Agência de Notícias Brasil-Árabe - SP 14/02/2012 - 09:00 Em busca de negócios na maior economia árabe Delegação empresarial brasileira passa dois dias na Arábia Saudita, país que pretende investir US$ 625 bi em infraestrutura até 2020. Só para 2012, o orçamento prevê investimentos de US$ 184 bi. Alexandre Rocha, enviado especial Dubai – A Arábia Saudita é a maior economia do mundo árabe, e atualmente é uma das nações da região que mais oferecem oportunidades de negócios. O país planeja nos próximos anos investimentos pesados, e tem recursos para tanto, afinal é o maior produtor e exportador de petróleo do mundo. De acordo com Khalid Al-Otaibi, Assistente de Relações Exteriores do secretário-geral do Conselho de Câmaras de Comércio e Indústria sauditas, está prevista a aplicação de US$ 625 bilhões em várias áreas até 2020. Divulgação Missão conta com mais de 40 empresas Só para este ano, o total estimado de investimentos é de US$ 184 bilhões, segundo Otaibi, que falou na segunda-feira (13) em seminário para uma delegação empresarial brasileira que está em Riad. O evento na Arábia Saudita faz parte de uma missão organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), que vai passar ainda por Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. O orçamento de 2012, de acordo com Otaibi, inclui verbas para construção de rodovias, ferrovias, infraestrutura de telecomunicações e de 500 mil unidades habitacionais. No longo prazo, existem também projetos de geração de energia, produção de gás, indústria petroquímica, tecnologia da informação, dessalinização de água do mar, agricultura, educação e treinamento, segundo o CEO da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, que participou do seminário. Alaby acrescentou que a embaixada brasileira em Riad se comprometeu a enviar ao governo saudita uma carta indicando o interesse de construtoras brasileiras em se pré-qualificar para eventuais concorrências. Representantes de grandes empreiteiras integram a missão comercial. O embaixador brasileiro Sérgio Canaes destacou o crescimento do comércio entre o Brasil e a Arábia Saudita, que no ano passado chegou a US$ 6,57 bilhões, somadas as exportações e as importações. Fazem parte da missão mais de 40 empresas de diferentes segmentos. Alaby colocou a Câmara Árabe à disposição dos empresários sauditas para ajudá-los a encontrar parceiros e a promover seus negócios no Brasil. O gerente do Centro de Negócios da Apex em Dubai, Sidney Costa, acrescentou que a agência pretende estabelecer um escritório na Arábia Saudita. Recentemente, a entidade, que é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), abriu uma instalação do gênero em Doha, no Catar. Depois dos seminários, as companhias brasileiras participaram de rodadas de negócios com empresas sauditas. Estão representados na missão os setores de alimentos, casa e construção, autopeças, máquinas e equipamentos, defesa, além das construtoras e instituições que pretendem captar investimentos para projetos no Brasil. Parte da delegação ainda teve uma reunião com representantes da Companhia Saudita de Eletricidade. Segundo Alaby, o país precisa investir cerca de US$ 100 bilhões na área nos próximos dez anos para gerar 50.000 megawatts. Os sauditas estudam fontes alternativas, como eólica e solar, além de geração nuclear e termoelétrica. Na seara do abastecimento de água, eles planejam construir 400 barragens de pequeno e médio portes. “Para ter água natural, pois o custo das usinas de dessalinização é extremamente elevado”, disse o diretor da Câmara Árabe. Nesta terça-feira (14), os empresários brasileiros têm o dia reservado para reuniões com eventuais parceiros de negócios e visitas técnicas. À noite, eles seguem para Dubai, próxima etapa da missão, que terá a participação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. http://www.anba.com.br/ www.inovsi.com.br