Compreensões iniciais sobre a inclusão escolar: o que nos dizem os professores? Erica Aparecida Capasio Rosa1, Ivete Maria Baraldi2. 1 Bolsista CNPq de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Estadual Paulista –UNESP, campus de Rio Claro. [email protected] 2 Professora do Departamento de Matemática da Universidade Estadual Paulista –UNESP, campus Bauru [email protected]. Eixo Temático: Eixo Temático 1 - Educação Inclusiva: Inclusão Digital, Escolar e Social Resumo: Esse artigo tem a intenção de apresentar uma pesquisa de doutorado em andamento e trazer algumas compreensões iniciais de que modo os professores entrevistados entendem a inclusão escolar, por meio de suas narrativas. Para cumprir com esse objetivo, utilizamos as narrativas produzidas a partir da oralidade utilizando-se a História Oral como metodologia pesquisa. Os resultados parciais, os professores entrevistados, por estarem lecionando em uma instituição escolar com um modelo diferenciado das escolas tradicionais, pensam na inclusão escolar como realidade e fazendo parte do cotidiano escolar. Por fim, concluímos que, de maneira incipiente, os educadores que foram entrevistados para a nossa pesquisa acreditam que a inclusão escolar é possível e necessária, mas que o apoio dos poderes públicos é urgente e indispensável. Palavras chave: Narrativas, Educação Inclusiva, Educação Matemática Abstract: This article intends to present a doctoral research in progress and to bring some initial understandings of how teachers interviewed understand school inclusion through their narratives. It was used the narratives produced from orality using oral history as a research methodology. As partial results, teachers interviewed for teaching in a school with a different model of traditional schools, think of school inclusion as a reality and being part of everyday school life. Finally, we conclude that, in an incipient way, the educators who were interviewed for our research believe that school inclusion is possible and necessary, but that the support of the public authorities is urgent and indispensable. Keywords: Narratives, Inclusive Educacion, Mathematics Educacion. 1 Introdução Este artigo tem a intenção de apresentar uma pesquisa de doutorado em andamento e trazer algumas compreensões iniciais de como os professores entrevistados entendem a inclusão escolar, por meio de suas narrativas. Essa investigação possui como título provisório: Que escola é essa? Um estudo sobre práticas e metodologias em Educação Matemática Inclusiva. A ideia para a sua constituição surgiu ao término do mestrado, (ROSA, 2014), a partir de indagações da banca de qualificação e das análises sobre as narrativas dos professores que ensinam Matemática. Naquela Centro de Promoção para Inclusão Digital, Escolar e Social – FCT/UNESP Rua Roberto Simonsen, 305 CEP 19060-900 Presidente Prudente SP E-mail para contato: [email protected] oportunidade foi possível concluir que a inclusão não acontecia nas escolas em que havia sido realizada a pesquisa. Entendemos que para uma escola ser inclusiva é necessário pensar em uma escola em que é possível o acesso e a permanência de todos os alunos, e onde os mecanismos de seleção e discriminação, até então utilizados, são substituídos por procedimentos de identificação e remoção de barreiras para a aprendizagem (GLAT; PLETSCH; FONTES, 2007, p. 344). Pois a escola é um dos principais espaços de convivência social do ser humano, durante as primeiras fases de seu desenvolvimento. Ela tem papel primordial no desenvolvimento da consciência de cidadania e de direitos, já que é na escola que a criança e o adolescente começam a conviver num coletivo diversificado, fora do contexto familiar. (BRASIL, 2004, p. 11) Dessa maneira, precisamos de uma escola que tenha uma nova cultura visando o “desenvolvimento de respostas educativas que atinjam a todos os alunos independentes de suas condições intrínsecas ou experiências prévias de escolarização” (GLAT; PLETSCH; FONTES, 2007, p. 344). Sendo necessária “acessibilidade, flexibilidade escolar, práticas pedagógicas diferenciadas de ensino e avaliação, e, principalmente uma equipe de professores e gestores capacitados para lidar com a diversidade dos estilos de aprendizagem e demandas de seu alunado” (PLETSCH, 2010, p. 13). Ainda para que (...) a igualdade seja real, ela tem que ser relativa. Isto significa que as pessoas são diferentes, têm necessidades diversas e o cumprimento da lei exige que a elas sejam garantidas as condições apropriadas de atendimento às peculiaridades individuais, de forma que todos possam usufruir as oportunidades existentes. Há que se enfatizar aqui, que tratamento diferenciado não se refere à instituição de privilégios, e sim, a disponibilização das condições exigidas, na garantia da igualdade. (BRASIL, 2004, p. 10) Com essas definições e reflexões em mente, percebemos a dificuldade dos professores em desenvolver atividades para o ensino e a aprendizagem de Matemática para alunos com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação inseridos em sua sala de aula. Além dessas dificuldades, também percebemos a existência de antigas crenças por parte dos envolvidos com o cotidiano escolar em relação a esse público. Na pesquisa de Rosa (2014) mostra-se que essas Centro de Promoção para Inclusão Digital, Escolar e Social – FCT/UNESP Rua Roberto Simonsen, 305 CEP 19060-900 Presidente Prudente SP E-mail para contato: [email protected] antigas crenças referem-se ao modo de como alguns professores dizem dos estudantes com deficiência, por exemplo, acreditando que eles carregam pecados de seus antepassados, ou são anjos enviados por Deus, entre outras. Essas dificuldades e crenças estão relacionadas a diversos fatores, tais como: formação nessa temática, apoio dos poderes públicos, estrutura física da instituição escolar e outros. No entanto, diante do apresentado em Rosa (2014) e provocadas pelas indagações dos que avaliaram a dissertação, decidimos insistir em pesquisar sobre escolas inclusivas. Segundo Crochik (2013), há práticas inclusivas nas escolas e Pacheco, Eggertsdóttir, Marinósson (2007, p. 15) apontam que “as práticas pedagógicas em uma escola inclusiva precisam refletir uma abordagem mais diversificada, flexível e colaborativa do que em uma escola tradicional”. Nesse sentido, encontramos em um texto de Schaffner e Buswell (1999, p. 70) que um primeiro passo para que a escola seja inclusiva seria: “estabelecer uma filosofia da escola baseada nos princípios democráticos e igualitários da inclusão, da inserção e da provisão de uma educação de qualidade para todos os alunos”. Então nos questionamos: “Existem escolas inclusivas? Se existem como elas são? Como é o ensino de Matemática para os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação nessas instituições? Como é a formação dos educadores que lecionam em tais espaços educacionais?”. Diante dessas indagações agora postas por nós, iniciamos uma busca por escolas diferentes das instituições tradicionais que conhecíamos e do modelo escolar consolidado: escolas em que os alunos ficam enfileirados, divisão do conhecimento por anos e disciplinas, turmas por faixa etária, tempo fragmentado e outras características. E encontramos algumas escolas que fogem desse modelo: escolas nacionais, internacionais, particulares e públicas. Para tanto, temos como objetivo da tese: Elaborar uma compreensão da inclusão escolar em escolas Inovadoras e Criativas do estado de São Paulo por meio de narrativas de professores que ensinam Matemática, estudante e estagiária do curso de licenciatura em Matemática, coordenadora pedagógica e diretoras. Escolas Inovadoras e Criativas é o nome de um projeto iniciado pelo Ministério da Educação com a intenção de criar bases de fomento para as políticas públicas de escolas que se dizem inovadoras e criativas. Dessa maneira, decidimos utilizar tal nomenclatura para as escolas que estão envolvidas em nossa pesquisa. A seguir, apresentamos, até então, o caminho trilhado em nossa pesquisa. Centro de Promoção para Inclusão Digital, Escolar e Social – FCT/UNESP Rua Roberto Simonsen, 305 CEP 19060-900 Presidente Prudente SP E-mail para contato: [email protected] 2 Metodologia Numa busca inicial por escolas que possuem metodologia alternativa no estado de São Paulo, encontramos um mapa elaborado pelo Ministério de Educação com o objetivo “de criar as bases para uma política pública de fomento à inovação e criatividade na educação básica (BRASIL, 2015, p.1)”. Com isso, o MEC, especificamente, almeja Estabelecer parâmetros e referenciais em inovação e criatividade na educação básica; Conhecer a extensão, a distribuição geográfica e o perfil da inovação e criatividade na educação básica brasileira; Fortalecer as organizações educativas inovadoras e criativas. Ampliar o impacto das experiências inovadoras relevantes para além de seu polo inicial; Criar, ampliar e qualificar a demanda social por educação inovadora e criativa; Promover a formação de educadores abertos e qualificados para a inovação e criatividade; Promover a reorientação das políticas públicas de educação básica a partir do referencial da criatividade e inovação. (BRASIL, 2015, p.1) Nesse mapa estão cadastradas 178 instituições escolares do Brasil, mas pela necessidade de estabelecer uma região, decidimos pelo estado de São Paulo. A decisão se deu porque as pesquisadoras residem em tal estado e este possui escolas com os anos finais do Ensino Fundamental, área de atuação do professor licenciado em Matemática; ainda, porque as escolas eram públicas, sendo que o conjunto das escolas particulares e das organizações não escolares era muito amplo para o tempo que se tinha para concluir a pesquisa. Ao inserir esse filtro no mapa, apareceram as seguintes escolas: 1. Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Waldemar Bastos Buhler (Atibaia/SP); 2. Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Emílio Miotti (Campinas/SP); 3. CIEJA Campo Limpo (São Paulo/SP); 4. Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima (São Paulo/SP); 5. Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Campos Salles (São Paulo/SP); 6. Escola Municipal de Ensino Fundamental Madre Maria da Glória (Ubatuba/SP). 7. Projeto Araribá - Escola Municipal Sebastiana Luiza de Oliveira Prado (Ubatuba/SP). (BRASIL, 2015, p. 1) A partir disso, iniciamos o contato telefônico com essas instituições escolares. A primeira, sexta e sétima atendem somente aos anos iniciais do Ensino Fundamental, ou seja, do 1º ao 5º ano da educação básica. As duas instituições do município de Ubatuba oferecem a Educação de Jovens e Adultos – EJA e os anos iniciais do Ensino Fundamental e, segundo a secretária da escola, a modalidade EJA não se enquadra no quesito Inovação e Criatividade do Ministério da Educação. A direção da escola do município de Campinas não aceitou participar da pesquisa por alegar que a Centro de Promoção para Inclusão Digital, Escolar e Social – FCT/UNESP Rua Roberto Simonsen, 305 CEP 19060-900 Presidente Prudente SP E-mail para contato: [email protected] unidade está com muita demanda, inclusive de pesquisadores. Dessa forma, três unidades escolares aceitaram participar a: Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef.) Desembargador Amorim Lima, (Emef.) Presidente Campos Salles e o Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (Cieja) Campo Limpo. Dentre as possibilidades de metodologia de pesquisa para a produção das narrativas, optamos pela História Oral. Nessa perspectiva, as narrativas são criadas a partir da oralidade do entrevistado, pois são “um relato que faz sentido no contexto do argumento que o narrador, culturalmente situado, cria (SILVA, BARALDI, GARNICA, 2013, p. 56)”, como é entendido por nosso Grupo de Pesquisa História Oral e Educação Matemática – GHOEM. Para produzir tais narrativas, utilizamos alguns parâmetros: entrevistas, transcrições, textualizações, elaboração de uma carta de cessão que autoriza a publicação do texto na íntegra em nossas pesquisas. Embora entendamos que a análise é constituída desde o início da pesquisa, para o seu arremate há também o cotejamento com outras fontes (bibliográficas, projetos, imagens, documentos, etc.). Durante o ano letivo de 2015 dessas instituições escolares realizamos a produção dos dados, finalizando-o com 14 narrativas produzidas por meio de entrevistas com: dez professores, duas diretoras, uma coordenadora pedagógica e uma estagiária da escola que estava cursando licenciatura em Matemática. A partir da leitura dessas narrativas, dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) das escolas e de todo o material adquirido nesse percurso, foi possível elaborar compreensões sobre a inclusão escolar em escolas Inovadoras e Criativas do estado de São Paulo por meio de narrativas de professores que ensinam Matemática, estudante estagiária do curso de licenciatura em Matemática, coordenadora pedagógica e diretoras. E especificamente para esse artigo, além de apresentar essa pesquisa de doutorado em andamento, trazer algumas compreensões iniciais sobre como os professores entrevistados, por meio de narrativas, entendem a inclusão escolar. 3 Compreensões iniciais sobre inclusão escolar Sobre inclusão escolar, a educadora Eda, é diretora do Cieja Campo Limpo há 20 anos, no diz que ela “é possível e necessária” e não apenas para as pessoas com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação, mas sim, para todas as pessoas que foram excluídas do cotidiano escolar por alguma razão. Ainda, Eda afirma que em sua instituição aceita-se a Centro de Promoção para Inclusão Digital, Escolar e Social – FCT/UNESP Rua Roberto Simonsen, 305 CEP 19060-900 Presidente Prudente SP E-mail para contato: [email protected] diversidade com naturalidade e respeito, mesmo não sendo fácil, principalmente, porque ao redor da escola existe muita pobreza e abandono. Os alunos apresentam muitas dificuldades, mas ela acredita que quando entende o outro, cria-se um laço de respeito e harmonia. Comenta que o dever dela e das escolas públicas é defender que o ensino público é direito de todos, bem como a permanência na escola. A coordenadora da Emef. Presidente Campos Salles, Amélia, que está na instituição desde 2005, também acredita que a inclusão escolar seja possível, porém comenta que em sua unidade escolar é necessário ainda avançar mais nessa área. Sente que a inclusão é para todos, e que na escola cabe todo mundo, com direito de constituir-se, aprender, expressar-se, cada um no seu tempo e espaço. Corroborando as afirmações, Rosemeire, educadora há dois anos do Cieja, acredita que a inclusão escolar é incluir todos os alunos, ou seja, não apenas as pessoas com deficiência, tal como é preconizado na Declaração de Salamanca todas as escolas devem acolher a todas as crianças, independentemente de suas condições pessoais, culturais ou sociais; crianças deficientes e superdotados/altas habilidades, crianças de rua, minorias étnicas, linguísticas ou culturais, de zonas desfavorecidas ou marginalizadas, o qual traça um desafio importante para os sistemas escolares. As escolas inclusivas representam um marco favorável para garantir a igualdade de oportunidades e a completa participação, contribuem para uma educação mais personalizada, fomentam a solidariedade entre todos os alunos e melhoram a relação custo-benefício de todo o sistema educacional. (BRASIL, 1994, p.1) Ana Elisa, diretora da Emef. Desembargador Amorim Lima desde 1994, entende que em sua escola acontece inclusão, mas que não é uma tarefa fácil. Ainda é necessário muito apoio e dedicação das políticas públicas. Márcia, educadora da Emef. Presidente Campos Salles há 15 anos, entende que a inclusão precisa ser repensada pois, apesar de todos serem iguais, só que dentro de cada um das suas dificuldades, acho que todo mundo tem que ser enxergado assim, só que a inclusão do jeito que ela foi colocada, sem nem outros profissionais da educação não tiveram preparo para isso, então nossa dificuldade é saber até que ponto você esta fazendo bem ou mal para o desenvolvimento dessa criança com dificuldade. (excerto da narrativa de Márcia) Éder e Fernanda, educadores da Emef. Presidente Campos Salles desde 2010, veem a inclusão como uma inclusão social, a base de uma sociedade igualitária e democrática, corroborando os princípios do PPP de sua instituição. Samara, educadora do Cieja Campo Limpo há quatro anos, Centro de Promoção para Inclusão Digital, Escolar e Social – FCT/UNESP Rua Roberto Simonsen, 305 CEP 19060-900 Presidente Prudente SP E-mail para contato: [email protected] percebe a inclusão escolar como uma forma de trazer todo o aluno para participar ativamente do processo de ensino e aprendizagem. Jaqueline, estagiária do Pibid da Emef. Desembargador Amorim Lima há um ano, também pensa desse modo “fazer ele realmente participar das atividades, se sentir parte daquela turma, daquela escola, ou daquele local”. Lilian, educadora da Emef. Desembargador Amorim Lima desde 2010, pensa a inclusão escolar como entender que todas as pessoas são diferentes, ou seja, precisam de oportunidades distintas para se desenvolver tanto fisicamente quanto psicologicamente. Mário e Billy, educadores do Cieja desde 2006 e 2007 respectivamente, pactuam dessa percepção, pois consideram uma oportunidade de mudança nas escolas regulares, e que todos devem ter essa oportunidade. Diante desses diferentes entendimentos acerca da inclusão escolar, compreendemos que alguns deles estão em consonância com Guijarro (2005, p.11) A educação inclusiva implica uma visão diferente da educação comum,baseada na heterogeneidade e não na homogeneidade, considerando que cada aluno tem uma capacidade, interesse, motivações e experiência pessoal única, quer dizer, a diversidade está dentro do “normal”. Dada essa concepção, a ênfase está em desenvolver uma educação que valorize e respeite às diferenças, vendo-as como uma oportunidade para otimizar o desenvolvimento pessoal e social e para enriquecer os processos de aprendizagem. Em Rosa (2014), quando os professores refletiam sobre a inclusão escolar dos alunos com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação, mostravam-se favoráveis à escola inclusiva, porém resistentes a alguns aspectos, por exemplo, falta de apoio dos poderes públicos para realizar um bom trabalho. Muitos dizem gostar da escola municipal em que lecionam atualmente, porém apontam que ainda faltam estrutura física, organização educacional em relação ao aluno com deficiência e uma interlocução mais presente da família na escola. Outros dizem que os alunos com deficiência devem estar na escola apenas por convivência com os colegas, para “fazer um social”, deixando claro que para alguns casos, a escola perde a sua função, o seu papel de ensino e a aprendizagem do conhecimento relevante para a cidadania. (ROSA, 2014, p.129) Diferentemente, os educadores entrevistados para essa pesquisa de doutorado, que por lecionarem em uma instituição escolar com um modelo diferenciado das escolas tradicionais, pensam na inclusão escolar como realidade e fazendo parte do cotidiano escolar. No entanto, não podemos deixar de salientar que estes últimos também reforçam a necessidade de mais apoio dos poderes Centro de Promoção para Inclusão Digital, Escolar e Social – FCT/UNESP Rua Roberto Simonsen, 305 CEP 19060-900 Presidente Prudente SP E-mail para contato: [email protected] públicos, ou seja, não adianta mudar a estrutura da escola para acontecer à inclusão sem políticas públicas efetivas, tornando o ambiente acessível a todos, com profissionais para atender as necessidades dos estudantes, entre outros. 4. Considerações finais Encerramos esse texto que teve por objetivo apresentar uma pesquisa de doutorado em andamento e trazer algumas compreensões iniciais sobre como os professores entrevistados entendem a inclusão escolar, por meio de suas narrativas. Podemos concluir que, mesmo que de maneira incipiente, os educadores que foram entrevistados para a nossa pesquisa acreditam que a inclusão escolar é possível e necessária, mas o apoio dos poderes públicos é urgente e indispensável. Com esse texto entendemos que para acontecer a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação, não adianta somente mudar a estrutura da escola para que a inclusão escolar seja uma realidade, ainda é necessário de mais apoio do governo, com mais acessibilidade nas instituições, profissionais para atender as necessidade dos alunos e formação dos agentes das escolas. 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