UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITÓRIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETÓRIA DE PROJETOS ESPECIAIS MARKETING NO MERCADO GLOBALIZADO QUALIDADE NO ATENDIMENTO DO CONSUMIDOR Autor: Eliseu Molina Salles Orientador: Prof. Marco Antonio Chaves Rio de Janeiro,RJ, março/2001 1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITÓRIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETÓRIA DE PROJETOS ESPECIAIS MARKETING NO MERCADO GLOBALIZADO QUALIDADE NO ATENDIMENTO DO CLIENTE Autor: Eliseu Molina Salles Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do Grau de Especialista em Marketing. Rio de Janeiro,RJ, março/2001 2 AGRADECIMENTO Agradeço a todos que direta e indiretamente contribuiram para execução desta pesquisa. 3 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho de pesquisa a todos aqueles que estão envolvidos nos princípios do Marketing. 4 “O bom-senso é a coisa mais bem repartida deste Mundo, porque cada um de nós pensa ser dele tão bem provido, que mesmo aqueles que são mais difíceis de se contentar com qualquer outra coisa, não costumam desejar mais do que o que têm.” R. Descartes 5 SUMÁRIO Pag. 1. RESUMO...................................................................................... 6 2. INTRODUÇÃO............................................................................ 7 3. SATISFAÇÃO DO CLIENTE.................................................... 9 4. VALOR=QUALIDADE/PREÇO.............................................. 10 5. COMÉRCIO ELETRÔNICO................................................... 12 6. DIREITOS DO CONSUMIDOR ONLINE.............................. 15 7. DICAS DO PROCON................................................................ 16 8. FALTA DE FOCO.................. .................................................. 18 9. CORRIGINDO AS FALHAS.................................................... 20 10. TENDÊNCIAS.............................................................................21 11. CONLUSÃO.................................................................................23 12. BIBLIOGRÁFIA.........................................................................25 6 RESUMO O Mundo esta passando por uma fase de mudanças muito rápidas. No entanto, estas mudanças são apenas parte da rápida evolução social, tecnológica e sobretudo mental que a humanidade vem experimentando. Estas mudanças tem trazido ameaça à sobrevivência das Empresa em todo mundo, pelos mais variados motivos. O que realmente garante a sobrevivência das Empresas é a garantia de sua competividade. No entanto, estas coisas estão todas interligadas: A garantia de sobrevivência decorre da competitividade, a competitividade decorre da produtividade e esta da Qualidade(valor agregado). Portanto, no conceito moderno de competividade, onde a disputa pelos mercados é cada vez mais acirrada, ganha importância fundamental a função do Marketing. Garantir Qualidade e satisfazer as necessidades do consumidor, durante todo ciclo de vida do produto ou serviço, é com esta perspectiva a função de Marketing transcende o conceito que vem tendo no Brasil. Embora o Varejo ONLINE seja uma realidade com vantagens exclusivas oferecidas pela INTERNET, como canal de vendas, seus usuários continuam preferindo comprar nas lojas tradicionais. Isto deixa claro que, o comportamento dos Clientes ou seja seus desejos, continuam os mesmos. O que na verdade ele deseja são vantagens e a busca da satisfação em todos ou quase todos seus aspectos. 7 INTRODUÇÃO QUALIDADE:Um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente. Qualidade é a totalidade dos atributos e características de um produto ou serviço que afetam sua capacidade de satisfazer necessidades declaradas ou implícitas. “O grande objetivo das organizações humanas é atender às necessidades do ser humano na sua luta pela sobrevivência na Terra”. SERVIÇOS: Constituem uma transação realizada por uma empresa ou por um empresário, cujo objetivo não está associado à transferência de um bem. Entre as várias definições e colocações, destaca-se a de Rathmell. Numa distinção implícita que faz entre bens e serviços, Rathrmell considera bem como alguma coisa, um produto, um artigo, um artefato ou um material; e serviço como um ato, uma ação, um esforço, um desempenho. A Associação Americana de Marketing define serviços como “aquelas atividades, vantagens ou mesmo satisfações que são oferecidas à venda ou que são proporcionadas em conexão com a venda de mercadorias”. GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL (TQM- Total Quality Manageament) é uma abordagem para a organização que busca a melhoria contínua de todos os seus processos, produtos e serviços. DESEJOS:Vontade de possuir ou de gozar, anseio, anseio, aspiração, apetite, cobiça, ambição. 8 As organizações devem estar preparadas para este momento do consumidor e seja qual for o produto ou serviço, transformar este desejo em algo real ou seja aproveitar esta pré disposição a compra e preparar sua estratégia. SATISFAÇÃO:Consiste na sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação do desempenho(ou resultado) percebido de um produto ou serviço em relação às expectativas do comprador. CLIENTES:Aquele que compra ou vende habitualmente a determinada pessoa; comprador,cliente. KLOTER,Philip;Afirma que, já não basta simplismente satisfazer clientes. É preciso encantá-los. 9 SATISFAÇÃO DO CLIENTE Se o desempenho não alcançar as expectativas, o cliente ficará insatisfeito. Se o desempenho alcançar as expectativas, o cliente ficará satisfeito. Se o desempenho for além das expectativas, o cliente ficará altamente satisfeito ou encantado. Muitas empresas estão objetivando a alta satisfação porque os clientes meramente satisfeitos mudam facilmente de fornecedor quando aparece uma oferta melhor. Os que estão altamente satisfeitos sào muito menos propensos a mudar. Um alto nível de satisfação ou encantamento cria um vínculo emocional com a marca, não apenas uma preferência racional. O resultado e um alto grau de fidelidade do cliente Algumas das empresas mais bem sucedidas de hoje estão elevando expectativas e encontrando formas de garantir seu desempenho superior. Essas empresas estão buscando a TCS(Total customer Satisfaction – Satisfação Total do Cliente). A decisão de um cliente de permanecer fiel ou rejeitar é a soma de muitos pequenos encontros com a empresa. Para que todos esses pequenos encontros resultem em fidelidade do cliente, as empresas terão que criar experiência de marca para o cliente. Para empresas centradas no cliente, a satisfaçào de clientes é ao mesmo tempo uma meta e uma ferramenta de marketing. Empresas que alcançam altos índices de satisfação de clientes fazem questão que seu mercado alvo saiba disso. 10 VALOR= QUALIDADE/PREÇO “Precisamos baixar preço para aumentar as vendas e não perder mercado para a concorrência.” Esta receita simplória é muito fácil e comum de ser dada. Mas, isso funciona sempre? O cliente só quer preço? Até quando preço é fator determinante e decisivo? Acerteza que temos é de que preço é estratégia dos desesperados. Quem não tem mais nada para dar, oferece o quê? Preço! A política de concorrer no campo de menores “preço” já levou muitas empresas kamikazes ao suicídio. Portanto, atenção, além de preço existem outras coisas que o cliente quer e está disposto a pagar por isso. Em todos os ramos de negócios, há duas tendências indiscutíveis, que são: um padrão de qualidade de produtos e/ou serviços cada vez maior e um preço cada vez menor. Quem não se antecipar, nesse sentido, estará fora do jogo, tenderá a ficar à margem do negócio. À medida que o mercado fique cada vez mais competitivo e o cliente cada vez mais consciente, maior será a pressào por um melhor produto( qualidade) a um menor preço. Mas, afinal, qual é a prioridade do cliente? Qual é o fator decisivo na hora da compra? Preço ou qualidade? Nem um nem outro! E, sim, os dois ao mesmo tempo. E os dois, ao mesmo tempo, resultam em Valor. O que vem a ser Valor? De forma simplificada, definiremos Valor como a relação entre Qualidade e Preço. Toda decisão de um cliente é baseada numa análise de valor, seja ela consciente. Quando se julga o valor, levam-se em consideração, simultaneamente, os fatores de qualidade (produto e serviço) e preço. Um adequado julgamento do valor de alguma coisa, depende de uma série de atributos de quem julga, dentre os quais: nível educacional, conhecimentos, informações, experiência, sensibilidade, etc. Ninguém, por mais desprovido que seja de adequados atributos para julgamento, deixa de decidir pela melhor opção 11 para si próprio (entenda-se como a melhor opção aquela de maior valor). É isso que todo mundo faz, nem sempre da maneira mais correta do ponto de vista geral ou técnico, embora correta do ponto de vista de quem está decidindo. No fundo, todos buscam decidir pelo produto ou serviço que tenha sempre um maior valor agregado. Seguindo este novo conceito, educar o cliente para enxergar valor em seus produtos ou serviços, usar as ferramentas de marketing torna-se importantissímo. O cliente está disposto a pagar mais caro por um produto ou serviço, desde que reconheça um valor agregado. Aqui reside uma fantástica oportunidade para as empresas. Portanto, antes de vender preço experimente vender valor. Vender preço qualquer um vende, valor, não! Para vender valor, tem-se que estar preparado, conhecer muito bem o que está sendo vendido(atributos do seu produto/serviço?), o cliente (o que ele precisa ou valoriza?), o mercado (quais as características dos produtos oferecidos pela concorrêencia?). Vender valor é um desafio. 12 COMÉRCIO ELETRÔNICO O consumidor virtual detém os mesmos direitos dos clientes off-line e cabe à própria loja preservá-lo. Especialistas dizem que o bolo de dinheiro movimentado pelo comércio virtual na Internet ainda é insignificante comparado , com as vendas do varejo tradicional. Mas num futuro próximo as cifras do varejo online serão bastante impressionantes. Os varejistas, porém precisam melhorar, e muito, suas operações para alcançar esta ascenção. Os empreendedores da nova Economia devem resolver alguns desafios operacionais e de infra estrutura, incluindo atendimento ao cliente, entrega, preço, variedade de produtos e pagamento, a fim de fidelizar e atrair mais clientes ao canal online. Vale lembrar que um consumidor insatisfeito pode (e deve) acionar o Código de Defesa do Consumidor caso seja lesado na sua compra virtual; assim como acontece no mundo real. Por enquanto, os contratos na Internet exigem uma série de cuidados, pois os chamados “documentos virtuais ainda não são aceitos como prova pela Justiça brasileira. Mas já está em tramitação no Congresso Nacional a lei que garantirá validade jurídica aos documentos eletrônicos, e até mesmo compromissos de Compra e Venda, recebendo assim o mesmo tratamento que os documentos em papel. Em tempo: a nova lei vai reafirmar que o Código de Defesa do Consumidor tem o mesmo valor para o mundo virtual. O mais recente relatório preparado pelo The Boston Consulting Group (BCG) com o apoio da Visa Internacional – América Latina e região do Caribe, revela dados interessantes e mostra algumas falhas nas operações brasileiras. Os varejistas online podem, de certa forma, respirar um pouco mais aliviados uma vez que, dada a limitada penetração atual do mercado mundial online, apesar do rápido crescimento da base de clientes, as barreiras são para todos e não uma exclusividade para os sites latinos-americanos. Contudo os empreendedores correm o risco de perder o de imediato uma parcela de público que é sensível em relação aos seus direitos. 13 Consumidores, cada vez mais exigentes, sabem que tem direito a reclamar diante de uma compra frustada. Matérias nos meios de comunicação sobre a regulamentação das relações de consumo, além do próprio trabalho dos orgãos de defesa do consumidor contribuem para alertar o consumidor de como ele deve proceder na hora de contratar um serviço pela rede e como reclamar e exigir seus direitos caso seja lesado durante uma compra virtual. Números da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/SP) ilustram bem o comportamento do internauta em relação às práticas abusivas ou enganosas ou ainda de não cumprimento das condições previamente estabelecidas pelo Varejista online. Entre as princïpais queixas apontadas estão a Não entrega, demora na entrega do produto, contrato, pedido, orçamento e produtos entregues incompletos. Segundo Renata Saad(Técnica do Procon/SP) ”Os problemas devem crescer á medida que aumenta o volume de negócios virtuais.”por outro lado nota-se que os sites de comércio eletrônico estão atentos, procurando melhorar os serviços e sanar deficiências. Como a Internet está cada vez mais presente no cotidiano dos brasileiros, Renata alerta para a importância da colocação do enderço físico da Empresa, caso o consumidor seja lesado, e também para saber se a compra virtual esta sendo feita dentro ou fora do território Nacional, pois embora as relações comerciais estejam protegidas por tratados e convenções internacionais, na prática as dificuldades são maiores na hora de exigir os direitos. Evitando-se o uso do cartão de crédito, significa maior garantia para o usuário, que nem sempre tem condições de saber que normas de segurança o site tem para armazenar os dados. A dica não está sendo seguida, conforme demostra a pesquisa realizada pela Boston Consulting Group e pela Visa Internacional. A apuração mostra que do total de compras online, mais da metade é paga com cartão de crédito (62%), contra 38% dos negócios envolvendo outros meios de pagamento – nos Estados Unidos, os cartões de crédito são utilizados em mais de 90% do volume das tranzações. Varegistas têm pela frente muito o que fazer para minimizar as deficiências existentes e atingir a tão sonhada lucratividade. 14 Se o cliente brasileiro seguir a mesma linha do consumidor norteamericano, os sites de comércio eletrônicos nacionais podem ter problema nessa indústria de crescimento acelerado. Estudos realizados no Estados Unidos revelam que quando o consumidor faz compras online, as príncipais preocupações são atendimento, pagamento, entrega, preço e escolha. Está provado que atender às expectativas do cliente, significa entrada de receita. Por sua vez, o contrário, uma tentativa frustrada de compra tem reflexos maleficos para o negócio, indo muito além da simples perda de uma venda. O consumidor norte-americano ao se decepcionar com um site costuma deletar este endereço eletrônico e vai mais longe nas represálias: decide também não comprar mais nas instalações físicas deste mesmo Varejista. Somando-se as informaçòes norte-americanas e BCG/Visa, apontam o grau de necessidades dos varejistas brasileiros online em dirigir sua atenção para a melhoria de suas operações. A compra online na América Ltina deixa muito a desejar, justamente nos mesmos quesitos considerados de maior preocupaçào pelos norte-americanos. Apesar dos sites brasileiros atenderem melhor seus clientes do que os sites da Argentina e México, o nível de resposta a pedidos de atendimentos online ainda é fraco. Tratar o consumidor virtual como ele quer ser tratado e não da maneira como o varejista acha que tem que ser, é chave do sucesso do comércio online. Quem trabalha no mundo da Web precisa entender que uma das regras do jogo é a confiança, um quesito que pode levar cada vez mais o consumidor a trocar a compra off-line pela virtual. Para atacar essa falta de respeito com o internauta, a Modem Media lançou um código de Ética Online, todos com enfoque no Consumidor: 15 OS DIREITOS DO CONSUMIDOR ONLINE SEGUNDO A MODEM MEDIA 1) Eu uso a Internet. Você não pode me usar. 2) Satisfaça minhas necessidades de forma rápida e eficiente. 3) Diga-me o que quero saber, não o que você quer que eu saiba. 4) Conquiste minha confiança. 5) Faça-me importante. 6) Respeite minha privacidade. 7) Entenda meu jeito de ser. 8) E, então, personalize para mim. 16 DICAS QUE O PROCON OFERECE AOS COMPRADORES VIRTUAIS − Antes de qualquer compra é preciso certificar-se de que os responsáveis pela página a as mercadorias oferecidas sejam de confiança. A nota fiscal deve ser exigida. − As compras realizadas fora do Brasil seguem as normas estabelecidas em seus países de origem. Em caso de problemas, o consumidor terá de resolvê-los diretamente com o fornecedor. − As lojas com localização física ou virtual em território nacional estão sujeitas a todas as determinações do Código de Defesa do Consumidor. − Apesar de a maioria das compras serem realizadas com cartão de crédito, a empresa tem a obrigação de apresentar outras formas de pagamento, inclusive em moeda corrente. − Em caso de preferência ao cartão de crédito, o cuidado precisa ser redobrado, já que as transações via Internet ainda não são totalmenteseguras. − O Código de Defesa do Consumidor estabelece que as compras realizadas fora do estabelecimento comercial podem ser canceladas em até sete dias da compra ou da entrega da mercadoria ou serviço. − A pesquisa prévia de preços continua sendo fundamental. É importante checar também o valor das despesas com frete e taxas adicionais. A comodidade de comprar sem sair de casa pode tornar o produto mais caro. − O site tem a obrigação de prestar todas as informações necessárias sobre o produto. O consumidor deve solicitar todos os dados que achar necessários para ter uma melhor idéia do que está comprando (especificação, marca, cor, e tamanho disponíveis etc. − As informações da empresa (CGC, razão social, endereço físico etc.)também precisam estar claras e, para maior segurança deve imprimir, sempre que possível, a tela do site com os dados da compra, data e hora da transação. − No recebimento da mercadoria, é necessário verificar se tudo está de acordo com o que foi pedido. Se houver alguma irregularidade, a entrega deve ser recusada, especificando na nota de entrega o tipo de problema. Em seguida, o consumidor terá de entrar em contato com a empresa para solucionar a questão. 17 − Qualquer dúvida ou reclamação pode ser encanhada à Fundação Procon/SP. 18 FALTA DE FOCO Estudos, da “Anderen Consulting”, revela que sites fecham por incompetência na hora de falar com o consumidor certo. A pesquisa sobre a as origens da quebradeira e encolhimento dos negócios na Internet desde a queda vertiginosa da Nasdaq(Bolsa de Valores Eletrônica), em abril de 2000, traz um resultado pra lá de interessante. Divulgada no site financeiro da CNN, provocou intensos debates no mundo internauta. Por uma razão simples: o estudo defende a teoria de que a causa do colapso dos sites de comércio eletrônico na rede foi a incapacidade de apontar os esforços de MARKETING na direção do consumidor certo, ou seja faltou atender ao verdadeiro desejo do internauta consumidor. Stephen Dull, da Andersen, que comandou a pesquisa em parceria com a Online Insight, um provedor de tecnologia de comércio eletrônico, resume bem o espírito do equivoco na rede: “As empresas da Internet que entraram em colapso em 2000 apontaram seus esforços na direção dos patinetes e dos piercings, mas o fato é que a maioria das pessoas que realmente gastam, e muito, está na faixa acima de 35 anos.” Constata-se ainda, que a maioria esmagadora dos que navegam hoje na internet é composta de jovens. Mas 10% da população respondem por 70% do que é gasto na rede nos EUA. E a geração “baby boom”, que hoje está acima dos 35 anos, é a que efetivamente saca o cartào de crédito ou enfia a mão no bolso na hora de comprar. Revela, o estudo também, que o esforço de criaçào de marca foi direcionado, no caso das empresas que ruíram, para o público errado . A lealdade a uma marca é algo que só um quinto dos consumidores na rede possui. Muita gente leva em consideração coisas aparentemente secundárias na hora da compra, como confiabilidade da empresa que opera o site, privacidade sobre os dados revelados na hora da compra, a rapidez do site e a sua funcionalidade. 19 Dull resume o equivoco dos muitos sites com uma simplicidade franciscana: é preciso conhecer o consumidor antes de vender coisas para ele. Uma lógica que se aprende no primeiro período da faculdade de administração ou na primeira aula de um MBA em Marketing. Diz Dull: “Você pergunta às pessoas o que elas querem. Você da às pessoas o que elas querem. E você faz dinheiro com isso. Isto é Marketing Básico.” Um dos grandes problemas da Internet brasileira é que executivos estão ignorando os conceitos básicos da economia aplicada a negócios. Entender o mercado, conhecer os investidores e concorrentes, e saber se há espaço para o empreendimento que deseja montar são premissas básicas que estão sendo ignoradas. É preciso ter em mente que a Web é apenas mais um canal de comunicação entre a empresa e seu público-alvo. Isso quer dizer que a companhia que investe na rede não está livre de administrar questões como atendimento e reteguarda operacional. 20 CORRIGINDO AS FALHAS Para sair do ambiente imaturo que a Internet se encontrava há pouco mais de dois anos , foi preciso muito trabalho. Os gigantes do varejo tradicional e as pontocom apostaram milhões, primeiro para garantir a segurança de transações virtuais, que envolviam consumidores desconfiados e empresas despreparadas; em seguida, para manter um estoque dos produtos – lição aprendida com o mercado, a comunicação com fornecedores e a entrega das mercadoreias. Segundo pesquisa realizada pelo IBMEC(Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), para saber se o mercado online realmente amadureceu e para saber se os princípais canais de e-commerce estào realmente preparados par vender com excelência. Os problemas do ecommerce brasileiro são características de quem adquire maturidade. Depois de superarem obstáculos básicos, os grandes playeres do mercado terão que lidar com o pós-venda, quando o cliente mais precisa de atenção. As empresas fizeram o dever de casa, mas há um longo caminho até o equilíbrio. Ficou provada a importância uma logística consolidada, mas itens que fazem a diferença, como serviço de atendimento, ainda deixam muito a desejar. Revelou o estudo que, as empresas tradicionais estão preocupadas com a variedade de produtos e serviços ofertados na Web e vendem mercadorias que não se encontram em lojas tradicionais. Mesmo investindo em gestão de relacionamento, os sites têm muito a aprender quando o asunto é prever expectativas dos usuários. Faltaram ferramentas que indicassem ao cliente sugestões automáticas de produtos relacionados ao perfil do comprador. Ainda é um desafio para quem vende pela rede entender o comprador e ofertar produtos que tenham relaçào com o que foi procurado. 21 TENDÊNCIAS Segundo Kotler,Philip; o marketing não é um sistema fixo de conceitos, pelo contrário é um dos campos mais dinâmicos dentro da arena administrativa. Continuamente, marketing lança desafios atuais e as empresas devem responder. Por conseguinte, não é surpreendente que as novas idéias de marketing mantem-se à tona para atender aos novos desafios do mercado. Ênfases do atual pensamento de marketing. 1) Crescente ênfase em qualidade, valor e satisfação do consumidor. - Os consumidores de hoje estão atribuindo maior peso na qualidade e no valor ao tomarem suas decisões de compra.Algumas empresas notáveis estào administrando para aumentar grandemente sua qualidade e baixar os custos. Orientam-se pelo princípio de oferecer cada vez mais cobrando menos. 2) Crescente ênfase no desenvolvimento de relacionamento e na retenção de consumidores. – As empresas de hoje estão concentrando esforços na criação de consumidores fiéis e de longa vida. A mudança é da idéia de transação para a de construção de relacionamento. Elas estão criando banco de dados contendo dados demográficos e de estilo de vida, níveis de resposta à diferentes estímulos, transações anteriores e orquestrando suas ofertas para obter consumidores satisfeitos ou encantados que permanecerào leais. 3) Crescente ênfase em administrar processos gerenciais e integrar funções administrativas. – As empresas atuais estào mudando a idéia de administrar um conjunto de departamentos semi-independentes, cada qual com sua própria lógica, para administrar um conjunto de processos gerenciais fundamentais que impactam os serviços e a satisfaçào dos consumidores. 4) Crescente ênfase no planejamento global e no planejamento de mercado local. 5) Crescente ênfase na construção de alianças estratégicas e redes. 22 6) Crescente ênfase em marketing direto e marketing online. – A revolução das informações e nas comunicações promete mudar a natureza da compra e venda. 7) Crescente ênfase nos serviços de marketing. – A maioria das pessoas está trabalhando em serviços. Em função dos serviços serem intangíveis, apresentam desafios adicionais não encontrados em marketing de bens tangíveis. 8) Crescente ênfase na ética do comportamento de marketing. – O público, em geral, é cauteloso em relaçào aos comerciais e às abordagens de vendas que distorcem ou mentem sobre os beneficios dos produtos, ou que manipulam pessoas para fazerem compras supérfluas. Os profissionais de marketing, em particular, devem adotar padrões elevados de conduta na prática de suas tarefas. 23 CONCLUSÃO Clientes maximizam valor. Eles criam uma expectativa de valor e agem com base nela. Os compradores comprarão da Empresa que , segundo sua percepção, oferecer o maior valor entregue ao cliente, definido como diferença entre o valor total para o cliente e o custo total para o cliente. A satisfação de quem compra depende do desempenho percebido do produto ou serviço em relação as suas expectativas. A alta satisfação leva a um alto nível de fidelidade do cliente, muitas empresas atualmente estào buscando alcançar a satisfação do cliente é a mesmo tempo uma meta e uma ferramenta de marketing. Empresas sólidas desenvolvem capacidades superiores de gerenciar processos centrais, como desenvolvimento de produtos, gerenciamento de estoques, atração e retenção de clientes e atendimento ao cliente. Gerenciar esses processos centrais significa criar uma rede de marketing com a qual a empresa trabalha estreitamente em conjunto com todos os setores da empresa. Não há mais concorrência entre empresas e sim entre redes de marketing. Perder clientes lucrativos pode afetar drasticamente os lucros de uma empresa. Estima-se que o custo envolvido na atração de um novo cliente é cinco vezes maior que o custo de manter um cliente atual satisfeito. A chave para retenção de clientes é o marketing de relacionamento. Para manter os clientes satisfeitos, os prefissionais de marketing podem acrescentar benefícios financeiros e sociais aos produtos e serviços ou criar vínculos estruturais entre a empresa e seus clientes. Qualidade é a totalidade dos atributos e características de um produto ou serviço que afetam sua capacidade de satisfazer necessidades declaradas ou implicitas . As empresas de hoje não tem outra escolha a não ser implementar programas de gestão da qualidade total, se quiserem continuar no páreo e permanecer lucrativas. A qualidade total é a chave para a criação de valor e satisfação de clientes. O Marketing tem uma enorme responsábilidade em uma empresa voltada para a qualidade. Primeiro, eles devem participar na formulação de estratégias e políticas projetadas para auxiliar a empresa a vencer por meio da excelência na qualidade total. Segundo, deve entregar tanto qualiade de marketing quanto qualidade de produção. Toda atividade 24 de marketing, treinamento em vendas, propaganda, atendimento ao cliente e outros, deve ser realizado em conformidade com padrões elevado. 25 BIBLIOGRÁFIA Controle da Qualidade Total – Edit. QFCO Autor: Vicente Falconi Campos. Administração de Marketing – Edit. Prentice Hall Autor: Philip Kotler. Marketing de Relacionamento – Edit. Campos Autor: Régis McKenna. Revistas: Meiodigital Internet Business Dicionário Aurélio.