1 Introdução e histórico da fotossíntese FISIOLOGIA VEGETAL Profº: MSc. André Sellaro Frigoni A vida na Terra depende, em grande parte, da energia solar. A fotossíntese é o único processo de importância biológica capaz de coletar essa energia. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CONHECIMENTOS SOBRE FOTOSSÍNTESE Na Grécia antiga acreditava-se que as plantas obtinham do solo e da água todos os elementos necessários ao seu crescimento. No século 17, o médico Van Helmont cultivou uma planta em um jarro com terra, regando a planta somente com água da chuva. Ele observou bom crescimento da planta após 5 anos, mas a quantidade de terra no jarro quase não decresceu. Van Helmont concluiu que o material utilizado pela planta para o seu crescimento veio da água utilizada para regá-la. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CONHECIMENTOS SOBRE FOTOSSÍNTESE Na Grécia antiga acreditava-se que as plantas obtinham do solo e da água todos os elementos necessários ao seu crescimento. No século 17, o médico Van Helmont cultivou uma planta em um jarro com terra, regando a planta somente com água da chuva. Ele observou bom crescimento da planta após 5 anos, mas a quantidade de terra no jarro quase não decresceu. Van Helmont concluiu que o material utilizado pela planta para o seu crescimento veio da água utilizada para regá-la. Em 1727, o botânico inglês Stephan Hales observou que as plantas usavam principalmente o ar como fonte de nutrientes para o seu crescimento (Calvin, 1961) EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CONHECIMENTOS SOBRE FOTOSSÍNTESE Hales sugeriu que parte da nutrição da planta dependia da atmosfera, tendo a luz papel importante neste processo. Nesta época, ainda não se conhecia a composição química do ar e nem se tinha ideia de como acontecia à respiração dos animais. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CONHECIMENTOS SOBRE FOTOSSÍNTESE Os alquimistas*, tentando explicar o fenômeno da combustão, criaram a teoria de que quando, por exemplo, uma vela queimava havia a produção de uma “substância tóxica”, denominada flogisto (fluido produzido como resultado da combustão), que fazia com que o ar se tornasse impuro ou contaminado. * Alquimia é a palavra que indica uma ciência mística conhecida como química da Antiguidade ou da Idade Média, que tinha como principal objetivo a transmutação de um elemento em outro. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CONHECIMENTOS SOBRE FOTOSSÍNTESE Em 1771, o inglês Joseph Priestley descobriu que se um rato era colocado sob uma campânula juntamente com uma vela acesa, depois de algum tempo o animal morria. Sua interpretação foi que o ar estava contaminado devido a combustão da vela, a qual produzia “flogisto”. Quando ele substituiu o rato por uma planta, ela se desenvolveu normalmente. Isto foi interpretado por ele como sendo devido à capacidade que têm as plantas de purificar o ar, ou seja, de “desflogistá-lo”. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CONHECIMENTOS SOBRE FOTOSSÍNTESE Ao tomar conhecimento das experiências de Priestley, o cientista holandês Jan Ingen-Housz deu continuidade ao trabalho e em 1779 concluiu que a “purificação do ar” feita pelas plantas dependia da luz e que isto só ocorria nas partes verdes da planta. As partes não verdes (raízes, por exemplo) comportavam-se de maneira idêntica aos animais. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CONHECIMENTOS SOBRE FOTOSSÍNTESE Nesta época, o químico francês Antoine Lavoisier esclareceu o fenômeno da combustão, demonstrando que neste processo o que ocorre é o consumo de oxigênio com conseqüente liberação de gás carbônico, colocando por terra a teoria do flogisto. De posse desta informação, Ingen-Housz e o suíço Jean Senebier (1782) concluíram que o CO2 existente no ar era a fonte de carbono para a formação da matéria orgânica vegetal. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CONHECIMENTOS SOBRE FOTOSSÍNTESE As experiências até aqui relatadas eram qualitativas, mas o suíço Nicholas de Saussure (1804) deu um cunho mais quantitativo aos seus experimentos, podendo, assim, chegar a conclusão de que a água era também um reagente da FOTOSSÍNTESE. Além disto, ele demonstrou claramente que na presença de luz as plantas absorviam CO2 e liberavam O2 e que no escuro acontecia o inverso. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CONHECIMENTOS SOBRE FOTOSSÍNTESE Durante o restante do século XIX as contribuições dos alemães Julius Robert Meyer (1842) e Julius von Sachs (1864) permitiram entender a fotossíntese, não só como um processo de trocas gasosas mas, também, como um processo em que há síntese de matéria orgânica e transformação de energia luminosa em energia química. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CONHECIMENTOS SOBRE FOTOSSÍNTESE O estudo da fotossíntese ao longo de quase 300 anos, que acabamos de descrever, é um exemplo de como evolui o conhecimento científico. Pesquisadores de diferentes nacionalidades e com formação a mais diversificada, conseguiram construir uma doutrina coerente, através do trabalho paciente e organizado, em que foram sendo agrupados diversos conhecimentos como se fossem peças de um quebra-cabeça. Resumindo tudo o que foi visto até aqui podemos afirmar que: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CONHECIMENTOS SOBRE FOTOSSÍNTESE A fotossíntese é o resultado de uma série de reações fotoquímicas e bioquímicas. A COMBUSTÃO do TUNGSTÊNIO no filamento de uma lâmpada Conhecidas como ejeções de massa coronal, essa ondas na verdade são explosões que acontecem no Sol e lançam partículas no espaço. O fenômeno começou a ser notado no último domingo, quando uma grande explosão na região central do Sol produziu uma tempestade de ondas solares capazes de viajar a uma velocidade de 6,4 milhões de quilômetros por hora. A radiação começou a chegar à Terra uma hora mais tarde e continuará até quarta-feira, mas seu ápice será atingido ao longo do dia de hoje. Apesar da força do radiação, considerada a maior desde 2005, os danos não serão perceptíveis pela grande parte da população. De acordo com a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) dos Estados Unidos, o maior dano será uma tempestade geomagnética que poderá danificar, sobretudo, os satélites de comunicação que orbitam a Terra. As falhas na comunicação deverão trazer riscos mais eminentes apenas para vôos que operarem nas regiões próximas aos pólos e para astronautas que estiverem pelo espaço. Fotossíntese significa literalmente “síntese utilizando luz” LUZ 6 CO2 + 6 H2O → C6H12O6 CLOROFILA + 6 O2 2ª. Lei da Termodinâmica: Processos espontâneos tendem a ir de uma condição de alta energia para uma condição de baixa energia, dissipando energia térmica até que o equilíbrio seja alcançado, portanto: Fotossíntese é um processo termodinâmico não espontâneo; o contrário da respiração. Onde: conjunto de reações que transforma moléculas oxidadas, com baixo conteúdo de energia, em moléculas com elevado poder redutor e conteúdo de energia, além disso, é abrangente o processo envolvendo desde membranas até a planta toda, inclui reações que se processam em bilionésimos de segundos (fluxo de elétrons), até meses ano-1 (acúmulo de biomassa) Estima-se que seja responsável pela produção de: 2x1011 toneladas (200bilhões) de matéria orgânica ano-1 Elementos necessários para a realização da fotossíntese: CO2 Luz (energia) Água (fornece os elétrons, oxigênio e prótons) Fotorreceptores: clorofilas e carotenóides Sistemas coletores de energia (Fotossistemas I e II) ETAPAS DA FOTOSSÍNTESE (1) Reações Fotoquímicas (2) Reações Bioquímicas ou de Fixação do Carbono 19 Cloroplastos Estrutura de uma célula vegetal típica : a. Plasmodesmos, b.Membrana plasmática, c. Parede celular, 1.Cloroplasto (d. Membrana tilacóide, e.granum), 2. Vacúolo (f. Vacúolo, g.Tonoplasto), h. Mitocôndria, i. Peroxissomo, j.Citoplasma, k. Pequenas vesículas membranosas, l. Retículo endoplasmático rugoso, 3. Núcleo (m. Poro nuclear, n.Envelope nuclear, o. Nucléolo), p.Ribossomos, q. Retículo endoplasmático liso, r. Vesículas de Golgi, s. Complexo de Golgi, t.Citoesqueleto filamentoso. Pigmentos são substâncias que absorvem luz. Os pigmentos fotossintéticos geralmente estão associados à proteínas, as quais provém às moléculas a orientação e o posicionamento apropriado em relação às outras. Os pigmentos e as proteínas envolvidos na transferência de elétrons em conjunto, são chamados de CENTROS DE REAÇÃO A clorofila excitada é extremamente INSTÁVEL e ela pode retornar para o seu estado fundamental através dos seguintes processos: O mecanismo pelo qual a energia de excitação é passada da clorofila que absorve luz para o centro de reação, é conhecida como TRANSFERÊNCIA POR RESSONÂNCIA. Vídeo: Como funciona a fotossíntese 1/3