Sistema de Abastecimento de Água da sede do Município de Salinas Belo Horizonte Outubro de 2014 123 1 ÍNDICE 1. IDENTIFICAÇÃO DA AGÊNCIA REGULADORA ......................................................................... 5 2. IDENTIFICAÇÃO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS ................................................................... 5 3. CARACTERÍSTICAS DA FISCALIZAÇÃO.................................................................................... 5 4. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 6 5. METODOLOGIA ............................................................................................................................ 6 6. REPRESENTANTES PRESENTES .............................................................................................. 6 7. CRONOGRAMA DE TRABALHO.................................................................................................. 7 8. ENTREVISTAS REALIZADAS ...................................................................................................... 7 9. 8.1. Prefeitura Municipal ..................................................................................................... 7 8.1. Ministério Público ......................................................................................................... 8 DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................. 8 10. SEGMENTOS OPERACIONAIS E UNIDADES FISCALIZADAS ............................................... 10 11. FATOS LEVANTADOS SOBRE O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ..................... 11 11.1. Captação Superficial .............................................................................................. 11 11.2. Estação de Tratamento da Água (ETA) .................................................................. 12 11.3. Elevatórias ............................................................................................................. 17 11.4. Reservatórios ......................................................................................................... 19 11.1. Inspeção Sanitária nos reservatórios...................................................................... 20 11.2. Rede de Distribuição .............................................................................................. 21 11.3. Controle de Qualidade da água .............................................................................. 22 12. FATOS LEVANTADOS – ATENDIMENTO AO PÚBLICO.......................................................... 25 12.1. Aspectos Gerais ..................................................................................................... 25 12.1. Disponibilidade de Documentos ............................................................................. 25 12.2. Prazos para execução dos serviços ....................................................................... 26 13. SITUAÇÃO CONTRATUAL ......................................................................................................... 26 14. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................ 26 2 15. CONSTATAÇÕES E NÃO CONFORMIDADES ......................................................................... 27 16. RECOMENDAÇÕES ................................................................................................................... 29 17. EQUIPE TÉCNICA ...................................................................................................................... 29 18. AGENTES DE FISCALIZAÇÃO .................................................................................................. 29 ANEXOS ANEXO I CROQUI ESQUEMÁTICO – SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA....... 30 ANEXO II AMOSTRA DE ORDENS DE SERVIÇO – SICOM COPASA...............................32 3 GLOSSÁRIO AAB Adutora de Água Bruta AAT Adutora de Água Tratada ARSAE-MG Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais BST Booster CMB Conjunto Motor-bomba COPASA Companhia de Saneamento de Minas Gerais DN Diâmetro Nominal EEAB Estação Elevatória de Água Bruta EEAT Estação Elevatória de Água Tratada ETA Estação de Tratamento de Água PMSB Plano Municipal de Saneamento Básico POP Procedimento Operacional Padrão RAP Reservatório Apoiado RDA Rede de Distribuição de Água REL Reservatório Elevado REN Reservatório Enterrado RSE Reservatório Semi-Enterrado SAA Sistema de Abastecimento de Água TQC Tanque de Contato UTR Unidade de Tratamento de Resíduos 4 1. IDENTIFICAÇÃO DA AGÊNCIA REGULADORA Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais – ARSAE-MG. Endereço: Cidade Administrativa - Rodovia Prefeito Américo Gianetti, nº 4.001 - Serra Verde – Edifício Gerais / 12º andar – BH / MG – CEP 31.630-901. Telefone: (31) 3915-8058 Fax: (31) 3915-2060 2. IDENTIFICAÇÃO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS Nome: Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA-MG Endereço: Rua Mar de Espanha, 525 – Santo Antônio – BH / MG – CEP 30.330-900 3. CARACTERÍSTICAS DA FISCALIZAÇÃO Tipo de Fiscalização Fiscalização Direta e Indireta Município Endereço Local Salinas End.: Praça Procópio Cardoso de Araújo, nº 35 – Bairro Centro. Telefone: (038) 3841-5057. Serviço Fiscalizado Ofícios Encaminhados Sistema de Abastecimento de Água Prestador: Ofício ARSAE-MG/DG N° 0536/2014 Prefeitura: Ofício ARSAE-MG/DG N° 0535/2014 Ministério Público: Ofício ARSAE-MG/DG N° 0534/2014 Período da Inspeção de Campo 25 a 29 de Agosto de 2014. 5 4. OBJETIVO O objetivo do Relatório de Fiscalização é descrever e detalhar o diagnóstico das condições técnicas e operacionais da prestação dos serviços de abastecimento de água, a cargo da COPASA - MG, na sede do município de Salinas. A ação de fiscalização direta e indireta realizada por fiscais credenciados visa a determinar o grau de conformidade do sistema auditado, em consonância com a legislação pertinente, especialmente, as Resoluções expedidas pela ARSAE-MG. 5. METODOLOGIA A metodologia para desenvolvimento da fiscalização compreendeu entrevistas iniciais com o Prefeito Municipal e com o Promotor de Justiça do Município, reunião de abertura com o Prestador de Serviços, além dos procedimentos de vistoria técnica, levantamentos em campo, análise e avaliação documental, obtenção de informações e dados gerais do sistema, identificação e frequência de ocorrências. A vistoria foi acompanhada por representante designado pelo Prestador de Serviços e pela equipe técnica local, que se encarregaram de explicar os processos operacionais e a funcionalidade de cada unidade e equipamento. 6. REPRESENTANTES PRESENTES Funcionário designado pelo Prestador: Vanderley Oliveira Soares – Encarregado do Sistema Equipe técnica local: Flávio L. Vita – COPASA / Gerente do Distrito Daniel Olavo da Silva – COPASA / Técnico esgoto Miguel Francisco Ferreira – COPASA / Técnico químico Orlando Minelli Filho – Auxiliar Administrativo/DVRE 6 7. CRONOGRAMA DE TRABALHO PERÍODO Terça-Feira 26/08/2014 Quarta-Feira 27/08/2014 Quinta-Feira 28/08/2014 Manhã - Reunião de abertura Prestador de Serviços. - Fiscalização SAA Salinas - Fiscalização SES Distrito Nova Matrona - Fiscalização SES e SAA - Salinas - Fiscalização SES Distrito Nova Matrona - Reunião de encerramento Prestador de Serviços Tarde - Reunião na Prefeitura Municipal de Salinas e Ministério Público. 8. ENTREVISTAS REALIZADAS 8.1. Prefeitura Municipal O agente de fiscalização da ARSAE-MG foi recebido pelo Prefeito, Sr. Joaquim Neres Xavier Dias. Inicialmente o técnico da ARSAE-MG explicou a razão e os objetivos da fiscalização técnicooperacional a ser realizada no município. Em seguida o Prefeito proferiu seus comentários acerca do serviço de abastecimento de água, o qual considera satisfatório. Entretanto, fez algumas considerações com relação ao ponto de captação de água de Salinas. Relatou que o ponto de captação de água da sede do município recebe contribuição do Rio Bananal e do Rio Salinas, o Rio Bananal recebe contribuição de esgoto e adubos dos povoados por onde passa e propõe então, que a captação deva ser um km a montante do ponto atual, somente no Rio Salinas, onde a qualidade da água é melhor. Ressaltou ainda, o descontentamento com o Prestador pela falta de investimento na barragem de captação e da qualidade da recomposição do pavimento após intervenções realizadas pelo prestador. Informou ainda, que o Plano Municipal de Saneamento (PMSB) foi elaborado pelos técnicos da Prefeitura. 7 8.1. Ministério Público O agente de fiscalização da ARSAE-MG foi recebido pelo Promotor de Justiça da Comarca de Salinas, Dr. Jean Ernane Mendes da Silva, o qual relatou não haver reclamações quanto à prestação do serviço de abastecimento de água em Salinas. 9. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA O sistema é composto pelas seguintes unidades operacionais (¹): - Captação Superficial – Rio Salinas: Captação Superficial Vazão (l/s) Outorga Rio Salinas 130 l/s. 33 l/s (Portaria nº003/90 - Concessão venceu em 2010) - 2 ETAs – Convencionais: Alvenaria de 80 l/s e pré-fabricada em fibra de vidro de 54 l/s – Coagulação, Floculação, Decantação, Filtração, Desinfecção e Fluoretação. - Capacidade Nominal: 134 l/s - Funcionamento médio diário – 18:38 horas/dia - A vazão média distribuída é de 61,77 l/s, conforme demanda de consumo. - Estações Elevatórias: Estação Elevatória Quantidade conjunto motobomba Bombeamento Montante Jusante EEAB 01 – Captação Rio Salinas (1+1) 40cv Rio Salinas EAB 02 - Desarenador EEAB 02 (1+1) 150cv EAB 02– Desarenador ETA EEAT – São José (1+1) 25cv RAP 01 Bairros: São José; Betel 1e2 EEAT – Bela Vista (1+1) 20cv RAP 01 Bairros: Bela Vista, Santa Mônica e Esplanada EEAT – São João (1+1) 2cv Rede de Distribuição Bairro Alto São João Poço de Contato REL – Bairro São Pedro EEAT – ETA (1+1) 7,5cv 8 - Adução: Adutora Descrição Água Bruta (AAB-01) Água Bruta (AAB-02) Água Tratada AAT São José Água Tratada AAT Bela Vista - DEFºFº / 36m / DN 400mm / DEFºFº / 2.700m / DN 300mm DEFºFº / 1.017m / DN 350mm / 203m / DN 200mm / 1.480m / DN 250mm DEFºFº / 880m / DN 150mm FºFº / 870m / DN 75mm Reservatórios: Reservatório Capacidade (m³) Função RAP-01 – ETA + RAP-02 – ETA 1.800 Abastecimento por gravidade da parte baixa da cidade de Salinas RAP-03 – São José + RAP-05 – São José 300 Abastecimento parte intermediária (Alto São José; Betel 1 e 2; Novo Panorama) RAP-06 – Bela Vista 200 REL-01 – ETA 50 TOTAL 2.350 Abastecimento parte alta (Bela Vista; Parte do São José; Santa Mônica e Parte da Esplanada) Lavagens dos filtros da ETA; Abastecimento do Bairro São Pedro e Caminhões Pipas Capacidade de Reservação Total do Sistema. - Rede de Distribuição: Extensão total – 177.290 metros (¹). - População Atendida: 39.329 habitantes (¹). - Número total de ligações prediais: 12.429 unidades (¹). - Residencial – 7.457 Comercial – 1.058 Industrial - 56 Pública - 197 Social – 3.661 Percentual de hidrometração: 100 %. A discriminação das características das unidades operacionais consta no croqui esquemático do sistema enviado pelo Prestador de Serviços – COPASA-MG (Anexo I). (¹) Informações fornecidas pelo Prestador durante a ação de fiscalização, 9 10. SEGMENTOS OPERACIONAIS E UNIDADES FISCALIZADAS Descrição Segmento Operacional Unidade Fiscalizada - Captação Superficial ETA - Casa de Química; - Laboratório; - Reservatório/Tanque de Contato; Tratamento. -- EAB 01 – Captação Rio Salinas; - EAB 02; - EAT – São José; - EAT – Bela Vista. - RAP-01 – ETA; - RAP-02 – ETA; - RAP-03 – São José; - RAP-05 – São José - RAP-06 – Bela Vista; - REL-01 – ETA. - Registro de Descarga: o Rua Basílio Santiago, nº 273 – Bairro São Pedro; o Rua Antônio Bernardino, nº 200 – Bairro Centro. - Coleta de Rede: o Escola Estadual Professor José Miranda. - Registro de Manobra: o Alameda das Acácias, nº 5 – Bairro São Miguel. Elevatórias Abastecimento de Água Reservatórios Rede de Distribuição Unidade de Atendimento ao Agência de Atendimento Rio Salinas. - Cadastro técnico. - Qualidade da Água. - Aspectos Gerais. - Prazo para execução dos serviços. Público 10 Descrição Abastecimento de Segmento Operacional Unidade Fiscalizada Água Unidade de Atendimento ao Agência de Atendimento Público Disponibilidade de documentos I – cópia Resolução ARSAE 40/2013; II – cópia da Resolução tarifária em vigor; III – cópia das “Tabelas de Preços e Prazos de Serviços não Tarifados”, homologadas pela ARSAE-MG; IV – um exemplar do Código de Defesa do Consumidor, nos termos da Lei Federal n° 12.291/2010; V – livro próprio com páginas numeradas para possibilitar as manifestações por escrito do público. 11. FATOS LEVANTADOS SOBRE O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA São listados neste capítulo os fatos apurados na inspeção de campo sobre o sistema de abastecimento de água da sede do município de Salinas e as informações coletadas junto ao Prestador de Serviços, no sentido de verificar o cumprimento da regulamentação expedida pela ARSAE-MG. 11.1. Captação Superficial Rio Salinas → Condições Operacionais da Captação Superficial As condições operacionais da captação superficial do Rio Salinas atendem aos requisitos estabelecidos na Resolução ARSAE-MG nº 040/2013 no que diz respeito aos critérios de segurança operacional da unidade. Captação: A unidade encontra-se identificada, pintada, cercada, em bom estado de conservação e boas condições de funcionamento (Fotos 01 e 02). 11 Foto 01 11.2. → Foto 02 Estação de Tratamento da Água (ETA) Condições Operacionais do Tratamento As condições operacionais das unidades do tratamento são satisfatórias. Área da ETA devidamente cercada, identificada e bom estado de conservação. São duas ETAs interligadas, uma de alvenaria com capacidade de 80 l/s e outra em fibra de vidro com capacidade de 54 l/s. Os equipamentos e a infraestrutura predial da estação de tratamento, em geral, estão bem cuidados/conservados. ETA - vista geral (Fotos 03 e 04). Chegada de água bruta. Foto 03 Foto 04 12 ETA em fibra de vidro - Floculadores, decantadores, filtros operando corretamente em bom estado de conservação (Foto 05). Possui Medidor de Vazão operando normalmente (Foto 06). Foto 05 Foto 06 ETA em concreto: Floculadores, decantadores (Foto 07) e filtros operando corretamente. Possui Medidor de Vazão operando normalmente (Foto 08). Foto 07 Foto 08 13 ETA em concreto: Vazamento no registro e nas paredes da ETA em pontos localizados. (Fotos 09 e 10). Foto 09 → Foto 10 Laboratório O operador da ETA – Sr Francisco Rodrigues Neto, está capacitado para realização das análises físico-químicas e bacteriológicas, bem como para a calibração dos equipamentos, em cumprimento da Portaria MS n.°2.914/2011. O laboratório possui bancada com fechamento inferior, pia, piso, paredes e teto em boas condições de manutenção (Fotos 11 e 12). Foto 11 Foto 12 14 O laboratório possui manual de Procedimento Operacional Padrão – POP dos equipamentos, com todas as técnicas e cuidados a serem observados para realização das análises. Possui equipamentos para determinação de cloro, cor, turbidez, flúor e pH, e os respectivos insumos estavam no prazo de validade. Os equipamentos apresentavam etiquetas de calibração. (Fotos 13 e 14). Foto 13 Foto 14 Foi realizada coleta de amostra da água para análise físico-química na ponta de rede e os resultados atendem aos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria MS n.° 2.914/2011 (Tabela 1). - Coleta de Ponta de Rede: Coleta ponta de rede – Escola Estadual Professor José Miranda e análise da água (Fotos 15 e 16). Foto 15 Foto 16 15 Tabela 01: Resultado das análises das amostras coletadas durante a fiscalização do SAA do Município de Salinas (26/08/2014) Local da Coleta Ponta de Rede Saída da ETA → Endereço físico - químicos pH turbidez cor flúor ≤ 2,50 0,71 6,7 0,36 1,6 ≤ 2,50 0,75 6,9 0,15 1,5 Unidade uH mg/L N.A. UT mg/L Valor Máximo Permitido - VMP 15 0,6 a 1,5 6,0 a 9,5 5,0 0,2 a 2,0 Escola Estadual Professor José Miranda ETA cloro Casa de Química Produtos químicos (cal) encostados nas paredes inadequadamente (Foto 17). Tanques de coagulantes protegidos adequadamente (Foto 18). Foto 17 Foto 18 Cilindros de cloro armazenados adequadamente, possui Kit C Parva (kit de emergência) (Fotos 19 e 20). Foto 19 Foto 20 16 Registro de controle operacional da ETA (Foto 21). Foto 21 11.3. → Elevatórias Condições Operacionais das Elevatórias As condições operacionais das unidades de recalque são satisfatórias, encontrando-se em bom estado de conservação e manutenção dos equipamentos, devidamente protegidas (Fotos 22 a 28). EEAB 01 – Captação Rio Salinas (Fotos 22 e 23). Foto 22 Foto 23 17 EAB 02 - (Fotos 24 e 25). Foto 24 Foto 25 EAT 01- Bela Vista (Fotos 26 e 27) e EAT 02– São José (Foto 26 e 28) Foto 26 Foto 27 Foto 28 18 11.4. → Reservatórios Condições Operacionais dos Reservatórios As condições operacionais das unidades de reservação são consideradas satisfatórias, encontrando-se em bom estado de conservação e manutenção e devidamente protegidas. RAP-01 – (Composto dois reservatórios interligados, um de 500m³ e outro de 400m³) (Foto 29). RAP-02 – (Composto dois reservatórios interligados, um de 500m³ e outro de 400m³) (Foto 30). Foto 29 RAP-03- São José – 100m³ (Foto 31). RAP-05 – São José - 200m³ (Foto 32). Foto 31 Foto 30 Foto 32 19 RAP-06 - Bela Vista - 200m³ (Fotos 33 e 34). Foto 33 Foto 34 REL-01 – ETA - 50m³ (Foto 35). Foto 35 11.1. Inspeção Sanitária nos reservatórios O Prestador de Serviços apresentou o controle de Lavagem e Desinfecção dos reservatórios citados acima, realizada em setembro/2013 e abril/2014. Ainda, apresentou os relatórios de Inspeção Sanitária em dezembro/2013, março e junho/2014, de acordo com o prazo estabelecido pela Resolução nº 40/2013 da ARSAE-MG. 20 Rede de Distribuição 11.2. → Condição Operacional da rede de distribuição As condições operacionais da rede de distribuição do município são consideradas adequadas, quando analisada a boa qualidade da água distribuída, embora tenha apresentado algumas amostras fora dos padrões, item 11.3, mas que, não se repetiram nos meses seguintes. Apresentou também, baixa incidência de vazamentos nos meses, indicados na Tabela 02, sendo o índice de perdas, registrado no IBO/IBG, de 27,33% do total produzido (média entre os meses de agosto de 2013 a julho de 2014). → Unidades Operacionais Fiscalizadas – Rede de Distribuição Durante a fiscalização da rede de distribuição de água, foram vistoriados os seguintes pontos: - - Registros de Descarga de Rede: o Rua Basílio Santiago, nº 273 – Bairro São Pedro; o Rua Antônio Bernadino, nº 200 – Bairro Centro. Registros de Manobra: o Alameda das Acácias, nº 5 – Bairro São Miguel; Salienta-se que foi possível verificar que os registros de descarga fiscalizados encontravam-se funcionando adequadamente e que não houve presença significativa de sedimentos na rede de distribuição. É importante ressaltar também que nos registros de manobra fiscalizados não havia presença de vazamentos. Foi solicitado o registro dos vazamentos ocorridos na rede de distribuição do Município e os prazos em que estes foram reparados. Verificou-se que os reparos dos vazamentos nos meses solicitados (abril/14 a julho/14) geraram uma média de 1,04 dias para adequação (Tabela 02). 21 Tabela 02: Média de Consertos de Vazamentos Número total de Vazamentos no mês Média de vazamentos por dia no mês Média de dias para o atendimento (Dias corridos) Abril/14 41 1,37 1,00 Maio/14 47 1,52 1,00 Junho/14 62 2,07 1,06 Julho/14 68 2,19 1,10 54,50 1,79 1,04 Meses Média Geral 11.3. Controle de Qualidade da água Após análise da documentação apresentada pelo Prestador de Serviços com relação à qualidade da água do SAA da sede do município de Salinas, constatou-se que os resultados das análises físico-químicas das águas coletadas na rede de distribuição, referentes aos meses de janeiro a junho/2014, não atendem aos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria MS n.° 2.914/2011. Ressalta-se 7 (sete) amostras de flúor estavam fora dos padrões e 4 (quatro) amostras com presença Coliformes Totais no mês de janeiro/2014; uma amostra de cor e uma amostra de turbidez fora dos padrões no mês de fevereiro/2014 e uma amostra de flúor e uma amostra de pH no mês de abril/2014 fora dos padrões. Assim, encontram-se evidenciados nos gráficos 01, 02, 03, 04 e 05 os valores máximos e mínimos das análises realizadas. 2,5 Gráfico 01 - Análises da Qualidade da Água - Parâmetro Cloro Salinas 2 1,5 2 1,4 1,5 1,3 1,2 1 1,3 2 Mínimo Registrado 1,2 1 1 0,8 0,5 Máximo Registrado Valor Máx. permitido Valor Mín. de Referência 0,5 0 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 22 12 Gráfico 02 - Análise da Qualidade da Água - Parâmetro Turbidez Salinas 9,89 10 Máximo Registrado Mínimo Registrado Valor Máx. permitido 8 6 4 1,86 2 0,3 0 jan/14 20 2 1,48 0,8 0,3 0,22 fev/14 mar/14 abr/14 1 0,76 0,29 0,27 mai/14 jun/14 Gráfico 03 - Análise da Qualidade da Água - Parâmetro Cor Salinas 18,5 18 16 14 Máximo Registrado Mínimo Registrado Valor Máx. permitido 12 12 10 8 5,7 6 3,9 2,9 4 2 0 2,1 2,6 jan/14 1,1 fev/14 1,1 mar/14 0,8 abr/14 1,3 mai/14 0,8 jun/14 23 1,6 Gráfico 04 - Análise da Qualidade da Água - Parâmetro Flúor - Salinas 1,4 1,2 1 1,2 0,95 0,95 0,8 0,6 0,8 0,8 0,65 0,65 0,66 0,59 0,55 0,79 0,8 0,4 0,2 Máximo Registrado Mínimo Registrado Valor Máx. permitido Valor Mín. de referência 0 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 Gráfico 05 - Análise da Qualidade da Água - Parâmetro pH Salinas 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 7,4 6,8 7,5 7,2 7 7,4 6,7 5,8 6,8 6,3 7 6,6 Máximo Registrado Mínimo Registrado Valor Máx. permitido Valor Mín. de referência jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 24 12. FATOS LEVANTADOS – ATENDIMENTO AO PÚBLICO 12.1. Aspectos Gerais Foram verificados no Posto de Atendimento os aspectos que envolvem a qualidade do atendimento aos usuários. As instalações físicas e a infraestrutura para atendimento foram consideradas adequadas (Fotos 36 e 37). Foto 36 12.1. Foto 37 Disponibilidade de Documentos No tocante à disponibilização de informações, verificou-se o cumprimento da Resolução Normativa ARSAE nº 040/2013, estando à disposição dos usuários a Resolução tarifária em vigor; “Tabelas de Preços e Prazos de Serviços não Tarifados”, homologadas pela ARSAE-MG; Código de Defesa do Consumidor e o livro para registro de manifestações (Foto 38). Foto 38 25 Prazos para execução dos serviços 12.2. A partir da amostra de ordens de serviços emitida no SICOM, foi possível examinar os pedidos de vistoria e ligação de água, solicitados pelos usuários, nos meses de fevereiro a julho/2014 (Tabela 03). Constatou-se a ocorrência de pedidos atendidos fora dos prazos estabelecidos pela Resolução n° 040/2013 da ARSAE-MG, conforme está demonstrado no Anexo II deste relatório. Tabela 03: Amostra de Ordens de Serviço – fevereiro a julho de 2014 Número total de pedidos Tipo de Serviço Maio/14 Jun/14 Jul/14 Número de Percentual pedidos de pedidos atendidos fora fora do do prazo. prazo Fev/14 Mar/14 Abril/14 Vistoria para Ligação de Água 60 93 75 100 94 129 00 00% Ligação de Água 35 78 66 84 75 103 10 2,27% 13. SITUAÇÃO CONTRATUAL O Contrato de Concessão firmado entre a Prefeitura de Salinas e o Prestador de Serviços, COPASA-MG, foi assinado em 15 de setembro de 1998. O referido contrato tem como objeto, em sua Cláusula Primeira, implantar, administrar e explorar diretamente ou indiretamente, com exclusividade, os Serviços Públicos de Esgotamento Sanitário, pelo prazo de 30 anos. E no parágrafo Primeiro, o prazo da concessão dos Serviços Públicos de Abastecimento de Água da Sede do Município de Salinas/MG, fica prorrogado por tempo coincidente com prazo da prestação dos Serviços Públicos de Esgotamento Sanitário no “caput” da presente cláusula. 14. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Sistema de Abastecimento de Água da sede municipal de Salinas é dotado de Plano de Emergência e Contingência local, cadastro da rede de distribuição de água e das adutoras de água bruta e tratada, entretanto, o cadastro não esta atualizado. Estes instrumentos são considerados fundamentais para uma adequada gestão operacional do sistema. A quantidade de água produzida atende a demanda de consumo da população, bem como a reservação atual, não se observando regiões com abastecimento intermitente ou descontinuidade no suprimento de água. 26 Não obstante, de acordo com os fatos apurados no item 11, constatou-se que as unidades do sistema de abastecimento de água não apresentam problemas operacionais assegurando à população o fornecimento de água em quantidade adequada e permitindo a operação do sistema de forma satisfatória. Vale ressaltar, que o Prefeito deseja a mudança do ponto de captação e que o Prestador faça investimentos para preservação do manancial explorado. Entretanto, sobre a mudança do ponto de captação, o Prestador informou que não foram detectados problemas no ponto utilizado e não fez menção específica quanto aos investimentos para preservação do manancial. O Plano Municipal de Saneamento (PMSB) foi elaborado pelos técnicos da Prefeitura. Tal plano é uma exigência da Lei federal 11.445/2007, marco regulatório do setor de saneamento. O Plano Municipal de Saneamento Básico é o resultado de estudos que objetivam planejar as ações e alternativas para a universalização dos serviços públicos, resultando na promoção do saneamento, da saúde pública e do meio ambiente. Com o Plano Municipal de Saneamento elaborado e devidamente aprovado, o município poderá firmar com o Prestador de Serviços o Contrato de Programa, definindo investimentos, metas e prazos, de modo que possa ter, o mais breve possível, os serviços de melhor qualidade e mais adaptados às suas reais necessidades. 15. CONSTATAÇÕES E NÃO CONFORMIDADES CONSTATAÇÃO – C1 Cadastro técnico atualizado: o Não possui cadastro técnico atualizado. NÃO CONFORMIDADE - C1 NC1 - A COPASA não está cumprindo o artigo 14 da Resolução nº 40/2013 da ARSAE-MG, transcrito a seguir: Art. 14 O prestador manterá as informações referentes aos sistemas públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário organizadas e atualizadas, sendo obrigatório: I – cadastro por usuário, de acordo com o art. 26 desta Resolução; II – registro da numeração do hidrômetro, de seu lacre e das datas de instalação e de verificação; III – croqui geral do sistema contendo a localização esquemática das unidades com suas características principais; IV – cadastro técnico atualizado das redes, contendo localização, diâmetro, extensão e tipo de material das tubulações; V – registro sobre as condições de operação das instalações dos sistemas públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário; e 27 VI – registro de restrições de disponibilidade de água e de paralisações do sistema superiores a 12 (doze) horas, conforme o art. 105 desta Resolução, contendo o motivo e as providências adotadas para o restabelecimento. CONSTATAÇÃO – C2 ETA: o Vazamento no registro e nas paredes da ETA, em pontos localizados. Casa de Química: o Produtos químicos encostados na parede. NÃO CONFORMIDADE – C2 NC1 - A COPASA não está cumprindo o artigo 8 da Resolução nº 40/2013 da ARSAE-MG, transcrito a seguir: Art. 8° O prestador de serviços executará, de forma constante, a conservação e a manutenção dos sistemas públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, mantendo-os em condições adequadas de operação, segurança e limpeza, obedecendo às normas e aos procedimentos técnicos pertinentes. § 1° O prestador deverá evitar vazamentos de água e extravasamentos de esgoto com a finalidade de prevenir perdas no sistema público de abastecimento de água ou contaminação do meio ambiente. § 2° O prestador, quando for informado da ocorrência de vazamentos nas redes de abastecimento de água ou de extravasamentos de esgoto sanitário, adotará medidas imediatas e manterá registros com as providências adotadas. CONSTATAÇÃO – C3 Amostra de ordens de serviço emitidas no SICOM fora do prazo. NÃO CONFORMIDADE NC3– A COPASA - MG não está cumprindo o artigo 65 da Resolução nº 40/2013 da ARSAEMG, transcrito a seguir: “Art. 65 A ligação, precedida de vistoria, será realizada dentro dos seguintes prazos, salvo o disposto nos artigos 55, 56 e 66 desta Resolução: I – em área urbana: 7 (sete) dias úteis, contados a partir da data de aprovação das instalações ou da liberação para realização da obra pelo poder executivo municipal; e II – em área rural: 10 (dez) dias úteis, contados a partir da data de aprovação das instalações. § 1° A vistoria destina-se a verificar a adequação do padrão de ligação, os dados cadastrais constantes do pedido de ligação e, se for o caso, aprovar as instalações. § 2° A vistoria deverá ocorrer no prazo de até 3 (três) dias úteis em áreas urbanas e até 5 (cinco) dias úteis em áreas rurais, a contar da comunicação pelo usuário sobre o atendimento das providências constantes no parágrafo anterior. (...)” 28 CONSTATAÇÃO – C4 Qualidade da Água Amostras fora dos padrões estabelecidos pelas Portarias MS n°2.914 de 2011 e n° 635 de 1975. NÃO CONFORMIDADE NC4 - A COPASA não está cumprindo o artigo 12º da Resolução nº 40/2013 da ARSAE-MG, transcrito a seguir: Art. 12 O prestador controlará, de acordo com Portaria n° 2.914 de 2011 do Ministério da Saúde, a qualidade e a potabilidade da água por ele distribuída para consumo humano com a finalidade de mantê-las nos padrões e níveis estabelecidos. § 1° O prestador deverá encaminhar, à autoridade de saúde pública competente, relatórios das análises dos parâmetros mensais, trimestrais e semestrais, com informações sobre o controle da qualidade da água, conforme modelo estabelecido pela referida autoridade. § 2° O prestador possibilitará acesso da ARSAE-MG aos resultados das análises de controle da qualidade da água disponibilizados aos órgãos competentes. § 3° O prestador deverá exigir dos fornecedores laudo de atendimento dos requisitos de saúde, estabelecidos em norma técnica da ABNT, para o controle de qualidade dos produtos químicos utilizados no tratamento da água. 16. RECOMENDAÇÕES 1) Adotar providência quanto à constatação mencionada nesse relatório a fim de atender a resolução Normativa ARSAE-MG nº 40/2013. 2) Promover ações no sentido de regularizar a vazão outorgada do ponto de captação de Salinas, uma vez que a vazão captada atualmente é de 134 l/s e a vazão outorgada de 33 l/s venceu em 2010. 3) Informar a ARSAE-MG e a Prefeitura quais medidas tomadas para preservação do manancial. 17. EQUIPE TÉCNICA Ronaldo Coelho de Freitas – MASP: 361.966-5 – Engenheiro Civil. 18. AGENTES DE FISCALIZAÇÃO Ronaldo Coelho de Freitas Belo Horizonte, outubro de 2014 29 ANEXO I CROQUI ESQUEMÁTICO – SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 30 31 ANEXO II AMOSTRA DE ORDENS DE SERVIÇO – SICOM COPASA 32 33