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Explicando Economês
02/07/12
Moeda
A moeda na teoria econômica é caracterizada como um objeto que tem três funções: é um meio de
trocas fácil, serve como unidade de conta e como reserva de valor.
As transações, em sistemas econômicos mais arcaicos, eram feitas através de escambo, com
trocas de bens entre os indivíduos. Essa forma de trocar é altamente ineficiente, sendo necessária
a existência de coincidência de necessidades entre dois indivíduos para ocorrer a troca (era
necessário que o indivíduo A quisesse o que o indivíduo B estivesse vendendo, e ao mesmo tempo
tivesse algo que o indivíduo B quisesse). A moeda retira essa necessidade, podendo ser usada em
qualquer transação (nos sistemas econômicos atuais há leis que garantem que ela não possa ser
recusada dentro de um estado-nação).
Moeda também serve como uma unidade de conta, podendo ser usada para avaliar qual a riqueza
total de indivíduo, empresa ou estado. Sendo um meio de transação universal, ela é o candidato
mais natural para ser usado para medir o valor de diversos itens heterogêneos (somando os preços
de maçãs e laranjas produzidas para ver qual o valor total da produção de um pomar, por exemplo).
Moeda também tem serventia como reserva de valor. Podendo ser utilizado como meio de troca,
moeda também pode ser estocada em um determinado momento para ser trocada em outro
momento no futuro. Essa garantia plena de que ela possa ser usada no futuro sem perder seu
valor nominal (chamada de liquidez) também significa que a moeda não deve pagar taxa de juros
aos seus detentores, sendo isso uma das características usadas para definir os diferentes “graus
de moeda” existentes na economia atual. Há um contínuo entre o grau de perfeita liquidez que não
paga juros (a moeda estritamente definida, dinheiro em circulação, cheques, e depósitos à vista,
chamados de M0) e objetos financeiros que podem ser usados para realizar transações, porém sem
ter tanta liquidez e pagando juros (caso de depósitos na poupança, títulos públicos, etc, chamados
de M1, M2, M3, dependendo de quão menor for seu grau de liquidez).
Dessa forma, uma moeda vai ser mais eficiente de acordo com a facilidade com que pode ser estocada e
usada nas transações. Ela deve ser algo leve e que tenha depreciação natural lenta, daí a escolha, em tempos
antigos, pelo ouro como moeda (uma vez que ele é bem duradouro e não tão pesado). Depois da invenção
do papel-moeda (na China e na Itália) e de formas eletrônicas de realizar transações nos tempos modernos, a
depreciação da moeda se dá, na verdade, basicamente devido ao monopólio dos governos sobre sua criação.
Uma das prerrogativas da maioria dos Estados é a impressão da moeda que é usada no país.
Isso ocorre em todo país atualmente que não seja parte de uma união monetária (como a
Zona do Euro) ou pratique o regime de câmbio fixo (como Hong Kong) ou use a moeda de
outro país (como o Equador). O problema de um Estado ser capaz de imprimir sua própria
moeda é a possibilidade de ele se utilizar desse artifício para financiar os seus gastos e déficits
orçamentários, gerando inflação.
Há uma relação, conhecida desde os tempos antigos, entre a quantidade de moeda disponível em
uma economia e o seu nível geral de preços. Essa relação é chamada de equação quantitativa da
moeda, e diz basicamente que o valor nominal do produto total em uma economia (P, o nível geral
de preços, vezes Y, o produtor real) é igual à quantidade de moeda disponível nessa economia (M)
vezes a velocidade dessa moeda (V, um conceito econômico sobre quantas vezes a mesma moeda
será usada para realizar as transações em uma economia. A quantidade de moeda, no conceito
mais estrito de dinheiro físico e cheques em circulação, é bem inferior ao produto nominal).
As diversas escolas econômicas divergem em relação ao papel da moeda na economia. A maior
parte das escolas econômicas, atualmente, acredita que a moeda tem efeito neutro sobre dados
reais no longo prazo, não podendo, portanto, afetar o nível de produto. Dessa forma, no longo prazo
(pelo menos), uma maior impressão de moeda pelo governo resultaria apenas em um aumento do
nível geral de preços (inflação).
Redator: Newton Rosa
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