“Hoje em dia é muito difícil ser-se inovador no segmento residencial”

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Imobiliário
16-17_imobiliario:Construir 2011
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Portugal
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Imobiliário
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09-06-2014
19:20
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Projecto
Projecto
“Hoje em dia é muito difícil ser-se
inovador no segmento residencial”
No primeiro trimestre de 2016, vai nascer em Lisboa um empreendimento que, “marca um passo à frente na
evolução da concepção arquitectónica em Portugal “. O conjunto residencial é propriedade da AM48 e o projecto de arquitectura assinado por Miguel Saraiva
“Trata-se de
facto de um projecto abrangente,
e com uma
oferta muito
completa
e diversificada”
Ana Rita Sevilha
[email protected]
baixo, e vão ficando maiores à medida que estão mais próximas do
jardim privativo”. Miguel Saraiva
sublinha que, “embora numa primeira análise essa leitura possa escapar, este projecto demonstra bem
como o contexto e a envolvente são
determinantes para o desenho da
fachada e para o resultado final”
A
Porta da Frente / Christies e a
Cobertura anunciaram a comercialização, em regime de exclusividade, o empreendimento
FOCUS LX, propriedade da AM48
e localizado em plena Avenida António Augusto de Aguiar, em frente
ao centro comercial El Corte Inglés. O empreendimento residencial tem conclusão prevista para o
primeiro trimestre de 2016 e irá
disponibilizar 26 apartamentos de
tipologias T1 a T5, com áreas que
variam entre os 85 e os 256 m2 e
com valores a partir dos 576 mil
euros. Em comunicado de imprensa, os responsáveis pela sua
comercialização destacam do edifício o seu grande jardim em plena
Lisboa, o health club exclusivo, as
áreas generosas, a luz abundante e
os acabamentos de excelência, mas
também as soluções técnicas e a divisão dos apartamentos – “que
marcam um passo à frente na evolução da concepção arquitectónica
em Portugal”. Para a AM48, o
FOCUS Lx “ é um edifício único
com acabamentos de excelência,
cuja fachada imponente e a sua localização fazem dele um ponto de
referência da cidade”. O projecto
de arquitectura é da autoria de Miguel Saraiva, com quem o Construir falou sobre as características
diferenciadoras deste empreendimento.
Concepção
arquitectónica
“A especificidade de cada sítio é
sempre decisiva em qualquer projecto, e neste caso, também, não foi
diferente. A localização é excelente. Situado na Avenida António
Augusto de Aguiar, o Edifício
FOCUS LX ergue-se próximo do El
Corte Ingles e tem como vizinhos a
Fundação Calouste Gulbenkian, o
Parque Eduardo VII, o Jardim
Amália, o Restaurante Eleven e outros ícones da vida comercial, cultural e lúdica da cidade. As
qualidades da zona ajudaram a definir o tipo de empreendimento, e
16 | 13 de Junho de 2014
Soluções inovadoras
Para Miguel Saraiva, desde logo há
um aspecto que importa sublinhar,
o facto de o empreendimento proporcionar uma oferta muito diver-
D.R.
DATE
June 2014
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sificada de tipologias e espaços no
mesmo edifício. “Hoje em dia, num
ambiente de enorme concorrência,
foi muito importante complementar essa oferta com uma área de utilização
comum,
de
muita
qualidade, e capaz de se tornar
numa mais-valia na vida das pessoas/moradores em ambiente urbano. Esta oferta inclui (cinco)
lojas, (cinco) tipologias de apartamentos, (uma) penthouse na cobertura e (dois) apartamentos loft, no
corpo mais baixo. O empreendimento proporciona, ainda, um conjunto de espaços de lazer e
utilização comum, que compreendem uma área de SPA (com piscina
aquecida, banho turco, sauna,
duche suíço, jacuzzi, zona de rela-
xamento, ginásio equipado, sala de
fitness) e um terraço ajardinado,
com piscina exterior e tanque separado para crianças. Trata-se de facto
de um projecto abrangente, e com
uma oferta muito completa e diversificada”, sublinha o arquitecto. Miguel Saraiva, refere que “hoje em
dia é muito difícil ser-se inovador
no segmento residencial, particularmente, em contexto urbano e em
sociedades modernas e muito padronizadas. A inovação faz-se, cada
vez mais, através de pormenores.
Neste projecto introduzimos um
novo conceito relacionado com o
bem-estar, aliando o conforto do lar
à monitorização dos parâmetros básicos da saúde, um conceito novo,
que acreditamos possa ser mais um
factor diferenciação e criador de
mais-valia”. Para além disto, Miguel
Saraiva destaca o jardim com piscina para uso exclusivo dos moradores, que embora não seja
considerada uma solução inovadora
é uma “preciosidade no centro de
Lisboa e seguramente um elemento
diferenciador da concorrência e
uma mais-valia extraordinária”.
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“Hoje em dia é muito
difícil ser-se inovador no
segmento residencial”
09-06-2014
tornaram mais claro, o tipo de proposta imobiliária. Se olharmos
com um pouco mais de atenção,
verificamos que as tipologias maiores estão localizadas, preferencialmente, nos pisos mais altos do
edifício, com melhores vistas, e que
além das lojas ao nível da rua existem também, habitações do tipo
‘Loft’, no corpo mais baixo, do lado
do jardim da Gulbenkian. Na cobertura do edifício existe ainda um
apartamento especial, sofisticado e
diferente de todos os outros, a
Penthouse. No que diz respeito às
fachadas, a relação com a envolvente foi determinante, o edifício
tem duas frentes urbanas: uma
para a Av. Antonio Augusto Aguiar,
uma importante via urbana, e a
outra para a Rua Dr. Nicolau de
Bettencourt e a Fundação Gulbenkian, com um dos jardins mais emblemáticos da cidade de Lisboa.
Embora as fachadas tenham uma
relação clara entre si, e façam evidentemente parte do mesmo todo,
também é manifesto que apresentam uma relativa independência
que foi afectada pela envolvente
“A especificidade de cada sítio é
sempre decisiva em qualquer
projecto, e neste caso, também,
não foi diferente. A localização
é excelente”, Miguel Saraiva
mais próxima”, explicou ao Construir Miguel Saraiva. A “imponente
fachada” é uma das características
destacadas pelo proprietário do
empreendimento e sobre a qual
Miguel Saraiva assumiu ter sido
“um exercício muito interessante e
único”. “O projecto previa (cinco)
tipologias de apartamentos, e no
final, os dois pisos mais altos do
edifício, ficaram diferentes dos restantes. Esta particularidade dificultava, e muito, a composição e o
desenho dos alçados de forma racional e coerente. O grande desafio
foi conseguir desenhar os alçados
com uma lógica própria, de maneira a integrar bem as diferenças
entre pisos, garantindo uma leitura
de conjunto homogénea. Foi então
que o contexto e a envolvente entraram em jogo”. De acordo com o
arquitecto, “na fachada principal,
do lado da Avenida António Augusto Aguiar, as janelas vão diminuindo de tamanho de cima para
baixo, e à medida que estão mais
próximas da rua, ficam mais pequenas. A fachada torna-se mais fechada para proteger do ruído os
apartamentos mais próximos da
rua. Quanto mais alto, e mais afastadas da rua estão, mais transparentes e melhores vistas têm os
apartamentos”. Por outro lado,
continua, “no alçado de trás, voltado para a Fundação Calouste
Gulbenkian, sucede exactamente o
contrário, ou seja, as janelas aumentam de tamanho de cima para
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