ANÁLISE DA FUNÇÃO FONATÓRIA DA LARINGE ANTES E

Propaganda
ANÁLISE DA FUNÇÃO FONATÓRIA DA LARINGE ANTES E DEPOIS DA
TAREFA DE FALA CONTÍNUA
Oliveira, S.F.; Garcia, D.M.; Ricz, H.M.A.; Aguiar-Ricz, L.N
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, RP
1. Objetivos
Na literatura é descrita o sintomas da fadiga
vocal pelo aumento no esforço de fala, tensão
nos ombros e no pescoço, dor na laringe e no
pescoço, fadiga laríngea, constrição laríngea,
dor ao deglutir, aumento de pigarro/tosse,
tendo como sinais associados a rouquidão,
soprosidade,
perda
da
voz,
quebra,
incapacidade de sustentação e redução no
alcance da freqüência1. Alguns autores
acreditam que vários mecanismos fisiológicos e
biomecânicos podem contribuir para a fadiga
2
vocal . O objetivo do estudo foi caracterizar a
função fonatória da laringe antes e depois da
tarefa de fala contínua por uma hora,
descrevendo a configuração glótica.
2. Métodos/Procedimentos
Para a composição da amostra foram utilizadas
imagens da videolaringoscopia de um banco de
dados de 20 participantes do sexo feminino
com idade entre 15 e 35 anos sem história de
disfonia. Foram excluidas imagens com
distorções, qualidade insatisfatória, sem nitidez
e/ou brilho, que impossibilitasse o traçado e
análise das medidas. Para a análise do registro
da videoestrobolaringoscopia foi editado uma
seqüência de imagens com aproximadamente
30
quadros
(frames)
por
segundo,
selecionando posições de máxima abertura e
fechamento das pregas vocais durante a
fonação e respiração. Para análise utilizou-se
o software ImageJ®, mensurando as três
imagens de cada situação de cada participante,
pré e pós a prova de fala contínua, sendo
essas medidas do comprimento ântero
posterior (AP), comprimento látero-lateral (LL),
da proporção glótica (PG), do comprimento da
fenda na prova de fala fase fechada (LF) e do
contorno da fenda na prova de fala fase aberta,
em que foi analisado a área e o perímetro. Foi
utilizado um fator de correção (SPEYER, 2005)
para a confiabilidade da avaliação dos dados.
3. Resultados
Foram analisadas 306 imagens da laringe pré e
pós - prova de fala contínua de 17 participantes
durante as funções respiratórias e fonatórias.
Na respiração, situação pré-prova os valores
encontrados foram: AP 258,69; LL 121,36; PG
0,47. Fase fonação mais fechada - AP 189,44;
LL 95,22; PG 0,50; LF 55,64. Fase fonação
mais aberta - AP 192,70; 95,18; PG 0,49; Área
1976,61; Perímetro 277,21. Já no Pós-prova
encontrou-se: Respiração - AP 260,96; LL
118,22; PG 0,45. Fase fonação mais fechada
AP 196,75; LL 96,43; PG 0,49; LF 61,03. Fase
fonação mais aberta AP 192,67; LL 95,07; PG
0,49; Área 2164,39; Perímetro 273,41.
4. Conclusões
Após a prova de fala identificou-se a elevação
da LF na fase mais fechada da fonação,
podendo caracterizar fadiga da musculatura.
No entanto, faz-se necessário tratamento
estatístico para confirmação de significância.
5. Referências Bibliográficas
1. Kostyk, B. E.; Rochet, A.P. Laryngeal airway
resistance in teachers with vocal fatigue: a
preliminary
study.
Journal
of
Voice,
Philadelphia, v. 12, no. 3, pg. 287-299, 1998.
2. Welhan, N. V.; Maclagan, M. A. Vocal
fatigue: current knowledge and future
directions. Journal of Voice, New York, v. 17,
n. 1, p. 21–30, 2003.
3. Speyer, R., Wieneke, G. H., Kersing, W.,
Dejonckere, P. H. Accuracy of measurements
on digital videostroboscopic images of the vocal
folds. Ann Otol Rhinol Laryngol, vol 114(6),
pg. 443-450, 2005.
Download