ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Tractocile 7,5 mg/ml, solução injectável 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Um ml da solução contém 7,5 mg de atosiban base livre sob a forma de acetato de atosiban. Para os excipientes ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável. Cada frasco contém 6,75 mg de atosiban. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tractocile está indicado para atrasar o parto prematuro iminente em mulheres grávidas com: contracções uterinas regulares com, pelo menos, 30 segundos de duração com frequência de ³ 4 cada 30 minutos. uma dilatação cervical de 1 a 3 cm (0 a 3 para nulíparas) e um apagamento de ³ 50%. idade ³ 18 anos uma idade gestacional de 24 a 33 semanas completas uma frequência cardíaca fetal normal 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Tractocile deve ser iniciado e acompanhado por um médico experiente no tratamento do parto prematuro. Tractocile é administrado por via intravenosa em três fases sucessivas: uma dose bólus inicial (6,75 mg), efectuada com Tractocile 7,5 mg/ml solução injectável, imediatamente seguida por uma perfusão contínua de dose elevada (perfusão de carga 300 mg/minuto) de Tractocile 7,5 mg/ml concentrado para solução para perfusão durante três horas, seguida por uma dose mais baixa de Tractocile 7,5 mg/ml concentrado para solução para perfusão (perfusão subsequente 100 mg/minuto) até 45 horas. A duração do tratamento não deve ultrapassar 48 horas. A dose total administrada durante um ciclo terapêutico completo com Tractocile de preferência não deve, exceder 330 mg de substância activa. A terapia intravenosa utilizando a injecção de bólus inicial deve ser iniciada logo que possível após um diagnóstico de trabalho de parto prematuro. Uma vez injectado o bólus, prosseguir com a perfusão (Ver Resumo das Características do Produto Tractocile 7,5 mg/ml, concentrado para solução para perfusão). No caso de persistência das contracções uterinas durante o tratamento com Tractocile, deve considerar-se uma terapia alternativa. Não há dados disponíveis relativos à necessidade de ajustes das doses em doentes com perturbação renal ou hepática. O quadro seguinte mostra a posologia completa da injecção de bólus seguida pela perfusão: 2 Fase Regime Taxa de perfusão/ injecção Dose de Atosiban 1 Bólus intravenoso de 0,9 ml mais de 1 minuto 6,75 mg 2 3 horas de perfusão de carga 24 ml/hora intravenosa 18 mg/hora 3 Perfusão intravenosa 6 mg/hora 8 ml/hora Subsequente Re-tratamento No caso de haver necessidade um re-tratamento com Tractocile, este deve começar também com uma injecção de bólus de Tractocile 7,5 mg/ml, solução injectável seguida pela perfusão com Tractocile 7,5 mg/ml, concentrado para solução para perfusão. 4.3 Contra-indicações Tractocile não deverá ser utilizado nas seguintes condições: - Tempo de gestação inferior a 24 semanas ou superior a 33 semanas completas Ruptura prematura das membranas com > de 30 semanas de gestação Atraso no crescimento intra-uterino e frequência cardíaca fetal anormal Hemorragia uterina antes do parto exigindo o nascimento imediato Eclâmpsia e pré-eclâmpsia graves exigindo o nascimento Morte fetal intra-uterina Suspeita de infecção intra-uterina Placenta prévia Descolamento da placenta Quaisquer outras condições da mãe ou do feto, em que a continuação da gravidez seja perigosa Hipersensibilidade conhecida à substância activa ou a qualquer dos excipientes. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Quando o Tractocile é utilizado em doentes nos quais não se pode excluir a ruptura prematura das membranas, os benefícios de atrasar o parto devem ser pesados relativamente ao risco potencial de corioamnionite. Não há experiência de tratamento com Tractocile em doentes com perturbação da função renal ou hepática (ver secções 4.2, Posologia e modo de administração e 5.2, Propriedades Farmacocinéticas). Tractocile não foi utilizado em doentes com localização anormal da placenta. Existe apenas uma experiência clínica limitada na utilização do Tractocile em caso de gravidez múltipla ou no grupo de idade gestacional entre as 24 e as 27 semanas devido ao número reduzido de doentes tratadas. Assim, os benefícios do Tractocile nestes subgrupos são incertos. O re-tratamento com Tractocile é possível, mas apenas existe disponível uma experiência clínica limitada relativa a re-tratamentos múltiplos, até 3 re-tratamentos (ver secção 4.2, Posologia e modo de administração). No caso de atraso do crescimento intra-uterino, a decisão de continuar ou de reiniciar a administração do Tractocile depende da avaliação da maturidade fetal. A monitorização das contracções uterinas e da frequência cardíaca fetal durante a administração do Tractocile e em caso de contracções uterinas persistentes deve ser tida em consideração. 3 Sendo um antagonista da oxitocina, o atosiban pode, teoricamente, facilitar a relaxação uterina e a hemorragia pós-parto, por isso qualquer hemorragia posterior ao parto deve ser monitorizada. No entanto, durante os ensaios clínicos não se observou contração uterina inadequada após o parto. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção É pouco provável que o atosiban esteja envolvido em interacções fármaco-fármaco mediadas pelo citocromo P450 assim como investigações in vitro têm demostrado que o atosiban não é um substracto para o sistema citocromo P450 e não inibe as enzimas citocromo P450 que metabolizam o fármaco. Foram efectuados estudos de interacção em voluntários sãos do sexo feminino aos quais estava a ser administrado betametasona e labetalol. Não foi observada qualquer interacção clinicamente relevante entre o Tractocilee a betametasona. Quando o Tractocilee o labetalol foram administrados em simultâneo, a Cmax do labetalol diminuiu para 36% e o Tmax. aumentou para 45 minutos. Contudo, a extensão da biodisponibilidade do labetalol no que respeita a AUC não foi alterada. A interacção observada não foi clinicamente relevante. O labetalol não teve um efeito farmacocinético sobre o Tractocile. Não foram efectuados estudos de interacção com antibióticos, alcalóides ergotamina, e outros agentes anti-hipertensivos diferentes do labetalol. 4.6 Gravidez e aleitamento Tractocile apenas deve ser utilizado quando for diagnosticado um trabalho de parto prematuro nos tempos de gestação entre 24 e 33 semanas completas. Em ensaios clínicos com o Tractocile não foram observados efeitos na lactação. Ficou provado que pequenas quantidades de atosiban passam do plasma para o leite materno em mulheres que amamentam. Estudos de embriotoxicidade não demonstraram efeitos tóxicos do atosiban. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não aplicável. 4.8 Efeitos indesejáveis Em ensaios clínicos foram descritos efeitos indesejáveis possíveis do atosiban na mãe durante a utilização de Tractocile. Os efeitos indesejáveis observados foram, geralmente, de gravidade ligeira. No total, 48% das doentes tratadas com Tractocile sofreram efeitos indesejáveis. No caso do recém-nascido, os ensaios clínicos não revelaram quaisquer efeitos indesejáveis específicos do atosiban. Os efeitos adversos do bebé situavam-se na gama da variação normal e foram comparáveis com as incidências registadas tanto no grupo do placebo como no grupo beta-mimético. Os efeitos indesejáveis maternos consistiram no seguinte: Muito comuns (>10%) Comuns (1-10%) Náuseas. Perturbações do sistema nervoso central e periférico: dor de cabeça, tonturas Organismo em geral – perturbações de ordem geral: afrontamentos Perturbações do sistema gastrintestinal: vómitos Perturbações cardiovasculares: taquicardia, hipotensão Perturbações no local da aplicação: reacção no local da injecção Perturbações metabólicas e nutricionais: hiperglicémia 4 Pouco comuns (0,1-1%) Organismo em geral - perturbações de ordem geral: febre Perturbações psiquiátricas: insónia Perturbações cutâneas e dos membros: prurido, rash Raras (<0,1%) Foram referidos casos esporádicos de hemorragia uterina/atonia uterina. Nos ensaios clínicos a frequência não ultrapassou a dos grupos de controlo. Foi referido um caso de reacção alérgica considerado como sendo provavelmente relacionado com o atosiban. 4.9 Sobredosagem Foram referidos poucos casos de sobredosagem com Tractocile, que ocorreram sem quaisquer sinais ou sintomas específicos. Em caso de sobredosagem não existe nenhum tratamento específico conhecido. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo Farmacoterapeutico: Outros medicamentos ginecológicos. Código ATC: G02CX01 Tractocile contém atosiban (DCI), um peptídio sintético ([Mpa1, D-Tyr(Et)2, Thr4, Orn8]-oxitocina) que é um antagonista competitivo da oxitocina humana a nível do receptor. Em ratos e cobaias, o atosiban mostrou ligar-se a receptores de oxitocina, diminuir a frequência das contracções e o tónus da musculatura uterina, resultando numa supressão das contracções uterinas. Atosiban mostrou também ligar-se ao receptor da vasopressina inibindo, assim, o efeito da vasopressina. Em animais, o atosiban não exibiu efeitos cardiovasculares. No trabalho de parto prematuro da mulher, o atosiban na dosagem recomendada antagoniza as contracções uterinas e induz a latência uterina. O início da relaxação do útero após a administração de atosiban é rápido, sendo as contracções uterinas significativamente reduzidas no espaço de 10 minutos para atingir a latência uterina estável (£ 4 contracções/hora) durante 12 horas. Ensaios clínicos de Fase III (estudos CAP-001) incluem dados referentes a 742 mulheres que foram diagnosticadas com trabalho de parto prematuro às 23 a 33 semanas de gestação e que foram aleatoriamente seleccionadas para receber tratamento com Tractocile (de acordo com a rotulagem) ou b-agonista (dose-titulada). Os critérios primários: o resultado de eficácia primário foi a proporção de mulheres que não deram à luz e que não necessitaram de tocolise alternativa num período de 7 dias após o início do tratamento. Os dados mostraram que 59,6% (n=201) e 47,7% (n=163) das mulheres tratadas com atosiban e bagonista, respectivamente, não deram à luz e não necessitaram de tocolise alternativa durante 7 dias após o início do tratamento. A maioria dos insucessos do tratamento no CAP-001 foram causados pela baixa tolerabilidade. Os insucessos do tratamento causados por eficácia insuficiente foram significativamente (p=0,0003) mais frequentes nas mulheres tratadas com atosiban (n=48, 14,2%) do que nas tratadas com b-agonista (n=20, 5,8%). Nos estudos CAP-001 a probabilidade das mulheres que não deram à luz e que não necessitaram de tocolíticos alternativos durante 7 dias após o início do tratamento foi similar para as mulheres tratadas com atosiban e tratadas com beta-miméticos com uma idade gestacional de 24-28 semanas. Contudo, este resultado é baseado numa amostra muito pequena (n=129 de doentes). 5 Os critérios secundários: os parâmetros de eficácia secundária incluem a proporção de mulheres que não deram à luz durante as 48 h após o início do tratamento. Em relação a este parâmetro não existiu diferença entre o grupo de atosiban e o grupo beta-mimético. A idade gestacional média (DS) na altura do parto era a mesma nos dois grupos: 35,6 (3,9) e 35,3 (4,2) semanas para o grupo com atosiban e o grupo com b-agonistas, respectivamente (p=0,37). A admissão a uma unidade de cuidados intensivos neonatais (UCIN) foi semelhante para ambos os grupos de tratamento (aproximadamente 30%), tal como o foi a duração do internamento e a terapia de ventilação. O peso médio (DS) à nascença foi de 2491 (813) g no grupo com atosiban e 2461 (831) g no grupo com b-agonistas (p=0,58). Os resultados fetais e maternos aparentemente não diferiram entre o grupo com atosiban e o grupo com b-agonista, mas os estudos clínicos não poderam comprovar uma possivel diferença. Das 361 mulheres que receberam tratamento com Tractocile nos estudos da fase III, 73 receberam, pelo menos, um re-tratamento, 8 receberam, pelo menos, 2 re-tratamentos e 2 receberem 3 retratamentos (ver secção 4.4, Advertências e Precauções Especiais de Utilização). 5.2 Propriedades farmacocinéticas Em voluntárias saudáveis não grávidas recebendo perfusões de Tractocile (10 a 300 mg/min durante 12 horas), as concentrações plasmáticas em estado estacionário aumentaram proporcionalmente à dose. Ficou provado que a depuração, o volume de distribuição e a semi-vida são independentes da dose. Em mulheres em trabalho de parto prematuro que recebem Tractocile por perfusão (300 µg/min durante 6 a 12 horas), as concentrações plasmáticas de estado estacionário foram atingidas uma hora após o início da perfusão (média 442 ± 73 ng/ml, limites 298 a 533 ng/ml). Após a conclusão da perfusão, a concentração plasmática diminuiu rapidamente com uma semi-vida inicial (tα) e final (tβ) de 0,21 ± 0,01 e 1,7 ± 0,3 horas, respectivamente. O valor médio da depuração foi de 41,8 ± 8,2 l/h. O valor médio do volume de distribuição foi de 18,3 ± 6,8 l. Em mulheres grávidas a ligação do atosiban às proteínas plasmáticas é 46% a 48%. Não se sabe se difere substancialmente a fracção livre no compartimento materno e fetal. O atosiban não se divide pelos glóbulos vermelhos. Atosiban atravessa a placenta. Após uma perfusão de 300 µg/min em mulheres grávidas saudáveis de termo, a relação de concentração de atosiban fetal/maternal foi de 0,12. Foram identificados dois metabolitos no plasma e na urina em voluntárias. As taxas do metabólito 9 1 2 4 8 principal M1 (des-(Orn , Gly-NH2 )-[Mpa , D-Tyr(Et) , Thr ]-oxitocina) para as concentrações de atosiban no plasma foram de 1,4 e 2,8 na segunda hora e no fim da perfusão, respectivamente. Não se sabe se o M1 se acumula nos tecidos. O atosiban é detectado apenas em pequenas quantidades na urina, sendo a sua concentração urinária 50 vezes inferior à do M1. A proporção de atosiban eliminada nas fezes não é conhecida. O metabolito principal M1 é aproximadamente tão potente como o composto percursor na inibição das contracções uterinas induzidas pela oxitocina in vitro. O metabolito M1 é excretado no leite (ver a secção 4.6, Gravidez e Lactação). Não existe experiência com tratamento com Tractocile em doentes com perturbação da função renal ou hepática (ver secções 4.2, Posologia e modo de administração e 4.4, Advertências e precauções especiais de utilização). No homem é pouco provável que o atosiban iniba as isoformas do citocromo P450 hepático (ver secção 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacções) 6 5.3 Dados de segurança pré-clínica Não se observaram efeitos tóxicos sistémicos nos estudos de toxicidade intravenosa durante duas semanas (em ratos e cães) em doses que são aproximadamente 10 vezes superiores à dose terapêutica humana, e nos os estudos de toxicidade durante três meses em ratos e cães (até 20 mg/kg/dia s.c.). A dose subcutânea de atosiban mais elevada que não produz quaisquer efeitos adversos foi aproximadamente duas vezes a dose terapêutica humana. Os estudos sobre a toxicidade na reprodução não apresentaram efeitos nem nas mães nem nas crias. A exposição do feto do rato foi aproximadamente quatro vezes superior à recebida pelo feto humano durante perfusões intravenosas em mulheres. Estudos em animais demonstraram inibição da lactação idêntica à inibição de acção da oxitocina. Nos ensaios in vitro e in vivo o atosiban não provou ser oncogénico nem mutagénico. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Manitol, ácido clorídrico 1M e água para injectáveis. 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos sobre incompatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. Após a abertura do frasco, o medicamento tem que ser utilizado imediatamente. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C – 8°C. Guardar no recipiente de origem. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Um frasco de solução injectável para perfusão contém 0,9 ml. Frascos de vidro incolor, selados com borosilicato (tipo I) transparente com vedante cinzento de borracha de bromo-butil siliconisada, tipo I, e uma cápsula de remoção fácil de polipropileno e alumínio. 6.6 Instruções de utilização e manipulação Os frascos devem ser inspeccionados visualmente relativamente a partículas e descoloração antes da administração. Preparação da injecção intravenosa inicial: Retire 0,9 ml de um frasco de Tractocile 7,5 mg/ml, solução injectável rotulado com 0,9 ml e administre lentamente como uma dose bólus intravenosa durante um minuto, sob vigilância médica adequada numa unidade de obstetrícia. Tractocile 7,5 mg/ml, solução injectável deve ser utilizado imediatamente. 7 Na ausência de estudos de incompatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos (ver secção 6.2, Incompatibilidades). 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Ferring AB Soldattorpsvägen 5 Box 30 047 S - 20061 - Limhamn Suécia 8. NÚMERO NO REGISTO COMUNITÁRIO DE MEDICAMENTOS EU/1/99/124/001 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 20-01-2000 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO 8 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Tractocile 7,5 mg/ml, concentrado para solução para perfusão 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Um ml da solução contém 7,5 mg de atosiban base livre sob a forma de acetato de atosiban. Após a diluição feita de acordo com as instruções na secção 6.6 (Instruções de utilização/manuseamento), a concentração de atosiban é 0,75 mg/ml. Para os excipientes ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Concentrado para solução para perfusão. Cada frasco contém 37,5 mg de atosiban. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tractocile está indicado para atrasar o parto prematuro iminente em mulheres grávidas com: contracções uterinas regulares com, pelo menos, 30 segundos de duração com frequência de ³ 4 cada 30 minutos. uma dilatação cervical de 1 a 3 cm (0 a 3 para nulíparas) e um apagamento de ³ 50%. idade ³ 18 anos uma idade gestacional de 24 a 33 semanas completas uma frequência cardíaca fetal normal 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Tractocile deve ser iniciado e acompanhado por um médico experiente no tratamento do parto prematuro. Tractocile é administrado por via intravenosa em três fases sucessivas: uma dose bólus inicial (6,75 mg), efectuada com Tractocile 7,5 mg/ml solução injectável, imediatamente seguida por uma perfusão contínua de dose elevada (perfusão de carga 300 mg/minuto) de Tractocile 7,5 mg/ml concentrado para solução para perfusão durante três horas, seguida por uma dose mais baixa de Tractocile 7,5 mg/ml concentrado para solução para perfusão (perfusão subsequente 100 mg/minuto) até 45 horas. A duração do tratamento não deve ultrapassar 48 horas. A dose total administrada durante um ciclo terapêutico completo com Tractocile, de preferência, não deve exceder 330 mg de substância activa. A terapia intravenosa utilizando a injecção de bólus inicial de Tractocile 7,5 mg/ml, solução injectável (ver Resumo das Características do Produto) deve ser iniciada logo que possível após um diagnóstico de trabalho de parto prematuro. Uma vez injectado o bólus, prosseguir com a perfusão. No caso de persistência das contracções uterinas durante o tratamento com Tractocile, deve considerar-se uma terapia alternativa. Não há dados disponíveis relativos à necessidade de ajustes das doses em doentes com perturbação renal ou hepática. O quadro seguinte mostra a posologia completa da injecção de bólus seguida pela perfusão: 9 Fase Regime Taxa de perfusão/ injecção Dose de Atosiban 1 Bólus intravenoso de 0,9 ml mais de 1 minuto 6,75 mg 2 3 horas de perfusão de carga 24 ml/hora intravenosa 18 mg/hora 3 Perfusão subsequente 6 mg/hora intravenosa 8 ml/hora Re-tratamento No caso de haver necessidade de um re-tratamento com Tractocile, este deve começar também com uma injecção de bólus de Tractocile 7,5 mg/ml, solução injectável seguido pela perfusão com Tractocile 7,5 mg/ml, concentrado para solução para perfusão. 4.3 Contra-indicações Tractocile não deverá ser utilizado nas seguintes condições: - Tempo de gestação inferior a 24 semanas ou superior a 33 semanas completas Ruptura prematura das membranas com > de 30 semanas de gestação Atraso no crescimento intra-uterino e frequência cardíaca fetal anormal Hemorragia uterina antes do parto exigindo o nascimento imediato Eclâmpsia e pré-eclâmpsia graves exigindo o nascimento Morte fetal intra-uterina Suspeita de infecção intra-uterina Placenta prévia Descolamento da placenta Quaisquer outras condições da mãe ou do feto, em que a continuação da gravidez seja perigosa Hipersensibilidade conhecida a substância activa ou a qualquer dos excipientes. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Quando o Tractocile é utilizado em doentes nos quais não se pode excluir a ruptura prematura das membranas, os benefícios de atrasar o parto devem ser pesados relativamente ao risco potencial de corioamnionite. Não há experiência de tratamento com Tractocile em doentes com perturbação da função renal ou hepática (ver secções 4.2, Posologia e modo de administração e 5.2, Propriedades Farmacocinéticas). Tractocile não foi utilizado em doentes com localização anormal da placenta. Existe apenas uma experiência clínica limitada na utilização do Tractocile em caso de gravidez múltipla ou no grupo de idade gestacional entre as 24 e as 27 semanas devido ao número reduzido de doentes tratadas. Assim, os benefícios do Tractocile nestes subgrupos são incertos. O re-tratamento com Tractocile é possível, mas apenas existe disponível uma experiência clínica limitada relativa a re-tratamentos múltiplos, até 3 re-tratamentos (ver secção 4.2, Posologia e modo de administração). No caso de atraso do crescimento intra-uterino, a decisão de continuar ou de reiniciar a administração do Tractocile depende da avaliação da maturidade fetal. 10 A monitorização das contracções uterinas e da frequência cardíaca fetal durante a administração do Tractocile e em caso de contracções uterinas persistentes deve ser tida em consideração. Sendo um antagonista da oxitocina, o atosiban pode, teoricamente, facilitar a relaxação uterina e a hemorragia pós-parto, por isso qualquer hemorragia posterior ao parto deve ser monitorizada. No entanto, durante os ensaios clínicos não se observou contração uterina inadequada após o parto. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção É pouco provável que o atosiban esteja envolvido em interacções fármaco-fármaco mediadas pelo citocromo P450 assim como investigações in vitro têm demostrado que o atosiban não é um substracto para o sistema citocromo P450 e não inibe as enzimas citocromo P450 que metabolizam o fármaco. Foram efectuados estudos de interacção em voluntários sãos do sexo feminino aos quais estava a ser administrado betametasona e labetalol. Não foi observada qualquer interacção clinicamente relevante entre o Tractocile e a betametasona. Quando o Tractocilee o labetalol foram administrados em simultâneo, a Cmax do labetalol diminuiu para 36% e o Tmax. aumentou para 45 minutos. Contudo, a extensão da biodisponibilidade do labetalol no que respeita a AUC não foi alterada. A interacção observada não foi clinicamente relevante. O labetalol não teve um efeito farmacocinético sobre o Tractocile. Não foram efectuados estudos de interacção com antibióticos, alcalóides ergotamina, e outros agentes anti-hipertensivos diferentes do labetalol. 4.6 Gravidez e aleitamento Tractocile apenas deve ser utilizado quando for diagnosticado um trabalho de parto prematuro nos tempos de gestação entre 24 e 33 semanas completas. Em ensaios clínicos com o Tractocile não foram observados efeitos na lactação. Ficou provado que pequenas quantidades de atosiban passam do plasma para o leite materno em mulheres que amamentam. Estudos de embriotoxicidade não demonstraram efeitos tóxicos do atosiban. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não aplicável. 4.8 Efeitos indesejáveis Em ensaios clínicos foram descritos efeitos indesejáveis possíveis do atosiban na mãe durante a utilização de Tractocile. Os efeitos indesejáveis observados foram, geralmente, de gravidade ligeira. No total, 48% das doentes tratadas com Tractocile sofreram efeitos indesejáveis. No caso do recém-nascido, os ensaios clínicos não revelaram quaisquer efeitos indesejáveis específicos do atosiban. Os efeitos adversos do bebé situavam-se na gama da variação normal e foram comparáveis com as incidências registadas tanto no grupo do placebo como no grupo beta-mimético. 11 Os efeitos indesejáveis maternos consistiram no seguinte: Muito comuns (>10%) Comuns (1-10%) Náuseas. Perturbações do sistema nervoso central e periférico: dor de cabeça, tonturas Organismo em geral - perturbações de ordem geral: afrontamentos Perturbações do sistema gastrintestinal: vómitos Perturbações cardiovasculares: taquicardia, hipotensão Perturbações no local da aplicação: reacção no local da injecção Perturbações metabólicas e nutricionais: hiperglicémia Pouco comuns (0,1-1%) Organismo em geral - perturbações de ordem geral: febre Perturbações psiquiátricas: insónia Perturbações cutâneas e dos membros: prurido, rash Raras (<0,1%) Foram referidos casos esporádicos de hemorragia uterina/atonia uterina. Nos ensaios clínicos a frequência não ultrapassou a dos grupos de controlo. Foi referido um caso de reacção alérgica considerado como sendo provavelmente relacionado com o atosiban. 4.9 Sobredosagem Foram referidos poucos casos de sobredosagem com Tractocile, que ocorreram sem quaisquer sinais ou sintomas específicos. Em caso de sobredosagem não existe nenhum tratamento específico conhecido. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo Farmacoterapeutico: Outros medicamentos ginecológicos. Código ATC: G02CX01 Tractocile contém atosiban (DCI), um peptídio sintético ([Mpa1, D-Tyr(Et)2, Thr4, Orn8]-oxitocina) que é um antagonista competitivo da oxitocina humana a nível do receptor. Em ratos e cobaias, o atosiban mostrou ligar-se a receptores da oxitocina, diminuir a frequência das contracções e o tónus da musculatura uterina, resultando numa supressão das contracções uterinas. Atosiban mostrou também ligar-se ao receptor da vasopressina inibindo, assim, o efeito da vasopressina. Em animais, o atosiban não exibiu efeitos cardiovasculares. No trabalho de parto prematuro da mulher, o atosiban na dosagem recomendada antagoniza as contracções uterinas e induz a latência uterina. O início da relaxação do útero após a administração de atosiban é rápido, sendo as contracções uterinas significativamente reduzidas no espaço de 10 minutos para atingir a latência uterina estável (£ 4 contracções/hora) durante 12 horas. Ensaios clínicos de Fase III (estudos CAP-001) incluem dados referentes a 742 mulheres que foram diagnosticadas com trabalho de parto prematuro às 23 a 33 semanas de gestação e que foram aleatoriamente seleccionadas para receber tratamento com Tractocile (de acordo com a rotulagem) ou b-agonista (dose-titulada). Os critérios primários: o resultado de eficácia primário foi a proporção de mulheres que não deram à luz e que não necessitaram de tocolise alternativa num período de 7 dias após o início do tratamento. 12 Os dados mostraram que 59,6% (n=201) e 47,7% (n=163) das mulheres tratadas com atosiban e bagonista, respectivamente, não deram à luz e não necessitaram de tocolise alternativa durante 7 dias após o início do tratamento. A maioria dos insucessos do tratamento no CAP-001 foram causados pela baixa tolerabilidade. Os insucessos do tratamento causados por eficácia insuficiente foram significativamente (p=0,0003) mais frequentes nas mulheres tratadas com atosiban (n=48, 14,2%) do que nas tratadas com b-agonista (n=20, 5,8%). Nos estudos CAP-001 a probabilidade das mulheres que não deram à luz e que não necessitaram de tocolíticos alternativos durante 7 dias após o início do tratamento foi similar para as mulheres tratadas com atosiban e tratadas com beta-miméticos com uma idade gestacional de 24-28 semanas. Contudo, este resultado é baseado numa amostra muito pequena (n=129 de doentes). Os critérios secundários: os parâmetros de eficácia secundária incluem a proporção de mulheres que não deram à luz durante as 48 h após o início do tratamento. Em relação a este parâmetro não existiu diferença entre o grupo de atosiban e o grupo beta-mimético. A idade gestacional média (DS) na altura do parto era a mesma nos dois grupos: 35,6 (3,9) e 35,3 (4,2) semanas para o grupo com atosiban e o grupo com beta-agonistas, respectivamente (p=0,37). A admissão a uma unidade de cuidados intensivos de neonatalogia (UCIN) foi semelhante para ambos os grupos de tratamento (aproximadamente 30%), tal como o foi a duração do internamento e a terapia de ventilação. O peso médio (DS) à nascença foi de 2491 (813) g no grupo com atosiban e 2461 (831) g no grupo dos b-agonistas (p=0,58). Os resultados fetais e maternos aparentemente não diferiram entre o grupo com atosiban e o grupo com b-agonista, mas os estudos clínicos não poderam comprovar uma possível diferença. Das 361 mulheres que receberam tratamento com Tractocile nos estudos da fase III, 73 receberam, pelo menos, um re-tratamento, 8 receberam, pelo menos, 2 re-tratamentos e 2 receberem 3 retratamentos (ver secção 4.4, Advertências e Precauções Especiais de Utilização). 5.2 Propriedades farmacocinéticas Em voluntárias saudáveis não grávidas recebendo perfusões de Tractocile (10 a 300 mg/min durante 12 horas), as concentrações plasmáticas em estado estacionário aumentaram proporcionalmente à dose. Ficou provado que a depuração, o volume de distribuição e a semi-vida são independentes da dose. Em mulheres em trabalho de parto prematuro que recebem Tractocile por perfusão (300 µg/min durante 6 a 12 horas), as concentrações plasmáticas de estado estacionário foram atingidas uma hora após o início da perfusão (média 442 ± 73 ng/ml, limites 298 a 533 ng/ml). Após a conclusão da perfusão, a concentração plasmática diminuiu rapidamente com uma semi-vida inicial (tα) e final (tβ) de 0,21 ± 0,01 e 1,7 ± 0,3 horas, respectivamente. O valor médio da depuração foi de 41,8 ± 8,2 l/h. O valor médio do volume de distribuição foi de 18,3 ± 6,8 l. Nas mulheres grávidas a ligação do atosiban às proteínas plasmáticas é 46% a 48%. Não se sabe se difere substancialmente a fracção livre no compartimento materno e fetal. O atosiban não se divide pelos glóbulos vermelhos. Atosiban atravessa a placenta. Após uma perfusão de 300 µg/min em mulheres grávidas saudáveis de termo, a relação de concentração de atosiban fetal/maternal foi de 0,12. Foram identificados dois metabolitos no plasma e na urina em voluntárias. As taxas do metabólito 9 1 2 4 8 principal M1 (des-(Orn , Gly-NH2 )-[Mpa , D-Tyr(Et) , Thr ]-oxitocina) para as concentrações de atosiban no plasma foram de 1,4 e 2,8 na segunda hora e no fim da perfusão, respectivamente. Não se sabe se o M1 se acumula nos tecidos. O atosiban é detectado apenas em pequenas quantidades na urina, sendo a sua concentração urinária 50 vezes inferior à do M1. A proporção de atosiban eliminada 13 nas fezes não é conhecida. O metabolito principal M1 é aproximadamente tão potente como o composto percursor na inibição das contracções uterinas induzidas pela oxitocina in vitro. O metabolito M1 é excretado no leite (ver a secção 4.6, Gravidez e Lactação). Não existe experiência com tratamento com Tractocile em doentes com perturbação da função renal ou hepática (ver secções 4.2, Posologia e modo de administração e 4.4, Advertências e precauções especiais de utilização). No homem é pouco provável que o atosiban iniba as isoformas do citocromo P450 hepático (ver secção 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacções) 5.3 Dados de segurança pré-clínica Não se observaram efeitos tóxicos sistémicos nos estudos de toxicidade intravenosa durante duas semanas (em ratos e cães) em doses que são aproximadamente 10 vezes superiores à dose terapêutica humana, e nos estudos de toxicidade durante três meses em ratos e cães (até 20 mg/kg/dia s.c.). A dose subcutânea de atosiban mais elevada que não produz quaisquer efeitos adversos foi aproximadamente duas vezes a dose terapêutica humana. Os estudos sobre a toxicidade na reprodução não apresentaram efeitos nem nas mães nem nas crias. A exposição do feto do rato foi aproximadamente quatro vezes superior à recebida pelo feto humano durante perfusões intravenosas em mulheres. Estudos em animais demonstraram inibição da lactação idêntica à inibição de acção da oxitocina. Nos ensaios in vitro e in vivo o atosiban não provou ser oncogénico nem mutagénico. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Manitol, ácido clorídrico 1M e água para injectáveis. 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos sobre incompatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. Depois do frasco ser aberto, a diluição tem que ser feita imediatamente. A solução diluída para administração intravenosa deve ser utilizada durante as 24 horas seguintes após a preparação. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C – 8°C. Guardar no recipiente de origem. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Um frasco de concentrado para solução para perfusão contém 5 ml. Frascos de vidro incolor, selados com borosilicato (tipo I) transparente com vedante cinzento de borracha de bromo-butil siliconisada, tipo I, e uma cápsula de remoção fácil de polipropileno e alumínio. 14 6.6 Instruções de utilização e manipulação Os frascos devem ser inspeccionados visualmente relativamente a partículas e descoloração antes da administração. Preparação da solução de perfusão intravenosa: Para perfusão intravenosa, no seguimento da dose bólus, o Tractocile 7,5 mg/ml, concentrado para solução para perfusão deve ser diluído numa das seguintes soluções: 0,9% p/v NaCl Solução de lactato de Ringer 5% p/v de solução de glucose Retire 10 ml da solução de um saco para perfusão de 100 ml e deite fora. Substitua por 10 ml de Tractocile 7,5 mg/ml, concentrado para solução para perfusão de dois frascos de 5 ml de forma a obter uma concentração de 75 mg de atosiban em 100 ml. A perfusão de carga é dada fazendo a perfusão de 24 ml/hora (isto é, 18 mg/hora) da solução preparada anteriormente durante um período de 3 horas sob vigilância médica adequada numa unidade de obstetrícia. Após três horas, a taxa de perfusão é reduzida para 8 ml/hora. Prepare mais sacos de 100 ml pelo mesmo processo descrito anteriormente para permitir que a perfusão seja contínua. Se utilizar um saco de perfusão com um volume diferente, deve fazer-se um cálculo proporcional para a preparação. Para obter uma dosagem exacta, recomenda-se a utilização dum dispositivo de perfusão controlada para regular a taxa de fluxo em gotas/min. Uma câmara de micro-gotejamento intravenosa pode proporcionar uma gama adequada de taxas de perfusão dentro dos níveis de dosagem recomendados para o Tractocile. Na ausência de estudos de incompatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos (ver secção 6.2, Incompatibilidades). Se for necessário administrar ao mesmo tempo outros fármacos por via intravenosa, a cânula intravenosa pode ser partilhada ou pode utilizar-se um outro local para administração intravenosa. Este procedimento permite o controlo independente e contínuo da taxa de perfusão. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Ferring AB Soldattorpsvägen 5 Box 30 047 S - 20061 - Limhamn Suécia 15 8. NÚMERO NO REGISTO COMUNITÁRIO DE MEDICAMENTOS EU/1/99/124/002 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 20-01-2000 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO 16