Autoria: Portal EducarBrasil Titulo: O ciclo do carbono e sua importância ecológica Corpo do Texto: O carbono é um elemento químico básico que compõe todos os seres vivos presentes na Terra. O grafite usado para escrever é formado por carbono. A gasolina utilizada nos veículos é derivada de um grande acúmulo de carbono. A atmosfera possui carbono em sua constituição, presente na forma de gás carbônico (CO2). Mas como o carbono pode fazer parte de tantos elementos? Existe um ciclo pelo qual o carbono circula. Nesse ciclo, o carbono presente na atmosfera é absorvido pelas plantas, na forma de CO2, quando estas estão realizando a fotossíntese. Além disso, no processo de respiração, as plantas liberam parte desse CO2 na atmosfera. Parte do carbono que ficou nas plantas pode ser repassada aos homens e animais através da cadeia alimentar, quando esses se alimentam de vegetais. Quando os seres vivos morrem e são decompostos no ambiente, parte do carbono que os compõe fica no solo, sendo levado pelas águas de chuva dos rios ou, ainda, sendo absorvido por novas plantas presentes nos espaços onde ocorreu a decomposição da matéria orgânica. Como as águas dos rios se direcionam para o mar, o carbono terá como destino final o fundo do mar. Assim, em conjunto com outros sedimentos vindos dos rios, o carbono se deposita nas áreas mais profundas dos oceanos, ali permanecendo por milhões de anos, com a possibilidade de formarem rochas sedimentares. Caso uma grande quantidade de vegetação, por exemplo, toda uma área de floresta, morra e seja encoberta por sedimentos, demorando milhares de anos para se degradar, pode-se ter a formação de combustível fóssil (carvão mineral ou petróleo). Na atualidade, esses combustíveis são a base para geração de energia. Essa energia, gerada através da queima dos combustíveis derivados do petróleo ou da queima do carvão, libera o CO2 para a atmosfera. O CO2, associado ao vapor de água e a outros gases, é essencial para a ocorrência do efeito estufa − capacidade natural do planeta de reter o calor. A ausência desse efeito levaria ao descontrole das temperaturas do planeta, que poderiam atingir índices muito baixos ou muito elevados, impossibilitando a existência de condições necessárias à vida. Assim, o dióxido de carbono deve ser compreendido como um elemento fundamental para o estabelecimento da vida no planeta. Ao mesmo tempo, a elevação da concentração de CO2 na atmosfera pode contribuir para o aumento do efeito estufa, levando à ocorrência de temperaturas elevadíssimas. O aumento da temperatura do planeta pode levar ao descongelamento das calotas polares e áreas com gelo, o que ocasionaria o aumento do nível dos oceanos e alagamento de áreas litorâneas. De acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), temperaturas elevadíssimas poderão produzir desequilíbrios no clima: furacões, ciclones, tornados, tempestades, secas e inundações ocorreriam com maior frequência e intensidade, atingindo áreas do globo nas quais esses fenômenos ainda não ocorrem. Os estudos do IPCC apontam que, nos últimos 150 anos, o aumento da concentração de CO2 na atmosfera se deve às emissões por queima de combustíveis fósseis para geração de energia, bem como por mudanças em ações ligadas ao uso da terra (queimadas, desmatamentos). Essa hipótese não é compartilhada por todos que pesquisam as mudanças climáticas globais. Alguns cientistas apontam que 97% das emissões de gás carbônico são naturais, provenientes dos oceanos, vegetação e solos. Para essa linha de investigação, as ações humanas seriam responsáveis por menos de 3%, do total de CO2 na atmosfera. Afirma-se, também, que, além do efeito estufa, outros processos do sistema terra-atmosfera-oceano interferem no controle do clima do planeta. O debate é polêmico e merece atenção. No entanto, não pode encobrir outras questões socioambientais sobre as quais o homem pode agir diretamente: queimada e o desmatamento de biomas; urbanização sem planejamento; poluição das águas; esgotamento das terras agricultáveis, comprometendo, sobretudo, os pequenos produtores; desigualdade na distribuição de alimentos, saúde e educação. Pontos Selecionados: São Paulo Localizada sob as coordenadas 23º 32’ 52’S e 46º 38’ 09”O, a cidade de São Paulo tem mais de 11 milhões de habitantes (IBGE) e é a cidade mais populosa do Brasil. Trata-se de uma das maiores e mais ricas cidades brasileiras. São Paulo gera 12% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. A grandiosidade da cidade não se restringe aos dados de população e PIB. Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP), a cidade possui uma frota de veículos de 7,0 milhões de automóveis circulando na cidade. Em média, esses veículos juntos liberam cerca de 1300 toneladas de CO2, o que contribui, assim, para o aumento desse poluente na atmosfera. Curiosidades: http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2195a/criancas-curiosidades-da-cidade Mapa: http://www.sp-turismo.com/litoral.htm Bandeira: Pequim Localizada sob as coordenadas 39º 54’ 20”N e 116º 23’ 29”E, Pequim, a capital da República Popular da China, é umas das cidades mais populosas do mundo. Junto com os Estados Unidos, esse país é o maior emissor de CO2, apresentando alto crescimento econômico. Pequim assiste aos efeitos da urbanização desordenada: problemas de congestionamento no trânsito e altos índices de poluição do ar, que lhe conferem o título de uma das cidades mais poluídas do mundo. Em 2009, o país anunciou uma meta de redução entre 40% e 45% na emissão de CO2. Especialistas afirmam que esse índice não será alcançado caso permaneça o padrão e o ritmo de crescimento. Curiosidades: http://www.bigviagem.com/turismo-pela-bela-beijing-pequim/ Mapa: http://www.mundi.com.br/Mapa-Pequim-310579.html Bandeira: Los Angeles A segunda maior cidade do Estados Unidos é também uma das mais poluídas do mundo. Localizada sob as coordenadas 34º 3’ 14” N e 118º 14’ 42” W, a cidade possui uma população superior a três milhões de habitantes. O grande parque industrial e a extensa frota de veículos em uso contribuem para quadro de intensa poluição atmosférica. A intensificação da urbanização das áreas periféricas agrava a demanda por deslocamentos longos e, assim, a utilização de veículos individuais como meio de transporte. Essas periferias são ocupadas pela população de alta renda e alto padrão de consumo. Todo esse quadro traz sérios comprometimentos ambientais. Curiosidades: http://www.mundi.com.br/Turismo-Los-Angeles-2270587.html Mapa: http://www.mundi.com.br/Mapa-Los-Angeles-2270587.html Bandeira: Questão Investigativa: Explique como e por que os cidadãos das grandes metrópoles podem contribuir para uma diminuição do lançamento de CO2 na atmosfera? Dê pelo menos dois exemplos. Competência e habilidade: Competências: Relacionar o estudo da Geografia à questão ambiental. Habilidades: Identificar os componentes da paisagem e a força da ação humana em sua modificação. Anexo: arquivo KMZ Destaque: Sites de apoio pedagógico; ● ● ● ● http://www.inpe.br/ http://www.ipcc.ch/ http://www.scielo.br/ http://www.onu-brasil.org.br/doc_quioto.php Recursos recomendados: ● ● Filmografia: “Uma Verdade Inconveniente”. Dirigido por Davis Guggenhein. O filme é um documentário apresentado pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, sobre o aquecimento global, suas causas e consequências. Vídeo: Ciclo do carbono e propriedade dos materiais. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=5Q9cmSeCXG4 Atividades para estudantes: ● Realizar uma pesquisa na internet sobre os 10 países que mais liberam CO2 na atmosfera ● Pesquisar sobre o Protocolo de Quioto. Sugestão docente: Organizar um debate com os alunos em que eles possam discutir sobre o aquecimento global, efeito estufa e a ação do homem no processo de liberação de CO2 na atmosfera. Temas transversais: Meio Ambiente Referencias: http://www.inpe.br/. Acesso em 18/09/2010. http://www.ipcc.ch/. Acesso em 18/09/2010. http://www.scielo.br/.Acesso em 18/09/2010. http://www.onu-brasil.org.br/doc_quioto.php.Acesso em 18/09/2010. Resumo: O aumento de CO2 na atmosfera vem sendo apontado como um grave problema ambiental. Essa elevação pode estar relacionada à derrubada e queimada de áreas de florestas; à produção industrial e à utilização crescente de automóveis