso da língua → face superior
 Divisão
Corpo →2/3 anteriores.
Raiz → 1/3 posterior, separada do corpo pelo sulco terminal.
Dentes
Órgãos especiais duros, implantados nos alvéolos das maxilas e da mandíbula.
Funções
1. Mastigação (inclui a incisão, perfuração, esmagamento e trituração do alimento);
2. Desenvolvimento e proteção das estruturas adjacentes;
3. Articulação da palavra ou fala.
Ser humano é um mamífero heterodonte → possui dentes de forma diferente e difiodonte, por
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apresentar duas dentições.
Divisão: raiz (não visível), colo (não visível) e coroa (parcialmente visível).
Tipos de dentes
Quatro classes na boca de um indivíduo que apresente a II dentição (permanente) completa:
Incisivos (I) →medial e lateral, de cada lado, para cortar o alimento.
Caninos (C) → um de cada lado para perfurar e cortar o alimento.
Pré-molares (P), um de cada lado, para esmagar e triturar os alimentos.
Molares (M), 3 de cada lado, para esmagar e triturar os alimentos.
Disposição dos dentes nos arcos dentais subdivididos (metade de cada arco):
a) Anteriores = 3 → I (2) e C(1)
b) Posteriores = 5 → P (2) e M (3)
Boca
Boca
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Composição dos Dentes
Esmalte → camada externa de tecido calcificado, que recobre a coroa e o cemento
Dentina → camada média, também constituída de tecido calcificado, mais dura do que o esmalte
e o cemento.
Polpa do dente →tecido conjuntivo especializado que produz e nutre a dentina
Cavidade do dente é a Cavidade Pulpar – porção oca, central do dente, preenchida com polpa
(tecido conjuntivo).
Cemento – tecido ósseo, que cobre a dentina.
Alvéolos Dentários – depressões ósseas da maxila e mandíbula, cobertos pela membrana
periodontal (espessa membrana fibrosa que delimita os alvéolos).
Cárie →desintegração dos dentes por ácidos produzidos na fermentação bacteriana de glicídios.
Resulta na dissolução do esmalte e formação de cavidades.
I e II Dentições
Primeira (dentes decíduos, caducos, “de leite”) → dentição primária – primeiros 2 anos.
Segunda (dentes permanentes, definitivos) → fazem sua erupção entre os 6 e 13 anos de idade.
Exceção→ III Molar (dente do siso= bom senso, juízo) 18-21 anos
Glândulas Salivares
Órgãos bucais e parabucais, cujas secreções se misturam no fluido denominado saliva.
Saliva → responsável pelo umedecimento, pela dissolução, pela lubrificação do alimento e pelo
início da digestão de polissacarídios por ação enzimática (amilase e ptialina).
Atendem à necessidade da presença de um líquido aquoso e de muco para manter a túnica mucosa
bucal sadia, tanto em repouso, quanto em atividade, e fornecer a camada líquida que facilite a
função dos botões gustativos.
Glândulas salivares maiores → são as glândulas bilaterais: parótida, submandibular e sublingual
Glândulas salivares menores: glândulas labiais, bucais, palatinas, linguais, incisivas e molares.
 Parótida – situada lateralmente na face e anteriormente ao pavilhão do ouvido externo. O
ducto parotídeo, seu canal excretor, abre-se ao nível do 2º molar superior.
Processo infeccioso → popularmente conhecido como caxumba.
 Submandibular – situada anteriormente à parótida, na altura do corpo da mandíbula,
internamente. O ducto submandibular abre-se no assoalho da boca, abaixo da língua
 Sublingual – situada lateral e inferiormente à língua, sob a mucosa do assoalho da boca. Sua
secreção é lançada por uma série de orifícios no próprio assoalho.
Faringe:
Esôfago
Esôfago
Estômago
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Fauces
Termo usado para designar a passagem estreitada entre a boca e a faringe, que inclui a luz e
seus limites.
Constituem a transição entre a cavidade bucal e bucofaringe.
Do Latim, plural de faux, significa garganta, goela, estreito.
Lateralmente → área triangular que aloja a tonsila palatina, limitada pelos arcos palatoglosso e
palatofaríngeo.
Teto → o palato mole
Soalho → dorso da língua.
Istmo das fauces → é a entrada das fauces → é a porção mais estreita
Limite superior → palato mole, úvula palatina;
Limite lateral→ arcos palatoglossos direito e esquerdo;
Limite inferior→ dorso da língua.
Tonsila palatina (amígdala palatina) → órgão bilateral, formado de tecido linfóide,
linfonódulos, recobertos pela túnica mucosa.
As tonsilas palatinas fazem parte de um ânulo linfóide da faringe, médio, completado pela
tonsila lingual e por linfonodos, para proteger o istmo das fauces.
Tubo mediano miomembranáceo (com 25 cm de comprimento) → estende-se do limite aboral
(distal) da faringe ao limite oral (proximal) do estômago.
Posteriormente à traquéia e anteriormente à coluna vertebral; passa através do diafragma em
frente à aorta, para então entrar no estômago.
Divisão → porção cervical, porção torácica, porção diafragmática e porção abdominal.
Constrições ou diminuições do diâmetro do lúmen esofágico:
Ao nível da cartilagem cricóide (C6)
Ao nível do arco da aorta (T4)
Ao nível do brônquio esquerdo (T5)
Ao nível do diafragma (T2)
“Piloro” gastroesofágico → dispositivo muscular que abre e fecha o orifício cárdico, na
extremidade aboral (distal) do esôfago, ao nível da sua porção abdominal.
A passagem do alimento é facilitada por forças gravitacionais comuns, assim como pelo tipo e
arranjo dos músculos no próprio tubo.
Camadas
Membrana ou Túnica Mucosa – forra interiormente todo o esôfago, desde a faringe até o
estômago. Secreta muco.
A túnica mucosa não se “defende” suficientemente do ácido clorídrico que existe no suco
gástrico, que causa esofagite. (Di Dio, 2002)
Tela Submucosa – rica em glândulas esofágicas, atua para compensar as alterações em
tamanho do tubo digestivo durante a passagem do alimento.
Túnica Muscular – composta de fibras musculares lisas, dispostas em feixes.
O feixe circular, mais interno, estreita a luz do túnel ao contrair; o feixe longitudinal,
mais externo, diminui o comprimento do esôfago. Entre estas duas camadas encontra-se o
plexo nervoso mioentérico.
Túnica Serosa ou Adventícia – envolve todo o esôfago externamente, sendo envolvida
também, em nível do abdome, pelo peritônio visceral ou seroso.
Órgão visceral, oco, com paredes estratificadas.
Órgão sacciforme que serve de reservatório para alimentos e como bolsa digestiva para a
qual secreta suco gástrico e hormônios.
Em pequeno grau, tem a função também de absorção de água e de alguns medicamentos.
A forte musculatura das suas paredes permite-lhe comprimir, agitar, movimentar e "triturar"
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o alimento, reduzindo-o a partículas que se misturam com o suco gástrico, tornando-se
facilmente digeríveis por meio de ação enzimática.
Pelas contrações da porção aboral (distal), o conteúdo gástrico ou bolo alimentar é impelido
para o duodeno.
Tem forma variável e sua capacidade é em media 2000 ml.
É a continuação do esôfago ao nível da cárdia, onde se encontra o óstio cárdico e se
continua com o duodeno através do óstio pilórico
Estômago
Partes
A cárdia é a parte (cardíaca) que se segue à porção abdominal do esôfago→contém as
glândulas cardíacas (cárdicas) e o dispositivo miovenoso de controle do óstio cardíaco
(esofagogástrico)
O fundo gástrico é a parte do estomago que inclui a cúpula gástrica, acima do plano
horizontal que passa ao nível do óstio cardíaco
O corpo gástrico é a maior das partes do estomago, situada entre o fundo e a parte pilórica.
A parte pilórica é a parte preduodenal, dividida em antro pilórico, canal pilórico e piloro
(gastroduodenal) e que contém o dispositivo muscular de abertura e fechamento do óstio
pilórico.
O antro pilórico é a porção proximal, larga, da parte pilórica, entre o corpo gástrico e o
canal pilórico.
Piloro é a transição gastroduodenal e o dispositivo muscular que nela se encontra para
controlar o escoamento do alimento do estomago para o duodeno.
Intestino
Delgado
Estende-se do piloro gastroduodenal ao óstio ileal (da papila ileal do íleo terminal).
É um tubo cilíndrico cujo comprimento varia de acordo com as condições sob as quais ele é
medido: pode ter 2,5 (adulto vivo) a 7 (cadáver) metros de comprimento.
Funções →incluem completar a digestão, a absorção e a secreção.
A digestão dos alimentos é completada pelo suco entérico ou intestinal, o qual contém muco,
enzimas e hormônios.
A absorção é realizada pela túnica mucosa, especialmente adaptada para desempenhar essa
função com sua grande superfície de contato para o quimo e com sua rica vascularização.
Os produtos absorvidos são levados ao sangue e à linfa e conduzidos pelas veias e pelos
linfáticos para a circulação portal e sistêmica, respectivamente.
Estrutura →órgão visceral oco e apresenta (de dentro para fora) →túnica mucosa, tela
submucosa, túnica muscular, tela sub-serosa e túnica serosa.
Subdivisão: duodeno, jejuno e íleo.
Intestino
Delgado
Duodeno
Primeira porção, proximal, do intestino delgado, inicia-se no óstio pilórico e termina ao nível
de brusca angulação, a flexura duodenojejunal.
Chamado assim por ter um comprimento de aproximadamente equivalente a 12 larguras de
dedo no individuo adulto (em media, 26 cm).
Órgão bastante fixo acoplado à parede posterior do abdome e apresenta a forma de um arco
em forma de “U” ou “C” para a esquerda e cranialmente, que “abraça” a cabeça do pâncreas.
Ductos colédoco (que traz a bile) e pancreático (que traz a secreção pancreática)
→desembocam no duodeno.
Divisão
Parte superior (Ampola);
Flexura superior do duodeno
Parte descendente
Flexura inferior do duodeno
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Parte horizontal. Parte inferior
Parte ascendente
Flexura duodenojejunal
Intestino
Delgado
Intestino
Grosso
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Jejuno-íleo
O jejuno, por não ter limite nítido na sua continuação com o íleo, pode ser descrito em
conjunto com este.
Constitui a porção móvel do intestino delgado, iniciando na flexura duodenojejunal e
terminando no início do intestino grosso onde se abre pelo óstio íleo-cecal ao nível da junção
íleo-ceco-cólica.
Apresenta numerosas alças e está preso à parede posterior do abdome por uma prega
peritoneal ampla, o mesentério.
Jejuno → Do latim jejunum, vazio.
Íleo→ Do Grego, eileo, torcido.
É assim chamado porque o seu diâmetro é maior do que o do intestino delgado.
É mais curto do que o intestino delgado, que ele circunda formando-lhe uma espécie de
moldura.
Constitui a porção terminal do canal alimentar.
Funções mais importantes
Absorção de água e de eletrólitos, eliminação dos resíduos da digestão e manutenção da
continência fecal.
Medicamentos e anestésicos podem, também, ser absorvidos pelo intestino grosso. (Di Dio,
2002)
Ceco (cego) e apêndice vermiforme
Seu limite é dado por um plano horizontal que passa ao nível do meio da papila ileal, onde se
abre o óstio ileal.
Colos
Colo ascendente→ tem direção cranial
Colo transverso
Colo descendente
Intestino Colo sigmóide → continuação do colo descendente e tem trajeto sinuoso
Grosso
Reto → continua o colo sigmóide e sua parte final, estreitada, denominada canal anal,
atravessa o conjunto de partes moles que oblitera inferiormente a pelve óssea (períneo) e se
abre no exterior através do ânus.
O intestino grosso, com exceção do apêndice vermiforme, do reto e do canal anal, é
caracterizado por sáculos ou dilatações (haustros do colo).
Tênias [L. Taenia – faixa ou fita] – três formações em fitas ou faixas em toda a extensão,
sendo uma condensação da musculatura longitudinal.
Apêndices Epiplóicos acúmulos de gordura na parte serosa da víscera.
Fígado
Localiza-se imediatamente abaixo do diafragma à direita e à esquerda (uma pequena
porção)
Maior glândula do corpo humano, de consistência mole e cor vermelho escuro que
Glândulas desempenha importante papel nas atividades vitais: interfere no metabolismo dos
anexas
carboidratos, gordura e proteínas; secreta a bile; participa no mecanismo de defesa.
maiores
Faces:
Diafragmática → relaciona-se com o diafragma.
Visceral → relaciona-se com as vísceras abdominais.
Na face visceral quatro lobos podem ser identificados: direito, esquerdo, quadrado e
caudado.
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Na face diafragmática os lobos direito e esquerdo são separados por uma prega do
peritônio, o ligamento falciforme.
Vesícula biliar → situa-se entre o lobo direito e o lobo quadrado.
Entre o lobo direito e o lobo caudado há um sulco que aloja a veia cava inferior.
Entre os lobos quadrado e caudado há uma fenda transversal, a porta do fígado, por onde
passam os elementos que constituem o pedículo hepático: artéria hepática, veia porta, ducto
hepático comum, além de nervos e linfáticos.
Glândulas
anexas
maiores
Pâncreas
Glândula mista extraparietal do duodeno, que se apresenta com a forma de um martelo,
situada posteriormente ao estômago, fixa à parede abdominal posterior.
Possui duas ações: endócrina (ilhotas pancreáticas – Langerhans → secreção de insulina) e
exócrina (secreção do suco pancreático → suco digestivo).
Porções→ cabeça, colo, corpo e cauda.
Dúctulos → recolhem os hormônios pancreáticos:
Ducto pancreático (principal) – acopla-se terminalmente ao ducto colédoco para
desembocar no duodeno por um óstio comum (papila maior do duodeno).
Ducto Pancreático acessório – menor e inconstante.
BIBLIOGRAFIA:
DANGELO, J. G; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. São Paulo: Atheneu, 2004, 2ª Ed.
DI DIO, L. J. A. Tratado de Anatomia Sistêmica Aplicada. São Paulo: Atheneu, 2002. Vol. 2.
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JACOB, S. W; FRANCONE, C. A; LOSSOW, W. J. Anatomia e Fisiologia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 5ª
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MCARDLE, W. D; KATCH, F. I; KATCH, V.L. Fisiologia do Exercício: Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 4ª Ed.
Guanabara Koogan.
NETTER, F.H. Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Artmed, 2003, 3ª Ed.
PUTZ, R; PABST, R. SOBOTTA, Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000, 21ª Ed. Vol. 1 e 2.
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