Aniversário, casamento, churrascada e comemoração de

Dr. Luiz Carlos Bertoni - CRM-PR 5779
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ALERGIA ALIMENTAR E AS COMEMORAÇÕES
Aniversário, casamento, churrascada e comemoração de modo
geral sao eventos alegres e divertidos. Os pais de uma criança ou
adulto alérgico a alimentos pode significar que as festas são motivos
de preocupação. A ingestão ou contato com um alimento em que a
pessoa é alérgica pode provocar uma reação grave.
A alergia inicia no sistema imune. Uma pessoa alérgica ao ovo
de galinha, o seu sistema imune identifica as proteínas encontradas
no ovo, como alérgenos. O sistema imune reage produzindo anticorpos
chamados imunoglobulina E (IgE). Estes anticorpos se ligam às
células de sua pele, pulmões e sistema gastrointestinal (GI). Se
pessoa entrar em contato novamente com o ovo de galinha ou seus
subprodutos. As suas células liberam diversas substâncias químicas,
entre elas a histamina, a qual provoca os sintomas alérgicos, tais
como prurido (coceira), urticária, edema (inchaço), diarréia,
dificuldade respiratória e uma reação potencialmente fatal chamado
anafilaxia (choque anafilático). Sem tratamento imediato, a pessoa
com a anafilaxia pode morrer.
Há uma grande diferença entre alergia e intolerância
alimentar. A alergia alimentar envolve o sistema imune, enquanto a
intolerância alimentar, não. A intolerância alimentar como exemplo a
intolerância à lactose, normalmente envolve o trato gastrointestinal,
provocando sintomas desconfortáveis, como dores abdominais,
náuseas, vômitos e diarréia, mas não há risco de anafilaxia.
ALÉRGENOS MAIS COMUNS
Leite de vaca
Ovo de galinha
Amendoim
*Frutos
do
(Camarão)
Trigo
mar Soja
*Castanhas
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*Alguns grupos de alimentos, em particular as castanhas e frutos do
mar, ás vezes, a alergia a um destes alimentos pode resultar na
pessoa ser alérgica a outros alimentos do mesmo grupo. Isto é
conhecido como reatividade cruzada. A reatividade cruzada para
outros alimentos não é comum.
A maioria dos alérgenos alimentares podem causar reações
alérgicas, mesmo depois que são cozidos ou tenham sido submetidos á
digestão no intestino. As pesquisas mostram que mais da metade das
crianças alérgicas a leite de vaca e ovo de galinha podem tolerar
leite muito aquecido e ovo em alimentos cozidos. Alguns alérgenos,
geralmente frutas e legumes podem causar reações alérgicas em
pessoas com alergia a polem, mas se consumido na sua forma crua.
Os sintomas nestes casos são normalmente limitados à boca e a
garganta.
DIAGNÓSTICO DE ALERGIAS ALIMENTARES
Um alergista com formação especializada e experiência para
determinar se os sintomas são causados por uma alergia alimentar ou
devido a outras doenças ligadas à alimentação, Enterocolite
induzida por proteína-alimentar (EIPA) ou Esofagite eosinofilica
(EE). (vide Panorama – Alergia Alimentar).
O alergista fará uma história clínica e a avaliação física completa.
O cliente ou pais serão questionados sobre os alimentos que comem, a
frequência, a gravidade e natureza dos sintomas. O tempo decorrido
entre o comer um alimento e o aparecimento da reação alérgica.
Os testes cutâneos de alergia podem determinar quais os
alimentos que, possam disparar os seus sintomas alérgicos. Em testes
cutâneos, uma pequena quantidade de extrato do alimento é colocada
no braço. Se aparecer uma pápula dentro de 20 minutos, indica uma
possível alergia. Se ele não aparecer a pápula, o teste é negativo. É
incomum que alguém com um teste de pele negativo tenham uma
alergia alimentar (mediada por IgE).
Em certos casos, como em paciente com eczema grave, um
teste cutâneo não pode ser feito. O alergista pode recomendar um
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exame de sangue. Resultado falso-positivo pode ocorrer tanto com
teste cutâneo como exame de sangue. Os exames de sangue para
detectar anticorpos IgG não são recomendados, uma vez que não
servem para diagnosticar alergias alimentares.
O teste de provocação alimentar pode confirmar o diagnóstico.
O médico fornece o alimento suspeito em um ambiente hospitalar para
determinar se o alimento provoca a reação alérgica. Os testes
alimentares não devem ser feito em outro ambiente.
TRATAMENTOS DE ALERGIAS ALIMENTARES
Atualmente, não existe cura para a alergia alimentar. Existem
muitos tratamentos em avaliação. Prevenção, educação e preparação
são chaves para lidar com alergia alimentar.
Embora a exposição á alérgenos alimentares aéreos (vapores do
alimento na cozinha) não costuma resultar em anafilaxia, mas pode
provocar coriza nasal e coceira nos olhos semelhante a uma reação em
contato com o pólen. No entanto, comendo uma pequena quantidade
do alimento, que fica nos utensílios de cozinha ou de uma fabrica de
processamento de alimentos, pode provacar uma reação com risco de
morte. É por isso que é importante ler os ingredientes nos rótulos
dos alimentos e fazer perguntas sobre os alimentos preparados são
uma parte essencial dos planos de prevenção.
As pessoas com alergia alimentar deve sempre levar
adrenalina autoinjetável (não existe no Brasil e nem adrenalina
1/1000 não é mais vendida em farmácia) para ser utilizado no
caso de um choque anafilático. Os sintomas de anafilaxia podem
incluir dificuldade em respirar, tonturas ou perda de consciência. Se a
pessoa tiver algum destes sintomas ao comer, use a adrenalina
autoinjetável e imediatamente ligue para o SAMU ou vá para um
hospial. Não espere para ver, peça ajuda médica.
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SUPERANDO A ALERGIA ALIMENTAR
A maioria das crianças podem superar suas alergias ao leite de
vaca, ovo de galinha, soja e/ou trigo, mesmo que tenha uma história
de reação grave. No entanto, a alergia ao camarão tende a persistir
até a idade adulta. O alergista que cuida do seu filho fará os testes
alérgicos para verificar se o tempo ajudou a resolvê-la.
DICAS IMPORTANTES
• Sempre perguntar sobre os ingredientes quando for comer em
restaurante, na casa de familiares ou de amigos.
• Leia atentamente os rótulos dos alimentos. No Brasil a rotulagem é feita
dos principais alérgenos alimentares e não em linguagem comum (leite, ovos,
nozes, trigo, amendoim, soja...).
• Transportar e saber como usar adrenalina autoinjetável e antihistamínicos para tratar reações de emergência. Ensine os membros da família
e outras pessoas próximas a você como usar adrenalina e use uma pulseira de
identificação para avisar da sua alergia. Se ocorrer uma reação, sempre tenha
alguém que possa levá-lo para o hospital, mesmo que os sintomas
desapareçam.
• Ao ir ao consultório de um alergista, você pode ter um diagnóstico
preciso, um plano de tratamento que funcione e informações educacionais para
ajudar você a gerenciar sua alergia.
IMPORTANTE
AS DÚVIDAS E PERGUNTAS DEVERÃO SER LEVADAS AO SEU ESPECIALISTA EM ALERGIA PARA
ESCLARECIMENTO.
As informações disponíveis no site www.alergiarespiratoria.com.br possui caráter informativo e educativo.
Dr. Luiz Carlos Bertoni
Member of Brazilian of Allergy and Clinical Immunology Society (ASBAI)
Member of World Allergy Organization (WAO)
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