Gean Carlos Bodaneze1 Alexandra Tagata Zatti2 Resumo A cultura

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As políticas de incentivo na trajetória tecnológica no setor de cultivo da soja.
Gean Carlos Bodaneze1
Alexandra Tagata Zatti2
Resumo
A cultura da soja no mercado atual é de extrema importância à influência na
economia do estado e do país. A política governamental muda, dia-a-dia, e faz com que
a agricultura que é uma atividade de risco natural e também de risco financeiro não
possa prever com exatidão se terá ou não sucesso com a colheita. Com vistas nestas
políticas e na contribuição da tecnologia, o estudo pretende estudar a origem e os
incentivos dado ao homem do campo para uma economia sustentável.
Palavras chaves: Políticas; Incentivo; Tecnologia; Cultivo.
Introdução
Estudar as contribuições da tecnologia para o plantio e a cultura da soja no
mercado atual é de extrema importância à influência na economia do estado e do país.
As politicas para este setor estão na pauta das discussões governamentais com intuito de
promover ações que possam manter o homem no campo.
A mudança de postura da economia agrícola de subsistência passa
primeiramente pelos aspectos regionais (geografia) e se estende a outros fatores como
os aspectos físicos, culturais e sociais de um povo.
Através de uma metodologia simples este artigo pretende discutir qual a força
que exerce na economia mundial, especificamente o cultivo de grãos, em um tempo em
que tecnologia se funde com várias iniciativas de produção para a garantia e a
sobrevivência populacional, assim como o café e a cana de açúcar, culturas destacadas
no mercado mundial.
Optou-se por suprimir a metodologia para a parte introdutória do estudo.
Utilizou neste estudo bibliográfico Marconi e Lakatos (2010); Artigos Científicos e
materiais que tratam da agricultura, especificamente da soja, Embrapa (2010); e autores
como GASQUEZ (2010), com olhar de estudante, filho de agricultor interessando a
permanência do jovem no campo.
Graduando em: Ciências Contábeis – Faculdade Anglo Americano – Campus Chapecó. E-mail:
[email protected].
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Professora Mestre em Educação pela Universidade de Passo Fundo, UPF, RS; Especialista em
Psicopedagogia Institucional e Pedagoga pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó –
Unochapecó, SC. Docente responsável pela disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica – Faculdade
Anglo Americano, Campus Chapecó, SC. E-mail: [email protected]
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Referencial Teórico
A abordagem entre políticas de incentivos e as tecnologias no cultivo de grãos, e
uma das vertentes na economia, um que a inovação e extremamente importante para
garantir o aumento e sustentar que todo produtor seja ele de pequeno, médio, grande
porte, possa suprir a demanda de uma produção qualitativa.
Seguindo o curso da história a agricultura e uma atividade de cultivo, servindo
para a obtenção de alimentos e outras culturas para o desenvolvimento do país. E uma
atividade primária, ou seja, desde o período neolítico estas atividades eram ditas como a
principal forma de sustento dos povos, juntamente com a caça. Os grupos, ou clãs se
juntavam na missão de arar o solo, plantar, e cultivar plantações. A colheita era tida
como um momento de extremamente especial pelos diversos povos. (Senne, 2011)
Passando o tempo e com a evolução das culturas surgiram dois tipos de
agricultura de subsistência, ou seja, aquela que só produz os alimentos necessários para
o sustento das próprias famílias, sem objetivos de comercialização, utilizando técnicas
manuais de cultivo pelo próprio agricultor.
E a agricultura intensiva que visa os objetivos de lucro com a venda das matérias
– primas. Utiliza as tecnologias de ponta para obter altos níveis de produção, como
máquinas potentes, em que o trabalho braçal e a utilização de máquinas agrícolas é
compartilhado e aplicado na terra, passando a aumentar a produtividade. Esta
operacionalização é marca da agricultura moderna.
Segundo Viera Filho:
Deve-se destacar que a inovação na agricultura depende de um arcabouço
institucional capaz de gerar conhecimento publico e as oportunidades
tecnológicas, bem como da capacidade dos agentes produtivo de acumular
conhecimento. O Brasil é considerado um exemplo de excelência na
produção de conhecimento aplicando à cada produção. Além disso,
dependendo da região e do tipo de cultivo, são bem sucedidas as ações
empreendidas pelos agentes produtivos em termos de aumento da capacidade
de absorção de conhecimento externo. (2010, p. 67)
Esta ação no setor agrícola permitiu a criação das mais altas tecnologias para
campo. Só mesmo os produtores, agricultores e engenheiros agrônomos sabem o quanto
foi importante para o desenvolvimento da agricultura moderna brasileira.
Contribuições que na perspectiva e na necessidade de um planejamento
estratégico para o desenvolvimento na agricultura proporciona o crescimento
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sustentável para o fornecimento de alimento essencial. Ainda a economia corrobora com
um sistema produtivo incorporando as matrizes da inclusão da tecnologia,
especialmente neste estudo focado ao cultivo da soja.
1.1 Os passos tecnológicos para o setor de grãos
As atividades agrícolas no setor produtivo de grãos no Brasil nos últimos 10
anos conduzem neste cenário, a luta entre duas forças contrárias, uma delas resiste
aos processos de inovação decorrente a falta de conhecimento também um pouco de
preconceito. E a outra “que induz a análise de uma dinâmica tecnológica e
retardatária na visão externa ao setor produtivo”.
Viera Filho, comenta que:
A organização da atividade agrícola é definida em sentido amplo, envolvendo
não apenas as atividades a montante (indústrias fornecedoras de insumos) e a
jusante (indústrias logística e distribuidora) da unidade produtiva, como
também um amplo sistema de pesquisa, ciência e tecnologia. As inovações
relevantes na agricultura ocorrem ao longo da cadeia produtiva regional.
Uma nova descoberta, para se tornar inovação tecnológica – pelo fornecedor
ou por novas formas distributivas – passa tanto por uma avaliação técnica
(estudos agronômicos) como por um processo interno de adoção, o qual se
configura por meio de variáveis ambientais e socialmente determinadas.
(2010. p. 70)
Dadas as variáveis, esta difusão tecnológica avança para a adoção de políticas de
incentivos a partir de estudos interligados por organizações governamentais e de
fomento à pesquisa e produção.
No caso da soja muitos fatores contribuíram para que se tornasse uma
importante cultura no país, fatores comuns referentes às condições climáticas
estabeleceram uma maior semelhança com o “ecossistema” da região Sul do Brasil.
Conforme a Embrapa:
... o estabelecimento de um importante parque industrial de processamento
de soja, de máquinas e de insumos agrícolas, em contrapartida aos incentivos
fiscais do governo disponibilizados tanto para o incremento da produção,
quanto para o estabelecimento de agro-indústrias. (2004. p 03)
Com isso a soja foi abrindo fronteiras e semeando cidades transformando os
pequenos conglomerados em metrópoles, também apoiou ou foi à grande responsável
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pela aceleração da mecanização das fronteiras agrícolas, pela profissionalização e pelo
incremento do comércio bem como, impulsionou e interiorizou a agro-indústria
nacional. Há comparativos que a soja esteja sendo um fenômeno como foi à cana-deaçúcar e o café no Brasil colônia e também no império.
Ainda considerando as inovações neste setor tudo dependerá da competitividade
no mercado global, dos incentivos governamentais, do esforço conjunto do produtor e
dos compradores integralizando o escoamento da produção apoiada pelas novas
ferramentas tecnológicas.
Nesta perspectiva Vieira Filho fala que:
O grau de eficiência tecnológica se diferencia entre os produtores pela
variabilidade da capacidade de absorção de conhecimento externo (um fator
endógeno), que determina o aumento do estoque de conhecimento, e pela
diversidade climática e geográfica da agricultura (variável exógena), [...] a
mesma tecnologia de retorno produtivo diferenciado varia em função das
especificidades locais. Assim sendo, os recursos produtivos (financeiros,
gerenciais e naturais) estão distribuídos geograficamente de forma desigual.
(2010, p.76)
O futuro da soja brasileira avança em função dos modelos e das parcerias entre
os agricultores e sua associação de produção, utilizando o melhoramento genético
incrementando enormemente os cultivares; neste manejo integrado a redução de
agrotóxicos enriquece e garante a sustentabilidade positiva deste cultivo. Esta umidade
de produção busca por intermédio das tecnologias o aumento gradativo da escala
produtiva e a eficiência econômica com participação fundamental no mercado
brasileiro, que depende de políticas atuantes.
1.2 Políticas de incentivo da soja
O Brasil é um dos países que mais tem crescido no cenário mundial, a renda per
capita contribui com o crescimento acelerado do mercado de importação e
exportação de grãos, fato destacado para o cenário agrícola.
Estima-se que as tendências do quadro atual da agricultura do país se
concentram cada vez mais nas grandes propriedades do centro-oeste, em
detrimento das pequenas e médias propriedades da Região Sul, cujos
proprietários, por falta de competitividade na produção de grãos, tenderão
migrar para atividades agrícolas mais rentáveis (produção de leite, criação de
suínos e de aves, cultivo de frutas e de hortaliças, ecoturismo, entre outros), o
uso de mão de obra, “mercadoria” geralmente abundante. (Embrapa, 2004,
p.7)
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Analisar a política agrícola, por sua vez, envolve uma multiplicação de aspectos,
tendo em vista objetiva. Muitas vezes as políticas são avaliadas considerando objetivos
que não existiam ou não eram prioritários à época das da proposição. Os atuais
objetivos relacionados ao meio ambiente são exemplos clássicos. Entretanto, foi o apoio
às estratégias de desenvolvimento por intermédio da industrialização da substituição de
importações que contribuíram para o desenvolvimento econômico social do país.
Do ponto de vista socioeconômico atual os produtores rurais, mediante o uso
sustentável dos recursos naturais e como forma de incentivo, à produção da soja em
parceria com o governo federal tiveram a redução da taxa de juros, prazo de carência,
prazos maiores para pagamento no caso de estiagem.
Para o atendimento destas políticas foi criado Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar – (Pronaf), investimento que tem por objetivo
ajudar os produtores rurais, financiar as atividades agropecuárias e não agropecuárias
exploradas mediamente emprego direto da força do trabalho do produtor rural e de sua
família, entendendo-se por atividades não agropecuárias os serviços relacionados com
turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e outras prestações de serviço
no meio rural que sejam compatíveis com a natureza da exploração rural e com o
melhor emprego da mão de obra familiar.
Sendo assim agricultores familiares comprovem seu enquadramento mediante
apresentação da Declaração da Aptidão ao PRONAF válida.
1.3 Contabilidade no cultivo da soja.
Sabendo que o setor agrícola apresenta características peculiares, como por
exemplo, à dependência do clima, pois o trabalho se desenvolve ao ar livre, porém corre
grande risco causado pelo clima (secas, geadas, granizos) e também pelo ataque das
pragas e moléstias e por flutuação dos preços dos insumos.
É de extrema importância o uso da contabilidade como ferramenta de gestão
principalmente no que diz respeito ao levantamento dos custos de produção e o lucro no
cultivo da soja. A melhoria do solo, os insumos diretos, como a matéria prima e a mão
de obra, o seguro, a depreciação das máquinas e equipamentos, o processo de
preparação, semeadura, controle de pragas, a colheita, são estágios necessários ao
cultivo da soja que podem ser mensurados com a utilização da contabilidade.
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As ferramentas que podem ser utilizadas são análise de mercado, pesquisa de preços
de insumos, como fertilizantes, sementes, adubos, calcário, o levantamento dos custos, o
cálculo da mão de obra empregada, mesmo que seja rateado, pois sabe-se que o
agricultor utiliza-se de outras pequenas culturas, por exemplo, leite, suínos, aves, dentre
outros, o que dificulta afirmar e conhecer o tempo real empregado no cultivo específico
do soja.
No Brasil, o custo da mão de obra, especialmente a direta tem grande importância
no custo total de produção, em que chega a representar mais de 50% dos gastos diretos
de algumas culturas. (SANTOS; MARION, 2002).
O cálculo da depreciação das máquinas, e do custo de manutenção, como
revisão, óleo. O tempo empregado na colheita, custos das máquinas, do transporte até a
cooperativa, são informações que o próprio agricultor conhece, mas que na grande
maioria das vezes não é mensurada a fim de chegar no cálculo final que representará o
resultado positivo ou não, evidenciando o importância da utilização da ferramenta
“contabilidade”.
O cálculo dos custos e do percentual de lucro de uma lavoura de soja, permite
minimizar o risco conhecido, e ajudar na tomada de decisão, tendo em vista que no
cultivo agrícola temos os riscos imprevistos, como o clima, a seca, a geada, que por sua
vez, podem acabar com o lucro do plantio ou torná-lo prejuízo.
Considerações
Percebemos com este estudo inicial que a investigação dessa temática tem
possibilitado identificar um trajeto de pesquisa relacionado às políticas de incentivo na
trajetória tecnológica no setor de cultivo da soja.
De certa forma, e analisando o modelo instituído pelo governo as ações de
melhoria no plantio, apresentam algumas possibilidades promissoras para o homem do
campo no que se refere a dar maior qualidade na sua produção, deixando a agricultura
de subsistência e aderindo as novas formas de plantio.
Estas políticas mobilizam e utilizam em diversos contextos do trabalho do
agricultor todo um ordenamento necessário que venha a agregar valores crescentes e
ascendentes para uma economia que dá sustentabilidade a economia brasileira.
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O estudo pode brevemente trazer algo da história, assim como colaborar com a
iniciação cientifica de jovens agricultores que buscam estudar as novas tendências para
a agricultura familiar. Uma economia sustentável que toma rumo a partir do
desenvolvimento de conceitos estratégicos do que é a cultura, como ordená-la e como
garantir rentabilidade através do incentivo.
Considerando que a tarefa é muito além do que o estudo se propôs a Embrapa
(2010) no centro das análises, enfatizam a questão técnica e política como necessárias
para garantir o trabalho no campo.
Com este panorama traçado, analisando alguns estudos foi possível verificar o
quanto é preciso discutir e se levantam questões tais como: como manter o jovem no
campo utilizando as novas tecnologias? Como é constituído o saber da experiência de
vida com o saber aprendido na academia? Teria ele uma maior "relevância" sobre os
demais saberes? A investigação de questões como estas, entre outras referentes ao saber
docente, com certeza muito contribuirá para o desenvolvimento desse campo de
pesquisa na realidade brasileira, assim como para as orientações de políticas voltadas
para a agricultura.
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Referências:
GASQUES, José Garcia; FILHO, José E. R. Vieira; NAVARRO, Zander (org.). A
agricultura brasileira: desempenho, desafios e perspectivas. Brasília: Ipea, 2010.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de. Fundamentos da metodologia científica. 7.
ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MECANIZAÇÃO da agricultura. Disponível em: <
http://meioambiente.culturamix.com/agricultura/mecanizacao-da-agricultura >. Acesso
em: 10 mai. 2012.
O SOJA no Brasil. Disponível: <
http://www.cnpso.embrapa.br/producaosoja/SojanoBrasil.htm>. Acesso em 22 mai.
2012.
SENNE, Thiago. Agricultura Moderna. Disponível em:
<http://meioambiente.culturamix.com/agricultura/a-agricultura-moderna >. Acesso em:
16 mai. 2012.
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