melhoramento genético em cães de trabalho

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VI SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS DA UNESP – DRACENA
VII ENCONTRO DE ZOOTECNIA – UNESP DRACENA
DRACENA, 06 A 08 DE OUTUBRO DE 2010
MELHORAMENTO GENÉTICO EM CÃES DE TRABALHO
1Cruz, J. C. R.; 2Ferreira, J. M. C. C.; 3Calvo, L. A.; 4Cruz, V. C.
1Discente do Curso de Zootecnia – UNESP/DRACENA. e-mail:[email protected]
2Discente do Curso de Zootecnia – UNESP/DRACENA. e-mail:[email protected]
3Discente do Curso de Zootecnia – UNESP/DRACENA. e-mail:[email protected]
4Docente do Curso de Zootecnia – UNESP/DRACENA. e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO:
Cinotecnia é o ramo da zootecnia que estuda a criação e o
aperfeiçoamento das diversas raças caninas (FERREIRA, 1975). A criação
talvez seja a tarefa mais complicada do universo do cão de trabalho. É muito
difícil se avaliar o temperamento, pois trata-se de uma herança com
inumeráveis genes e combinações, e, fortemente influenciada pelo ambiente. A
forma mais prática e mais aconselhável de se selecionar cães de trabalho é a
avaliação de seu desempenho final em trabalho (MACEDO, 2010). Os cães de
trabalho são divididos em três grupos de acordo com a natureza de suas
obrigações: cães de guarda, cães pastores e cães de transporte (TEIXEIRA,
2000).
DESENVOLVIMENTO:
Os cães de desempenho e trabalho têm em comum uma vontade
exagerada e muita disposição para realizarem os trabalhos particulares para os
quais foram selecionados, tudo isso aliado a muito equilíbrio psíquico sabendo
distinguir as situações difíceis e perigosas das comuns, possuindo forte vínculo
de amor e fidelidade ao dono e sua família. Se para um criador de "animais de
produção" é simples selecionar os progenitores pelas suas características de
carne e leiteiras, para um criador de cães é muito mais complexo estabelecer
uma seleção na medida em que as qualidades desejadas relacionam-se,
sobretudo, com a morfologia e o temperamento dos animais. Contrariamente
às outras grandes espécies de animais domésticos, o cão ainda não foi afetado
pela revolução dos métodos e técnicas de melhoramento genético. Deve-se
essencialmente,
ao
fato
da
posição
socioeconômica
do
cão
ser
fundamentalmente oposta à dos animais denominados de "produção" nas
sociedades desenvolvidas; essa constatação é que tem determinado a principal
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orientação genética da espécie canina, que se caracteriza por uma diversidade
morfológica desejada e orientada, em primeiro lugar, por critérios estéticos.
Não obstante e paralelamente, a seleção tem envolvido também determinadas
aptidões físicas ou comportamentais, provocando a conhecida divergência
genética "beleza/trabalho", que conduziu aos diversos cães de trabalho a partir
dos quais surgiram os cães de desporto. Assim, há que se reconhecer que o
cão de desempenho ou de trabalho, ao contrário das outras grandes espécies
animais domésticas, ainda não conheceu uma grande evolução dos métodos e
técnicas empíricas de melhoramento genético. De forma racional, a seleção do
animal de desempenho deve ter como objetivo o melhoramento do nível de
desempenho de uma população, ou seja, o valor fenotípico médio, por via do
aperfeiçoamento genotípico e, mais precisamente, do valor genético aditivo
médio(ROYAL CANIN,2010).
A seleção de uma raça de trabalho não pode ser feita estritamente com
base no temperamento, e muito menos pela estrutura ou estética, deve sim ser
fundamentada no desempenho dos indivíduos em trabalho (MACEDO, 2010). A
seleção consiste na escolha de reprodutores para obter, a médio e longo prazo,
cachorros conforme os objetivos pretendidos. Existem vários métodos que
permitem ao criador atingir a sua finalidade, entre esses métodos estão,
(ROYAL CANIN,2010):
•
Seleção Fenotípica, este método, que ignora voluntariamente qualquer
pesquisa genealógica, consiste no acasalamento de dois reprodutores de
qualidade tendo em vista a obtenção de descendentes seus semelhantes. Mas,
como referido, o fenótipo nem sempre reflete o genótipo. Assim, esta técnica
de seleção pode conduzir a resultados não pretendidos.
•
Seleção Genealógica, este modo de seleção tenta predizer o valor
genético de um reprodutor pela apreciação dos seus antepassados,
descendentes e aparentados.
Para que haja seleção e melhoramento genético da criação é necessário
observar outro conceito técnico, o da “pressão seletiva”. Para melhor entender,
pode- se usar a chamada “curva de distribuição normal de uma população” ou
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“curva de Gauss”. Esse método é muito usado na bovinocultura (MACEDO,
2010).
Atualmente, o “aprimoramento” significa criar cachorros apenas com as
características definidas, dentro dos padrões estabelecidos pelas associações
de criadores. Se sair em uma ninhada um cachorro fora da cor normal, ou com
um comportamento atípico, ele não irá cruzar com outros para não passar
adiante um padrão “defeituoso”. É preciso que esse aprimoramento seja feito
dentro de um sistema ético (BERTERO, 2010).
CONCLUSÃO:
O melhoramento genético aplicado em cães é uma realidade, ainda mais
quando se faz seleção de cães para trabalho. Através do desempenho do
animal que está sendo submetido à seleção, pode-se ter uma confiabilidade
maior que este animal passará suas características genéticas para seus
descendentes, obtendo-se assim cães com um desempenho igual ou maior do
que dos pais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro:
Editora Nova Fronteira, 1975.
MACEDO, M. M. Genética em cães de trabalho. Disponível em:
<http://www.canilcomary.com.br/>. Acesso em: 29 ago. 2010.
TEIXEIRA, E. S. Princípios básicos para a criação de cães. São Paulo:
Nobel, 2000.
ROYAL CANIN. Melhoramento genético de cães. Disponível
<http://publication.royalcanin.com/renvoie>. Acesso em: 25 ago. 2010.
em:
BERTERO,
M.
Que
cachorrada.
Disponível
em:
<http://super.abril.com.br/ciencia/cachorrada-447165.shtml>. Acesso em: 18
ago. 2010.
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